Olá pessoal!
A próxima edição do teste ANPAD vai ocorrer em 16 de setembro de 2018. As inscrições serão abertas a partir do dia 3 de julho.
E para ajudar você na sua preparação, nós preparamos um PDF Gratuito com 30 questões do teste de setembro de 2017, resolvidas.
Cabe ressaltar que não devem haver alterações relevantes em relação ao edital da edição de setembro de 2017. Por falar nisso, veja nesse mesmo post várias questões resolvidas das provas de Raciocínio Lógico, Analítico e Quantitativo da última edição.
O PDF está disponível logo a seguir!
Não deixe também de ver a entrevista da nossa aluna Juliana Valença. Ela utilizou o nosso material do Teste ANPAD para se preparar para a prova de doutorado da Universidade Federal de Pernambuco e foi aprovada!
Clique aqui para assistir e saber como ela fez para estudar e se preparar para a prova.
Fala pessoal, tudo bem?
Quem pretende se preparar para o próximo Teste ANPAD, precisa estudar muita teoria de todas as disciplinas, mas sem dúvidas a etapa mais importante é a resolução de várias questões de provas anteriores.
Para auxiliar, disponibilizei abaixo algumas questões resolvidas da prova de Junho/2017:
ANPAD – 2017) Sejam q, r e s proposições lógica simples e p a proposição lógica definida por:
P: (q v (r v ~s)) ^ (~q)
A proposição P é falsa se, e somente se, for verdadeira a proposição
A) (q v (~r)) v (q v s)
B) (q v (~r)) ^ (q v s)
C) (q v (~r)) ^ (q ^ s)
D) (q v (~r)) v (q ^ s)
E) ((~q) ^ r) v ((~q) v (~s))
RESOLUÇÃO:
Veja que a proposição do enunciado pode ser escrita na forma (A ou B) e C, onde:
A = q
B = (r ou ~s)
C = ~q
Veja ainda que (A ou B) e C é o mesmo que (A e C) ou (B e C). Esta última seria:
(q e ~q) ou ((r ou ~s) e ~q)
A primeira parte desta proposição é uma contradição (q e ~q), sendo sempre falsa. O enunciado quer que a proposição p seja falsa. Para que a disjunção inteira seja falsa, precisamos que o segundo trecho também seja falso. Para isto, a sua negação deve ser verdadeira:
~((r ou ~s) e ~q) =
~(r ou ~s) ou q =
(~r e s) ou q =
(~r ou q) e (s ou q) =
(q ou ~r) e (q ou s)
Resposta: B
(ANPAD – 2017) As condições “ter sobrenome Silva” e “não morar em Rondônia”, se atendidas simultaneamente por uma mesma pessoa, são suficientes para garantir que tal pessoa é minha parente.
Portanto, morar em Rondônia é uma condição
A) necessária para uma pessoa que tem sobrenome Silva não ser minha parente.
B) necessária para uma pessoa não ter sobrenome Silva nem ser minha parente.
C) necessária para uma pessoa ser minha parente ou não ter sobrenome Silva.
D) suficiente para uma pessoa que tem sobrenome Silva não ser minha parente.
E) suficiente para uma pessoa que ser minha parente ou não ter sobrenome Silva.
RESOLUÇÃO:
Em uma condicional p–>q sabemos que p é suficiente para q, e q é necessário para p. Como “ter sobrenome Silva” e “não morar em Rondônia” são suficientes para a pessoa ser minha parente, então temos a condicional:
“Se tem sobrenome Silva e não mora em Rondônia, então é minha parente”
Imagine uma pessoa que tem sobrenome Silva e não é minha parente. No caso desta pessoa, o trecho “tem sobrenome Silva” é V e o trecho “é minha parente” é F. Nestas condições, repare que caso “não mora em Rondônia” seja V, ficaríamos com uma condicional (V e V)–>F, que é FALSA! Logo, é NECESSÁRIO que o trecho “não mora em Rondônia” seja F, ou seja, a pessoa mora em Rondônia.
Assim, podemos afirmar que “morar em Rondônia” é NECESSÁRIO para que uma pessoa que tem sobrenome Silva não seja minha parente.
Resposta: A
(ANPAD – 2017) Ana, Zaia, Carlos e Daniel são amigos que saíram para jantar. Casa um dos quatro amigos chegou ao restaurante com o próprio veículo: um carro branco, um verde, uma moro branca ou uma moto verde. Não se sabe a qual amigo pertence cada um, mas sabe-se que:
Portanto, um veículo citado não é um carro nem é de cor verde se, e somente se, ele pertence a
A) Ana
B) Zaia
C) Carlos
D) Daniel
E) Ana ou Carlos
RESOLUÇÃO:
Temos 2 carros e 2 motos, sendo 2 veículos verdes e 2 brancos. A frase III mostra que os carros de Ana e Carlos é que são brancos, de modo que os demais (Zaia e Daniel) são verdes.
Pela frase II, o veículo de Zaia só seria carro se fosse branco. Como ele é verde, então o veículo dela é uma MOTO VERDE.
Pela frase I, se Carlos tivesse moto, ela seria verde. Como ele não pode ter um veículo verde (o dele é branco, como já vimos), ele não pode ter uma moto, tendo assim um CARRO BRANCO.
O outro veículo branco é de Ana. Assim, Ana tem a MOTO BRANCA. Portanto, se um veículo não é carro e nem é verde (ou seja, o veículo é uma MOTO BRANCA), ele deve ser de Ana.
Resposta: A
(ANPAD – 2017) A figura mostra quatro cartas idênticas utilizadas em um jogo. Cada carta tem apenas uma letra A em um lado e apenas uma letra B no lado oposto. Primeiramente é sorteada uma disposição inicial das cartas e, em seguida, é sorteada uma disposição final, que deverá ser alcançada pelo jogador após alguns lances. Cada lance é uma etapa do jogo, na _qual o jogador escolhe duas cartas e as vira. A figura abaixo mostra uma configuração inicial, na qual as cartas mostram duas letras A e duas letras B.
A A B B
Se a disposição final sorteada fosse A B A B, então o jogador conseguiria alcança-la a partir da disposição dada acima em apenas um lance, ao escolher as duas cartas do meio e virá-las.
Se a disposição final sorteada for A B B A, então será impossível alcançá-la após um número qualquer de lances se, e somente se, a disposição inicial sorteada contiver
A) quatro letras iguais.
B) três letras iguais e uma diferente.
C) duas letras A e duas letras B, alternadas.
D) duas letras B, sendo uma em cada extremidade.
E) as duas primeiras ou as duas últimas letras iguais entre si.
RESOLUÇÃO:
O enunciado pede que identifiquemos entre as alternativas aquela em que será impossível alcançar a disposição final A B B A. Portanto, se pudermos encontrar uma disposição inicial que leve àquela disposição final em determinada alternativa podemos descartar a alternativa.
a) quatro letras iguais
Suponha que partimos de A A A A, se virarmos as duas cartas centrais obteremos A B B A.
Vamos pular a letra b).
c) duas letras A e duas letras B, alternadas
Partindo de A B A B, se virarmos as duas cartas finais obteremos A B B A.
d) duas letras B, sendo uma em cada extremidade
Partindo de B A A B, se virarmos as duas cartas iniciais obteremos A B A B e, na sequência, se virarmos as duas cartas finais obteremos A B B A.
e) as duas primeiras ou as duas últimas letras iguais entre si
Partindo de A A A A, se virarmos as duas cartas centrais obteremos A B B A.
Descartamos as letras a, c, d e e, portanto, a nossa resposta é a letra b.
Resposta: B
(ANPAD – 2017) Maria foi a um brechó. Lá, diante dos objetos que estavam dispostos para venda, Maria disse:
Há pelo menos um objeto que eu quero comprar e há pelo menos um objeto que eu não quero comprar.
A negação da afirmação feita por Maria e logicamente equivalente à afirmação:
A) Eu quero comprar todos os objetos e eu quero comprar nenhum objeto.
E) Eu não quero comprar objeto algum, ou eu quero comprar todos os objetos.
C) Há algum objeto que eu não quero comprar, ou eu não quero comprar objeto algum.
D) Há no máximo um objeto que eu quero comprar, ou há no máximo um objeto que eu não quero comprar.
E) Não há pelo menos um objeto que eu quero comprar e não há pelo menos um objeto que eu não quero comprar.
RESOLUÇÃO:
A frase de Maria pode ser representada na forma p e q, onde:
p = há pelo menos um objeto que eu quero comprar
q = há pelo menos um objeto que eu não quero comprar
A sua negação é ~p ou ~q, onde:
~p = não há objeto que eu quero comprar
~q = não há objeto que eu não quero comprar (isto é, eu quero comprar todos)
Ou seja:
“Não há objeto que eu quero comprar OU não há objeto que eu não quero comprar”
Podemos reescrever essa frase, sem perder o sentido, como:
“Eu não quero comprar objeto algum OU eu quero comprar todos os objetos”.
Resposta: B
(ANPAD – 2017) Sejam x e y dois números reais que tornam falsas, simultaneamente, as duas proposições a seguir:
I. se x ≥ 2, então y < 3
II. se y ≤ 3, então 2x + y > 7.
Para tais números reais x e y, também é falsa a proposição
A) se x = y, então y > x
B) se y > x, então y – x = 1
C) Se y > x, então x + y < 5
D) se x . y = 6, então x – y = 1
E) se x – y = 1, então (y – x)² = 1
RESOLUÇÃO:
Para uma condicional ser falsa, basta que a primeira parte seja V e a segunda F. A negação de uma condicional p à q é dada pela conjunção
Negação de I: x ≥ 2 e y ≥ 3
Negação de II: y ≤ 3 e 2x+y ≤ 7
Como y ≥ 3 é verdadeiro e y ≤ 3 também é verdadeiro, só há um valor de y que solucione este problema: y = 3.
Assim, jogando y = 3 na expressão 2x +y ≤ 7, temos:
2x + 3 ≤ 7
2x ≤ 4
x ≤ 2
Veja que tanto x ≥ 2 como x ≤ 2 são verdadeiras, de modo que x só pode ser 2.
Tendo x = 2 e y = 3, vemos que a frase da letra C é falsa:
se y > x, então x + y < 5
(ela é falsa pois 3 > 2 é verdade, mas 3 + 2 < 5 é falsa).
Resposta: C
(ANPAD – 2017) Considere as seguintes afirmações sobre a idade e a naturalidade de João, bem como sobre sua mala, que tem apenas uma cor.
I. A mala de João é preta ou cinza.
II. Se João tem mais de 18 anos, então João nasceu em São Paulo.
III. A mala de João não é preta nem cinza.
IV. João tem mais de 18 anos e não nasceu em São Paulo.
V. João tem, no máximo, 18 anos, ou sua mala não é preta.
Sabe-se que, das cinco afirmações dadas, apenas três são falsas.
Assim sendo, necessariamente, João
A) tem, no máximo, 18 anos e sua mala não é preta.
B) tem, no máximo, 18 anos e sua mala não é cinza.
C) tem mais de 18 anos e não nasceu em São Paulo.
D) tem mais de 18 anos e nasceu em São Paulo.
E) tem mais de 18 anos e sua mala não é cinza.
RESOLUÇÃO:
Veja que a afirmação III é negação de I, portanto uma é V e a outra é F (embora não saibamos quais). Veja ainda que a afirmação IV é negação de II, de modo que uma é V e a outra é F (embora também não saibamos quais).
