Confira neste artigo uma análise sobre os diferentes tipos de custeio presentes na Contabilidade de Custos para o concurso da SEFAZ CE.
Olá, pessoal. Tudo bem?
O concurso da Secretaria de Estado da Fazenda do Ceará (SEFAZ CE) está cada vez mais próximo. Falta menos de um mês para a aplicação da sua prova. Como anda a sua preparação?
Este certame está ofertando 94 vagas para 4 cargos de Auditores Fiscais. Com uma remuneração inicial de R$ 16.045,30, este concurso é considerado um dos principais certames da área fiscal para este ano de 2021. Nada mal, não é mesmo?
Uma importante disciplina para esta prova é a Contabilidade de Custos, sendo que, neste artigo, estudaremos um importante tópico dela, os Tipos de Custeio.
Desse modo, iremos tratar deste assunto da seguinte maneira neste artigo:
Antes de estudarmos os tipos de custo, é importante, primeiramente, definirmos o conceito de custos.
Bom, o custo é todo o gasto que está relacionado com a produção de bens e serviços, podendo ele ser direto ou indireto, fixo ou variável.
O custo direto é aquele que pode ser identificado e apropriado diretamente a cada bem ou serviço produzido. Um exemplo é a matéria-prima utilizada na fabricação de um produto, a qual está diretamente relacionada à produção deste bem, podendo ela ser devidamente identificada como parte daquele bem específico, de maneira individualizada, não necessitando nenhum processo de rateio.
O custo indireto não pode ser diretamente identificado, de maneira individual, como parte de um bem ou serviço produzido, sendo necessário procedimentos de rateio para dividir a parcela de custo para cada bem produzido. Um exemplo é a energia elétrica utilizada em uma fábrica. O custo da energia não pode ser atribuído a um bem específico produzido. Imagine que tal fábrica produz três tipos de produtos. É possível saber quanto de energia cada produto consumiu? Bem complicado saber isso exatamente, não é mesmo? Desse modo, são utilizados métodos de rateio, para poder dividir o seu custo entre os diferentes bens, de acordo com determinados critérios.
Os custos fixos são aqueles que não possuem o seu valor alterado quando há alteração na produção. Imagine que o local de uma fábrica seja alugado. O valor desse aluguel é um custo indireto. Caso haja redução ou aumento na produção de algum bem, o custo do aluguel será alterado? Não, ele permanecerá o mesmo, independentemente do nível de produção, por isso ele é um custo fixo.
Por fim, o custo variável é aquele que é alterado quando há mudança na quantidade da produção. Por exemplo, o custo de matéria-prima está diretamente relacionado à produção, desse modo, quando há uma diminuição da produção, haverá uma diminuição do custo da matéria-prima, sendo assim, ela é um custo variável.
Antes de seguirmos, é importante diferenciar custo e despesa.
O custo, como já vimos, são os valores que estão relacionados com a produção de bens ou serviços. Já a despesa é o gasto que não está relacionado à produção de uma empresa, sendo empregado na obtenção de receita. Um exemplo são os funcionários da área administrativa de uma fábrica, os quais não estão relacionados com o processo produtivo, porém, são importantes para a obtenção de receitas para a empresa. Sendo assim, os custos destes empregados serão alocados como uma despesa.
Agora iremos adentrar aos tipos e métodos de custeio. O custeio é a apropriação dos custos de produção aos produtos, sendo que, a depender de qual tipo será utilizado pela empresa, haverá diferentes valores de custos, estoques, despesas e resultados para a empresa. Iremos ver quatro diferentes métodos: o Custeio por Absorção, o Custeio Variável (Custeio Direto), o Custeio por Atividades (ABC) e, por fim, o Custeio RKW (Custeio Pleno).
No método de custeio por absorção, todos os custos, sejam eles fixos ou variáveis, serão apropriados aos produtos fabricados, ao estoque.
Por exemplo, caso uma fábrica produza sapatos, os custos variáveis de matéria-prima e mão-de-obra direta, bem como os custos fixos, como o aluguel da fábrica, serão apropriados ao estoque dos produtos que foram produzidos, ou seja, aos sapatos.
Simples, não é mesmo? Você apenas precisa entender que, neste tipo de custeio, todos os custos serão apropriados ao bem produzido, sendo importante que, para a contabilidade oficial da empresa, seja utilizado o Custeio por Absorção.
No custeio variável, também conhecido como custeio direto, apenas os custos variáveis serão apropriados ao custo da mercadoria produzida. Mas o que acontecerá com os custos fixos? Bom, eles serão contabilizados diretamente como despesa do período, sendo lançados na Demonstração de Resultado do Período.
Desse modo, apenas os custos como matéria-prima e mão-de-obra direta poderão ser atribuídos ao estoque produzido. Já os custos que não variam com a produção, como o aluguel da fábrica, por serem fixos, serão classificados diretamente como despesa.
