O presente artigo tem o objetivo de apresentar as regras exigidas para a prova discursiva do concurso IBAMA. Além disso, ao final, trataremos de técnicas e dicas de preparação para esta etapa do concurso.
Nesse sentido, o edital do IBAMA prevê 568 vagas em cargos de níveis médio e superior. As oportunidades oferecem salários iniciais que variam de R$ 4.036,34 e R$ 8.547,64. Sendo
Dessa forma, os interessados devem se inscrever através do site do Cebraspe, até o dia 20 de dezembro. E é necessário efetuar o pagamento da taxa fixada. Confira os valores abaixo:
Ademais, as provas objetiva e discursiva estão previstas para 30 de janeiro de 2022 e serão realizadas nas capitais dos 26 estados da Federação e no Distrito Federal. Para mais informações sobre este concurso, assista a análise detalhada do edital.
A prova discursiva valerá 30,00 pontos e consistirá de:
Dessa forma, a prova discursiva do IBAMA para analista tratará de tema relacionado às matérias específicas do cargo. Por outro lado, a discursiva para técnico será baseada em temas de atualidades, ou seja, será uma redação mais aberta. Nesse contexto, seguem abaixo as matérias relacionadas aos conhecimentos específicos dos cargos de analista, e os tópicos de atualidades para o cargo de técnico, passíveis de cobrança na prova discursiva:
De acordo com o edital, o texto definitivo da prova discursiva do IBAMA deverá ser manuscrito, em letra legível, com caneta esferográfica de tinta preta fabricada em material transparente.
Ademais, o documento de texto definitivo da prova discursiva não poderá ser assinado, rubricado ou conter qualquer palavra ou marca que identifique o candidato, em outro local que não o apropriado. No entanto, a folha para rascunho do caderno de provas é de preenchimento facultativo e não é válida para a avaliação da prova discursiva. Todavia, o documento de texto definitivo não será substituído por motivo de erro do candidato em seu preenchimento. E será desconsiderado, para efeito de avaliação, qualquer fragmento de texto que for escrito fora do local apropriado ou que ultrapassar a extensão máxima de linhas.
Outrossim, somente serão corrigidas as provas discursivas dos candidatos aprovados nas provas objetivas e classificados até a posição especificada no quadro a seguir, respeitados os empates na última colocação:
Dessa forma, o candidato cuja prova discursiva não for corrigida não terá classificação no concurso.
A prova discursiva do IBAMA avaliará o conteúdo/conhecimento do tema, a capacidade de expressão na modalidade escrita e o uso das normas do registro formal culto da Língua Portuguesa. O candidato deverá produzir, conforme o comando formulado pela banca examinadora, texto dissertativo, primando pela coerência e pela coesão.
Assim, a prova discursiva de cada candidato será submetida a duas avaliações: uma avaliação de conteúdo e uma avaliação do domínio da modalidade escrita da Língua Portuguesa.
Nesse sentido, dizemos que a avaliação do conteúdo equivale à nota de macroestrutura, que corresponde à pontuação máxima do candidato (30 pontos). Já a avaliação da Língua Portuguesa corresponde à nota de microestrutura, sendo essa pontuação apenas negativa, ou seja, haverá dedução da nota de conteúdo caso haja erros de português.
Ressalta-se que a fórmula utilizada pelo Cebraspe para o cálculo dos descontos de erros de português leva em conta o número de linhas efetivamente escritas. Logo, quanto mais linhas o candidato escrever, menor será a dedução. Então, é interessante que o candidato escreva o máximo de linhas permitidas (30 linhas). Entretanto, ao escrever mais linhas é intuitivo que se erre mais ou que se repita informação. Tente não cometer esses erros!
Em outras palavras, percebe-se que o candidato deve se preocupar principalmente com a nota de macroestrutura (conteúdo e argumentos em si), ao passo que o uso da língua portuguesa (acentuação, grafia, colocação pronominal, etc) tem uma nota residual. Todavia, evidencia-se que o edital do IBAMA penaliza tais erros de maneira um pouco mais gravosa do que em outros editais da banca, visto que a fórmula da prova discursiva do IBAMA multiplica os números de erros por 6 (não por 2 ou 3 como é normalmente).
A macroestrutura avalia a apresentação, a estrutura textual e o desenvolvimento do tema, totalizando a nota relativa ao domínio do conteúdo (NC), cuja pontuação máxima será limitada ao valor de 30,00 pontos na prova discursiva do IBAMA.
De outra forma, a microestrutura avalia o domínio da modalidade escrita, totalizando o número de erros (NE) do candidato, considerando-se aspectos tais como: grafia, morfossintaxe, pontuação e propriedade vocabular.