Até aqui temos 2 V e 2 F. Como temos 3 informações falsas ao todo, isso significa que a quinta frase só pode ser falsa.
Para a quinta frase ser falsa, sua negação deve ser verdadeira:
“João tem mais de 18 anos E sua mala é preta”
Se a mala dele é preta, ela certamente NÃO É CINZA. Assim, podemos concluir que:
“João tem mais de 18 anos e sua mala NÃO É CINZA”.
Resposta: E
(ANPAD – 2017) Considere a seguinte proposição:
Se nenhum amigo foi para Teresópolis, então Maria não está realizada.
Logicamente, a contraposição de tal proposição situa a condição de Maria estar realizada como
A) necessária para que algum amigo tenha ido para Teresópolis.
B) suficiente para que algum amigo tenha ido para Teresópolis.
C) suficiente para que algum amigo não tenha ido para Teresópolis.
D) suficiente para que todos os amigos tenham ido para Teresópolis.
E) necessária para que todos os amigos tenham ido para Teresópolis.
RESOLUÇÃO:
Temos no enunciado a condicional p–>q em que:
p = Nenhum amigo foi para Teresópolis
q = Maria não está realizada
A contrapositiva é ~q–>~p, ou seja:
Se Maria está realizada, então algum amigo foi para Teresópolis
Nesta frase, a condição “Maria estar realizada” é SUFICIENTE para algum amigo ter ido a Teresópolis.
Resposta: B
(ANPAD – 2017) Dadas duas proposições lógicas simples, p e q, considere o conectivo lógico ⨀, definido pela tabela verdade a seguir.
Considere a proposição condicional r, definida por:
R: (p ⊙ q) → [(~p) v q]
A contraposição de r é logicamente equivalente à proposição condicional
A) [p ^ (~q)] → (p ↔ q)
B) [(~p) ^ q] → ~(p ⊙ q)
C) [(~p) v q] → (p ⊙ q)
D) [p v (~q)] → ((~p) ↔ q)
E) [p ^ (~q]) → ((~p) ⊙ (~q))
RESOLUÇÃO:
Veja que o conectivo a ser descoberto gera valor V quando as proposições simples tem valores lógicos OPOSTOS, e F quando as proposições simples tem valores lógicos IGUAIS. Ou seja, estamos diante da Disjunção Exclusiva.
Sabendo disso, a proposição r fica assim:
(ou p ou q) –> (~p ou q)
A contraposição de uma condicional A –> B é, simplesmente, ~B –> ~A, ou seja:
~(~p ou q) –> ~(ou p ou q)
(p e ~q) –> (p <–> q)
Temos isso na alternativa A.
Resposta: A
(ANPAD – 2017) Considere as seguinte sentenças abertas definidas no conjunto dos números inteiros (ℤ).
S(n): o número inteiro (n^9 – 1) é par.
V(n): o valor lógico de S(n) é falso.
Sejam A ⊂ ℤ e B ⊂ ℤ os conjuntos verdade das sentenças abertas S(n) e V(n), respectivamente.
Então, acerca dos conjuntos A e B, é verdade que
A) A = B
B) A – B = ∅
C) B – A = ∅
D) A ∪ B = ℤ
E) A ∩ B = {0}
RESOLUÇÃO:
O conjunto verdade da sentença S(n) será formado pelos números inteiros n para os quais (n9 – 1) é par. Já o conjunto verdade da sentença V(n) será formada por todos os outros números inteiros n, pois V(n) é atendida quando S(n) for falsa.
Portanto, ou um número n vai pertencer ao conjunto A (caso o resultado de (n9 – 1) seja par) ou ele vai pertencer ao conjunto B (caso o resultado de (n9 – 1) seja ímpar). Isto deixa claro que a união dos conjuntos A e B é dada por todos os números inteiros, ou seja:
A U B = Z
Resposta: D
(ANPAD – 2017) Um professor de matemática escreveu no quadro a seguinte proposição:
∀k ∈ ℝ, ∃c ∈ ℝ, para o qual x2 + c > k, ∀x ∈ ℝ
Um estudante encontraria um exemplo de que tal proposição é falsa se, e somente se, ele mostrasse que:
A) ∀k ∈ ℝ, ∀c ∈ ℝ, ∄x ∈ ℝ, para o qual x2 + c ≤ k
B) ∀k ∈ ℝ, ∃c ∈ ℝ tal que, ∀x ∈ ℝ, tem-se que x2 + c > k
C) ∃k ∈ ℝ, ∄c ∈ ℝ tal que, ∀x ∈ ℝ, tem-se que x2 + c ≤ k
D) ∃k ∈ ℝ, tal que, ∀c ∈ ℝ, ∃x ∈ ℝ, tem-se que x2 + c < k
E) ∃k ∈ ℝ, tal que, ∀c ∈ ℝ, tem-se que x2 + c ≤ k, para algum x ∈ ℝ.
RESOLUÇÃO:
Podemos escrever a proposição do enunciado como:
Para qualquer k pertencente aos reais, existe c pertencente aos reais, para o qual x2 + c > k, para qualquer x pertencente aos reais.
Se a proposição é falsa, sua negação é verdadeira. A negação de “para todo” ou de “para qualquer” é dada por “existe algum” ou somente “existe”. Da mesma forma, a negação de “existe” é “para todo”. A negação de > é dada por ≤.
Portanto, aplicando a negação à proposição do enunciado temos:
Existe k pertencente aos reais, para qualquer c pertencente aos reais, para o qual x2 + c ≤ k, existe x pertencente aos reais.
Podemos reescrever a proposição acima, sem perda ou alteração de significado, da seguinte maneira:
Existe k pertencente aos reais, tal que, para qualquer c pertencente aos reais, tem-se x2 + c ≤ k, para algum x pertencente aos reais.
Encontramos isso na alternativa E.
Resposta: E
(ANPAD – 2017) Considere a seguinte afirmação feita sobre oito cofrinhos cheios de moedas:
Se há pelo menos dois cofrinhos que não possuem moeda alguma de 5 centavos, então Carlos vai ao banco.
Essa afirmação é logicamente equivalente à afirmação:
A) Se Carlos não vai ao banco, então todos os cofrinhos possuem alguma moeda de 5 centavos.
B) Se há no máximo seis cofrinhos com alguma moeda de 5 centavos, então Carlos vai ao banco.
C) Se Carlos vai ao banco, então pelo menos dois cofrinhos possuem alguma moeda de 5 centavos.
D) Se Carlos não vai ao banco, então pelo menos sete cofrinhos possuem alguma moeda de 5 centavos.
E) Se há no máximo um cofrinho que não possui moeda alguma de 5 centavos, então Carlos não vai ao banco.
RESOLUÇÃO:
Temos uma condicional p–>q onde:
p = há pelo menos dois cofrinhos que não possuem moeda alguma de 5 centavos
q = Carlos vai ao banco
Ela é equivalente a ~q–>~p, onde:
~q = Carlos NÃO vai ao banco
~p = há MENOS DE DOIS cofrinhos que não possuem moeda alguma de 5 centavos
(ou então: há pelo menos 7 cofrinhos que possuem alguma moeda de 5 centavos, afinal são 8 cofrinhos ao todo. Se os que não tem moeda de 5 centavos são 0 ou 1, os que possuem moeda de 5 centavos são 7 ou 8)
A frase equivalente ~q–>~p pode ser escrita na forma:
Se Carlos não vai ao banco, então há pelo menos 7 cofrinhos que possuem alguma moeda de 5 centavos.
Resposta: D
(ANPAD – 2017) Sejam p e q duas proposições lógicas simples e considere a seguinte tabela verdade, parcialmente preenchida, utilizada na obtenção dos valores lógicos da proposição composta [p v (~q)] ↔ (q → p).
Nas posições marcadas com as letras X, Y e Z, devem constar, necessária e respectivamente, os valores lógicos
A) V, V, V.
B) V, V, F.
C) V, F, F.
D) F, V, F.
E) F, V, V.
RESOLUÇÃO:
Veja que X, Y e Z estão na mesma linha em que p v (~q) é F. Para isto acontecer, é preciso que p seja F e que ~q também seja F, de modo que q é V.
Assim, vemos que X = F (p deve ser F) e Y = V (q é V). Sabendo disto, q–>p seria V–>F, que é F. Deste modo, ao preencher a posição Z da tabela, faríamos:
[p v (~q)] <–> (q –> p)
Como p v (~q) é F e q –> p também é F, o valor da bicondicional é V, ou seja, Z = V. Os valores lógicos de X, Y e Z são F, V, V.
Resposta: E
(ANPAD – 2017) A figura mostra uma malha quadriculada que representa a vista superior de um bairro. As ruas do bairro são representadas pelas linhas horizontais e verticais da malha, que estão dispostas paralelamente às direções cardeais Leste-Oeste e Norte-Sul. Na figura estão destacados dois pontos, A e B, sendo o ponto B situado a nordeste do ponto A. O lado de cada quadradinho da malha é chamado de trecho e representa um segmento da rua cujo comprimento mede 200 metros.
Maria estava no ponto B e caminhou exatos 2400 metros. Maria terá caminhado até o ponto A, apenas por trechos mostrados na figura, se, e somente se,
A) a soma do número de trechos percorridos no sentido Norte para Sul com o número de trechos percorridos no sentido Leste para Oeste for igual a 12.
B) o número de trechos percorridos no sentido Norte para Sul for igual à metade do número de trechos percorridos no sentido Leste para Oeste.
C) o número de trechos percorridos no sentido Norte para Sul for igual a 4 e o número de trechos percorridos no sentido Leste para Oeste for igual a 8.
D) o número de trechos horizontais percorridos for igual a 8 e o número de trechos verticais percorridos for igual a 4.
E) o número de trechos verticais percorridos for igual ao dobro do número de trechos horizontais percorridos.
RESOLUÇÃO:
Maria estava no ponto B e caminhou exatos 2400 m. Como cada trecho mede 200 m, Maria percorreu 12 trechos. Para ir até o ponto A com exatamente 12 trechos, são necessários 4 trechos percorridos do sentido norte para o sul e 8 trechos percorridos de leste para oeste. A única alternativa que nos dá essas quantidades de trechos nas direções corretas é a letra C.
Resposta: C
(ANPAD – 2017) João disse que não havia ido ao estádio ou não havia ido ao teatro.
João terá mentido se, e somente se, for verdade que
A) João foi ao estádio e foi ao teatro.
B) João foi ao estádio ou foi ao teatro.
C) ou João foi ao estádio, ou foi ao teatro.
D) João não foi ao estádio e não foi ao teatro.
E) João não foi ao estádio, mas pode ter ido ao teatro.
RESOLUÇÃO:
A frase de João é a disjunção simples “p ou q”, onde:
p = não havia ido ao estádio
q = não havia ido ao teatro
Para ela ser mentira, sua negação “~p e ~q” deve ser verdade:
~p = foi ao estádio
~q = foi ao teatro
Portanto, “~p e ~q” é algo como: “Foi ao estádio e foi ao teatro”.
Temos isso na letra A.
Resposta: A
(ANPAD – 2017) A figura mostra os cinco registros de água que há em um prédio. O prédio tem dois blocos: o fluxo de água no bloco 1 é controlado na caixa 1 – por meio dos registros A e B -, e o fluxo de água no bloco 2 é controlado na caixa 2 – por meio dos registros C, D e E. No prédio, o bloco 1 tem fluxo normal de água se, e somente se, a caixa 1 possui algum registro aberto. Analogamente, o bloco 2 tem fluxo normal de água se, e somente se, a caixa 2 possui algum registro aberto.
