TJ SP prova comentada e gabarito extraoficial de Português
Fala, pessoal!
Estou comentando a prova de Português do TJ SP 2017. Ainda não terminei, mas vou atualizar este artigo de 10 em 10 minutos inserindo as questões que já consegui terminar de comentar.
Segue:
(A) a dispersão e a menor capacidade de conservar conteúdos.
(B) a distração e a possibilidade de haver colaboração de colegas e chefes.
(C) a impossibilidade de cumprir várias tarefas e a restrição à criatividade.
(D) o isolamento na realização das tarefas e a vigilância constante dos chefes.
(E) a dificuldade de propor soluções tecnológicas e a transferência de atividades para o lar.
Comentário: Para fazer uma boa interpretação, devemos observar, em cada alternativa, se há respaldo no texto que a confirme como correta.
A questão pede a alternativa que apresente, segundo o texto, os aspectos desfavoráveis ao trabalho em espaços abertos compartilhados. Assim, vamos apontar literalmente o que o texto nos mostra sobre isso:
Todos estavam distraídos, a produtividade caiu, e os nove empregados estavam insatisfeitos, sem falar do próprio chefe.
Pesquisas, contudo, mostram que podemos perder até 15% da produtividade, desenvolver problemas graves de concentração e até ter o dobro de chances de ficar doentes em espaços de trabalho abertos… (…)
Nunca se consegue terminar as coisas e é preciso levar mais trabalho para casa”, diz ele.(…)
A verdade é que não conseguimos cumprir várias tarefas ao mesmo tempo, e pequenas distrações podem desviar nosso foco por até 20 minutos.
Retemos mais informações quando nos sentamos em um local fixo, afirma Sally Augustin, psicóloga ambiental e de design de interiores.
A alternativa (B) está errada, pois a “possibilidade de haver colaboração de colegas e chefes” seria um dado positivo e não negativo.
A alternativa (C) está errada, pois o texto não apresenta nenhuma expressão literal ou que fizesse subentender a restrição à criatividade.
A alternativa (D) está errada, pois o texto não apresenta como desfavorável “a vigilância constante dos chefes”.
A alternativa (E) está errada, pois o texto não apresenta como desfavorável “a dificuldade de propor soluções tecnológicas”.
Assim, por eliminação, resta a alternativa (A), a qual é bem generalizante e os dados inseridos e grifados acima de certa forma confirmam-na como correta. A “dispersão” está confirmada nas seguintes passagens do texto: “Todos estavam distraídos”, “pequenas distrações podem desviar nosso foco”.
A menor capacidade de conservar conteúdos é entendida como a capacidade de concentração, de abstração de conteúdo, de foco, como se observa nas seguintes passagens do texto: “podemos perder até 15% da produtividade”, “desenvolver problemas graves de concentração” e “Retemos mais informações quando nos sentamos em um local fixo”.
Gabarito: A
Há quatro anos, Chris Nagele fez o que muitos executivos no setor de tecnologia já tinham feito.
(A) Devem fazer uns quatro anos que Chris Nagele transferiu sua equipe para escritórios abertos, tais como foi transferido por muitos executivos.
(B) Faz exatamente quatro anos que Chris Nagele fez o que já tinham sido feitos por outros executivos do setor.
(C) Mais de um executivo já tinham transferido suas equipes para escritórios abertos, o que só aconteceu com Chris Nagele fazem mais de quatro anos.
(D) O que muitos executivos fizeram, transferindo suas equipes para escritórios abertos, também foi feito por Chris Nagele, faz cerca de quatro anos.
(E) Muitos executivos já havia transferido suas equipes para o chamado escritório aberto, como feito por Chris Nagele.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o verbo “fazer”, no sentido de tempo decorrido, não permite que seu verbo auxiliar se flexione no plural. Além disso, a locução conjuntiva comparativa “tal como” não deve variar. Por fim, a locução verbal da voz passiva “foi transferido” não apresenta referente masculino, mas feminino (“equipe”). Veja a correção:
Deve fazer uns quatro anos que Chris Nagele transferiu sua equipe para escritórios abertos, tal como foi transferida por muitos executivos.
A alternativa (B) está errada, pois o pronome relativo “que” ocupa a função de sujeito e retoma o pronome singular “o”. Assim, a locução verbal “tinham sido feitos” deve se flexionar no singular.
Faz exatamente quatro anos que Chris Nagele fez o que já tinha sido feito por outros executivos do setor.
