Aprenda neste artigo sobre Tecnologias de Informação e Comunicação – TIC para a PC-BA, incluindo conceitos, efeitos e suas implicações.
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No artigo de hoje, abordaremos um dos temas de Atualidades, que faz parte, no Conteúdo Programático, da seção de Conhecimentos Gerais. Trata-se do tópico Tecnologias de Informação e Comunicação: conceitos, efeitos e implicações sociais, econômicas, políticas e culturais.
Vamos lá!
O termo Tecnologia de Informação e Comunicação, ou TIC, é bastante genérico e pode ser visto como um verdadeiro “guarda-chuva” sob o qual abrigam-se diversos conceitos.
Embora não exista uma definição precisa e universal, geralmente a expressão TIC se refere a dispositivos, componentes de redes, aplicações e sistemas que facilitam a interação das pessoas e organizações (negócios, agências sem fins lucrativos, governos…) com o mundo digital.
Muitas vezes, confunde-se o termo TIC com TI, ou Tecnologia da Informação, utilizando-os de forma indiscriminada. No entanto, TIC é um conceito mais abrangente, que inclui mais componentes relacionados a computação e tecnologias digitais.
A lista dos referidos componentes não é exaustiva e continua a crescer. Alguns deles, tais como computadores e telefones, existem há décadas. Outros, a exemplo dos smartphones, TVs digitais e robôs, são mais recentes.
De modo geral, dentre esses componentes, destacam-se o acesso à Internet, a computação em nuvem, softwares, hardwares, transações, dados e tecnologias da comunicação.
O ponto mais importante é que o conceito de TIC vai além da individualidade de cada um dos componentes; ele também engloba as combinações e aplicações desses componentes, e é aí que se encontra o real potencial e o poder das TICs.
A definição da Wikipédia também faz distinção entre os referidos conceitos, ao afirmar que as Tecnologias da informação e comunicação se referem ao papel da comunicação na moderna Tecnologia da Informação.
Apesar de a conceituação parecer abstrata e teórica, as TICs fazem parte da vida moderna e modificaram drasticamente a maneira como as pessoas se comunicam, trabalham, aprendem e vivem. Essas tecnologias continuam a revolucionar todos os aspectos da experiência humana.
As TICs contribuem sobremaneira para o desenvolvimento econômico, a ponto de serem consideradas por muitos como sendo a Quarta Revolução Industrial.
Em algumas áreas, o avanço tecnológico tem permitido o desenvolvimento de produtos a preços mais acessíveis. Assim, as tecnologias conseguem alcançar um público mais amplo, de forma mais democrática.
Em outra frente, as novas possibilidades tecnológicas oferecem também oportunidades para inovação no mercado. Em geral, os modelos de negócios das startups dos mais diversos ramos de atuação baseiam-se no uso das TICs para dar uma nova roupagem a um serviço tradicional que não mais satisfaz a sociedade da informação.
A pandemia de Covid-19 forçou até mesmo setores mais resistentes e menos propensos à inovação a migrarem para o mundo digital, sob pena de desaparecerem. Esse movimento acelerou o estabelecimento das transações baseadas em TIC, tais como compras online, telemedicina e uso intensivo de mídias sociais, e ampliou a base de usuários desses serviços.
Para os negócios já estabelecidos, os avanços das Tecnologia de Informação e Comunicação também trouxeram grandes oportunidades. De forma mais imediata, pode-se citar a criação de processos de negócio altamente automatizados e inteligentes, que geram enormes reduções de custos, pois reduzem erros, evitando desperdício e retrabalho.
Ademais, outro conceito importante, o de Big Data, deu origem a novos paradigmas no mercado. Big data é a área do conhecimento que estuda como tratar, analisar e obter informações a partir de conjuntos de dados grandes demais para serem analisados por sistemas tradicionais.
As ferramentas e tecnologias associadas a esse conceito levam os negócios a investirem na análise e na produção sistematizadas de novas ideias, produtos e serviços, com base em padrões identificados a partir dos dados provenientes de seus próprios clientes.
A revolução causada pelas Tecnologia de Informação e Comunicação é notória e perpassa diversos aspectos da vida social. Primeiramente, os computadores foram capazes de executar atividades antes feitas apenas por seres humanos.
Em um segundo momento, os robôs impulsionaram essa capacidade, e hoje podem ter um desempenho até superior ao humano, seja em tarefas que exigem um alto grau de precisão, a exemplo das operações cirúrgicas; seja naquelas que envolvem algum grau de perigo, como os processos industriais químicos.
Além desse aspecto relacionado à substituição em tarefas, as TICs também promovem mudanças nas próprias relações interpessoais. A atual Era Digital reflete a migração da comunicação face a face para o espaço digital. Mais uma vez, a pandemia de Covid-19 intensificou essa tendência, a ponto de, em muitos casos, ter modificado as relações de forma definitiva.