Considere o conjunto (A, B, C, D, E) e a sentença aberta P(x) sobre ele definida por:
P(x): o registro x está aberto.
O fluxo de água será normal em apenas um dos dois blocos do prédio se, e somente se, for falsa a proposição:
A) (P(A) ^ P(B)) v (P(C) ^ P(D) ^ P(B)).
B) (P(A) v P(B)) ^ (P(C) v P(D) v P(B)).
C) (P(A) ^ P(B)) ↔ (P(C) ^ P(D) ^ P(B)).
D) (P(A) v P(B)) ↔ (P(C) v P(D) v P(B)).
E) (P(A) ^ ~P(B)) v (P(C) ^ NP(D) ^ ~P(E)).
RESOLUÇÃO:
Vamos supor que a proposição contida em cada alternativa de resposta é falsa e, a partir daí, obter conclusões sobre os valores lógicos de P(A), P(B), P(C), P(D) e P(E). A alternativa correta será a que nos apresentar uma situação em que o fluxo de água seja normal em apenas um dos dois blocos. Ou seja, não pode ser possível ter os dois blocos com fluxo de água normal, assim como não pode ser possível não ter nenhum bloco com fluxo de água normal.
a) (P(A)^P(B))v(P(C)^P(D)^P(E))
Para a disjunção ser falsa é necessário que os dois lados sejam falsos. Aqui teremos P(A)^P(B) sendo F, em que podemos ter P(A) = P(B) = F. Da mesma forma, teremos P(C)^P(D)^P(E) sendo F, podendo ser P(C) = P(D) = P(E) = F, situação na qual nenhum bloco teria fluxo normal de água.
b) (P(A)vP(B))^(P(C)vP(D)vP(E))
Para a conjunção ser falsa é necessário algum dos lados seja falso. Aqui podemos ter P(A)vP(B) sendo F, em que podemos ter P(A) = P(B) = F. Da mesma forma, podemos ter P(C)vP(D)vP(E) sendo F o que leva a P(C) = P(D) = P(E) = F, situação na qual nenhum bloco teria fluxo normal de água.
c) (P(A)^P(B))<->(P(C)^P(D)^P(E))
Para a bicondicional ser falsa é necessário que somente um dos dois lados seja falso. Aqui podemos ter P(A)^P(B) sendo F, em que podemos ter P(A) = F e P(B) = V. Do outro lado, teremos P(C)^P(D)^P(E) sendo V, onde devemos ter P(C) = P(D) = P(E) = V, situação em que os dois blocos teriam fluxo normal de água.
Vamos pular a letra d.
e) (P(A)^~P(B))v(P(C)^~P(D)^~P(E))
Para a disjunção ser falsa é necessário que os dois lados sejam falsos. Aqui teremos P(A)^~P(B) sendo F, em que podemos ter P(A) = ~P(B) = F, o que leva a P(B) = V. Da mesma forma, teremos P(C)^~P(D)^~P(E) sendo F, podendo ser P(C) = ~P(D) = ~P(E) = F, o que leva a P(D) = P(E) = V, situação na qual os dois blocos teriam fluxo normal de água.
Voltando à letra d, temos:
d) (P(A)vP(B))<->(P(C)vP(D)vP(E))
Para a bicondicional ser falsa é necessário que somente um dos dois lados seja falso. Aqui podemos ter P(A)vP(B) sendo F, em que devemos ter P(A) = P(B) = F. Do outro lado, teremos P(C)vP(D)vP(E) sendo V, onde podemos ter P(C) = P(D) = P(E) = V, situação em que apenas o bloco 2 teria fluxo normal de água.
Caso tivéssemos suposto que P(A)vP(B) fosse V, poderíamos ter P(A) = P(B) = V. Do outro lado, teríamos P(C)vP(D)vP(E) sendo F, onde deveríamos ter P(C) = P(D) = P(E) = F, situação em que apenas o bloco 1 teria fluxo normal de água. Esse, portanto, é o gabarito da questão.
Resposta: D
(ANPAD – 2017) André, Bernardo, Carlos, Daniel, Eduardo e Fernando fazem juntos suas refeições na escola, sempre sentados a uma mesma mesa circular que possui um total de 6 lugares, como dispõe a figura. Em cada refeição, os colegas ocupam seus assentos de forma aleatória.
Qual é a probabilidade de, em duas refeições, Carlos e Eduardo não se sentarem um ao lado do outro?
A) 2/5
B) 3/5
C) 4/9
D) 4/25
E) 9/25
RESOLUÇÃO:
A fórmula da permutação circular de n pessoas é:
Pc(n) = (n-1)!
Primeiro vamos encontrar a probabilidade de eles se sentarem juntos em uma refeição. Para isso, vamos considerar que Carlos e Eduardo são um só elemento. Assim, ficamos com a permutação circular de n = 5:
Pc(5) = (5-1)! = 4! = 24
No entanto, neste elemento único formado por Carlos e Eduardo, eles podem aparecer de duas formas: Carlos pode estar à direita ou à esquerda de Eduardo. Assim, devemos multiplicar por 2 o resultado anterior, obtendo 48 formas de sentar os 6 amigos à mesa com Carlos e Eduardo juntos.
Sabendo que existem Pc(6) = (6-1)! = 5! = 120 formas diferentes de sentar os 6 amigos à mesa, podemos concluir que em 120 – 48 = 72 delas Carlos e Eduardo não ficarão um ao lado do outro. Assim, a probabilidade de, em uma refeição, Carlos e Eduardo não se sentarem um ao lado do outro é de 72/120 = 6/10.
Como o exercício pede a probabilidade de, em duas refeições, Carlos e Eduardo não se sentarem um ao lado do outro, basta fazer o produto 6/10 x 6/10 = 36/100 = 9/25.
Resposta: E
(ANPAD – 2017) Seja r a reta do plano cartesiano que passa pelo ponto A(0,-2-) e faz 30º com o eixo das abscissas. Quantos pontos (71, m) do plano cartesiano, com n e m números inteiros, pertencem à reta r?
A) Nenhum
B) 1
C) 2
D) 4
E) Infinitos
RESOLUÇÃO:
A reta r tem como coeficiente angular a tg30º, cujo valor é √3/3. Além disso, sabemos que a reta r passa pelo ponto A(0,1/2). Substituindo na equação abaixo temos:
(y-yo) = m(x-xo)
(y-1/2) = (√3/3) (x-0)
y = (√3/3)x + ½
Essa é a equação da reta r. Perceba que para nenhum valor inteiro de x é possível obter um valor inteiro para y, de forma que nenhum ponto (n,m) da reta r é inteiro.
Resposta: A
(ANPAD – 2017) Um prédio circular possui três andares. Em cada andar há 8 postos de recolhimento de lixo ao longo do seu perímetro, conforme mostra a figura. O primeiro recolhimento do dia é feito no posto 11. Na hora seguinte, os funcionários fazem, no sentido horário, o recolhimento no terceiro posto após aquele visitado por último, ou seja, fazem o recolhimento no posto 14. Na hora seguinte, fazem o mesmo e recolhem o lixo no posto 17. Assim seguem até terem feito o recolhimento em todos os postos do andar. Em seguida, repetem o exato procedimento no segundo andar e, ao final, no terceiro. O recolhimento sempre começa, no segundo andar, pelo posto 21 e, no terceiro, pelo posto 31. Ao concluírem o recolhimento de todos os postos do último andar, os funcionários retornam ao primeiro andar e recomeçam todo o processo, mantendo sempre o padrão de um recolhimento por hora.
Um contador indica o total de recolhimentos de lixo feitos nos postos do prédio, tendo sido feito o primeiro registro do contador quando houve o recolhimento no posto de número ll. No momento, o contador está indicando o número 17487.
O próximo posto a ser visitado para recolhimento de lixo é o de número
A) 14.
B) 23.
C) 26.
D) 28.
E) 33.
RESOLUÇÃO:
Temos ao todo 24 lixeiras. O contador mostra que já foram realizados 17487 recolhimentos. Fazendo a divisão, temos que 17487 / 24 =728 e sobram 15. Isso indica que houve 728 ciclos completos de recolhimento de lixo nos três andares e ainda houve recolhimento nas 15 primeiras lixeiras do novo ciclo. A próxima lixeira, portanto, é a 16ª, que corresponde ao posto de número 26.
Resposta: C
(ANPAD – 2017) Seja x > 0 um número real tal que √x < a8 < 1, para algum número real a > 0.
O menor valor inteiro que loga (x) pode assumir e
A) 65.
B) 17
C) 16.
D) 8.
E) 1.
RESOLUÇÃO:
Do enunciado, temos:
√x < a8
Elevando os dois lados ao quadrado, temos:
x < a16
Sabemos também que a8 < 1, de onde concluímos que a < 1. Veja abaixo como é o gráfico de uma função loga(x), quando 0 < a < 1:
Perceba que, quando 0 < a < 1, a função loga(x) assume valores cada vez menores quanto maior for o valor de x. Assim, como x < a16, temos:
loga(x) > loga(a16)
loga(x) > 16 loga(a)
loga(x) > 16
Dessa forma, o menor valor inteiro que loga(x) pode assumir é 17.
Resposta: B
(ANPAD – 2017) Um sólido é formado, sem folgas ou desalinhamentos, por 32 cubinhos idênticos nos quais cada face tem área medindo U. O sólido é apresentado na figura a seguir, em perspectiva (vista oblíqua) e lateralmente. As 4 Vistas laterais do sólido são idênticas.
Quanto mede a área da superfície desse sólido?
A) 48U
B) 56U
C) 72U
D) 80U
E) 88U
RESOLUÇÃO:
Perceba que o sólido possui um cubo formado por 8 cubinhos na parte de cima e outro na parte de baixo, cada um com 20 faces, conforme indicado pelas setas vermelhas na Figura abaixo:
Some-se a isso que temos 12 cubinhos formando a parte central do sólido, apontada pela seta azul, os quais têm 16 faces laterais, 12 superiores e 12 inferiores.
Ao todo ficamos com 40 + 16 + 12 +12 = 80 faces de área U cada, ou seja, a área da superfície do sólido é de 80U.
Resposta: D
(ANPAD – 2017) Em uma cesta de frutas serão colocadas apenas maçãs e peras. Sabe-se que, se o número de peras presentes na cesta for maior que 15, então a probabilidade de uma fruta retirada ao acaso da cesta ser uma maçã deverá ser maior que 2/5.
Portanto, se, após as maçãs e as peras terem sido colocadas, a probabilidade de uma fruta retirada ao acaso ser uma maçã for menor ou igual a 2/5, então o número máximo de maçãs que poderão estar presentes na cesta será de
A) 9.
B) 10.
C) 11.
D) 14.
E) 16.
RESOLUÇÃO:
Como a probabilidade da fruta retirada ser uma maçã é menor ou igual a 2/5, temos que o número de peras é menor ou igual a 15, visto que o enunciado disse que se o número de peras fosse maior que 15, a probabilidade de retirar uma maça seria maior que 2/5.
As peras são 3/5 do total de frutas x. Portanto:
3/5 x ≤ 15
x ≤ 25
Como o número máximo de peras possível é 15, o número máximo de maçãs é 25 – 15 = 10.