A alternativa (C) está errada, pois a expressão singular “Mais de um” força o verbo ao singular. Além disso, o verbo “fazer”, no sentido de tempo decorrido, não pode se flexionar no plural. Veja a correção:
Mais de um executivo já tinha transferido suas equipes para escritórios abertos, o que só aconteceu com Chris Nagele faz mais de quatro anos.
A alternativa (D) é a correta. O verbo “fizeram” concorda com o sujeito “muitos executivos”. A locução verbal da voz passiva “foi feito” tem como sujeito paciente o pronome demonstrativo “O”. Note que o verbo “fazer”, no sentido de tempo decorrido, não pode se flexionar no plural. Confirme:
O que muitos executivos fizeram, transferindo suas equipes para escritórios abertos, também foi feito por Chris Nagele, faz cerca de quatro anos.
A alternativa (E) está errada, pois a locução verbal “havia transferido” deve concordar com o sujeito plural “Muitos executivos”. Note que o verbo “havia” não se encontra no sentido de existir, por isso deve se flexionar. Veja a correção:
Muitos executivos já haviam transferido suas equipes para o chamado escritório aberto, como feito por Chris Nagele.
Gabarito: D
(A) espacial ao caso de sucesso de outros executivos do setor de tecnologia que aboliram paredes e divisórias.
(B) temporal ao momento em que se deu a transferência da equipe de Nagele para o escritório aberto.
(C) espacial ao novo tipo de ambiente de trabalho, e temporal às mudanças favoráveis à integração.
(D) espacial aos escritórios fechados onde trabalhava a equipe de Nagele antes da mudança para locais abertos.
(E) temporal ao dia em que Nagele decidiu seguir o exemplo de outros executivos, e espacial ao tipo de escritório que adotou.
Comentário: A expressão adverbial “até então” é o mesmo de até agora. Assim, transmite circunstância de tempo. Assim, devemos eliminar as alternativas (A), (C) e (D).
Note que a alternativa (E) também se refere a espaço. Assim, também a eliminamos e a alternativa (B) é a correta.
Gabarito: B
(A) posterior, contestando com dados estatísticos o formato tradicional de escritório fechado.
(B) anterior, atestando a eficiência do modelo aberto com base em resultados de pesquisas.
(C) anterior, confirmando com estatísticas o sucesso das empresas que adotaram o modelo de escritórios abertos.
(D) posterior, expondo argumentos favoráveis à adoção do modelo de escritórios abertos.
(E) anterior, introduzindo informações que se contrapõem à visão positiva acerca dos escritórios abertos.
Comentário: A conjunção “contudo” só pode ter valor coordenativo adversativo. Assim, ela inicia um segmento de valor de contraste, oposição, ressalva, em relação a uma informação anterior.
Dessa forma, só cabe a alternativa (E).
Gabarito: E
(A) retivemos … sentaríamos
(B) reteríamos … sentarmos
(C) retínhamos … sentássemos
(D) retivéssemos … sentássemos
(E) reteremos … sentávamos
Comentário: Com a inserção do advérbio de dúvida “Talvez”, naturalmente é forçoso o emprego do modo subjuntivo. Assim, já eliminamos as alternativas (A), (B), (C) e (E). Dessa forma, a alternativa correta é a (D). Confirme:
Talvez retivéssemos mais informações quando nos sentássemos em um local fixo…
Gabarito: D
(A) distraídos e atentos.
(B) improvável e inaceitável.
(C) conectar e interligar.
(D) tradicional e usual.
(E) insatisfeitos e desabonados.
Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois a pessoa que não está distraída está atenta. Assim, conseguimos perceber aí a ideia de oposição, a relação antônima.
O contrário de “improvável” é provável, e não “inaceitável”.
O contrário de “conectar” é desconectar, e não “interligar”.
Aquilo que é “tradicional” é de uso comum, usual. Assim, são palavras, de certa forma, sinônimas.
O contrário de “insatisfeitos” é satisfeitos, e não “desabonados” (sem recursos, sem créditos).
Gabarito: A
(A) mostre-se alterado.
(B) seja substituído.
(C) mereça sanção.
(D) torne-se obsoleto.
(E) sofra censura.
Comentário: Cair em desuso significa tornar-se sem préstimo, obsoleto. Assim, a alternativa correta é a (D).
Gabarito: D
(A) Retemos mais informações quando nos sentamos em um local fixo, afirma Sally Augustin… (último parágrafo).