Será calculada, então, para cada candidato, a nota final na prova discursiva (NFPD), pela fórmula NFPD = NC – 6 x NE ÷ TL, em que TL corresponde ao número de linhas efetivamente escritas pelo candidato.
Além disso, nos casos de fuga ao tema, ou de não haver texto, o candidato receberá nota na prova discursiva igual a zero. Entretanto, o mais comum é haver fugas de tema parciais, o que acarreta perda de pontuação em MACROESTRUTURA.
Em relação à pontuação mínima, o edital prevê um percentual de 40% da nota total. Isto é, será eliminado o candidato que obtiver Nota Final da Prova Discursiva inferior a 12,00 pontos (dos 30 pontos possíveis).
O estudo das discursivas (em especial, para a prova discursiva do IBAMA) é dividido em três etapas. São elas: o estudo do conteúdo (seja de matérias específicas, seja de temas de atualidades); o estudo da forma (que representa o esqueleto da redação e o uso de conjunções de ligação); e, por fim, a prática (por meio de resoluções de redações anteriores da banca ou de redações inéditas feitas por professores, ou até mesmo pelo próprio candidato).
O primeiro momento, que é o estudo do conteúdo, muito se assemelha ao que o candidato já faz para a prova objetiva. De modo que o seu estudo regular irá ser bastante útil. Entretanto, para provas discursivas a cobrança costuma ser um pouco mais genérica e direcionada aos tópicos mais importantes dentro da disciplina. Por isso, recomenda-se um reforço no estudo dos temas mais quentes.
Ademais, quando o conteúdo for atualidades, aliás isso é muito comum em cargos de nível médio (como é o caso do técnico do IBAMA), recomenda-se que o aluno se inteire dos principais temas, sobretudo os relacionados à atuação do órgão público (para o IBAMA, temos agronegócio, meio ambiente, desenvolvimento sustentável, educação ambiental e ecologia). Um exemplo bom para o estudo de atualidades seria a leitura de padrões de respostas de redações anteriores da banca Cebraspe ou de outras, e de notícias em jornais e sites específicos.
Já o estudo da estrutura formal tem o custo-benefício muito alto, pois é possível aprender a estruturar uma redação em poucas horas. Além disso, a forma é útil não só para ganhar pontos de apresentação e estrutura, mas também facilitará a organização do conteúdo na hora de passar os argumentos para o papel. De modo que o candidato se lembrará mais facilmente dos seus argumentos e, por conseguinte, sua nota de conteúdo será maior.
Nesse sentido, a formatação de uma redação é basicamente atribuir um parágrafo para a introdução, um parágrafo de desenvolvimento para cada aspecto pedido pela banca (em geral, serão três) e, por fim, um parágrafo para conclusão.
Contudo, para banca Cebraspe, caso o candidato perceba que não terá linhas suficientes, pode-se omitir o parágrafo da conclusão e colocar uma conjunção conclusiva no último parágrafo de desenvolvimento. Isso, em regra, não gera perda de ponto, no máximo ocasionará uma pequena diminuição na nota atribuída à APRESENTAÇÃO (que equivale cerca de 5 ou 10% da nota de conteúdo). Logo, é melhor prezar pelo conteúdo em si do que pela apresentação.
De forma simplificada, para montar uma introdução basta replicar o tema e os aspectos fornecidos pela própria banca.
Por outro lado, de acordo com o padrão clássico de discurso, o desenvolvimento é composto de no mínimo três períodos, isto é, cada parágrafo de desenvolvimento terá no mínimo três pontos finais. São eles: o tópico frasal, a causa e a consequência. Evidencia-se que é essencial o uso de conjunções entre um ponto final e outro.
Nesse sentido, o tópico frasal responde ou indica o aspecto trazido pela questão. Já a causa explica e desenvolve o tópico frasal. Por fim, a consequência seria algum exemplo ou uma fundamentação legal. Não se preocupe! Essa estrutura ficará mais clara no exemplo que veremos mais à frente.
Ademais, ressalta-se que é importante começar cada parágrafo com uma conjunção adequada.
Por derradeiro, a conclusão é composta pela repetição do tema e dos tópicos frasais. Todavia, o candidato também pode optar por uma conclusão inovadora genérica expondo uma solução ou uma intervenção. Ou ainda pode omiti-la a depender do caso.
A seguir temos um exemplo de texto gabaritado seguindo essa estrutura. Apesar de o concurso em referência ser o da PCDF, o exemplo será útil para replicarmos a forma na prova discursiva do IBAMA.