Resposta: B
(ANPAD – 2017) Em um buffet self-service, os clientes montam suas saladas sempre com 5 ingredientes diferentes, escolhidos dentre os 20 disponíveis, e com um tipo de molho, escolhido dentre os 6 disponíveis. Os ingredientes e o molho são então misturados por um funcionário do buffet, e o cliente recebe a mistura servida em um prato.
Qual é o número máximo de misturas diferentes de 5 ingredientes e um molho que podem ser criadas?
A) 11.162.880
B) 93.024
C) 15.510
D) 15.504
E) 2.880
RESOLUÇÃO:
Dos 20 ingredientes disponíveis devemos escolher 5, ou seja, combinação de 20, 5 a 5. Dos 6 molhos, precisamos escolher 1, ou seja, combinação de 6, 1 a 1. Ao todo temos C(20,5) x C(6,1) = 93.024 maneiras diferentes.
Resposta: B
(ANPAD – 2017) A figura destaca, na cor cinza, a região ilimitada do plano cartesiano que está compreendida entre duas retas, r e s. A figura mostra também as medidas dos ângulos existentes entre r e s e entre 3 e o eixo das abscissas.
Dado x ≠ 0, tem-se que o ponto do plano cartesiano P (x, a.x) pertence ao interior da região destacada na figura quando o valor de a e’, por exemplo, igual a
A) -55.
B) -25.
C) -l,8.
D) -1,5.
E) -0,5.
RESOLUÇÃO:
Como tg 30º é aproximadamente 0,6, temos que o coeficiente angular da reta s é igual a -0,6. Como tg 60º é aproximadamente igual a 1,7, temos que o coeficiente angular da reta r é -1,7. Os sinais negativos se devem ao fato de serem retas decrescentes.
Para que o ponto P(x,ax) pertença ao interior da região destacada, ele deverá estar sobre um reta, que também passe pela origem, e cujo coeficiente angular esteja entre -0,6 e -1,7. O valor “a” é o próprio coeficiente angular da reta procurada (y = ax), portanto, “a” deve estar entre -0,6 e -1,7. A única resposta nesse intervalo é -1,5.
Resposta: D
(ANPAD – 2017) Sabe-se que os dados numéricos x1 ,x2,…,x100 são tais que 0 ≤ xi ≤ xi+1 ≤ 20, ∀i = 1,…,99, a média aritmética e o desvio padrão
Para 1 5 i < j < k 5 100, a mediana dos dados xi,xj e xk apenas pode ser igual a
A) 10.
B) 15.
C) 0 ou 20.
D) 0, 10 ou 20.
E) 0,10,15 ou 20.
RESOLUÇÃO:
O desvio padrão é uma medida de dispersão em torno da média. Já o coeficiente de variação é razão entre o desvio padrão e a média, sendo normalmente expresso na forma percentual:
No nosso caso, a média e o desvio padrão são iguais a 10, o que leva a um CV de 100%. Todas essas informações nos levam a crer que os dados x1, x2, … , x100 estão todos nos valores extremos que podem assumir, que são 0 e 20.
Devemos ter a primeira metade dos dados sendo igual a 0 e a segunda metade dos dados sendo igual a 20. Essa é a única maneira de atender às condições do enunciado, em que 0 ≤ xi ≤ xi+1 ≤ 20, a média é 10 e o desvio padrão é igualmente 10 (perceba que todos os dados estão a uma distância de 10 em relação à média).
O exercício pede quais valores pode assumir a mediana de um trio de dados qualquer xi, xj e xk. Ora, a mediana em trio de dados será igual ao dado do meio: xj. Como metade dos dados é zero e metade é 20, xj pode ser zero ou 20.
Resposta: C
(ANPAD – 2017) Considere f: R à R a função algebricamente definida por y
f(x) = ||x2 – 1|- 1|, cujo gráfico é apresentado ao lado.
Se k é um número real fixo e arbitrário, então o maior número de
raízes distintas que a equação f(x) = k poderá ter é
A) 2.
B) 3.
C) 4.
D) 6.
E) 8.
RESOLUÇÃO:
Aqui podemos pensar da seguinte forma: suponha que existe uma função g(x) = k. O gráfico dessa função é uma reta paralela ao eixo x, na altura de k no eixo das ordenadas.
Ao igualar as funções f(x) e g(x) estamos buscando justamente os pontos em que as funções assumem valores iguais, ou seja, aqueles pontos em que o gráfico de f(x) cruza o de g(x). Queremos maximizar esse número de “cruzamentos” entre as funções.
Perceba que o número máximo de interceptações de uma reta g(x) = k, paralela ao eixo x, com o gráfico de f(x) é 6, destacado na figura pelos círculos em azul.
Resposta: D
(ANPAD – 2017) A figura mostra um tanque de combustível industrial que tem a forma de um paralelepípedo reto e que está assentado sobre uma base horizontal. Inicialmente, o tanque estava vazio, mas uma bomba foi ligada e passou a despejar gasolina no seu interior, segundo uma vazão de 30 litros por minuto. Alguns minutos após a primeira bomba ter sido ligada, uma segunda bomba foi ligada e também passou a jogar gasolina no tanque, segundo uma vazão de 20 litros por minuto. Passado um tempo, essa segunda bomba foi desligada, tendo permanecido ligada a primeira bomba. Na figura, h(t) indica a medida da altura do nível de gasolina, relativamente à base do tanque, t minutos após a primeira bomba ter sido ligada.
Qual dos gráficos apresentados a seguir poderia ser aquele associado à função h(t)?
RESOLUÇÃO:
Perceba que inicialmente a vazão é de 30 l/min. Assim, a cada minuto, são despejados 30 litros de gasolina no tanque. A altura do combustível no tanque pelo tempo tem como gráfico uma reta.
Posteriormente, quando é ligada a segunda bomba, a vazão passa a ser de 30 + 20 = 50 l/min indicando que a inclinação da reta do gráfico aumentou em relação à anterior.
Em seguida, a segunda bomba é desligada e a vazão volta a ser a ser de 30 l/min. Dessa forma, a reta do gráfico volta a ter a mesma inclinação inicial.
Lembre-se que a inclinação (coeficiente angular) é medida em relação ao eixo x. Assim, o gráfico que melhor representa a situação é o da letra A.
Resposta: A
INSTRUÇÃO: Leia a manchete a seguir, extraída de um jornal on-line, para responder às duas próximas questões. Vilão tradicional de janeiro, tomate cai 20% com a seca.
(ANPAD – 2017) A manchete admite
A) a premissa oculta de que 20% é uma queda considerável e atípica.
B) o pressuposto de que frutas e legumes sejam monitorados regularmente.
C) a veracidade da conclusão que o brasileiro tenderá a comprar mais tomate.
D) a suposição de que a queda em questão ocorreu em algum período de janeiro.
E) o argumento de que a chuva é responsável pelos preços do tomate em janeiro.
RESOLUÇÃO:
O enunciado pede um comentário admissível pela manchete. Analisando as alternativas, temos:
A) a premissa oculta de que 20% é uma queda considerável e atípica.
Não temos como saber se essa é uma queda atípica.
B) o pressuposto de que frutas e legumes sejam monitorados regularmente.
Sabemos que tomate é uma fruta e não podemos inferir que os legumes são monitorados regularmente.
C) a veracidade da conclusão que o brasileiro tenderá a comprar mais tomate.
Não podemos inferir que há uma tendência do brasileiro comprar mais tomate.
D) a suposição de que a queda em questão ocorreu em algum período de janeiro.
De fato, a manchete cita o mês de janeiro nos levando a crer que a queda em questão ocorreu naquele mês.
E) o argumento de que a chuva é responsável pelos preços do tomate em janeiro.
Não podemos inferir que a queda se refere ao preço, pois nada foi dito nesse sentido.
Resposta: D
(ANPAD – 2017) Assinale, dentre as alternativas a seguir, aquela que apresenta uma explicação plausível para o fenômeno apresentado na manchete.
A) A seca, geralmente acompanhada de forte calor, provoca um amadurecimento mais rápido do tomate e, portanto, eleva a oferta – oferta maior implica preços menores.
B) Com a seca, o que se observa com o tomate são frutos de menor qualidade, ainda que se trate de um produto essencial para população.
C) Como a queda de 20% é uma queda significativa, e possível que os fatores causadores do fenômeno em questão sejam mais diversos que os apontados pela manchete.
D) Como manchetes são apelativas no sentido de que buscam chamar a atenção do leitor, há de se desconfiar de um índice tão elevado, que pode se referir a apenas uma semana.
E) O percentual de 20% de queda pode se dever ao fato de que, em períodos mais secos, a composição das refeições do brasileiro se modifica.
RESOLUÇÃO:
O termo chave do enunciado é o de que precisamos encontrar uma “explicação plausível”. Plausível é aquilo que é razoável, aceitável. Analisando as alternativas, temos:
A) A seca, geralmente acompanhada de forte calor, provoca um amadurecimento mais rápido do tomate e, portanto, eleva a oferta – oferta maior implica preços menores.
Trata-se de uma explicação plausível para o fenômeno.
B) Com a seca, o que se observa com o tomate são frutos de menor qualidade, ainda que se trate de um produto essencial para população.
Não é razoável supor que o tomate seja um produto essencial para a população.
C) Como a queda de 20% é uma queda significativa, e possível que os fatores causadores do fenômeno em questão sejam mais diversos que os apontados pela manchete.
O enunciado pediu uma explicação plausível e essa alternativa simplesmente não explica o fenômeno. Ao contrário, ela especula que o fenômeno pode ter diversos outros fatores causadores.
D) Como manchetes são apelativas, no sentido de que buscam chamar a atenção do leitor, há de se desconfiar de um índice tão elevado, que pode se referir a apenas uma semana.
Novamente temos um alternativa que não explica o fenômeno.
E) O percentual de 20% de queda pode se dever ao fato de que, em períodos mais secos, a composição das refeições do brasileiro se modifica.
Supor que a composição das refeições do brasileiro se modifica durante a seca não é uma explicação plausível.
Resposta: A
(ANPAD – 2017) Leia o texto a seguir, em que [X] é um elemento necessário para a sua argumentação.
A medicina já sabe que a memória musical é uma das últimas que são perdidas por causa da deterioração cerebral provocada pelo mal de Alzheimer. Existe a hipótese de que seria possível usar essa memória para prevenir a progressão da doença. ___________ [X] ___________ . A proposta do projeto brasileiro “Músicas Para Sempre” é fazer com que os artistas conheçam um pouco a vida dos pacientes e produzam músicas sobre eles.
Assinale, dentre as alternativas a seguir, aquela que, ao ocupar a posição de [X], melhor confere unicidade/coerência ao texto.
A) Uma pesquisa da Universidade de São Paulo parece rejeitar essa hipótese, após a consecução da última etapa de um projeto envolvendo pacientes com Alzheimer e músicos.
B) Uma iniciativa independente quer testar essa hipótese, sem a pretensão e a seriedade de um estudo acadêmico, unindo famílias e pacientes com Alzheimer a músicos.
C) Essa hipótese surgiu depois que cientistas observaram que músicos com Alzheimer continuavam com suas habilidades musicais já nos estágios avançados da doença.
D) Essa hipótese vem sendo debatida, havendo resultados controversos após a realização de projetos de longa duração.