(B) Os funcionários, até então, trabalhavam de casa, mas ele queria que todos estivessem juntos… (2º parágrafo).
(C) É improvável que o conceito de escritório aberto caia em desuso… (7º parágrafo).
(D) “Nunca se consegue terminar as coisas e é preciso levar mais trabalho para casa”, diz ele. (6º parágrafo).
(E) Inúmeras empresas adotaram o conceito de escritório aberto… (4º parágrafo).
Comentário: O ponto de vista do autor é expresso quando se percebe um julgamento, uma apreciação sobre algo, sobre o tema. Isso é evidenciado na alternativa (C), pois a expressão “É improvável” mostra uma consideração do autor sobre o conceito de escritório aberto cair em desuso.
A alternativa (A) está errada, pois literalmente houve a citação da fala de Sally Augustin, e não do autor.
A alternativa (B) está errada, pois o autor apenas narra um fato: Os funcionários, até então, trabalhavam de casa, mas ele queria que todos estivessem juntos…
A alternativa (D) está errada, pois literalmente houve a citação da fala de Nagele, e não do autor.
A alternativa (E) está errada, pois o autor apenas narra um fato: Inúmeras empresas adotaram o conceito de escritório aberto…
Gabarito: C
(A) portanto o próprio chefe.
(B) diante do próprio chefe.
(C) até mesmo o próprio chefe.
(D) apesar do próprio chefe.
(E) exceto o próprio chefe.
Comentário: O contexto nos mostra que também o chefe estava insatisfeito. Assim, há noção de inclusão, como o que ocorre com a expressão “até mesmo”. Dessa forma, a alternativa correta é a (C).
Gabarito: C
(A) a representação de seu advogado é garantia de sucesso na ação.
(B) é irrelevante que seu advogado tenha a competência reconhecida.
(C) o processo, para ela, não passa de um artifício para ganhar tempo.
(D) sua causa está perdida de antemão, graças à ameaça que fez.
(E) a garota se convence da opinião de quem ela quer processar.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois a fala da personagem de que “Isso não vai incomodá-lo em um pouco” demonstra que não há garantia de sucesso na ação.
A alternativa (C) está errada, pois o fato de ela afirmar que o processaria foi apenas uma forma de intimidação, e não de artifício para ganhar tempo.
A alternativa (D) está errada, pois não há evidências no texto de que a ameaça dela tenha sido a razão de ele ignorar se pedido.
Ficamos assim, entre as alternativas (B) e (E).
Agora, temos que aprofundar na interpretação. Veja que a fala final da personagem (“Isso não vai incomodá-lo nem um pouco”) não significa que a garota foi convencida da opinião do garoto. Note que o garoto em nenhum momento olhou para trás, não reconheceu a instituição do suposto advogado.
Assim, tanto a fala dele quanto a dela reforçam que é irrelevante que seu advogado tenha a competência reconhecida.
Portanto, a alternativa (B) é a correta.
Gabarito: B
(A) Pergunto à você onde está seu advogado; não creio que ele resolva ao caso.
(B) Vou acionar à polícia se você não vir me ajudar com à lição de casa.
(C) Se você não se dispor em ajudar à fazer a lição de casa, vou processar você.
(D) Espero que você nomeie à alguém que trata disso melhor do que seu advogado.
(E) Caso você não me acuda quando eu fizer a lição de casa, apelarei à justiça.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o pronome de tratamento “você” não pode ser precedido do artigo “a”, por conseguinte, não cabe crase. Além disso, o verbo “resolva” é transitivo direto e “o caso” é o objeto direto. Veja a correção:
Pergunto a você onde está seu advogado; não creio que ele resolva o caso.
A alternativa (B) está errada, pois o verbo “acionar” é transitivo direto e “a polícia” é o objeto direto. Assim, não cabe crase por não haver preposição “a”, somente artigo. Além disso, o verbo “vir”, no futuro do subjuntivo, é “vier”. Por fim, não cabe preposição “a” depois da preposição “com”. Assim, não cabe crase. Veja a correção:
Vou acionar a polícia se você não vier me ajudar com a lição de casa.
A alternativa (C) está errada, pois a flexão do verbo “dispor”, no futuro do subjuntivo é “dispuser”. Ademais, ele rege a preposição “a”. Não cabe crase diante de verbo.
Se você não se dispuser a ajudar a fazer a lição de casa, vou processar você.
A alternativa (D) está errada, pois o verbo “nomear” é transitivo direto e não cabe preposição “a”. Além disso, não cabe artigo “a” diante do pronome indefinido “alguém”.
