No artigo de hoje, TJ MG: Português resumido, será apresentado um resumo dos principais pontos que você precisa saber para a prova, conforme análise do IBFC.

TJ MG

Com base na análise do passo estratégico foram listados os tópicos mais relevantes do ponto estatístico. Assim, dentre todos os tópicos foram abrangidos neste resumo assuntos contidos temas como classes de palavras, ortografia, verbos e colocação pronominal.

TJ MG: Português – Substantivo

O substantivo ou nome é uma classe de palavras variáveis com que se nomeiam os seres. 

São tipos de substantivo:

  • concretos (reais ou imaginários)
  • abstratos
  • comum
  • próprio
  • coletivo (específicos ou indeterminados)

São tipos de formação dos substantivos:

  • primitivo
  • derivado
  • simples
  • composto (justaposição ou aglutinação)

São tipos de flexão de gênero:

  • substantivo comum de dois gêneros
  • sobrecomum
  • epiceno
  • biforme (alguns são heterônimos)

Reitera-se que algumas palavras causam confusão de gênero. Assim, seguem as principais listas:

  • Palavras masculinas: o apêndice, o champanha, o clã, o derma, o eclipse, o eczema, o formicida, o guaraná, o herpes, o telefonema, o trema, o tracoma, o vernissage, o alvará, o aneurisma, o estratagema.
  • Palavras femininas: a alface, a aluvião, a sentinela, a cal, a apendicite, a bacanal, a cataplasma, a omoplata, a libido, a mousse, a derme, a gênese, a comichão, a omelete.

Flexão de número do substantivo

Segundo a regra geral, forma-se o plural ao se acrescentar a desinência “s” ao singular, caso os substantivos sejam finalizados em vogal ou em ditongo.

Por outro lado, há regras especiais cujas principais relações encontram-se abaixo.

  • Substantivos terminados em “R” ou “Z”: acrescenta-se “ES” ao singular.
  • Substantivos terminados em “AL”, “EL”, “OL”: troca-se o “L” final por “IS”.
  • Substantivos terminados em “IL”: caso sejam oxítonos, troca-se o “L” final por “S” e paroxítonos, troca-se o “IL” final por “EIS”.
  • Substantivos terminados em “S”: caso sejam oxítonos ou monossílabos, acrescenta-se “ES” e paroxítonos ou proparoxítonos, permanecem invariáveis (flexiona-se o artigo que os acompanha). Assim, no segundo caso, são denominados substantivos comuns de dois números.
  • Substantivos terminados em “M”: troca-se “M” por “NS”.
  • Substantivos terminados em “ÃO”: alguns substantivos apresentam a forma pluralizada em “ÃOS”, “ÕES” ou “ÃES”. Assim, não há uma regra fixa, há que se memorizar.

TJ MG: Português – Substantivos Compostos

O substantivo composto se forma pela justaposição ou aglutinação de dois ou mais radicais. Portanto, usam-se as regras a seguir:

Os dois elementos variam:

  • Se o substantivo for formado por: substantivo + substantivo.
  • Se o substantivo for formado por: substantivo + adjetivo.
  • Se o substantivo for formado por: adjetivo + substantivo.
  • Se o substantivo for formado por: numeral + substantivo.

Apenas o primeiro elemento varia:

  • Se o substantivo for formado por: substantivo + preposição + substantivo.
  • Se o substantivo for formado por: substantivo + substantivo, e o segundo funcionar como determinante (ex: adjetivo) do primeiro.

Apenas o segundo elemento varia:

  • Se o substantivo for formado por: palavras repetidas.
  • Se o substantivo for formado por: verbo + substantivo.
  • Se o substantivo for formado por: palavra invariável + palavra variável.
  • Se o substantivo for formado por: elementos não ligados por hífen e que formam uma só palavra.
  • Se o substantivo for formado por: redução + substantivo.

Nenhum elemento varia:

  • Se o substantivo for formado por: verbo + advérbio.
  • Se o substantivo for formado por: verbo + substantivo plural.

Rememorando, os verbos variam em função de:

  • Pessoa (1ª, 2ª e 3ª do singular e plural)
  • Número (singular e plural)
  • Tempo (tempos do modo indicativo e tempos do modo subjuntivo)
  • Modo (indicativo, subjuntivo e imperativo)
  • Voz

TJ MG: Português – Formação dos Verbos

O verbo pode indicar ação, desejo, estado, mudança de estado e fenômeno da natureza.

Flexão dos Verbos

  • número
  • pessoa
  • modo

Formas Nominais do Verbo (substantivo, adjetivo e advérbio)

  • infinitivo (pessoal e impessoal)
  • gerúndio
  • particípio (corresponde a um adjetivo e passado)

Formação dos Verbos =  RADICAL + VOGAL TEMÁTICA + TEMA + DESINÊNCIAS (MODO-TEMPORAL  OU NÚMERO-PESSOAL)

O radical – parte invariável e que possui a significação

Por outro lado, a vogal temática é o elemento que forma o tema verbal e expressa a que conjugação pertence o verbo. Assim, ela se localiza entre o radical e a desinência do infinitivo impessoal –r.

