TJ ES: Microeconomia
No artigo de hoje, TJ ES: Microeconomia, será apresentado um resumo dos principais pontos que você precisa saber para a prova, conforme análise da CEBRASPE.
Hoje vamos fazer um resumo dos principais pontos de microeconomia para o concurso do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo. O objetivo é gabaritar essa prova, ok?
TJ ES: Microeconomia – Introdução à Economia
Economia é a ciência que estuda como a sociedade administra seus recursos limitados diante das necessidades ilimitadas das pessoas.
Assim, os economistas estudam como as pessoas tomam decisões, como as pessoas interagem e as forças e tendências que afetam a economia como um todo.
TJ ES: Microeconomia – Curva de Possibilidades de Produção (CPP)
Considerando a escassez de recursos econômicos, um produtor deve realizar escolhas relacionadas à produção de bens. Nem tudo o que ele deseja poderá ser produzido, já que os insumos e as tecnologias disponíveis são restritas.
Deste modo a curva de possibilidades de produção – CPP, também chamada de Fronteira de possibilidades de produção – FPP, é o lugar geométrico dos pontos de produção que retratam a capacidade máxima de produção considerando o pleno emprego dos recursos e fatores de produção disponíveis.
- A CPP é decrescente porque para ter mais de uma unidade de X é necessário abrir mão de Y.
- A CPP é côncava porque os custos de oportunidade são crescentes.
- A forma côncava decorre da especialização
- A CPP obedece à lei dos rendimentos decrescentes justamente porque é côncava.
- A CPP não expressa os desejos da sociedade em consumir bens alternativos.
- Os deslocamentos da curva (com fatores de produção constantes) são decorrentes de mudanças tecnológicas.
TJ ES: Microeconomia – Custo de Oportunidade
Os economistas ambientais estão preocupados com a questão da escassez relativa dos recursos naturais, pois, segundo eles, os padrões de consumo podem ser insustentáveis, dado que a oferta de recursos é limitada e finita em determinado período de tempo. Assim, pode-se classificar em:
- Escassez absoluta: se refere ao esgotamento propriamente dito do estoque de recursos, ou seja, a indisponibilidade destes recursos.
- Escassez relativa: refere-se aos padrões insustentáveis de produção e consumo, que atuam como fatores limitantes do esgotamento, ou seja, o nível de oferta do bem é inferior ao nível de consumo.
No longo prazo, a natureza pode se renovar ou o padrão de consumo se adaptar à oferta do recurso natural, minimizando o problema da escassez relativa.
A noção de custo de oportunidade, subjacente à curva de possibilidades de produção, relaciona-se, estreitamente, com o conceito de escassez.
O conceito de custo de oportunidade permite analisar as transações que ocorrem fora do mercado, como o custo do meio ambiente.
TJ ES: Microeconomia – Elasticidade-preço da demanda
A elasticidade-preço da demanda (EPD) mede o quanto a quantidade demandada reage a uma mudança no preço. A demanda é dita elástica quando uma pequena variação do preço causa uma grande variação da quantidade demandada.
Em contrapartida, a demanda é inelástica se essa resposta da quantidade demandada à variação no preço é pequena.
E o que influencia a elasticidade-preço da demanda de um bem?
1. Disponibilidade de substitutos próximos: Bens com substitutos próximos, como a manteiga e a margarina, tendem a ter demanda mais elástica porque é mais fácil para os consumidores trocarem um pelo outro.
2. Bens necessários x bens de luxo: Os bens necessários, como a insulina para os diabéticos, tendem a ter demanda inelástica. Por outro lado, os bens de luxo tendem a ter demanda mais elástica.
3. Importância relativa do bem no orçamento: Quanto maior o peso do bem no orçamento, maior é a elasticidade-preço da demanda.
4. Horizonte de tempo: A demanda de bens no longo prazo tende a ser mais elástica em relação ao curto prazo. Por exemplo, quando há um aumento no preço da gasolina, o consumo imediato cai pouco; porém, ao longo do tempo, as pessoas vão comprando mais carros flex com o objetivo de economizar no combustível usando etanol.
5. Quanto maior o número de possibilidades de usos de uma mercadoria, maior será sua elasticidade: se um produto possui muitos usos, então, será natural que o número de substitutos que ele possui também seja alto, pois em cada uso que ele possui haverá alguns substitutos. Assim, quanto mais usos tem um bem, maior é a sua elasticidade, pois mais substitutos ele terá.
Função Cobb-Douglas
A função utilidade Cobb-Douglas é dada pela expressão:
U(X,Y) = C XaYb
Propriedades:
- coeficientes a e b são constantes e mostram o peso do consumo de cada bem tem sobre a utilidade do consumidor
- curvas de indiferenças convexas
- homogeneidade da função (de grau a + b)
- bens independentes (preço de um não afeta o consumo do outro)
Para funções de utilidade do tipo Cobb-Douglas, a TMS depende da razão entre a quantidade consumida de ambos os bens, e não da quantidade absoluta.
TJ ES: Microeconomia – Concorrência Perfeita
Em um mercado de concorrência perfeita temos inúmeros compradores e vendedores, todos muito pequenos, de forma que nenhum deles tem condições de isoladamente afetar o preço do produto transacionado, caracterizando um mercado atomizado.
Como esses produtores e vendedores não influenciam no preço do produto, eles acabam tomando esse preço como um dado, razão pela qual eles são chamados de tomadores de preços.
Desta forma, um produtor sempre venderá exatamente o preço de mercado, de maneira que a curva de demanda individual com a qual ele se defronta é uma reta horizontal, ou seja, o preço é constante.