Espero que você nomeie alguém que trata disso melhor do que seu advogado.
A alternativa (E) é a correta. Note que o verbo “fizer” se encontra no futuro do subjuntivo e o verbo “apelarei” é transitivo indireto e rege a preposição “a”, por isso houve crase.
Caso você não me acuda quando eu fizer a lição de casa, apelarei à justiça.
Gabarito: E
(A) (I) expressa uma comparação; (II) expressa seu efeito futuro.
(B) (I) expressa uma causa; (II) expressa o momento da ação.
(C) (I) expressa uma ação possível; (II) expressa uma ação precedente realizada.
(D) (I) expressa modo da ação já realizada; (II) expressa sua causa.
(E) (I) expressa uma condição; (II) expressa uma possível ação consequente.
Comentário: Na parte I, ocorre a conjunção condicional “Se”. Naturalmente, a oração principal é o resultado dessa condição. Assim, já sabemos que a alternativa correta é a (E).
Gabarito: E
(A) A menina afirmou ao garoto que poderia processá-lo, se este não a ajudasse com a lição de casa.
(B) A menina ameaçou processar-lhe, caso o garoto não ajudasse-a com a lição de casa.
(C) A menina afirmou ao garoto que poderá processar ele, caso este não ajudar-lhe com a lição de casa.
(D) O garoto respondeu à menina, perguntando-a onde estava o advogado dela.
(E) Em resposta à menina, o garoto resolveu perguntá-la onde estava o advogado dela.
Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois o verbo “processar” é transitivo direto e “-lo” é o objeto direto. Além disso, a palavra atrativa “não” força a próclise. Confirme:
A menina afirmou ao garoto que poderia processá-lo, se este não a ajudasse com a lição de casa.
A alternativa (B) está errada, pois o verbo “processar” é transitivo direto e o pronome correto deve ser “-o”. Além disso, a palavra atrativa “não” força a próclise. Veja a correção:
A menina ameaçou processá-lo, caso o garoto não a ajudasse com a lição de casa.
A alternativa (C) está errada, pois o pronome “ele” não pode se comportar como objeto direto, pois o pronome adequado a isso é o oblíquo átono “-o”. Além disso, o verbo “ajudar” é transitivo direto e não cabe “-lhe”, mas “-o”. Além disso, a palavra atrativa “não” força a próclise.
A menina afirmou ao garoto que poderá processá-lo, caso este não a ajudar com a lição de casa.
A alternativa (D) está errada, pois o verbo “perguntar” é transitivo direto e indireto. O objeto direto é a oração subordinada substantiva objetiva direta “onde estava o advogado dela” e o objeto indireto deve ser o pronome “-lhe”.
O garoto respondeu à menina, perguntando-lhe onde estava o advogado dela.
A alternativa (E) está errada, pois o verbo “perguntar” é transitivo direto e indireto. O objeto direto é a oração subordinada substantiva objetiva direta “onde estava o advogado dela” e o objeto indireto deve ser o pronome “-lhe”.
Em resposta à menina, o garoto resolveu perguntar-lhe onde estava o advogado dela.
Gabarito: A
(A) uma viagem de ônibus em que ele ficou indiferente ao que acontecia.
(B) a perda da inocência provocada pela gritaria dos companheiros.
(C) o trajeto percorrido pela alma infantil em busca de amizade.
(D) experiências sensoriais que o levam a provar a sensualidade.
(E) a confusão mental ocasionada pela sede não saciada.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o texto nos mostra que o menino não ficou indiferente ao que acontecia.
A alternativa (B) está errada, pois não há elementos no texto que nos levassem a entender que o menino teria perdido a inocência por causa da gritaria dos companheiros.
A alternativa (C) está errada, pois o que se estava descrevendo não era a busca de amizade.
A alternativa (D) é a correta e podemos confirmar cada parte com expressões do texto. As experiências sensoriais podem ser notadas em trechos, como “deixava a brisa fresca bater-lhe no rosto e entrar-lhe pelos cabelos com dedos longos, finos e sem peso como os de uma mãe”, “apenas sentir”, “A brisa fina, antes tão boa, agora ao sol do meio-dia tornara-se quente e árida e ao penetrar pelo nariz secava ainda mais a pouca saliva que pacientemente juntava.”, “mas agora se sentia mais perto da água”, “pressentia-a mais próxima”.