Tema = radical + vogal temática.

As desinências são os elementos que expressam as flexões de modo, tempo, número e pessoa: desinência modo-temporal e desinência número-pessoal.

Assim, a desinência modo-temporal se refere ao modo e ao tempo do verbo.

Dessa forma, tenha atenção, pois a desinência modo-temporal não está presente em todas as formas verbais, como o presente e o pretérito perfeito do indicativo.

De outro lado, a desinência número-pessoal se refere ao número e à pessoa do verbo.

Dessa forma, nas formas rizotônicas, a sílaba tônica recai no radical, ou seja, na sua parte estática.

Assim, são rizotônicas:

  • A 1ª, a 2ª e a 3ª pessoas do singular / 3ª pessoa do plural do presente do indicativo e do subjuntivo /  e as correspondentes do imperativo, os particípios irregulares (aceso, morto, pago);
  • A 1ª e a 3ª do singular do pretérito perfeito de alguns verbos irregulares (coube, fiz, fez).

Classificação dos verbos quanto à flexão

  • Verbo impessoal (verbos sem sujeito) é aquele representado na 3ª do singular.
  • Verbo unipessoal é aquele que não apresenta sujeito com o qual possa concordar. Assim, eles são sempre usados na 3ª pessoa do singular.

Assim, os verbos se dividem em:

  • regulares,
  • irregulares,
  • anômalos,
  • defectivos,
  • abundantes.

Verbos regulares e irregulares

Os verbos regulares mantêm o mesmo radical ao se flexionarem.

Exemplos: eu ando, tu andas, ele anda, nós andamos, vós andais, eles andam.

Por outro lado, os verbos irregulares possuem alterações no seu radical ou nas suas desinências (flexão).

Assim, essas alterações devem ser gráficas e fonéticas, ao mesmo tempo, para dar ao verbo o caráter irregular.

Exemplo: saber (eu sei, ele soube), medir (eu meço, tu medes), dar (eu dei, ele deu).

Por outro lado, o verbo Agir (eu ajo) não é irregular, porque a alteração foi apenas fonética.

TJ MG: Português – Verbos anômalos e abundantes

Os verbos anômalos são os irregulares que possuem variações mais graves.

Exemplo: ser e ir (são apenas esses dois).

Por outro lado, os verbos abundantes são aqueles que possuem duas (às vezes três) formas distintas em algum tempo, modo, pessoa e, principalmente, no particípio.

Exemplo: aceitar (aceitado e aceito), expressar (expressado e expresso), fixar (fixado e fixo), misturar (misturado e misto).

Assim, quando o verbo possui mais de um particípio, este possui a classificação de regular (terminados em ado ou ido) e irregular (terminados em do, go, to, so). Dessa forma, normalmente, os particípios regulares são usados na voz ativa com os auxiliares ter e haver.

Exemplos:

  • O tiro havia matado o ladrão.
  • O ladrão foi morto por um tiro.

Assim, dividem-se as terminações em:

  • Regular é terminado em -ado, -ido.
  • Irregular é terminado em -to, -so, -do, -go.

TJ MG: Português – Verbos Defectivos

Os verbos defectivos não possuem determinadas formas (tempo, pessoa, modo), ou seja, eles não são passíveis de conjugação em todas as formas.

Exemplos: falir, abolir, reaver, colorir, remir, etc.

Dessa forma, é importante destacar que o defeito deste tipo de verbo ocorre na conjugação do presente do indicativo. Assim, se conjugarmos um verbo na 1ª pessoa do presente do indicativo e sua pronúncia se confundir com a de outro verbo ou se não existir eufonia (som harmônico).

Exemplos: falir (eu falo – confunde-se com o verbo falar), soer (eu soo – confunde-se com o verbo soar), abolir (eu abulo – confunde-se com eu a bulo), remir (eu remo – confunde-se com remar).

Mas, salienta-se, aqui, que os tempos derivados do presente do indicativo (presente do subjuntivo e imperativo) também sofrem o mesmo problema “de defeito”. Dessa forma, percebam, assim, que o verbo terá sua conjugação normal para outros tempos e modos.

Assim pode-se dividir os verbos defectivos em dois:

a) O verbo apenas não tem a 1ª pessoa do singular;

Exemplo: remir, falir, soer, abolir, explodir, colorir, abolir, delinquir.

b) O verbo apenas tem a 1ª e a 2ª pessoas do plural;

Exemplo: adequar, reaver.

TJ MG: Português – Colocação Pronominal

Trata, em resumo, da posição adequada dos pronomes oblíquos átonos junto aos verbos.

