Hoje iniciaremos uma série de artigos especiais, falando de assuntos variados relacionados à área de Tecnologia da Informação (TI). Embora temida por muitos concurseiros, a disciplina de TI vem ganhando espaço cada vez maior nos concursos públicos das carreiras mais concorridas.
Em outras palavras, dificilmente um aluno conseguirá a aprovação nesses certames sem ter estudado com afinco a matéria. Mas será que realmente o aluno precisa estudar tudo de Tecnologia da Informação que está no Edital?
Ou será que existem assuntos que são mais cobrados e possuem maior incidência de cair no dia da prova, como ocorre com outras disciplinas? E ainda: esses assuntos com maior probabilidade de cobrança caíram de fato nas últimas seleções realizadas em 2022?
No artigo de hoje, vamos procurar responder a esses questionamentos. O nosso foco será Tecnologia da Informação da banca FGV na área Fiscal. Para não analisar um número muito extenso de provas, vamos restringir para 2 concursos importantes gerenciados por ela: SEFAZ-AM e SEFAZ-BA.
Seguem os tópicos que serão abordados:
Não se preocupe que a leitura não será demorada. Sabemos que você precisa focar nos estudos e que não há tempo a perder. Ademais, saber os principais pontos de cobrança na disciplina de Tecnologia da Informação pela FGV para a área Fiscal é um investimento na sua preparação. Mãos à obra!
Tempo de leitura aproximada: 10 a 15 minutos
Primeiramente, gostaríamos de fazer um esclarecimento importante: a análise apresentada neste artigo baseou-se nos concursos de área Fiscal Geral. Sendo assim, o texto é direcionado para os concurseiros que não estudam a Tecnologia da Informação como disciplina específica da área Fiscal para provas da FGV.
Se você “respira” TI e está focado nos concursos específicos da área, em breve teremos conteúdos para você atingir seu objetivo também. Assim como na Administração Pública, a área de TI ganhará um espaço maior também no Blog do Estratégia Concursos.
O Edital da SEFAZ-AM contemplou 6 cargos distintos: Assistente Administrativo da Fazenda Estadual, Auditor Fiscal de Tributos Estaduais, Técnico de Arrecadação de Tributos Estaduais, Auditor de Finanças e Controle do Tesouro Estadual, Analista de Tecnologia da Informação da Fazenda Estadual e Técnico da Fazenda Estadual.
Neste artigo, vamos analisar a disciplina de TI de todos eles, exceto o cargo de Analista de Tecnologia da Informação da Fazenda Estadual, como explicamos nas Considerações Iniciais.
O Edital do cargo de Assistente Administrativo da Fazenda Estadual cobrou Noções de TI, que normalmente costuma ser mais superficial para os candidatos. Segue o conteúdo programático da disciplina:
Conceito de internet e intranet. Conceitos e modos de utilização de tecnologias, ferramentas, aplicativos e procedimentos associados a internet/intranet. Ferramentas e aplicativos comerciais de navegação, de correio eletrônico, de grupos de discussão, de busca, de pesquisa e de redes sociais. Noções de sistema operacional (ambiente Windows). Acesso à distância a computadores, transferência de informação e arquivos, aplicativos de áudio, vídeo e multimídia. Edição de textos, planilhas e apresentações (ambiente Microsoft Office). Redes de computadores. Conceitos de proteção e segurança. Noções de vírus, worms e pragas virtuais. Aplicativos para segurança (antivírus, firewall, anti-spyware etc.).
Entretanto, os cargos de Auditor Fiscal de Tributos Estaduais, Técnico de Arrecadação de Tributos Estaduais, Auditor de Finanças e Controle do Tesouro Estadual e Técnico da Fazenda Estadual cobraram a disciplina de Análise de Dados, mas com diferenças entre os programas elaborados pela FGV.
Infelizmente, este Edital não veio muito organizado, o que dificulta a nossa avaliação. O conteúdo programático para os cargos de Auditor de Finanças e Controle do Tesouro Estadual, Técnico de Arrecadação de Tributos Estaduais e Técnico da Fazenda Estadual foi o mesmo.
Para facilitar, destacamos de vermelho os tópicos referentes à disciplina de Business Intelligence (BI). Em contrapartida, os pontos relacionados à matéria de Banco de dados estão marcados de azul.