Em todos os casos, apesar dos aspectos revolucionários envolvidos, os recursos das TICs não são distribuídos uniformemente. Os habitantes dos países mais ricos e a parcela mais rica da população dos países em desenvolvimento têm maior capacidade de aproveitar as vantagens e oportunidades proporcionadas pelas TICs.
Segundo dados do Banco Mundial de 2016, mais de 75% da população mundial tem acesso a um celular. No entanto, o acesso à Internet, seja através de redes móveis, seja por meio da banda larga, ainda tem um preço proibitivo em muitos países, devido à falta de infraestrutura de TIC.
O mesmo Banco também estima que mais da metade da população mundial não tem acesso à Internet e que apenas 15% desfruta de Internet de alta velocidade.
Diante desse cenário, o Banco Mundial, autoridades governamentais e organizações não governamentais defendem políticas e programas que visam diminuir a exclusão digital, proporcionando maior acesso à TIC para indivíduos e populações atualmente à margem desse processo de transformação.
Essas instituições consideram que aqueles que não possuem acesso às TICs são excluídos das diversas oportunidades e benefícios criados. Consequentemente, a tendência é que a condição socioeconômica dessa parcela da população piore, distanciando seus indivíduos ainda mais de um possível meio de acesso às TICs.
Para romper esse ciclo vicioso, é necessário aumentar significativamente o acesso às Tecnologias de Informação e Comunicação de modo a alcançar um patamar de acesso universal, principalmente nos países menos desenvolvidos, que estão mais distantes dessa realidade.
As Tecnologias de Informação e Comunicação encontram aplicações em diversas áreas, a exemplo de saúde, educação, meio ambiente e engenharia. Em todos os casos, desempenham papel essencial na formulação de soluções que oferecem um salto de qualidade em relação aos usos já existentes, além de oferecerem novos serviços e produtos.
Algumas dessas aplicações são descritas a seguir.
A Organização Mundial da Saúde define e-health como o uso das TICs na saúde. Assim, esse termo refere-se a qualquer aplicação das TICs que tenha como objetivo melhorar as condições dos processos clínicos e do tratamento dos pacientes e dar melhores condições de custeio ao Sistema de Saúde.
Dentre as tendências dessa área, destacam-se:
Refere-se ao uso das TICs para melhorar e/ou aumentar a eficiência e eficácia da prestação de serviços públicos para cidadãos e empresas.
A expressão abrange também a modernização da própria máquina administrativa, visando a interoperabilidade entre os sistemas e a padronização das informações, para viabilizar o compartilhamento e a integração de dados, processos, serviços e infraestrutura.
Por fim, o termo e-gov contempla ainda a chamada e-democracia, que incentiva práticas relacionadas a dados abertos, transparência e ambientes virtuais de participação.
A Inteligência Artificial (IA) consiste na capacidade de um dispositivo computacional realizar tarefas que tipicamente requerem inteligência humana. Por muito tempo, essa tecnologia foi vista como um mito, ou uma ficção científica futurista, distante da realidade. No entanto, a IA está hoje presente em diversas situações da vida cotidiana.
Um exemplo bastante usual é o aplicativo Waze, que detecta a intensidade do trânsito a partir das informações dos seus próprios usuários que se encontram ativos e, com isso, é capaz de sugerir um trajeto ideal.
Outra aplicação bastante comum da IA é o sistema de recomendação do canal de streaming Netflix, cujos algoritmos processam os dados de consumo dos usuários para aprender sobre os gostos de um cliente específico e apresentar opções similares existentes em sua base de dados.
A Sociedade da Informação e do Conhecimento, na qual as TICs estão inseridas, vai além das rupturas tecnológicas que ocorreram em outros momentos históricos, e está em linha com um conceito de desenvolvimento que supera a concepção puramente econômica e foca no bem-estar e na qualidade de vida das pessoas.
Diante da contradição existente entre o imenso potencial das Tecnologias de Informação e Comunicação e a desigualdade de seu aproveitamento, é válida a reflexão sobre o momento atual e os rumos que as novas pesquisas deveriam tomar. É possível atingir um modelo que concilie o avanço tecnológico com um desenvolvimento social mais igualitário?
Nesse sentido, nota-se que as tecnologias são potencializadas quando fazem parte de um ciclo maior, em que a convergência entre elas é devidamente identificada e explorada. Assim, a sinergia pode ter o papel de concretizar a aplicabilidade de teorias que, de forma isolada, seriam inviáveis.
O diálogo favorecido por essa busca pela integração pode ser a chave para que as pesquisas não se restrinjam a modelos conceituais caros e impraticáveis, e sejam capazes de gerar soluções que alcancem uma camada significativa da sociedade, e não somente os grupos mais privilegiados.
E assim finalizamos mais um artigo, pessoal! Ótimos estudos e até a próxima!
Lara Dourado
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