E) Um projeto de uma universidade estadunidense lançou luz sobre a questão a partir de ressonâncias magnéticas de músicos em estágios avançados da doença.
RESOLUÇÃO:
O enunciado pede que [X] seja um elemento necessário para a argumentação do texto. Analisando as alternativas, temos:
A) Uma pesquisa da Universidade de São Paulo parece rejeitar essa hipótese, após a consecução da última etapa de um projeto envolvendo pacientes com Alzheimer e músicos.
Existe um projeto (Músicas Para Sempre) que trabalha com a veracidade da hipótese do texto. No entanto, essa alternativa mostra um argumento contrário a essa hipótese, de forma que não se trata de um elemento necessário para a argumentação do texto.
B) Uma iniciativa independente quer testar essa hipótese, sem a pretensão e a seriedade de um estudo acadêmico, unindo famílias e pacientes com Alzheimer a músicos.
Trata-se de um elemento que vem ao encontro das ideias apresentadas no texto, sendo essa a alternativa verdadeira.
C) Essa hipótese surgiu depois que cientistas observaram que músicos com Alzheimer continuavam com suas habilidades musicais já nos estágios avançados da doença.
Na verdade, o texto menciona que a hipótese vem do fato de que “a medicina já sabe que a memória musical é uma das últimas que são perdidas por causa da deterioração cerebral provocada pelo mal de Alzheimer.”
D) Essa hipótese vem sendo debatida, havendo resultados controversos após a realização de projetos de longa duração.
Existe um projeto (Músicas Para Sempre) que trabalha com a veracidade da hipótese do texto. No entanto, essa alternativa mostra um argumento contrário a essa hipótese, de forma que não se trata de um elemento necessário para a argumentação do texto.
E) Um projeto de uma universidade estadunidense lançou luz sobre a questão a partir de ressonâncias magnéticas de músicos em estágios avançados da doença.
Ao dizer que o projeto americano “lançou luz sobre a questão”, passa-se a ideia de que a partir desse projeto surgiu a hipótese. No entanto, o texto menciona que a hipótese vem do fato de que “a medicina já sabe que a memória musical é uma das últimas que são perdidas por causa da deterioração cerebral provocada pelo mal de Alzheimer.” Portanto, este não é um elemento necessário para a argumentação.
Resposta: B
(ANPAD – 2017) Na Câmara de Vereadores de dada capital brasileira, foram apresentados nove projetos relacionados a água, que vão a votação. Os textos preveem medidas como o desconto no IPTU para quem tiver sistema de captação de água da chuva no imóvel e para quem instalar privadas que usem menos água.
Assinale, dentre as alternativas a seguir, aquela que apresenta uma conclusão para o texto.
A) Os vereadores da referida capital demonstram, em sua maioria, preocupação com a sustentabilidade da água.
B) As ações contra o desperdício e a favor da eficiência hídrica devem ocorrer simultaneamente para que mereçam ser recompensadas.
C) Trata-se de uma medida isolada, isto é, referente a apenas uma capital brasileira, cujos impactos agregados para todo o país podem ser pouco significativos.
D) Medidas contra o desperdício ou a favor da eficiência hídrica são pauta de projetos de vereadores em dada capital brasileira.
E) Ações contra o desperdício ou a favor da eficiência hídrica podem vir a ter impactos financeiros positivos para a população e a elas adere.
RESOLUÇÃO:
O enunciado pede uma conclusão para o texto. Analisando as alternativas, temos:
A) Os vereadores da referida capital demonstram, em sua maioria, preocupação com a sustentabilidade da água.
Não temos informações para assegurar que a maioria dos vereadores demonstra preocupação com a sustentabilidade da água.
B) As ações contra o desperdício e a favor da eficiência hídrica devem ocorrer simultaneamente para que mereçam ser recompensadas.
Não se trata de uma conclusão do texto, inclusive não foi dito nada relativo à necessidade de simultaneidade entre as ações contra o desperdício e a favor da eficiência hídrica.
C) Trata-se de uma medida isolada, isto é, referente a apenas uma capital brasileira, cujos impactos agregados para todo o país podem ser pouco significativos.
Não se trata de uma conclusão do texto e, além disso, nada foi dito sobre as possíveis repercussões disso a nível nacional.
D) Medidas contra o desperdício ou a favor da eficiência hídrica são pauta de projetos de vereadores em dada capital brasileira.
Não se trata de uma conclusão do texto, mas apenas de uma síntese do mesmo.
E) Ações contra o desperdício ou a favor da eficiência hídrica podem vir a ter impactos financeiros positivos para a população e a elas adere.
Esta sim é uma conclusão do texto, visto que, se aprovadas as medidas, o contribuinte poderá vir a ter desconto no IPTU por conta de suas ações contra o desperdício ou a favor da eficiência hídrica.
Resposta: E
(ANPAD – 2017) Em 1960, muita gente séria afirmava que as reservas de petróleo do planeta estariam esgotadas em 40 anos. Já se passaram quase duas décadas desse prazo e, sem contar novas descobertas e eventuais aumentos ou quedas significativas no consumo, há projeções, entre muitas, que apontam para uma duração de mais de 150 anos. Com a matriz energética atual, é possível reverter o aquecimento global provocado pela queima de hidrocarbonetos? Com fartura de petróleo barato, será factível desenvolver fontes alternativas de energia a custos economicamente aceitáveis?
A partir das informações presentes no texto, admite-se:
A) A perspectiva que o consumo de petróleo avance muito no futuro enseja preocupações sobre como vamos obter energia.
B) Se continuarmos a queimar petróleo com fins energéticos, poderemos afetar a capacidade do planeta de suportar a vida humana.
C) Essas projeções sobre a duração de reservas minerais dificilmente se confirmam, pois novas descobertas são inexoráveis.
D) O ativismo ambiental pode ser um fator decisivo para a busca de alternativas viáveis ao petróleo e seus derivados.
E) Os esforços de avanço tecnológico são a única alternativa para uma transição não conflituosa de uma matriz energética para a outra.
RESOLUÇÃO:
O enunciado pede um comentário admissível a partir das informações do texto. Analisando as alternativas, temos:
A) A perspectiva que o consumo de petróleo avance muito no futuro enseja preocupações sobre como vamos obter energia.
De fato, o texto diz que há projeções que apontam para uma duração de mais de 150 anos das reservas de petróleo. Isso pode acabar dificultando o desenvolvimento de fontes alternativas de energia a custos aceitáveis.
B) Se continuarmos a queimar petróleo com fins energéticos, poderemos afetar a capacidade do planeta de suportar a vida humana.
Não foi dito isso no texto. O máximo que ele fez foi especular se com a matriz energética atual seria possível reverter o aquecimento global.
C) Essas projeções sobre a duração de reservas minerais dificilmente se confirmam, pois novas descobertas são inexoráveis.
O texto não diz que as projeções dificilmente se confirmam. Inclusive, o texto utiliza-se de projeções que apontam para uma duração de mais de 150 anos para questionar sobre o aquecimento global e o desenvolvimento de fontes alternativas de energia.
D) O ativismo ambiental pode ser um fator decisivo para a busca de alternativas viáveis ao petróleo e seus derivados.
Nada foi dito sobre ativismo ambiental.
E) Os esforços de avanço tecnológico são a única alternativa para uma transição não conflituosa de uma matriz energética para a outra.
Nada foi dito sobre transição não conflituosa de uma matriz energética para a outra e, muito menos, que os esforços de avanço tecnológico são a única alternativa para uma transição não conflituosa.
Resposta: A
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder às duas próximas questões.
Na produção de textos acadêmicos, deve-se preferencialmente ler e citar sempre o autor e o texto originais, a não ser que seja um texto antiquíssimo que existe apenas na Biblioteca Nacional de Paris ou que esteja escrito apenas em chinês arcaico ou em aramaico.
(ANPAD – 2017) Considerando que o texto foi escrito para brasileiros, uma conclusão plausível para ele é
A) Há casos em que o acesso ao texto original é impossível ou inviabilizado.
B) Há textos acadêmicos que indevidamente fazem uso de citações indiretas.
C) A citação de textos originais e parte imprescindível de todo texto acadêmico.
D) Textos antigos ou em língua desconhecida pelo pesquisador não precisam ser citados.
E) Existem circunstâncias que justificam o uso de fontes secundárias em textos acadêmicos.
RESOLUÇÃO:
O enunciado pede uma conclusão plausível para o texto. O texto apresenta uma regra geral de que se deve preferencialmente ler e citar sempre o autor e o texto originais na produção de textos acadêmicos, à exceção das situações citadas.
Analisando as alternativas, temos:
A) Há casos em que o acesso ao texto original é impossível ou inviabilizado.
Essa não é uma conclusão do texto. Nas exceções citadas no texto não fica evidente que o acesso é impossível ou inviabilizado, mas sim que ele é dificultoso.
B) Há textos acadêmicos que indevidamente fazem uso de citações indiretas.
Essa não é uma conclusão possível. O texto fala de uma regra geral e suas exceções específicas, mas não chega a admitir que há textos acadêmicos se valendo de citações indiretas ou secundárias.
C) A citação de textos originais é parte imprescindível de todo texto acadêmico.
O texto apresenta uma regra geral de que se deve preferencialmente (e não de forma imprescindível) ler e citar sempre o autor e o texto originais na produção de textos acadêmicos.
D) Textos antigos ou em língua desconhecida pelo pesquisador não precisam ser citados.
O texto cita especificamente situações nas quais não é preferível ler e citar o autor e o texto originais na produção de textos acadêmicos. Portanto, não cabe essa generalização proposta pela alternativa.
E) Existem circunstâncias que justificam o uso de fontes secundárias em textos acadêmicos.
De fato, o texto cita especificamente situações nas quais não é preferível ler e citar o autor e o texto originais na produção de textos acadêmicos. Assim, podemos concluir do texto que existem circunstâncias que justificam o uso de fontes secundárias (ou seja, não originais) em textos acadêmicos.
Resposta: E
(ANPAD – 2017) Uma premissa subjacente ao texto é:
A) Há casos em que o acesso ao texto original é impossível ou inviabilizado.
B) Há textos acadêmicos que indevidamente fazem uso de citações indiretas.
C) A citação de textos originais é parte imprescindível de todo texto acadêmico.
D) Textos antigos ou em língua desconhecida pelo pesquisador não precisam ser citados.
E) Existem circunstâncias que justificam o uso de fontes secundárias em textos acadêmicos.
RESOLUÇÃO:
O enunciado pede uma premissa subjacente ao texto, ou seja, uma informação essencial implícita capaz de embasar o raciocínio.
Analisando as alternativas, temos:
A) Há casos em que o acesso ao texto original é impossível ou inviabilizado.
Partindo desse pressuposto, de que em alguns casos o acesso ao texto original é impossível ou inviabilizado, podem ser definidas regras para quando se deve preferencialmente ler e citar o autor e texto originais, que foi o que o texto fez. Essa alternativa apresenta o problema para o qual o texto propõe uma solução, sendo assim uma informação essencial para aquele. Esse, portanto, é o gabarito da questão.
B) Há textos acadêmicos que indevidamente fazem uso de citações indiretas.
O fato de haver textos acadêmicos que indevidamente fazem uso de citações indiretas não é o problema para o qual o texto apresenta uma solução. Dessa forma, essa alternativa não constitui uma informação essencial implícita para o texto apresentado.
C) A citação de textos originais é parte imprescindível de todo texto acadêmico.