1 Dado, informação, conhecimento e inteligência. Dados estruturados e não estruturados. Dados abertos. Coleta, tratamento, armazenamento, integração e recuperação de dados.2 Banco de dados relacionais. 2.1 Conceitos básicos e características. Metadados. Tabelas, visões (views) e índices. Chaves e relacionamentos. 3 Noções de modelagem dimensional. 3.1 Conceito e aplicações. 4 Noções de mineração de dados. 4.1 Conceituação e características. Modelo de referência CRISP-DM. Técnicas para pré-processamento de dados.
Técnicas e tarefas de mineração de dados. Classificação. Regras de associação. Análise de agrupamentos (clusterização). Detecção de anomalias. Modelagem preditiva. Aprendizado de máquina. Mineração de texto. 5 Noções de Big Data. 5.1 Conceito, premissas e aplicação. 6 Visualização e análise exploratória de dados. 7 Noções de Microsoft Power BI e Business Intelligence Enterprise Edition – Oracle.
Excepcionalmente, apenas para o cargo de Auditor Fiscal de Tributos Estaduais, a FGV cobrou também um assunto bem específico para a área Fiscal, raríssimo de ser cobrado nas provas de Tecnologia da Informação: EFD ICMS/IPI. Esse tópico está destacado de cor verde.
Os demais tópicos foram os mesmos cobrados para os cargos de Auditor de Finanças e Controle do Tesouro Estadual, Técnico de Arrecadação de Tributos Estaduais e Técnico da Fazenda Estadual.
Da mesma forma que no conteúdo programático anterior, os pontos referentes à disciplina de Business Intelligence (BI) estão de vermelho, enquanto que os tópicos relacionados à matéria de Banco de dados estão marcados de azul.
1. Dado, informação, conhecimento e inteligência. Dados estruturados e não estruturados. Dados abertos. Coleta, tratamento, armazenamento, integração e recuperação de dados.2. Bancos de dados relacionais. 2.1 Conceitos básicos e características. Metadados. Tabelas, visões (views) e índices. Chaves e relacionamentos. 3. Noções de modelagem dimensional. 3.1 Conceito e aplicações. 4. Noções de mineração de dados. 4.1 Conceituação e características. Modelo de referência CRISP-DM. Técnicas para pré-processamento de dados. Técnicas e tarefas de mineração de dados. Classificação. Regras de associação. Análise de agrupamento (clusterização). Detecção de anomalias. Modelagem preditiva. Aprendizado de máquina. Mineração de texto.
5. Noções de big data. 5.1 Conceito, premissas e aplicação. 6. Visualização e análise exploratória de dados. 7. Noções de Microsoft Power BI e Business Intelligence Enterprise Edition – Oracle. 8. Conhecimento básico da estrutura da EFD ICMS/IPI (Guia Prático EFD ICMS IPI – v. 3.0.8) 8.1 Noções de relacionamento entre registros da EFD ICMS/IPI e da NFe: EFD Registro 0000, 0150, 0200, 0220, C100, C170, C176, C195, C197, C400, C405, C420, C425 e registros dos Blocos E, H. Manual de Orientação ao contribuinte – MOC. Versão 7.0.
Depois de todas essas diferenças no Edital, certamente as provas também não foram iguais. No entanto, a FGV optou por aproveitar as mesmas questões de TI em alguns cargos deste concurso para a área Fiscal. Segue o panorama das provas:
Assistente Administrativo da Fazenda Estadual
Auditor Fiscal de Tributos Estaduais
Auditor de Finanças e Controle do Tesouro Estadual
Técnico da Fazenda Estadual
Técnico de Arrecadação de Tributos Estaduais
Por outro lado, o Edital da SEFAZ-BA contemplou 3 cargos distintos: Agente de Tributos Estaduais – Administração e Finanças, Agente de Tributos Estaduais – Tecnologia da Informação e Agente de Tributos Estaduais – Administração Tributária.
Da mesma forma que fizemos com a SEFAZ-AM, vamos analisar a disciplina de TI de todos eles, exceto o cargo de Agente de Tributos Estaduais – Tecnologia da Informação, conforme foi dito nas Considerações Iniciais.