Este tipo de custeio não poderá ser utilizado na contabilidade, sendo apenas aplicado para fins gerenciais, uma vez que ele fere o princípio da competência, principalmente durante o confronto de receitas e despesas.
FIQUE ATENTO: Apesar do custeio variável ser conhecido também como custeio direto, isto não quer dizer que apenas os custos diretos serão apropriados aos custos de produção, sendo que os custos indiretos, quando variáveis, também poderão ser atribuídos aos produtos produzidos.
O custeio por atividades, também chamado de custeio ABC (Activity Based Costing), foi idealizado com intuito de reduzir as arbitrariedades e distorções do rateio dos custos indiretos. Desse modo, ele está mais focado no tratamento dos custos indiretos de fabricação.
Como já vimos, os custos indiretos não podem ser atribuídos diretamente ao bem produzido, sendo necessário realizar o rateio do seu valor entre os diversos bens que porventura uma fábrica produza. Assim, o custeio por atividade permite uma melhor alocação dos custos indiretos, de maneira a reduzir as distorções causadas pelo procedimento de rateio, o qual geralmente utiliza critérios arbitrários.
Mas como é o seu funcionamento? Bom, este tipo de custeio utiliza o conceito de direcionadores de custos.
É importante saber que, neste método de custeio, uma atividade da produção consome recursos. Já os produtos a serem fabricados consomem essas atividades.
Primeiramente, são identificadas as atividades de produção, e quais recursos são consumidos nestas atividades. Neste estágio, entra o primeiro direcionador, chamado de direcionador de recursos para as atividades. Assim, os custos das atividades incluirão todos os custos dos recursos que serão utilizados para executá-la.
Após, são mapeados os produtos que são fabricados, e quais atividades que serão utilizadas para tais produções. Temos agora o direcionador de atividade para os produtos. Desse modo, teremos os custos atribuídos aos produtos por meio dos custos das suas atividades específicas. Assim, haverá uma divisão menos arbitrária dos custos indiretos.
Este método de utilização de direcionadores é chamado de rastreamento.
PARA FIXAR: Primeiramente, temos o direcionador de recursos, o qual identifica a quantidade de recursos para determinada atividade. Após, temos o direcionador de atividades, o qual identifica os custos de atividades consumidos na fabricação de determinado produto.
Por fim, mas não menos importante, temos o custeio RKW (Reichskuratorium fur Wirtschaftlichtkeit), também conhecido como custeio pleno. Este tipo de custeio aloca todos os custos, fixos e variáveis, aos produtos, assim como o custeio de absorção, porém além desses, há também a alocação das despesas, fixas e variáveis, aos custos dos produtos. Ou seja, são apropriados os custos e as despesas ao bem produzido.
Esta técnica era geralmente utilizada para a fixação dos preços de venda, uma vez que, como todos os custos e despesas já estão apropriados aos produtos, é apenas necessário fixar a porcentagem de lucro desejada e aplicá-la diretamente ao custo total de produção do produto, de modo a obter o preço de venda.
Este método de custeio é pouco utilizado atualmente.
PARA FIXAR:
Custeio por Absorção: custos fixos e variáveis são apropriados aos produtos;
Custeio Variável: apenas os custos variáveis são alocados nos produtos;
Custeio por atividade (ABC): utiliza direcionadores para a alocação dos custos indiretos, para diminuir a arbitrariedade e distorções do rateio;
Custeio RKW: tanto os custos fixos e variáveis, como as despesas fixas e variáveis, são alocados nos produtos produzidos.
Pessoal, finalizamos o nosso estudo sobre os Tipos de Custeio, presentes na Contabilidade de Custos, para o concurso da SEFAZ CE. Espero que vocês tenham gostado.
De modo a potencializar os seus estudos com o material mais completo e com os melhores professores do mercado, acesse o site do Estratégia Concursos e confira o nosso curso completo para o concurso da SEFAZ CE, o qual também dispõe de uma análise sucinta da Lei de Acesso à Informação.
Conheça também o Sistema de Questões do Estratégia. Afinal, a única maneira de consolidar o conteúdo de maneira satisfatória é através da resolução de questões.
Até a próxima!
Prepare-se com o melhor material e com quem mais aprova em Concursos Públicos em todo o país!
Principais Concursos Tribunais previstos, iminentes e publicados O Projeto Orçamentário para 2025 (PLOA 2025) prevê…
Agora está oficialmente disponível o termo de referência do concurso TRT RJ (Tribunal Regional do…
Vem aí o concurso TRT RJ (Tribunal Regional do Trabalho da 1ª região) que contará…
Agora está oficialmente assinado o contrato com a Fundação Carlos Chagas (FCC) para realização do…
Estão retomadas as atividades do concurso Câmara de Frutal, no estado de Minas Gerais. Com…
Foram registradas retificações nos editais do concurso EBSERH (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares). Os documentos…