Características:
- homogeneidade de produtos (não há diferenciação relevante)
- grande número de vendedores e compradores
- livre barreiras à entrada e saída
- tomadora de preços (não influenciam o preço)
- maximização ocorre quando o custo marginal é igual à receita marginal (Cmg = Rmg = P)
Na concorrência perfeita as curvas de demanda, da receita média e da receita marginal serão equivalentes, isto é, serão linhas retas horizontais ao nível do preço de equilíbrio do mercado. Em um mercado perfeitamente competitivo, a demanda é infinitamente elástica (Horizontal).
Medição do grau de monopólio
O Índice de Lerner (L) , formalizado em 1934 por Abba Lerner, mensura o poder de mercado exercido por uma empresa. É definido por: (P – CMG) / CMG
Onde:
- P é o preço de mercado estabelecido pela empresa
- CMg é o custo marginal da empresa
O índice varia de 1 a -1 e 0, com números mais altos implicando maior poder de mercado.
Para uma empresa perfeitamente competitiva (onde P = CMg), e onde o L = 0; essa empresa não tem poder de mercado.
Quando CMg = 0, o índice de Lerner é igual a um, indicando a presença de poder de monopólio.
Custo Social do Monopólio
Os mercados em concorrência perfeita são eficientes no sentido de Pareto, ou seja, não é possível melhorar a situação de um agente econômico sem piorar a situação de pelo menos outro agente.
Neste caso, o excedente do consumidor, que representa a diferença entre o que o consumidor estaria disposto a pagar e o que efetivamente pagou, e o excedente do produtor, que representa a diferença entre o preço pelo qual o produtor vendeu o produto e o preço pelo qual ele estaria disposto a vender, são maximizados.
No monopólio essa eficiência não acontece, pois há pessoas dispostas a comprar uma produção adicional por um preço, que é superior ao que essa produção custou para a firma (seu custo marginal). Assim, o monopolista pratica preços acima de seu custo marginal.
Quando comparamos o monopólio à concorrência perfeita podemos afirmar que o monopolista produz uma quantidade menor a um preço maior.
Assim, quanto maior for a diferença entre preço e custo marginal, maior será a ineficiência do Monopólio.
No lado dos consumidores, há perda de eficiência causada pelo aumento dos preços e pela redução na quantidade. Já pelo lado dos produtores, há ganho pelo aumento do preço, mas há perda pela redução da quantidade.
Assim, o “saldo final” é negativo para os agentes econômicos, esse saldo é o chamado peso morto do Monopólio e representa a perda dos excedentes no mercado monopolista.
TJ ES: Microeconomia – Concorrência Monopolística
São características:
- Muitos produtores
- Produtos heterogêneos (diferenciados entre si)
- A curva de demanda é elástica.
- Cada empresa é a única produtora de seu produto (exerce poder de mercado)
- A curva de demanda é descendente e, como resultado, o preço é maior que o custo marginal.
- No curto prazo, pode possuir lucro extraordinário tendo em vista exercer o poder de mercado.
- No longo prazo, não possui lucro econômico (extraordinário)
- Na concorrência monopolística é um híbrido entre o monopólio e a competição perfeita.
- Assim como no monopólio, a curva de demanda é descendente e, como resultado, o preço é maior que o custo marginal.
Monopólio
O monopólio natural tem esse nome, pois se forma pelas forças naturais do mercado. É caracterizado pela existência de altos custos fixos e custos variáveis baixos. O primeiro fornecedor em um mercado possui uma vantagem esmagadora sobre concorrentes potenciais.
Quando se diz que o monopólio é natural é porque é mais barato atender o consumidor por um único prestador do serviço e não pela competição entre fornecedores. A monopolização dos sistemas de abastecimento de água pode aumentar a eficiência e reduzir os custos médios de produção.
Em monopólios naturais, o governo deve estabelecer o Preço próximo ao custo médio (Se o governo precificar no Cmg, a empresa quebra já que o Cmg é tendente a 0)
A função de custo do monopolista natural deve ser subaditiva. Assim, a subaditividade é uma propriedade de uma função que enuncia, grosso modo, que avaliar a função para a soma de dois elementos do domínio sempre retorna algo menor ou igual à soma dos valores da função em cada elemento.
TJ ES: Microeconomia – Concentração Vertical e Horizontal
Concentração horizontal consiste numa associação de empresas com o objetivo de evitar a concorrência. Para o efeito, acorda-se, por exemplo, as quantidades a produzir, os preços de venda ou as datas de colocação no mercado.
Dessa forma, na Europa, este tipo de associações ficou conhecido por cartel e difundiu-se bastante na Alemanha.
Concentração vertical consiste na integração, numa mesma empresa, de todas as fases da produção, desde a obtenção da matéria-prima, à venda do produto. É o caso dos grandes grupos siderúrgicos como Schneider, U.S.S., Krupp, Thyssen, entre outras.
Assim, na concentração vertical as empresas podem ainda estabelecer cartéis, ou seja, acordos entre várias empresas do mesmo ramo, a fim de partilharem o controle do mesmo mercado.
Desta forma, passam a deter o monopólio do seu setor, controlando os mercados e dificultando a subsistência das pequenas e médias empresas.
Dessa forma, concluindo este artigo TJ ES: Microeconomia, foram apresentados tópicos essenciais e recorrentes, que caem na maioria das provas de microeconomia.
Espero que tenham gostado do artigo!
Um abraço e bons estudos!