Essa alternativa não constitui uma premissa subjacente ao texto, pelo fato de que a citação de textos originais, em alguns casos, pode ser dificultosa, situações nas quais é admitida a citação de fontes secundárias.
D) Textos antigos ou em língua desconhecida pelo pesquisador não precisam ser citados.
Essa alternativa não constitui uma premissa subjacente ao texto, pelo fato de que, se o texto se embasasse nela, ele não poderia dizer que, os casos de citação de fonte secundária são, especificamente, aqueles cujo texto original existe apenas na Biblioteca Nacional de Paris ou que esteja escrito apenas em chinês arcaico ou em aramaico.
E) Existem circunstâncias que justificam o uso de fontes secundárias em textos acadêmicos.
Essa alternativa não constitui uma premissa subjacente ao texto. O texto justamente apresenta a regra geral (de citação preferencial de texto original) e as exceções, nas quais é permitido o uso de fontes secundárias em textos acadêmicos. Portanto, essa é uma conclusão e não uma informação essencial sobre a qual o texto é embasado.
Resposta: A
(ANPAD – 2017) Durante uma interação entre dois sujeitos, A e B, se deram três diálogos – representados a seguir por I, II ou III -, cada um composto por duas falas, uma de A e outra de B. Os diálogos foram independentes, e as falas ocorreram na ordem apresentada. A primeira fala do diálogo é chamada de fala inicial, e a segunda é chamada de contra-argumento.
Diálogo I
A: O pai da Filosofia é Aristóteles?
B: Não sei lhe dizer.
Diálogo II
B: Há algo errado com a logística de transporte que estamos utilizando. Nossos prazos não diminuem; nem os nossos custos.
A: A causa dos resultados insatisfatórios pode estar fora da logística propriamente dita. Por exemplo, você olhou cuidadosamente o nível de treinamento dos nossos colaboradores?
Diálogo III
A: O coaching executivo está dando muito certo em nossas empresas do Sudeste. Também teremos ótimos resultados com a sua implementação em nossas fábricas do Norte.
B: Sugiro que reflitamos um pouco mais sobre essa sua lógica.
Há falácia em
A) todas as falas.
B) apenas uma fala.
C) apenas duas falas localizadas no mesmo diálogo.
D) apenas duas falas localizadas em dois diálogos distintos.
E) apenas três argumentos localizados em dois ou mais diálogos.
RESOLUÇÃO:
Podemos chamar de falácia qualquer argumento errado ou equivocado, ou ainda, argumentos incorretos com aparência de corretos. Vamos analisar cada diálogo:
Diálogo I
A: O pai da Filosofia é Aristóteles?
B: Não sei lhe dizer.
Não foi identificado nenhum argumento errado.
Diálogo II
B: Há algo errado com a logística de transporte que estamos utilizando. Nossos prazos não diminuem; nem os nossos custos.
A: A causa dos resultados insatisfatórios pode estar fora da logística propriamente dita. Por exemplo, você olhou cuidadosamente o nível de treinamento dos nossos colaboradores?
Veja que B se utiliza de duas observações (“Nossos prazos não diminuem; nem os nossos custos”) para concluir que há algo errado com a logística de transporte. Apesar de aparentemente correto, esse argumento não é necessariamente verdadeiro, visto que, assim como disse A, o problema para que os prazos e custos não diminuam pode estar fora da logística propriamente dita. Portanto, há falácia na fala de B.
Diálogo III
A: O coaching executivo está dando muito certo em nossas empresas do Sudeste. Também teremos ótimos resultados com a sua implementação em nossas fábricas do Norte.
B: Sugiro que reflitamos um pouco mais sobre essa sua lógica.
O fato de ter dado certo no Sudeste não garante êxito no Norte. Dessa forma, há falácia no argumento de A.
Assim, identificamos falácia em apenas duas falas, localizadas em dois diálogos distintos.
Resposta: D
(ANPAD – 2017) Na frieza dos números, há oito famílias disponíveis para cada criança apta à adoção no país. A equação, na prática, não fecha. Nos abrigos brasileiros, meninos e meninas com idade superior à três anos são maioria e, ao mesmo tempo, os menos desejados pelos aspirantes a pais. Ano a ano, os pretendentes têm, timidamente, aberto o leque de preferências etárias, mas a idealização de um filho recém-nascido ainda faz permanecer o descompasso.
A argumentação do texto tem como premissa, na realidade brasileira atual,
A) seria possível relacionar o número de famílias disponíveis com o número de crianças efetivamente adotadas o Brasil.
B) a idade é um fator impeditivo para admitir a possibilidade de que haja um aumento no número de crianças adotadas no país.
C) é possível observar no cenário brasileiro, um número crescente de famílias dispostas a adotar crianças acima de três anos no país.
D) a idealização do filho recém-nascido é a razão por que há um descompasso entre o número de famílias disponíveis e o número de crianças adotadas.
E) crianças para adoção oriundas de abrigos são aquelas menos desejadas pelos aspirantes a se tornarem pais no Brasil.
RESOLUÇÃO:
O enunciado pede uma premissa, ou seja, um fato no qual o texto possa se embasar. Analisando as alternativas, temos:
A) seria possível relacionar o número de famílias disponíveis com o número de crianças efetivamente adotadas o Brasil.
De fato, é em cima disso que o texto discorre, tanto é que ele defende a ideia de que há famílias suficientes para cada criança apta à adoção no país. Ele parte disso para depois concluir sobre a existência de um descompasso entre o número de famílias disponíveis e o número de crianças adotadas.
B) a idade é um fator impeditivo para admitir a possibilidade de que haja um aumento no número de crianças adotadas no país.
Essa é a conclusão do texto, mas não uma premissa na qual ele se sustenta.
C) é possível observar no cenário brasileiro, um número crescente de famílias dispostas a adotar crianças acima de três anos no país.
Errado, o texto fala justamente o oposto.
D) a idealização do filho recém-nascido é a razão por que há um descompasso entre o número de famílias disponíveis e o número de crianças adotadas.
Essa é a conclusão do texto, mas não uma premissa na qual ele se sustenta.
E) crianças para adoção oriundas de abrigos são aquelas menos desejadas pelos aspirantes a se tornarem pais no Brasil.
Se essa fosse a premissa, o texto não basearia o descompasso entre o número de famílias disponíveis e o número de crianças adotadas no fato de que meninos e meninas com idade superior à três anos são maioria e, ao mesmo tempo, os menos desejados pelos aspirantes a pais.
Resposta: A
(ANPAD – 2017) O principal argumento de compra em portais internacionais são os preços baixos, que podem equivaler a um terço ou um quarto dos nacionais – 84% dos entrevistados em uma pesquisa de abrangência nacional citaram esse quesito mesmo que isso signifique esperar, em média, 42 dias corridos para receber a encomenda. O que chama a atenção é que, se fosse assim no Brasil, o consumidor acharia um absurdo e abandonaria o carrinho de compras.
Assinale, dentre as alternativas a seguir, aquela que argumento apresentado na última frase do texto.
A) O consumidor brasileiro tem expectativas de que os prazos sejam exíguos na entrega de mercadorias nacionais compradas on-line.
B) O consumidor brasileiro é inerte, ainda que repudie grandes prazos de entrega independentemente do preço e da localidade da loja em que compra.
C) O consumidor brasileiro tende a avaliar um rol de variáveis, como prazo, antes de concluir uma compra on-line em uma loja nacional.
D) O consumidor brasileiro é ávido por produtos comprados no exterior, que, sejam caros ou baratos, conferem-lhe um status distinto daqueles adquiridos no país.
E) O consumidor brasileiro que compra apenas em sites nacionais e desconhece os estrangeiros é mais exigente com relação aos prazos de entrega.
RESOLUÇÃO:
O enunciado pede a alternativa que enfraquece o argumento apresentado na última frase do texto, o qual diz que se o prazo numa compra dentro do Brasil fosse tão dilatado, o consumidor não efetuaria a compra. Analisando as alternativas, temos:
A) O consumidor brasileiro tem expectativas de que os prazos sejam exíguos na entrega de mercadorias nacionais compradas on-line.
Essa alternativa traz uma verdade, porém não enfraquece o argumento em questão.
B) O consumidor brasileiro é inerte, ainda que repudie grandes prazos de entrega independentemente do preço e da localidade da loja em que compra.
Esse argumento diz que o consumidor repudia grandes prazos de entrega independentemente do preço. O argumento final do texto diz que o consumidor repudia grandes prazos se a compra for no Brasil, local em que ele paga mais caro nos produtos. No entanto, se a compra for nos referidos portais internacionais, em que o preço é um atrativo, o consumidor não se importa de esperar mais tempo. Essa, portanto, é a alternativa que enfraquece o argumento final do texto.
C) O consumidor brasileiro tende a avaliar um rol de variáveis, como prazo, antes de concluir uma compra on-line em uma loja nacional.
Essa alternativa fala uma verdade e não enfraquece o argumento final do texto.
D) O consumidor brasileiro é ávido por produtos comprados no exterior, que, sejam caros ou baratos, conferem-lhe um status distinto daqueles adquiridos no país.
Essa alternativa traz um fato que não enfraquece o argumento final do texto.
E) O consumidor brasileiro que compra apenas em sites nacionais e desconhece os estrangeiros é mais exigente com relação aos prazos de entrega.
Essa alternativa traz um fato que não enfraquece o argumento final do texto.
Resposta: B
(ANPAD – 2017) Em um debate eleitoral, dois candidatos discutem a temática “transporte público”.
Assinale, dentre as alternativas a seguir, a única que constitui argumento falacioso apresentado por um dos candidatos.
A) Quando se fala em transporte público, as variáveis a serem consideradas são diversas. Uma delas consiste na demanda real e demanda potencial.
B) Peguei um ônibus diversas vezes por dia para ver quanto tempo gastaria para realizar um trajeto que normalmente realizo em 20 minutos de carro.
C) O transporte público da cidade não atende às nossas necessidades de locomoção. Basta perguntar a qualquer cidadão!
D) Se realmente quisermos garantir sustentabilidade ambiental, o transporte público é, sim, uma opção muito mais viável que o carro individual em diversos aspectos!
E) Eu acho ridículo que nossos cidadão tenham que pagar R$ 4,00 por um sistema de transporte público que, na minha opinião, é medíocre, lento e sucateado.
RESOLUÇÃO:
O enunciado pede para identificarmos a única alternativa em que há falácia, ou seja, um argumento incorreto com aparência de correto. Veja a alternativa c:
C) O transporte público da cidade não atende às nossas necessidades de locomoção. Basta perguntar a qualquer cidadão!
O candidato apoia a validade de sua afirmação na possível opinião sobre transporte público de qualquer um dos cidadãos. Veja que essa é uma justificativa falha visto que, entre os cidadãos, podem haver aqueles que consideram que suas necessidades de locomoção sejam atendidas pelo transporte público da cidade.
Resposta: C
(ANPAD – 2017) Leia o seguinte texto segmentado em quatro partes, [X], [Y], [W] e [Z].
[X] A recompensa pode ter impacto no desempenho dos empregados. [Y] Empregados mal recompensados tendem a apresentar mau desempenho. [W] Empregados bem recompensados não necessariamente apresentam bom desempenho. [Z] Portanto, preciso rever minha política de desempenho.
Assinale, dentre as alternativas a seguir, aquela que apresenta uma análise correta dessas partes.