Os conteúdos programáticos para os cargos de Agente de Tributos Estaduais – Administração e Finanças e Agente de Tributos Estaduais – Administração Tributária cobraram Informática básica (a exigência foi a mesma para ambos).
O assunto costuma também ser superficial para os candidatos, da mesma forma que Noções de TI. Apesar da nomenclatura, a disciplina englobou conteúdos típicos de TI. Segue o conteúdo programático para os cargos:
Componentes de um computador: processadores, memória e periféricos mais comuns; dispositivos de armazenagem de dados; propriedades e características. Arquivos digitais: documentos, planilhas, imagens, sons, vídeos; principais padrões e características. Arquivos PDF. Conhecimentos sobre sistema operacional Windows 11: conceitos gerais, principais utilitários, configurações. Internet: conceitos gerais e funcionamento. Endereçamento de recursos. Navegação segura: cuidados, ameaças, uso de senhas e criptografia. Tokens e outros dispositivos de segurança. Navegadores (browsers) e suas principais funções.
Google Chrome. Firefox. Internet Explorer: buscas, salva de páginas, cache e configurações. E-mail: utilização e configurações usuais. Transferência de arquivos e dados: upload, download, banda, velocidades de transmissão. Referência: MS OFFICE 2019 BR (ou posterior) e Libre Office 7 (ou posterior). Gerência de Projetos: Conceitos. Processos do PMBOK 6ª edição. Engenharia de Software: ciclo de vida do software. Processos de desenvolvimento de software. Metodologias ágeis. Banco de Dados: Conceitos de modelagem relacional e SQL. Segurança da Informação: Conceitos sobre malwares, crimes digitais, métodos de proteção e prevenção e tecnologias relacionadas.
Agora vamos analisar as provas. Observe que a FGV não cobrou metade dos assuntos que havia pedido no conteúdo programático. Veja que as questões foram distribuídas, porém não englobaram todos os temas:
Agente de Tributos Estaduais – Administração Tributária
Agente de Tributos Estaduais – Administração e Finanças
Para fechar o entendimento, faremos uma análise esquematizada dos concursos, efetuando um cruzamento das informações. Os assuntos que são repetidos ou correlatos serão apresentados na mesma linha.
Além disso, foi aplicada a ordenação decrescente na tabela, de modo a destacar os tópicos com maior incidência nas primeiras linhas.
Dessa forma, conforme os percentuais apresentados, os assuntos com maior cobrança pela FGV na área Fiscal, no ano de 2022, são Business Intelligence (BI), Edição de textos, planilhas e apresentações e Banco de Dados.
A análise apresentada é extremamente benéfica para você ganhar velocidade na preparação. Existe uma probabilidade alta do cenário se repetir nos próximos certames da FGV para a área Fiscal. No entanto, não é possível garantir que os tópicos mais cobrados estarão presentes na sua prova.
A recomendação continua sendo estudar o Edital em sua integralidade. Entretanto, se você está com tempo “apertado” e acredita que não conseguirá cobrir todo o conteúdo programático, sugerimos focar nos pontos de maior incidência, de acordo com os percentuais destacados.
Lembramos também que o Estratégia oferece diversos cursos em pdf, videoaulas e áudios para você ouvir onde quiser. Saiba mais sobre todos os nossos cursos disponíveis na plataforma por meio do link https://www.estrategiaconcursos.com.br/cursos/.
Por fim, recomendamos também a utilização do Sistema de Questões do Estratégia. As questões são fundamentais para praticar o conteúdo e testar seu nível de conhecimento. O acesso é feito pelo link: https://concursos.estrategia.com/.
Bons estudos e até a próxima!
Cristiane Selem Ferreira Neves é Bacharel em Ciência da Computação e Mestre em Sistemas de Informação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), além de possuir a certificação Project Management Profissional pelo Project Management Institute (PMI). Já foi aprovada nos seguintes concursos: ITERJ (2012), DATAPREV (2012), VALEC (2012), Rioprevidência (2012/2013), TJ-RJ (2022) e TCE-RJ (2022). Atualmente exerce o cargo efetivo de Especialista em Previdência Social – Ciência da Computação e o cargo em comissão de Coordenadora de Desenvolvimento em TI no Rioprevidência, além de ser colaboradora do Blog do Estratégia Concursos.
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