Olá, Pessoal, tudo bem com vocês? No artigo de hoje vamos falar sobre a elaboração da prova discursiva para o concurso de Auditor de Controle Externo do Tribunal de Contas da União (TCU). Vamos lá?
A prova discursiva do último concurso do Tribunal de Contas da União (2015) contou com uma questão de Conhecimentos Básicos e uma de Conhecimentos Específicos, além da elaboração de uma peça de natureza técnica.
Os conteúdos abordados nas discursivas foram referentes às seguintes disciplinas:
As provas discursivas para o cargo de técnico totalizavam até 30 pontos. Sendo, cada questão (Conhecimentos Básicos e Específicos) valia cinco pontos e poderia ser respondida em até dez linhas. A peça valia 20 pontos, podendo ser respondida em até 30 linhas.
Já os candidatos para o cargo de Auditor, as provas discursivas totalizavam até 100 pontos. As questões de Conhecimentos Gerais e Específicos poderiam ser respondidas em até 20 linhas e a peça, em até 50 linhas. As questões valiam 20 pontos, cada, e a peça 40 pontos.
Vamos apresentar abaixo a análise estatística da importância das provas discursivas para o concurso de Auditor Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União:
Concursos TCU | Pontuação discursiva | Pontuação total prova | Relevância da Discursiva na prova |
AUFC – TCU (2015) | 100 | 300 | 33,33% |
AUFC – TCU (2013) | 100 | 300 | 33,33% |
AUFC – TCU (2011) | 80 | 280 | 28,57% |
AUFC – TCU (2009) | 80 | 380 | 21,05% |
Com essa tabela, podemos verificar o quanto foi importante a prova discursiva para determinar a aprovação dos candidatos dos últimos concursos do TCU para o cargo de Auditor Federal de Controle Externo (AUFC).
Como vamos falar mais para frente, o conhecimento do conteúdo programático tem fator decisivo ao elaborar uma boa discursiva para esse concurso. Especialmente em concursos para a área de controle (como é o caso do TCU), em que as questões discursivas e peças de natureza técnica costumam exigir conhecimentos teóricos, principalmente de matérias como Administração Financeira e Orçamentária.
Essa matéria costuma ser a queridinha em abordagens tanto das discursivas, quanto da peça técnica, a peça costuma cobrar 2 ou mais matérias, mas normalmente uma delas é AFO, outras importantes são: Auditoria Governamental, Contabilidade Pública, Direito Administrativo (em especial a parte de Licitação e contrato) e Contabilidade Geral.
O maior medo dos candidatos em relação a discursiva é que nela não basta saber a resposta e pronto. O candidato precisa explicar o seu raciocínio em forma de texto, apresentando ideias coerentes.
A avaliação da discursiva acaba sendo mais ampla do que em uma prova de múltipla escolha, já que vão ser analisados alguns pontos, como:
Mesmo o candidato com domínio em relação ao conteúdo, pode perder pontos devido a erros de grafia e sintaxe.
As provas discursivas em concursos públicos podem apresentar dois formatos: redações, questões discursivas/dissertativas e peças prático profissionais. A escolha desse formato é feita pela banca organizadora e consta no edital do concurso.
Exemplo: EDITAL Nº 6 – TCU-AUFC, DE 9 DE JUNHO DE 2015:
Outro exemplo, a prova discursiva do Concurso do Tribunal de Contas da União do ano de 2009:
CESPE – TCU 2009 (20 linhas)
“Em maio de 2009, pela primeira vez em sua história, a universidade pública X foi contratada pela universidade particular Y para realizar o vestibular em benefício da contratante. Todos os custos foram pagos diretamente pela universidade privada, ficando a cargo da universidade pública X apenas a administração do empreendimento e a alocação de pessoal para realizar todo o processo. Em face da prestação do referido serviço, a universidade pública auferiu da contratante uma receita de prestação de serviços que não estava prevista na lei orçamentária federal.
Diante dessa situação hipotética, discorra, de modo fundamentado, se a receita auferida pela universidade pública X é orçamentária ou extraorçamentária e esclareça, também de modo fundamentado, sob que tipo de classificação essa receita deveria ser contabilizada.”
Mas como eu faço para elaborar essas questões discursivas exigidas pela Cebraspe?