O texto apresenta a sensualidade no parágrafo final:
“Sofreu um tremor que não se via por fora e que se iniciou bem dentro dele e tomou-lhe o corpo todo estourando pelo rosto em brasa viva.”
A alternativa (E) está errada, porque o texto não descreve uma confusão mental.
Gabarito: D
(A) Não esperávamos entregar-lhes nossos documentos naquele momento.
(B) Chegou-nos a notícia do desaparecimento do helicóptero.
(C) Pegou-me a mão, tentando encorajar-me a tomar uma decisão.
(D) Faça-a ver que ninguém está questionando sua atitude.
(E) Não vá forçá-lo a assumir função para a qual não se acha preparado.
Comentário: O valor de posse nos permite trocar o pronome átono pelo pronome possessivo. Assim, no texto original, podemos fazer a troca da seguinte forma:
…deixava a brisa fresca bater-lhe no rosto e entrar-lhe pelos cabelos…
…deixava a brisa fresca bater no seu rosto e entrar pelos seus cabelos…
O mesmo ocorre com a alternativa (C), que é a correta. Compare:
Pegou-me a mão, tentando encorajar-me a tomar uma decisão.
Pegou a minha mão, tentando encorajar-me a tomar uma decisão.
Na alternativa (A), o verbo “entregar” é transitivo direto e indireto, “nossos documentos” é o objeto direto e “lhes” é o objeto indireto: entregar algo a alguém.
Na alternativa (B), o verbo “Chegou” é, neste contexto, transitivo indireto e “nos” é o objeto indireto: Algo chegou a nós.
Na alternativa (D), o verbo “faça” é transitivo direto e “-a” é o objeto direto.
Na alternativa (E), o verbo “forçar” é transitivo direto e “-lo” é o objeto direto.
Gabarito: C
(A) Sofreu um tremor que […] se iniciou bem dentro dele e tomou-lhe o corpo todo estourando pelo rosto em brasa viva.
(B) … deixava a brisa fresca bater-lhe no rosto e entrar-lhe pelos cabelos com dedos longos…
(C) … e seus olhos saltavam para fora da janela, procurando a estrada, penetrando entre os arbustos…
(D) O ônibus da excursão subia lentamente a serra. Ele, um dos garotos no meio da garotada em algazarra…
(E) Era a vida voltando, e com esta encharcou todo o seu interior arenoso até se saciar.
Comentário: A questão trabalha as palavras de valor denotativo, próprio, real, literal, e o valor conotativo, figurado.
Na alternativa (A), as palavras “estourando” e “brasa viva” estão sendo empregadas em sentido conotativo, figurado.
Na alternativa (B), a personificação percebida nas expressões “brisa fresca bater-lhe no rosto” e “entrar-lhe pelos cabelos com dedos longos” marca a linguagem conotativa, figurada.
Na alternativa (C), os olhos não saltam literalmente. Assim, houve linguagem conotativa.
A alternativa (D) é a que apresenta palavras somente em sentido literal, próprio. Veja que o ônibus sobe literalmente uma serra e os garotos literalmente ficam em algazarra.
Na alternativa (E), a expressão “encharcou todo o seu interior arenoso” marca uma linguagem conotativa.
Gabarito: D
(A) modo, causa e lugar.
(B) modo, causa e intensidade.
(C) modo, dúvida e lugar.
(D) comparação, causa e tempo.
(E) comparação, dúvida e tempo.
Comentário: A palavra “como” é o advérbio interrogativo de modo, “por que” é a expressão interrogativa de causa e “mais” é o advérbio de intensidade. Note que o advérbio de lugar é “perto”. O advérbio “mais” apenas intensifica.
Dessa forma, a alternativa correta é a (B).
Gabarito: B
(A) Do chafariz de pedra entre arbustos brotava num filete, a água sonhada.
(B) No meio da balbúrdia dos amigos, a concentração no sentir era difícil.
(C) Sentia-se intrigado intuitivamente confuso, na sua inocência.
(D) Antes tão boa a brisa fina, tornara-se quente e árida ao sol do meio-dia.
(E) Ele conseguiu ser, o primeiro a chegar antes de todos ao chafariz de pedra.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois não pode haver apenas uma vírgula para separar o adjunto adverbial intercalado “num filete”. Além disso, o adjunto adverbial antecipado e de grande extensão deve ser seguido de vírgula. Veja a correção:
Do chafariz de pedra entre arbustos, brotava, num filete, a água sonhada.