Assim, não há dúvidas quanto à posição do pronome oblíquo tônico.

Dessa forma, a regra é o uso da ênclise, mas o pronome oblíquo átono com relação ao verbo pode-se destacar das seguintes formas:

  • PRÓCLISE: antes do verbo.
  • ÊNCLISE: depois do verbo.
  • MESÓCLISE: no meio do verbo.

Assim, a regra é o uso da ÊNCLISE.

Regras de colocação pronominal

Se o verbo estiver no infinitivo não flexionado, será sempre possível usar a ÊNCLISE, mesmo que haja um dos casos obrigatórios de PRÓCLISE. Portanto, nesses casos (em que houver termo atrativo e o verbo estiver no infinitivo), ambas serão permitidas: a ênclise e a próclise.

Regras Proibitivas 

  1. Proibido iniciar período com o pronome oblíquo átono
  2. É proibida a ênclise se o verbo estiver no futuro ou no particípio

Uso obrigatório da próclise

Se houver, antes do verbo, as seguintes palavras atrativas:

  • Palavras de valor negativo (nunca, jamais, ninguém, nenhum, nada, nem, tampouco, sequer etc.)
  • Pronomes indefinidos (alguém, algum, ninguém, tudo, todos, qualquer, outro, outrem, nada, algo, cada, vários, tanto etc.)
  • Pronomes demonstrativos (esse, essa, isso, este, esta, isto, aquele, aquela, aquilo)
  • Pronomes relativos (que, o qual, a qual, os quais, as quais, quem, cujo, cuja, cujos, cujas, onde, como etc.)
  • Pronomes interrogativos
  • Numeral “AMBOS”
  • Advérbios (aqui, já, apenas, somente, só, talvez, ainda, sempre, também, até, inclusive, mesmo, hoje, provavelmente, onde, como, quando etc.)
  • Conjunções subordinativas (que, à medida que, já que, assim que, quando, se, consoante, porque, embora, enquanto, como)
  • Conjunções coordenativas alternativas (Ou… ou, ora… ora, quer… quer…)
  • Orações exclamativas e orações optativas
  • Quando o verbo estiver no infinitivo pessoal e for precedido por preposição:
  • Quando o verbo estiver no gerúndio e for precedido pela preposição “EM”:
  • Quando a forma verbal for proparoxítona:

São casos de mesóclise:

  • Quando o verbo estiver no futuro do presente do indicativo, sem palavra atrativa que obrigue a próclise.
  • Quando o verbo estiver no futuro do pretérito do indicativo, sem palavra atrativa que obrigue a próclise.

TJ MG: Português – Ortografia

A ortografia estuda a forma correta de escrita das palavras de uma língua. Assim, a ortografia abarca a fonologia (estudo dos fonemas) e junto com a morfologia e a sintaxe são as partes que compõem a gramática.

Uso da letra J

  • Pajem
  • Lambujem
  • Jiló
  • Laje
  • Gorja
  • Jeito
  • Traje
  • Ultraje
  • Ojeriza
  • Majestade
  • Gorjeta
  • Jeca
  • Jiboia
  • Pajé

Uso do G

  • Pedágio
  • Colégio
  • Sacrilégio
  • Prestígio
  • Relógio
  • Refúgio
  • A viagem
  • A coragem
  • A personagem
  • A vernissagem
  • A ferrugem
  • A penugem

Palavras grafadas com SS

São palavras derivadas de verbos terminados em –ceder geram substantivos com terminação –cess:

  • anteceder = antecessor
  • exceder = excesso
  • conceder = concessão

Por outro lado, vocábulos derivados de verbos terminados em –primir são grafados com –press:

  • Imprimir = impressão
  • Comprimir = compressa
  • Deprimir = depressivo

Assim, escrevem-se com -gress– as palavras derivadas de verbos terminados em – gredir e com -miss– ou -mess as palavras derivadas de verbos terminados em –meter:

  • Agredir = agressão
  • Progredir = progresso
  • Transgredir = transgressor
  • Comprometer = compromisso
  • Intrometer = intromissão
  • Prometer = promessa
  • Remeter = remessa

Concluindo este artigo, pode-se afirmar que foram avaliados os tópicos que mais caem segundo análise estatística do IBFC. Assim, dentro desses tópicos foram elencados alguns itens mais importantes. Dessa forma, o uso desse artigo não desautoriza a necessidade do estudo completo e sistemático para a prova.

Assim, o escopo foi relembrar de forma mais rápida alguns tópicos mais recorrentes.

Espero que tenham gostado do artigo!

Um abraço e bons estudos!

Felipe Rocha

@ffazro

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Felipe Fernando Azevedo da Rocha

Economista Auditor de Finanças da SEFAZ BA. Pós-Graduado em Direito Tributário

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