“Discorra, de modo fundamentado, se a receita auferida pela universidade pública X é orçamentária ou extraorçamentária e esclareça, também de modo fundamentado, sob que tipo de classificação essa receita deveria ser contabilizada.”
Fundamentação: Art. 57 da Lei 4320/64:
“Art. 57. Ressalvado o disposto no parágrafo único do artigo 3º desta lei serão classificadas como receita orçamentária, sob as rubricas próprias, todas as receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de operações de crédito, ainda que não previstas no Orçamento.”
Quanto mais palavras-chave você lembrar do artigo dessa lei você deve colocar, é importante não procurar inovar trocando por outras palavras para deixar mais bonito. Afinal, quanto mais parecido com o espelho maior vai ser sua nota.
Independentemente do que o texto motivador está falando, você tem que responder essas duas perguntas.
Exemplos de categoria de Texto exigido:
– Respostas diretas;
– Texto dissertativo (expositivo ou argumentativo);
– Peça de natureza técnica (com ou sem relatório).
Texto Dissertativo x Texto Discursivo
Você deve elaborar um texto seguindo o padrão: introdução, parágrafos de desenvolvimento e conclusão. Mas tenha cuidado para não fugir do foco do que a banca está exigindo, já coloque algumas palavras-chave que você lembra daquele tema, como colocamos, por exemplo, o Art. 57 da Lei 4320/64. Afinal, quanto mais sua prova bater com o espelho da Cebraspe maior vai ser sua pontuação (a pontuação de conteúdo acaba sendo mais decisiva até do que a referente ao português).
Como falamos, o mais importante na prova da Cebraspe, principalmente para concursos como o do Tribunal de Contas da União, é o conhecimento do candidato em relação ao conteúdo teórico, isto é, o mais importante é você dominar o conteúdo.
Nas provas do Cebraspe, a pontuação é distribuída normalmente da seguinte forma:
Segue algumas dicas para elaboração de discursivas:
Leia os enunciados com muita atenção, isso é importante para entender quais informações você deve apresentar na sua resposta.
Ler os enunciados de forma assertiva (parece óbvio) é o que faz a diferença na hora da pontuação de uma discursiva. Na maioria das vezes, as bancas examinadoras colocam enunciados gigantescos somente para desviar o foco do ponto-chave.
Grifar as palavras-chave dos enunciados, pode ser um meio de não se perder nesses enunciados gigantescos, tenha em mente que a maioria das informações que a banca coloca é para confundir o candidato na hora da resposta.
Tenha muito cuidado para não fugir da resposta que a banca quer de você. Tente ser o mais objetivo possível, até porque a prova discursiva tem limitação de linhas, seja o mais conciso, claro e coerente possível.
Manter a objetividade e assertividade na sua resposta é essencial. Você até pode produzir uma pequena introdução à questão, antes de ir direto para a resposta, mas tente ser o mais breve possível e ir direto ao ponto exigido pela questão.
É necessário que os parágrafos do seu texto estejam conectados um ao outro para fazer sentido e mostrar que um complementa o outro. Use termos como “assim”, “portanto”, “em seguida”, “no entanto”, de acordo com o que é pretendido na redação.
Coesão: O seu texto precisa ter um encadeamento lógico de ideias e não um amontoado de frases jogadas. Isto é, os parágrafos e as frases precisam estar conectados.
Logo, você pode começar os parágrafos de desenvolvimento com: Um dos motivos… Ou Outro aspecto importante… Ou (quando se quer lançar uma ideia contrária) Por outro lado…
Já a Coerência: Diz respeito ao uso de elementos de ligação. Além disso, a coerência também é importante em relação ao texto como um todo. Se na introdução são lançados argumentos negativos, o desenvolvimento e a conclusão devem seguir a mesma linha.
As provas discursivas analisam o seu conhecimento do português, isso significa que vão ser descontados pontinhos preciosos à proporção que você for errando.
Além dos elementos gramaticais, uma prova precisa ser feita com letra legível, caso contrário, o candidato poderá perder alguns pontos por sua letra ser ilegível.
A banca examinadora espera que o candidato (mesmo com a limitação de linhas) fundamente sua resposta (seja colocando leis, doutrinas, jurisprudências, etc).
Busque sempre que possível relacionar um artigo da lei ou súmula ao tema exigido na discursiva.
Espero que tenham gostado do artigo!
Um abraço e bons estudos!
Leonardo Mathias
@profleomathias
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