A alternativa (B) é a correta, pois o adjunto adverbial antecipado e de grande extensão deve ser seguido de vírgula. Confirme:
No meio da balbúrdia dos amigos, a concentração no sentir era difícil.
A alternativa (C) está errada, pois a expressão “intuitivamente confuso” é o segundo elemento de uma enumeração. Veja que há duas características do sujeito: “intrigado” e “intuitivamente confuso”. Veja a correção:
Sentia-se intrigado, intuitivamente confuso, na sua inocência.
A alternativa (D) está errada, pois não pode haver vírgula entre o sujeito “a brisa fina” e o seu verbo “tornara-se”. O adjunto adverbial antecipado de pequena extensão pode ser seguido de vírgula. Veja a correção:
Antes tão boa, a brisa fina tornara-se quente e árida ao sol do meio-dia.
A alternativa (E) está errada, pois não pode haver vírgula entre a locução verbal de ligação “conseguiu ser” e o predicativo “o primeiro”.
Ele conseguiu ser o primeiro a chegar antes de todos ao chafariz de pedra.
Gabarito: B
(A) O verdadeiro sentido da solidariedade está em comover-se com o semelhante desamparado.
(B) Hoje, a tecnologia leva a uma compreensão mais ética da realidade circundante.
(C) Não se pode condenar a postura ética das pessoas que se deixam encantar com os modismos.
(D) Um fato violento corriqueiro não justifica a preocupação com a desgraça alheia.
(E) A novidade tecnológica reforça a individualidade, levando as pessoas a ficar alheias à realidade que as cerca.
Comentário: A alternativa (A) está errada, porque não há comoção com a situação do corpo caído.
A alternativa (B) está errada, por não haver ética em fazer selfie ao lado de um corpo caído no chão.
A alternativa (C) está errada, pois se deve condenar, sim, uma postura antiética das pessoas que se portam e desmerecem o outro.
A alternativa (D) está errada, pois um fato violento justifica, sim, a preocupação com a desgraça alheia.
A alternativa (E) é a correta, pois fazer selfie ao lado de um corpo caído no chão retrata o descaso com o outro, a individualidade, levando ao absurdo de pessoas ficarem alheias à realidade que as cerca.
Gabarito: E
(A) O pau de selfie permite fotografar várias pessoas.
(B) O grupo familiar posa unido.
(C) As pessoas sorriem para a câmera.
(D) O corpo está estendido no chão.
(E) A violência está banalizada.
Comentário: A alternativa (E) é a correta, pois fazer selfie ao lado de um corpo caído no chão retrata o descaso com o outro, o que transmite a ideia de que a violência está banalizada.
As demais alternativas estão bem fora do contexto.
Gabarito: E
(A) sabe como vencer a rudeza da paisagem de São Paulo, encontrando nesta espaços para o lazer.
(B) se vê impedido de realizar atividades esportivas, no mar de asfalto que é São Paulo.
(C) toma Ipanema como um símbolo daquilo que se pode alcançar, apesar de muito andar e andar.
(D) busca em Ipanema o contato com a natureza exuberante que não consegue achar em sua cidade.
(E) tem feito críticas à cidade, porque ela não oferece atividades recreativas a seus habitantes.
Comentário: O próprio título do artigo (“O paulistano não é de jogar a toalha. Prefere estendê-la e deitar em cima”) já nos mostra a intenção do autor de mostrar que o paulistano sabe como vencer a rudeza da paisagem de São Paulo, encontrando nesta espaços para o lazer.
Isso é reforçado pelo ponto de vista otimista no segundo parágrafo do texto:
O paulistano, contudo, não é de jogar a toalha – prefere estendê-la e se deitar em cima, caso lhe concedam dois metros quadrados de chão. É o que vemos nas avenidas abertas aos pedestres, nos fins de semana: basta liberarem um pedacinho do cinza e surgem revoadas de patinadores, maracatus, big bands, corredores evangélicos, góticos satanistas, praticantes de ioga, dançarinos de tango, barraquinhas de yakissoba e barris de cerveja artesanal.
Dessa forma, a alternativa (A) é a correta.
As alternativas (B) e (E) estão erradas, pois o autor não mostra que está impedido de praticar esportes em São Paulo. Basta ler novamente o segundo parágrafo do texto.