Por fim, a respeito da prática de discursiva, recomenda-se o treino de no mínimo uma redação por semana, de preferência simulando o dia da prova, junto com o simulado de questões objetivas. Nesse sentido, é interessante a contratação de um serviço de correção. O Estratégia fornece esse serviço tanto de forma avulsa como dentro da assinatura Platinum, sendo referência no mercado.
Ademais, fazer discursivas, inclusive de outras bancas e inéditas, é essencial para o aprofundamento e entendimento dos temas. Além disso, a prática é importante para evitar erros como, por exemplo, trocar a ordem da folha de rascunho pela definitiva.
Por falar em rascunho, uma dica para economizar tempo seria a confecção de um esboço com o conteúdo resumido em tópicos. De forma a fazer um esqueleto rápido com Tópico Frasal, Causa e Consequência apenas com as palavras chaves. Assim, apenas com esse esboço é possível partir para o texto definitivo, mas é importante que após a escrita se verifique a acentuação e pontuação numa leitura final.
Em relação ao aspecto de Macroestrutura, a introdução e a conclusão devem ser sintéticas e sem necessidade de repetição demasiada. De forma que o conteúdo denso deve vir no desenvolvimento com o máximo de informação, mas também sem repetições. Nesse sentido, treine para sua letra ficar miniaturizada e, assim, caber mais informações na folha, pois 90% da nota é composta pelos pontos obtidos pelo conteúdo.
Outrossim, em discursiva que cobram temas mais técnicos é importante o conhecimento das normas previstas no edital, sobretudo a noção dos principais conceitos e listas. Assim, é prudente memorizar alguns termos chaves e o número das leis para fortalecer o argumento teórico do candidato.
Por outro lado, sabe-se que o maior erro em redações é a fuga parcial de tema, então é essencial interpretar bem cada comando da questão e não fugir da disciplina ou da norma exigida. Nesse contexto, acontece muito de o candidato escrever algo que ele domine ou algo que tenha memorizado relativo aquela disciplina, mesmo que não tenha sido exigido pela banca. Por exemplo, a banca traz o quesito “discorra sobre a regulamentação de criptomoedas” e a pessoa escreve sobre “a valorização do bitcoin”. Assim, mesmo que você não saiba exatamente algum aspecto, retome normalmente o tópico frasal e tente escrever algo sobre aquilo, mas não se deixe enganar e escrever algo só porque você domina ou lembrou.
Além disso, deve-se observar todos os indícios da história ou do aspecto em análise para não se esquecer de retomar algum ponto. Outrossim, tente deduzir a forma como a resposta será abordada no padrão da banca (indague a si mesmo sobre o que a banca trará no espelho).
Da mesma forma, para que o texto fique mais organizado, tente explicar os conceitos do começo, citando primeiro as regras gerais e somente depois as exceções. Entretanto, escreva somente o que realmente importa para responder o comando. Nesse sentido, caso haja pouco espaço, escreva apenas os conceitos genéricos (sem prazos, exceções e especificidades). Ademais, é importante fazer períodos curtos/médios, sempre usando pontos finais.
Nesse contexto, em questões técnicas é melhor mencionar primeiro a lei (situação genérica) e, em seguida, o caso concreto . No entanto, em estudos de caso, isso se inverte, pois se deve retomar o acontecimento e, em seguida, apresentar a lei que respalda seus argumentos.
Em resumo, no parágrafo de desenvolvimento, primeiro responda ou retome a proposta, em seguida faça a fundamenta na lei e, por fim, dê exemplos. Quando for citar exemplos, aborde no mínimo dois e de preferência exemplos associados ao comando. Ademais, quando o exemplo envolver nome de pessoas, use expressões de respeito, como, por exemplo, Sr. João, Sr. José.
Outra dica importante é o uso de indexações com letras ou números, para elencar listas de informações.
Entretanto, em geral, não basta fazer a simples citação de conceitos, pois também é necessário explicar cada conceito de forma contundente. Para isso pode se usar parênteses (caso a explicação seja curta), ou pontos finais (caso a explicação seja extensa), conforme demonstrado abaixo.
Por outra perspectiva, em relação à Microestrutura, o texto deve seguir uma ordem direta com frases simples, evitando duplas vírgulas e inversão do sujeito, verbo e complemento. Ademais, deve-se ter atenção à ortografia (hífen, acentos, omissão de letras, grafia), à morfossintaxe (colocação pronominal, vírgula, paralelismo, artigos) e à pontuação.
Assim, chegamos ao final. Espero que o artigo sobre a prova discursiva do IBAMA tenha sido útil para o seu aprendizado. Por fim, reforça-se a importância de ter a redação corrigida por profissionais competentes.
Kaio Guilherme Moraes de Aquino
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