Hoje vamos conversar sobre os benefícios e desafios dos concursos públicos, compará-los com a iniciativa privada e responder à “pergunta do milhão”: vale a pena fazer concurso?!
Abordaremos os seguintes temas:
Diariamente nos deparamos com notícias de novos concursos sendo autorizados, muitas vezes com ótimos salários, mas, também, com concorrência que pode superar a das melhores faculdades do país.
Em contrapartida, na iniciativa privada, a sobrecarga de trabalho, ameaças de demissão e falta de valorização nos fazem pensar em novos caminhos para a carreira, principalmente a migração para o setor público.
Esse dilema entre a insatisfação com a rotina atual e a ideia de que a aprovação é apenas um sonho distante nos faz permanecer na inércia da indecisão e perder grandes oportunidades.
A seguir, compararemos os principais pontos desses dois universos para descobrir se realmente vale a pena fazer concursos. Vamos lá!
Segundo o IBGE, o rendimento médio salarial habitualmente recebido de todos os trabalhos (públicos e privados) foi estimado em R$ 2.979 em 2023.
Em um país das dimensões do Brasil, as diferenças salariais regionais são significativas. Enquanto a renda média per capita no Maranhão foi de R$ 969, no Distrito Federal chegou a R$ 3.215
Nos empregos públicos também se nota diferenças salariais consideráveis não apenas pelo viés geográfico, mas também, dependendo do Poder (Executivo, Legislativo e Judiciário) e ente federativo (União, Estados ou Municípios).
Um profissional do Judiciário Federal tem uma mediana de ganhos de R$ 17.999. Na outra ponta, a remuneração mediana é de R$ 2.604 no Executivo Municipal, segundo dados da republica.org.
Porém, em quantidade de servidores, o Executivo Municipal se destaca. Emprega quase 60% de toda massa de servidores públicos, com os vinculados à União representando apenas 8,2% do total.
Ou seja, para conquistar ganhos acima dos R$ 10.000 é necessária uma estratégia de estudo direcionada para cargos específicos, com matérias semelhantes que possam ser aproveitadas para provas posteriores.
A média de remuneração no setor público é superior à do setor privado em todas as faixas de escolaridade.
A maior diferença é encontrada nos empregos de nível médio. O rendimento no setor público chega a ser 50% maior do que o ofertado no setor privado.
Justamente nessa categoria há muitos concursos sendo abertos, como: Detran AC, Guarda de Vitória e Polícia Penal BA.
Assim como no setor privado, não há homogeneidade nos benefícios oferecidos aos estatutários. Cada ente federativo e cada poder possuem autonomia para definir os benefícios a serem pagos aos seus empregados.
Além disso, empresas públicas definem seus benefícios por meio de acordos coletivos elaborados junto aos sindicatos representativos de cada categoria.
Para fins de comparação, consideremos os valores praticados no Executivo Federal. De acordo com a proposta mais recente, amplamente divulgada na mídia, o auxílio-alimentação será de R$ 1.000 e auxílio-creche de 484,90.
No setor privado, tendo como exemplo a categoria dos bancários, o auxílio-refeição totaliza R$ 1.014,42 por mês, com mais R$ 799,38 de auxílio-alimentação e R$ 602,81 de auxílio-creche.
Como visto acima, o total da soma entre auxílio-creche e alimentação no executivo federal é de R$ 1.484,90 e dos bancários é de R$ 1.813,80, desconsiderando outros pagamentos como cesta de Natal, por exemplo.
O desenvolvimento da carreira no setor público ainda é muito vinculado ao tempo de serviço, com propostas mais recentes buscando aumentar o peso do desempenho às promoções.
Abaixo, vemos a tabela de remuneração de servidores de agências reguladoras:
São três classes, totalizando 13 padrões diferentes de remuneração para “topar” na carreira. Ainda, é comum o pagamento de adicionais de titulação para portadores de diploma (pós-graduação, mestrado e doutorado) e de adicionais por tempo de serviço.
Em suma, a cada um ou dois anos o servidor se torna apto a concorrer ao avanço na carreira, necessitando atender alguns requisitos pré-definidos.
No setor privado, o desenvolvimento profissional não costuma ter tantos níveis, sendo comumente aplicado o modelo “júnior”, “pleno” e “sênior”.
Embora se avance mais rápido na carreira privada, as pesquisas evidenciam que tanto o salário inicial quanto o final são, em média, superiores no setor público.
A remuneração de R$ 16.413,35 do primeiro nível da tabela acima apresentada é superior à de profissionais de nível sênior da maioria das profissões do mercado privado.
Empregabilidade é a capacidade de conseguir uma vaga de emprego e se manter nele. O profissional com alta empregabilidade é aquele que possui competências e experiências muito valorizadas no mercado e dificilmente fica desempregado por muito tempo.
A estabilidade é uma proteção dada ao servidor público após três anos de efetivo exercício. O servidor estatutário só perderá o cargo em algumas ocasiões específicas, como sentença judicial transitada em julgado e processo administrativo.
Em teoria, assim como o servidor estável, o profissional com alta empregabilidade tem certa proteção contra a perda de renda, pois conseguiria se recolocar rapidamente.
Há vantagens e desvantagens em ambos os casos. O servidor público, apesar de protegido contra a demissão, fica “preso” ao emprego atual, muitas vezes tendo dificuldade para se realocar em caso de não adaptação ou busca por uma nova carreira, sendo necessária a realização de um novo concurso em muitos casos.
Já o profissional com alta empregabilidade tem a liberdade de transitar por mais de um cargo ou empresa até encontrar o que atenda suas expectativas. Entretanto, as mudanças tecnológicas, macroeconômicas e educacionais podem minar sua vantagem frente aos demais concorrentes e reduzir sua atratividade perante o mercado.
No mercado financeiro costuma-se realizar uma relação entre risco e retorno para os ativos: quanto maior o risco daquele ativo, maior o retorno em potencial.
Fazendo um paralelo para o mercado de trabalho privado e o público: no emprego público o risco é menor (estabilidade garantida por lei) e o retorno é maior (salário médio).
Por mais que os benefícios e a flexibilidade para escolha do emprego sejam melhores para os trabalhadores privados, a maior remuneração e a estabilidade no emprego público conferem vantagens muito superiores às suas desvantagens.
Os salários acima de R$ 15.000, que muitas vezes são direcionados à profissionais de nível sênior ou gestores em empresas privadas, são encontrados dos primeiros níveis de muitas carreiras públicas.
Em poucos anos ou meses de estudos para determinadas provas, pode-se conquistar um salário que levaria toda a carreira para se alcançar em um emprego privado.
Então, não perca tempo, comece a estudar agora com quem mais aprova no Brasil!
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