A alternativa (C) está errada e se refere basicamente à seguinte expressão do texto: “o problema de São Paulo é que você anda, anda, anda e nunca chega a alívio algum”. Porém, essa visão negativa é contraposta no segundo parágrafo do texto com seu ponto de vista otimista sobre a cidade:
O paulistano, contudo, não é de jogar a toalha – prefere estendê-la e se deitar em cima, caso lhe concedam dois metros quadrados de chão. É o que vemos nas avenidas abertas aos pedestres, nos fins de semana: basta liberarem um pedacinho do cinza e surgem revoadas de patinadores, maracatus, big bands, corredores evangélicos, góticos satanistas, praticantes de ioga, dançarinos de tango, barraquinhas de yakissoba e barris de cerveja artesanal.
A alternativa (D) está tomando a palavra “Ipanema” ao pé da letra, conforme orienta o autor no primeiro parágrafo. Porém, não é este o sentido a que o autor se refere.
Gabarito: A
(A) Mais de um paulistano não são de jogar a toalha – acham preferíveis estendê-la e se deitarem em cima, caso se dê a eles dois metros de chão.
(B) Os paulistanos não jogam a toalha – acham preferíveis estendê-la e se deitar em cima, caso lhes deem dois metros quadrados de chão.
(C) Cem por cento dos paulistanos não joga a toalha – acha preferível estendê-la para que se deite sobre elas, caso seja dado a eles dois metros quadrados de chão.
(D) A maior parte dos paulistanos, contudo, não são de jogarem a toalha – acha preferível elas serem estendidas e deitar-se em cima, caso lhe seja dado dois metros de chão.
(E) Para os paulistanos, não se joga a toalha – é preferível que seja estendida, para que possam deitar-se sobre ela, caso lhes sejam dados dois metros quadrados de chão.
Comentário: A alternativa (A) está errada, porque o sujeito só apresenta palavras no número singular. Assim, o verbo “são” deve se flexionar no singular. Além disso, os verbos “acham” e “deitarem”, além do pronome “eles”, referem-se à mesma expressão singular, fazendo com que se flexionem no singular. O adjetivo “preferível” é o predicativo do objeto direto oracional. Assim, deve se flexionar no singular. O verbo “dê” é transitivo direto e indireto, o pronome “se” é apassivador, o termo “a eles” é o objeto indireto e o sujeito paciente “dois metros de chão” força tal verbo ao plural. Veja a correção:
Mais de um paulistano não é de jogar a toalha – acha preferível estendê-la e se deitar em cima, caso se deem a ele dois metros de chão.
A alternativa (B) está errada, pois o adjetivo “preferíveis” ocupa a função de predicativo do objeto direto, o qual se apresenta como orações subordinadas substantivas objetivas diretas e coordenadas entre si “estendê-la e se deitar em cima”. Dessa forma, tal adjetivo não pode se flexionar no plural. Note que os verbos “jogam” e “acham” concordam com a expressão plural “Os paulistanos”.
O verbo “deem” é transitivo direto e indireto, seu sujeito é indeterminado, “lhes” é o objeto indireto e se refere a “paulistanos” e “dois metros quadrados de chão” é o objeto direto.
Os paulistanos não jogam a toalha – acham preferível estendê-la e se deitar em cima, caso lhes deem dois metros quadrados de chão.
A alternativa (C) está errada, pois a expressão de porcentagem e o adjunto adnominal se encontram no plural, o que força os verbos referentes ao plural. Além disso, a expressão “dois metros quadrados de chão” é o sujeito paciente da locução verbal da voz passiva “seja dado”, por isso deve também se flexionar no plural. Note também que o pronome “elas” deve concordar com “toalha”.
Cem por cento dos paulistanos não jogam a toalha – acham preferível estendê-la para que se deitem sobre ela, caso sejam dados a eles dois metros quadrados de chão.
A alternativa (D) está errada, pois, apesar de haver a expressão partitiva “A maior parte dos paulistanos”, se o primeiro verbo referente se flexiona no plural, os demais referentes também devem fazê-lo. Além disso, o verbo “jogarem” se apresenta como infinitivo impessoal, por isso não deve se flexionar. Ademais, a expressão “dois metros quadrados de chão” é o sujeito paciente da locução verbal da voz passiva “seja dado”, por isso deve se flexionar no plural. O pronome “elas” se refere ao substantivo “toalha”, por isso deve se flexionar no singular, juntamente com seus referentes.
Reforça-se aqui que o predicativo do objeto direto “preferível” está corretamente flexionado no singular, porque concorda com as orações subordinadas substantivas objetivas diretas e coordenadas entre si “ela ser estendida e deitarem-se em cima”.