A) As partes [X], [Y] e [W], se consideradas como premissas verdadeiras, garantem a veracidade da conclusão em [Z].
B) As partes [X], [Y] e [W], se consideradas como premissas falsas, invalidam a conclusão em [Z], que consiste em uma falácia.
C) As partes [Y] e [W] podem ser consideradas premissas que, se verdadeiras, sustentam aquilo que se afirma em [X].
D) As partes [Y] e [W] podem ser consideradas inferências extraídas daquilo que se encontra na afirmação em [X].
E) As partes [Y], [W] e [Z], ser consideradas como inferências verdadeiras, garantem a veracidade da conclusão, não falaciosa, em [Z].
RESOLUÇÃO:
Veja que o texto introduz uma ideia: [X] A recompensa pode ter impacto no desempenho dos empregados.
Depois disso, o texto justifica aquela ideia apresentada, ou seja, ele apresenta constatações que embasaram a formulação daquela ideia inicial:
[Y] Empregados mal recompensados tendem a apresentar mau desempenho.
[W] Empregados bem recompensados não necessariamente apresentam bom desempenho.
Portanto, podemos dizer que as partes [Y] e [W] podem ser consideradas premissas que, se verdadeiras, sustentam aquilo que se afirma em [X].
Resposta: C
(ANPAD – 2017) Apesar de a maioria dos produtos comprados em portais internacionais estar sujeita a tributação, apenas 31% dos entrevistados de uma pesquisa nacional afirmaram ter pago impostos. A fiscalização da Receita é feita por amostragem.
Assinale, dentre as alternativas a seguir, aquela que não apresenta uma conclusão plausível para o que se relata no texto.
A) Diante da impossibilidade de se atestar a veracidade dos depoimentos dos entrevistados, é possível que a fiscalização por amostragem não seja tão falha quanto parece, cabendo aqui saber se os produtos comprados são sujeitos à tributação ou não.
B) A considerar verdadeiros os depoimentos dos entrevistados e a obrigatoriedade do imposto sobre entrada de mercadorias estrangeiras por eles compradas, ocorre que a fiscalização por amostragem é falha.
C) Portanto, se a Receita julgar que essa forma de amostragem está sendo falha, uma nova forma de fiscalização deverá ser realizada para que se consiga efetivamente tributar os produtos sujeitos a impostos.
D) Logo, a Receita tem sido omissa no cumprimento de suas obrigações previstas em lei. Uma nova forma de fiscalização deve ser desenvolvida para acompanhar as mudanças trazidas pela tecnologia e pela globalização.
E) Pode-se pensar que a Receita não faz ideia do verdadeiro índice de cidadãos importadores que não pagam os impostos devidos, sendo a amostragem hoje apontada como problemática diante do grande número de produtos que acabam entrando no país sem ser tributados.
RESOLUÇÃO:
O enunciado pede uma alternativa que não apresenta uma conclusão plausível. Analisando as alternativas, temos:
A) Diante da impossibilidade de se atestar a veracidade dos depoimentos dos entrevistados, é possível que a fiscalização por amostragem não seja tão falha quanto parece, cabendo aqui saber se os produtos comprados são sujeitos à tributação ou não.
Trata-se de uma conclusão plausível. De fato, se a maioria dos produtos comprados não for sujeita à tributação, pode ser que a amostragem seja eficiente e isso justificaria o fato de que apenas 31% dos entrevistados pagaram impostos.
B) A considerar verdadeiros os depoimentos dos entrevistados e a obrigatoriedade do imposto sobre entrada de mercadorias estrangeiras por eles compradas, ocorre que a fiscalização por amostragem é falha.
Trata-se de uma conclusão plausível. Se a maioria dos produtos comprados for sujeita à tributação e apenas 31% dos entrevistados pagaram impostos, pode ser que a amostragem seja falha.
C) Portanto, se a Receita julgar que essa forma de amostragem está sendo falha, uma nova forma de fiscalização deverá ser realizada para que se consiga efetivamente tributar os produtos sujeitos a impostos.
Trata-se de uma conclusão plausível. Uma vez que a amostragem seja considerada falha, é razoável afirmar que o método será substituído por outro mais efetivo.
D) Logo, a Receita tem sido omissa no cumprimento de suas obrigações previstas em lei. Uma nova forma de fiscalização deve ser desenvolvida para acompanhar as mudanças trazidas pela tecnologia e pela globalização.
Veja que aqui se comete o erro de generalizar ao ser dito que a Receita tem sido omissa no cumprimento de suas obrigações previstas em lei. Dessa forma, não se trata de uma conclusão plausível.
E) Pode-se pensar que a Receita não faz ideia do verdadeiro índice de cidadãos importadores que não pagam os impostos devidos, sendo a amostragem hoje apontada como problemática diante do grande número de produtos que acabam entrando no país sem ser tributados.
Trata-se de uma conclusão plausível. Uma vez que a quantidade de entrevistados que pagaram impostos é baixa, é razoável afirmar que a Receita não saiba o verdadeiro índice de cidadãos importadores que não pagam os impostos devidos, por conta de que o método de amostragem utilizado pode ser falho.
Resposta: D
(ANPAD – 2017) Considere a seguinte estrutura de argumentação.
Concessão baseada em fato anterior, fato posterior iniciado no passado e observado até o presente. Evidência(s) para o fato.
Um exemplo dessa estrutura é: “Embora os programas de coaching e mentoria tenham funcionado na empresa A, sua replicação na empresa B tem sido frustrante. Baixa adesão e alta evasão são os principais problemas registrados.
Assinale, dentre as alternativas a seguir, aquela que apresenta estrutura de argumentação semelhante à do exemplo fornecido.
A) Ainda que eu falasse a língua dos homens e falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria. E só o amor que conhece o que é verdade, que não quer o mal e que não sente inveja ou se envaidece.
B) Por mais que a empresa tenha recebido recomendações expressas para manter um inventário, o gestor “responsável” não vem fazendo o “dever de casa”. Perdas sem explicação no estoque têm sido constantes.
C) Apesar de o sistema de custeio ABC ter se mostrado eficiente em organizações hospitalares, nem sempre sua aplicação dá certo nos hospitais. Bons sistemas de informação são fundamentais para o sucesso.
D) Se bem que nem toda organização se baseia na meritocracia, observa-se que essa é uma questão premente em quase todas as organizações do mundo. Evidências disso são os critérios de desempenho utilizados nas promoções e progressões.
E) Mesmo que técnicas de plantio tenham sido aplicadas de forma idêntica nas duas áreas analisadas, os resultados foram positivos em apenas uma delas. Uma justificativa parece ter sido a menor incidência de pragas.
RESOLUÇÃO:
Veja a letra B:
Por mais que a empresa tenha recebido recomendações expressas para manter um inventário, o gestor “responsável” não vem fazendo o “dever de casa”. Perdas sem explicação no estoque têm sido constantes.
Aqui temos respeitada a estrutura prevista no enunciado:
As outras alternativas não possuem, simultaneamente, os três componentes estruturais como vimos acima, motivo pelo qual o gabarito é a letra B.
Resposta: B
(ANPAD – 2017) As chamadas coalizões dominantes, formais ou informais, são coligações de interesses que se formam para exercer o poder sobre outras coalizões. É assim nas organizações, independentemente da natureza, objetivo e estrutura delas. Aliás, é pura política, em seu sentido amplo. Entender as coalizões pode nos ajudar a descortinar, por exemplo, como e por que há, num parlamento, tomadas de decisões que contêm elementos que privilegiam minorias historicamente marginalizadas em detrimento da maioria, aprovação de orçamentos que desafiam a racionalidade e elaboração de políticas públicas que são equivocadas (às vezes intencionalmente mesmo).
A partir das premissas presentes no texto, assinale, dentre as alternativas a seguir, aquela que apresenta a inferência mais adequada.
A) As coalizões dominantes operam primordialmente em organizações públicas, em todos os níveis federal, estadual ou municipal.
B) Políticas públicas de substituições coercitivas de importações causaram grandes prejuízos ao desenvolvimento do país.
C) A prevalência dos interesses de minorias não necessariamente é algo a ser considerado automaticamente ruim.
D) As coalizões funcionam de forma diferente nas organizações e na política, se bem que um parlamento é um tipo de organização.
E) Quem sabe sobre a melhor forma de aplicar o dinheiro público são as populações que serão afetadas com a execução dos orçamentos.
RESOLUÇÃO:
O enunciado pede a inferência mais adequada. Analisando as alternativas:
A) As coalizões dominantes operam primordialmente em organizações públicas, em todos os níveis federal, estadual ou municipal.
Não há elementos para afirmar que as coalizões dominantes operam primordialmente em organizações públicas.
B) Políticas públicas de substituições coercitivas de importações causaram grandes prejuízos ao desenvolvimento do país.
Nada foi dito neste sentido.
Vamos pular a letra C.
D) As coalizões funcionam de forma diferente nas organizações e na política, se bem que um parlamento é um tipo de organização.
A proposição acima se contradiz visto que primeiro afirma que “as coalizões funcionam de forma diferente nas organizações e na política” e depois volta atrás e diz que “um parlamento é um tipo de organização”. Essa, portanto, não é uma inferência adequada.
E) Quem sabe sobre a melhor forma de aplicar o dinheiro público são as populações que serão afetadas com a execução dos orçamentos.
Nada foi dito neste sentido.
Como eliminamos todas as alternativas acima, só restou a letra C:
C) A prevalência dos interesses de minorias não necessariamente é algo a ser considerado automaticamente ruim.
Essa é a inferência adequada. De fato, a formação de uma coalizão não necessariamente é algo a ser considerado automaticamente ruim, visto que o texto cita pelo menos uma decorrência positiva disso para determinado grupo de pessoas: “tomadas de decisões que contêm elementos que privilegiam minorias historicamente marginalizadas em detrimento da maioria”.
Resposta: C
(ANPAD – 2017) Considere duas interações, sendo a primeira entre três participantes – Alfa, Ômega e Delta – e a segunda entre dois participantes – Beta e Ômega.
Interação I
Alfa: Nossa política de cargos e salários está muito defasada.
Ômega: E olha que ela tem só dois anos…
Delta: Foi aquele incompetente do Gama que a criou.
Interação II
Beta: Finalmente conseguimos uma política de cargos e salários que surte efeitos positivos na empresa!
Ômega: Não é bem isso o que tenho ouvido por ai…
Assinale, dentre as alternativas a seguir, aquela que apresenta a melhor análise comparativa da estrutura e/ou tipo de argumento dessas duas interações.
A) Há argumentos falaciosos em ambas as interações.
B) O primeiro argumento de Ômega necessariamente contradiz o de Alfa.
C) O pressuposto de Ômega é participar de diferentes interações para embasar seus argumentos.
D) Uma inferência da primeira interação é que já houve uma política de cargos e salários anterior.
E) As duas interações mostram como podem existir diferentes percepções de uma mesma temática.
RESOLUÇÃO:
Analisando as alternativas, temos:
A) Há argumentos falaciosos em ambas as interações.
Não há falácia na interação I.
B) O primeiro argumento de Ômega necessariamente contradiz o de Alfa.
Errado. Na interação I, Ômega corrobora o fato de que a política de cargos e salários está defasada, sem discordar de Alfa.
C) O pressuposto de Ômega é participar de diferentes interações para embasar seus argumentos.
