Revise o tópico “Discurso direto e indireto”, constante em Língua Portuguesa, para compreender o que pode ser cobrado para todos os cargos do certame do TJCE
Olá, queridos, tudo bem?
A prova objetiva para o TJCE, cuja banca examinadora é a Fundação Carlos Chagas (FCC), está prevista para os cargos de Oficial de Justiça, Analista Judiciário – Área Judiciária e Analista Judiciário – Especialidade Ciência da Computação, para o próximo dia 19/06/2022. Pensando nisso, trouxemos um esquema, referente ao tópico de Língua Portuguesa com o que pode ser exigido para o TJCE sobre discurso direto e indireto.
Os discursos nada mais são do que formas de comunicação inseridas em um contexto. Neles existem pontos de articulação permeados de ideologia nos quais se inserem elementos da cultura, da sociedade e da história. Desse modo, o discurso deve inserir-se na esfera semântica, visto que trata, tanto de processos ideológicos, quanto de fenômenos linguísticos.
Para que sejam produzidas esferas discursivas “eficazes”, é necessário existir participantes comunicativos, isto é, personas que interagem entre si com a finalidade de se comunicar. Tal comunicação pode ser interpretada de diferentes formas, em diferentes níveis, diante disso, este estudo visa apresentar 2 (duas) formas recorrentes no jogo comunicativo, isto é, 2 (dois) tipos de discurso: o discurso direto e o indireto.
Para que esteja presente o discurso direto, um participante comunicativo deve reproduzir, com exatidão, a fala de outro participante. Diante disso, alguns elementos formais podem estar contidos no ato comunicacional, tais como, o uso de dois pontos seguidos de travessão. Isso indica que há alguém que diz e há outro sobre o qual a mensagem é dita. Nesse caso, um dos envolvidos na comunicação demonstra literalmente a fala/a comunicação do outro. Vejamos o seguinte exemplo – que pode ser exigido para o TJCE sobre discurso direto e indireto – retirado do Livro “Esopo: fábulas completas” (2013, p. 22):
Ele afirmou: − Ela não apenas pare, mas ainda o faz de modo extraordinário.
A partir do exemplo, pode-se notar que o discurso direto introduz-se a partir de um verbo (afirmou) que anuncia a fala de um sujeito (ela). Cabe ressaltar que os tempos verbais, os pronomes e as palavras coordenam-se conforme o momento da fala. Isso será visto mais adiante quando realizaremos a transposição de um tipo de discurso a outro. Antes disso, veremos, no próximo tópico, o discurso indireto.
No discurso indireto, o interlocutor não se propõe a reproduzir, com literalidade, as palavras do locutor, preza-se, nesse caso, pelo conteúdo do pensamento deste último. Trata-se, portanto, de um discurso citado pelo seu sentido, o que constitui uma espécie de interpretação sobre a enunciação realizada, e não da exposição exata e precisa da fala.
Tomando como exemplo o que ilustrou o tópico anterior – inclusive já cobrado pela banca examinadora do seu certame – uma forma eficaz de transformá-lo em discurso indireto seria:
Ele afirmou que ela não apenas paria, mas que ainda o fazia de modo extraordinário.
Com o exemplo, percebe-se que, para que a transposição de um discurso a outro seja feita corretamente, algumas alterações foram feitas, além das pontuações (dois pontos e travessão), o tempo verbal precisa sofrer um tipo de transformação para que a comunicação discursiva seja satisfeita adequadamente. Assim, passa-se ao tópico seguinte, que pretende apresentar algumas regras que devem ser cumpridas, com o objetivo de realizar, sem prejuízo de sentido, a passagem entre os tipos de discursos.
Considerando o que foi exposto neste texto sobre o que pode ser exigido para o TJCE sobre discurso direto e indireto, resta dizer que a FCC tende a cobrar a passagem de um discurso a outro. Para realizá-la corretamente, é preciso atentar-se às pessoas discursivas e ao tempo verbal conforme as tabelas 1 e 2, respectivamente:
Discurso Direto | Transposição | Discurso Indireto |
1ª pessoa | —–> | 3ª pessoa |
Eu; nós | —–> | Ele(s); ela(s) |
Me, mim, comigo, nós, conosco | —–> | Ele(s), ela(s); lhe(s); se; si; consigo; o(s); a(s) |
Meu(s); minha(s); nosso(s); nossa(s) | —–> | Seu(s); sua(s) |
Discurso Direto | Transposição | Discurso Indireto |
Presente do indicativo | —–> | Pretérito imperfeito do indicativo |
Pretérito perfeito do indicativo | —–> | Pretérito mais-que-perfeito do indicativo |
Futuro do presente do indicativo | —–> | Futuro do pretérito do indicativo |
Presente do subjuntivo | —–> | Pretérito imperfeito do subjuntivo |
Futuro do subjuntivo | —–> | Pretérito imperfeito do subjuntivo |
Imperativo | —–> | Pretérito imperfeito do subjuntivo |
Assim, no exemplo disposto neste artigo, para uma correta transposição entre os discursos, passou-se o tempo do verbo do presente (pare/faz) para o tempo pretérito imperfeito do indicativo (paria/fazia). Acesse o site do Estratégia Concursos para estudar mais a respeito deste tema.
Um abraço,
Igor Alcântara
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