A maior parte dos paulistanos, contudo, não são de jogar a toalha – acham preferível ela ser estendida e deitarem-se em cima, caso lhe sejam dados dois metros de chão.
A alternativa (E) é a correta. Note que o verbo “joga” é transitivo direto e o pronome “se” é apassivador. Assim, “a toalha” é o sujeito paciente e mantém o verbo no singular.
O predicado nominal “é preferível” tem como sujeito a oração subordinada substantiva subjetiva “que seja estendida”. Assim, tal predicado deve se manter no singular. Dentro dessa oração, note que “seja estendida” concorda com seu referente “toalha”.
Na oração “para que possam deitar-se sobre ela”, a locução verbal “possam deitar-se” concorda com o referente “os paulistanos”, e a locução verbal da voz passiva “sejam dados” concorda com seu sujeito paciente “dois metros quadrados de chão”. Confirme:
Para os paulistanos, não se joga a toalha – é preferível que seja estendida, para que possam deitar-se sobre ela, caso lhes sejam dados dois metros quadrados de chão.
Gabarito: E
(A) … parque noturno com bastante gente, quase nenhum carro e propício a todo tipo de atividades…
(B) Lá em Cotia, no fim da tarde, eu corria em volta de um lago, desviando de patos…
(C) É o que vemos nas avenidas abertas aos pedestres, nos fins de semana…
(D) O Ibirapuera, o parque do Estado, o Jardim da Luz são uns raros respiros perdidos entre o mar de asfalto…
(E) Corri em volta do parque Buenos Aires e do cemitério da Consolação…
Comentário: Certamente você percebeu que o Jardim da Luz não significa literalmente “uns raros respiros”, tampouco há literalmente um mar de asfalto. Assim, a alternativa (D) é a que apresenta a linguagem figurada, conotativa.
Gabarito: D
(A) prefere estendê-la à desistir – ponham a disposição.
(B) prefere mais estendê-la do que desistir – põe à disposição.
(C) prefere estendê-la a desistir – ponham à disposição.
(D) prefere estendê-la a desistir – põe a disposição.
(E) prefere estendê-la do que desistir – põem a disposição.
Comentário: O verbo “preferir”, no texto original, é transitivo direto. Porém, na reescrita, a banca quer que você note que ele é transitivo direto e indireto e rege a preposição “a”. Assim, com o verbo “preferir”, não cabe o intensificador “mais”, nem a expressão comparativa “do que”. Com isso, já eliminamos as alternativas (B) e (E).
Além disso, não cabe crase diante de verbo, e eliminamos também a alternativa (A).
Quanto ao segundo segmento, a conjunção condicional “caso” força o verbo “pôr” ao modo subjuntivo “ponham”. Além disso, a locução adverbial “à disposição” deve receber crase.
Assim, a alternativa correta é a (C).
Gabarito: C
Qualquer dúvida, podem colocar nos comentários!
Assim que eu terminar de comentar a prova, eu vejo e tiro as dúvidas.
Abração!
Décio Terror
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Ver comentários
Professor comente a prova de Portugues da FGV para analista censitário IBGE 21017 :)
Professor, o senhor lançará gabarito pra prova do IBGE?
Por enquanto tranquilo!! Obrigada!!
Professor, na hora da prova lembrei de todas as regrinhas que você explicou.
Sou sua fã número um! O estratégia tem muitos pontos fortes e o Senhor, sem dúvida, é o maior deles!
Professor, adoro as suas aulas!!! Parabéns pelo trabalho desempenhado!!!
Valeu Professor!!!
Muito bom!
Deus abençoe.
Professor acho que não está batendo a ordem das alternativas com a que foi postada !
Olá Luiz,
A Vunesp aplicou 4 provas “diferentes”! As provas possuem as mesmas questões, porém as alternativas possuem ordem diferente em cada uma. A prova que o professor recebeu seguia esta ordem, então caso a sua prova tenha a posição das alternativas diferente dessa, confira pelo enunciado de cada uma, ok?
Espero que tenha um bom resultado!
Cade a 1 e a 3?? Ou eu estou doida rs
TERROOOOOOOR, cadê você, eu vim aqui só pra te ver!!
Boa tarde professor, tudo bem?
Estou em dúvidas quanto à questão dos advérbios.
O advérbio "mais" neste caso, parece-me de lugar, pois a questão pode ser: "em que lugar o menino se encontra?" "Mais perto da água". Acho que a palavra "mais perto" indica um ponto geográfico.