Não temos como afirmar que esse é o objetivo de Ômega.
D) Uma inferência da primeira interação é que já houve uma política de cargos e salários anterior.
Não necessariamente. Essa pode ser a única política de cargos e salários que já houve na empresa.
E) As duas interações mostram como podem existir diferentes percepções de uma mesma temática.
Exato. Enquanto Alfa acha que a política de cargos e salários é defasada, Beta acha que ela surte efeitos positivos na empresa.
Resposta: E
O gabarito oficial da ANPAD praticamente bateu com as nossas resoluções (abaixo). Houve divergência na questão 3 de Raciocínio Lógico. Entendo que a alternativa correta deve ser alterada, motivo pelo qual pode ser feito recurso. Veja comigo:
ANPAD – Junho/2017) Ana, Zaia, Carlos e Daniel…
RESOLUÇÃO:
Temos 2 carros e 2 motos, sendo 2 veículos verdes e 2 brancos. A frase III mostra que os carros de Ana e Carlos é que são branco, de modo que os demais (Zaia e Daniel) são verdes.
Pela frase II, o veículo de Zaia só seria carro se fosse branco. Como ele é verde, então o veículo dela é uma MOTO VERDE.
Pela frase I, se Carlos tivesse moto, ela seria verde. Como ele não pode ter um veículo verde (o dele é branco, como já vimos), ele não pode ter uma moto, tendo assim um CARRO BRANCO.
O outro veículo branco é de Ana. Assim, Ana tem a MOTO BRANCA.
Portanto, se um veículo não é carro e nem é verde (ou seja, o veículo é uma MOTO BRANCA), ele deve ser de Ana (letra A)
Resposta: C (gabarito oficial preliminar – mas deve ser trocado para A)
Veja abaixo a resposta da ANPAD ao nosso recurso.
Se você pretende enfrentar o próximo Teste ANPAD, veja a seguir um resumão de Raciocínio Analítico, Lógico e Quantitativo:
Deixo ainda neste artigo uma série de informações relevantes sobre o teste da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração (Teste ANPAD), para aqueles que não conhecem tão bem este exame. Escrevi na forma de “perguntas e respostas” para que você possa ir direto naqueles pontos de interesse, ok?
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A prova será aplicada nas seguintes cidades:
O Teste ANPAD é composto das disciplinas: Inglês, Português, Raciocínio Lógico, Raciocínio Quantitativo. São 17 questões por matéria, compondo o total de 85 questões a serem resolvidas em 4 horas de prova.
Nota Padronizada: Média 300, Desvio Padrão 100 (escala 0 – 600)
NOTA = 100.Z + 300
As instituições podem:
Nessa disciplina são abordados os seguintes tópicos:
Disciplinas cobradas no Teste ANPAD:
A prova de Raciocínio Analítico objetiva testar a habilidade do participante em avaliar uma suposição, inferência ou argumento. A suposição caracteriza-se como o ato ou o efeito de estabelecer ou alegar algo como verdadeiro por hipótese ou conjectura. A inferência é a operação intelectual por meio da qual se afirma a verdade de uma proposição em decorrência de sua ligação com outras já reconhecidas como verdadeiras. O argumento é a exposição de um raciocínio que conduz à indução ou dedução de algo. Cada questão consiste em um pequeno enunciado seguido por cinco respostas possíveis acerca desse enunciado. A tarefa do participante é escolher a melhor dentre elas. Os enunciados abordam diversos temas, autossuficientes em termos de sua compreensão, não requerendo do participante o conhecimento prévio do assunto tratado. Nesse sentido, o foco da questão privilegia a análise da suposição, da inferência ou do argumento contidos no contexto do enunciado, e não em conhecimentos prévios sobre o tema do enunciado.
Atualmente 152 cursos utilizam o resultado deste teste como parte do processo de seleção para ingresso em cursos de Mestrado e Doutorado. A relação geral de instituições que utilizam o teste atualmente é esta:
Repare que diversas das melhores Universidades brasileiras utilizam este exame em seu processo de seleção: USP, FGV, UnB, UFMG, UFPE, UFF, UFRJ, Insper e assim por diante…
A sua prova será composta por um total de 85 questões, sendo 17 de cada uma das matérias a seguir:
A prova tem duração de 4 horas, o que indica uma média de MENOS DE 3 MINUTOS POR QUESTÃO! Isto significa que você precisa estar muito bem preparado, para conseguir resolver o máximo de questões possível. Note que esta prova não mede apenas o seu conhecimento sobre os assuntos, mas também a sua habilidade de gerenciar o tempo de execução da prova.
As matérias de “Raciocínio”, como você pode ver, totalizam 51 questões (60% da prova!). Como sou o professor dessas disciplinas aqui no Estratégia, gostaria de tecer alguns comentários para que você já comece a se familiarizar com o que é exigido em cada uma delas.
Na disciplina Raciocínio Analítico nós trabalhamos a Lógica Informal ou Indutiva. Nestas questões a ANPAD quer verificar o seu senso crítico, a sua capacidade de avaliar situações sem cair em erros de argumentação, as famosas “falácias argumentativas”, como a generalização, as falsas causas, a falácia do espantalho e assim por diante. As questões não vão exigir que você saiba o nome técnico daquela falácia (muito menos o nome em latim), mas sim que você saiba identificá-las em situações concretas e busque, dentre as alternativas de resposta, aquela que apresenta maior solidez.
Na disciplina Raciocínio Lógico nós trabalhamos a Lógica Formal ou Dedutiva. Aqui nós veremos as regras da lógica de proposições e seus operadores lógicos. A diferença básica da lógica formal para a lógica informal é que a primeira é dita “bivalente”, ou seja, ela só admite duas possibilidades: Verdadeiro ou Falso (para proposições), Válido ou Inválido (para argumentos). Já na lógica informal nós veremos que alguns argumentos podem ser mais ou menos convincentes, mais ou menos robustos. Não existem apenas duas possibilidades, o que eleva o grau de subjetividade e torna as questões mais difíceis.
Na parte de Raciocínio Quantitativo o teste ANPAD exige que você tenha em mente vários aspectos da matemática do ensino médio, como: conjuntos numéricos, progressões aritméticas e geométricas, trigonometria, funções de primeiro e segundo grau, logaritmos e funções logarítmicas, análise combinatória, probabilidade, matemática financeira etc. Trata-se de um volume muito grande de assuntos que, talvez, você já não esteja se lembrando tão bem.
De fato o teste ANPAD apresenta um volume muito elevado de conteúdo, em particular nas matérias de “Raciocínio”, mas também em Inglês e Português. Isto já nos indica que você precisa ter uma preocupação muito grande com o bom aproveitamento do tempo. Para isso, recomendo que você evite frequentar aulas presenciais. Todos nós estamos acostumados a estudar assim, esta é a nossa “zona de conforto”, mas é preciso superá-la e buscar formas mais eficientes de aproveitar o tempo. Para frequentar aulas presenciais você gasta muito tempo se arrumando para ir ao curso e também no trânsito, em particular nas grandes cidades. Para não falar daquele tempo perdido quando, por exemplo, o professor está explicando algo que para você já é óbvio ou tirando a dúvida de um aluno que tem bem mais dificuldade que você. Acredito que a solução que disponibilizamos aqui no Estratégia – cursos completos em vídeo aliados a cursos completos escritos (em PDF) – é a forma mais produtiva de se estudar para essas provas. É dessa forma que temos conseguido aprovar alunos nas provas mais concorridas do país.
Como mencionei acima, nossos cursos são formados por dois materiais completos: aulas em vídeo e aulas escritas (em PDF). Nas aulas em vídeo o professor explica os tópicos teóricos, como se você estivesse em uma sala de aula, e resolve algumas questões introdutórias. Você pode pular aqueles vídeos sobre assuntos que tem mais facilidade, acelerar os vídeos para ver mais rápido, rever quantas vezes quiser aqueles assuntos que tiver mais dificuldade, e assim por diante. Você também pode baixá-los para seu computador, tablet ou celular, para assistir quando sobrar um tempinho – no ônibus, no metrô, esperando para ser atendido em uma consulta médica… Já nas aulas em PDF o professor também explica toda a teoria e apresenta muitas questões resolvidas sobre cada assunto – sendo várias de testes anteriores da ANPAD. Ao todo são mais de 300 questões resolvidas da ANPAD das minhas disciplinas! E você ainda tem acesso ao fórum de dúvidas, onde pode procurar diretamente o professor e sanar qualquer problema que surgir no seu caminho. Vale a pena destacar ainda alguns diferenciais dos nossos cursos:
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Caso você tenha ficado com mais alguma dúvida, fique à vontade para deixar seu comentário. Acompanharei todos os comentários, e faço questão de respondê-los, ok? Espero que você consiga realizar uma excelente preparação para o próximo Teste ANPAD, e que o utilize para obter a vaga na sua pós-graduação nas melhores instituições do país!
Saudações,
Prof. Hugo Lima
Estamos em ano de eleições municipais, o que contribui ainda mais para a publicação de…
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Ver comentários
O estratégia sempre de parabéns! Com o curso para Anpad se torna cada vez mais parceiro das nossas vidas!
Prof. Arthur, o estratégia poderia elaborar cursos para a Anpec tb. Muita gente faz esse processo seletivo e não há cursos online de qualidade no mercado...
Oi Carol, muito obrigado pela sugestão. Vamos avaliar o lançamento de cursos para a ANPEC sm!
Abraço
apenas para reforçar o comentário acima da Carol...
olá gostaria de adquiri p rac. analitico separado tem como??
Sim, veja na página... tem um link no artigo :)
Prof Arthur, sabe onde posso encontrar as provas de 2015 e 2016 do teste ANPAD?
Obrigada
Excelentes recursos professor!
Olá Professor! Estou com uma duvida sobre o concurso do TRE SP. No Edital diz que para ser classificado é necessário acertar no minimo 60% das questões gerais e 60% das questões espeficificas. Sendo assim como teve 20 de questoes gerais seria no minimo 12 ? E nas especificas como teve 40, teria que acertar no minino 24?
Prezado prof. Hugo, bom dia.
Sobre a questão das cartas...! Na letra E, se eu partir da sequencia AABA ou BBAB, também não consigo chegar na sequencia final ABBA. Então, porque não poderia ser também esta alternativa?
Abraços.
Você está certa, mas isso não satisfaz o enunciado. Eu poderia pensar pra letra E na disposição AAAA e aí seria possível chegar ABBA. A única alternativa que torna impossível chegar em ABBA para qualquer disposição inicial é a letra b.
Acredito haver um erro na questão 2 da prova de raciocinio logico de set/2017. 2²-1 = 3, e não 1. isso levaria o robo de n=2 direto para n=4, e depois seguindo para 3 e 5. Assim só dois dispositivos precisariam estar ligados.
Você tem razão Helison. Já corrigimos a resolução. Abs
Professor, boa tarde!! Obrigada pela resolução das questões!!
Na segunda questão a resposta não seria letra B? Se o vértice 2 estiver desligado, o robô anda 2² – 1 = 3 no sentido anti-horário, indo para o vértice 4 e caso esteja ligado ele anda 2 no sentido horário, parando também no vértice 4. Logo, seria indiferente o vértice 2 estar ou não ligado, mas como a questão pede o número mínimo de dispositivos ligados, contaríamos como se estivesse desligado, não?
Você tem razão Maria Tarciana. Já corrigimos a resolução. Abs