Olá Concurseiros,
Meu nome é Fábio Soares Carmo, Coach do Estratégia Concursos.
Com a migração de toda a equipe do Nomeação Coaching pra Concursos, agora faço parte da equipe de Coaches do Estratégia Concursos.
Vou descrever um pouco do caminho que me levou ao concurso público e me fez dar uma guinada radical na minha vida. A intenção é que as pessoas percebam que é possível sim, e que NÃO HÁ OBJETIVO INALCANÇAVEL.
Hoje sou AUDITOR FISCAL DA RECEITA FEDERAL lotado na Delegacia de Jundiaí/SP atuando na fiscalização externa, especialmente setor industrial. Ministrei aulas dentro da estrutura da Receita-Federal em diversos cursos de treinamento, além de dar aulas presenciais em curso preparatório para concurso nas disciplinas de Auditoria, Contabilidade Geral e Legislação Tributária.
O curioso é que, essa rotina é completamente diferente de como iniciei minha vida profissional. Passei por diversos tipos de conhecimento, exatas, biomédica, artística…
Para entender um pouco, meu segundo grau foi técnico profissionalizante na área de Eletrotécnica, onde trabalhei por pouco tempo para em seguida iniciar duas faculdades ao mesmo tempo. A primeira, que não concluí, foi Arquitetura; já a segunda, a qual eu concluí, tem um nome estranho (que sempre produz uma careta nas pessoas): PSICOMOTRICIDADE; essa eu atuei por algum tempo. E foi dessa profissão que parti para estudar para concursos.
Resumidamente, é uma área que atua em saúde e educação; uma mistura tanto de humanas quanto de biomédica. Lá se estudam processos pedagógicos e terapêuticos. Então já ficou fácil de imaginar que NADA DO QUE EU TINHA ESTUDADO SERVIRIA PARA AS PROVAS DOS CONCURSOS PÚBLICOS, especialmente na área fiscal.
E POR QUE ABANDONAR UMA ÁREA NA QUAL EU TINHA ME DEDICADO TANTO (pós-graduação lato sensu, formações terapêuticas, congressos, grupos de estudo…)?
Porque a realidade e o retorno financeiro que esta área oferecia era extremamente ruim. As áreas de cuidado, saúde e educação em nosso país deixam muito a desejar. Então, optei por tentar mudar a direção da minha vida. EU CHEGUEI A TRABALHAR EM CINCO LUGARES DIFERENTES, com uma jornada muito longa de trabalho.
Queria ter algum conforto financeiro e a liberdade de poder, um dia, dar esse conforto para uma família que eu pudesse vir a criar, ou ao menos, uma rotina menos sacrificante.
Para mim foi um luto. Eu realmente queria atuar na minha área de formação.
JÁ ESTAVA CONVICTO QUE TERIA QUE MUDAR MINHA VIDA MAS, NA ÉPOCA, NÃO SABIA COMO. Cogitei sair do país e ter que encarar o desamparo de uma cultura diferente ou fazer uma nova faculdade e enfrentar, de novo, o início de uma carreira. E foi exatamente nesse momento que encontrei uma concurseira em um nível bem avançado. Ela que me mostrou que daria para pagar um bom cursinho e que os concursos eram possíveis. Até esse momento eu achava que todos os concursos eram corrompidos e que os cargos eram apadrinhados. Afinal na minha família não havia concursados.
No início, foi bem difícil. Abandonar algo que eu gostava, encarar turmas presenciais com centenas de alunos, criar uma rotina de estudo com matérias tão vastas e que eu nunca havia tido contato…
EM MUITOS MOMENTOS A GENTE REALMENTE PENSA EM DESISTIR. Parece que brotam histórias à nossa volta; acaba que sempre aparece um amigo contando de pessoas que estudaram durante anos e nunca passaram. Para completar, as turmas presenciais ainda me colocaram cara a cara com o tipo de candidato que eu enfrentaria: engenheiros, físicos, estatísticos, contadores, militares, administradores, … Fiz muitos amigos entre eles, mas essa pressão também não foi fácil.
Meu tempo de estudo foi de dois anos, o que é um tempo bem curto para concurso. E esse tempo se deve a um ritmo muito intenso que imprimi aos estudos. Foi um período de pouquíssimo lazer, uma vida social quase a zero. Hoje, percebo que poderia ter equacionado melhor, mas na pressão da competição não havia ninguém que pudesse me orientar sobre os momentos de avançar ou recuar, sobre quais eram os enfoques mais eficientes ou como fazer as revisões ou a melhor ordem de estudar. O CAMINHO DO ESTUDO FOI DE MUITA TENTATIVA E ERRO.
Iniciei em 2004, onde pude aproveitar um período de baixa dos concursos para me preparar. A partir disso, só fiz provas em 2005. Nesse ano, prestei três concursos, focando em manter-me dentro da banca que me interessava, ESAF: um cargo de nível médio do fisco municipal do Rio de Janeiro, Auditor-Fiscal Estadual em Minas Gerais e o concurso da Receita Federal para Auditor (2005/2006, considerado uma das provas da Receita mais difíceis).
Fui aprovado em todos, porém em Minas, só fui chamado na segunda leva de convocação.
E o momento da aprovação foi o mais bizarro. Eu não tinha fechado a pontuação de duas das matérias. Assim já me considerava desclassificado. Foi um amigo que conferiu meu resultado no dia de liberação dos recursos e da nota final. Foram muitas ligações e conferências para eu acreditar que realmente tinha sido aprovado. Muita emoção até depois de aprovado.
O que é importante sobre isso tudo é que, quando comecei nem cogitava a área fiscal ou um concurso específico. Isso veio ao longo do tempo. Inicialmente, eu só desejava um cargo público com um salário legal.
Dessa experiência, o que ficou é a importância de primeiro transformar sonho em objetivo. AQUILO QUE QUEREMOS TEM QUE SAIR DO MUNDO DAS IDÉIAS E PASSAR A SER TRATDO COMO UM OBJETIVO. Precisa ser concreto.
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