A biografia de Steve Jobs, esse gênio da computação, contém muitos ensinamentos que podem ser aplicados no mundo dos concursos públicos. Fazer o impossível é um deles, e é sobre o que vamos falar hoje.
Olá aluno (a)! Tudo bem?
Fim de 2019, momento de reflexão sobre o ano que está terminando e sobre os desejos para o ano que se aproxima.
Buscando seguir esse ritmo, vamos passar um pouco dos aprendizados que nós, concurseiros, podemos ter ao analisar o modo de agir de pessoas célebres e que romperam com a ordem usual.
Uma dessas pessoas é Steve Jobs: o gigante da Apple.
Jobs era um ser humano muito diferente das demais pessoas: tinha gostos peculiares, um modo de agir que era estranho para os que o acompanhavam e um jeito de pensar difícil de ser compreendido.
Isso tudo é bem aprofundado no livro escrito por Walter Isaacson, em que diversas cenas da vida de Jobs são descritas com uma incrível clareza de detalhes, que só lendo o livro para compreender.
Mas um dos pontos que mais nos chamou a atenção foi o “campo de distorção da realidade”, termo de Jornada das Estrelas usado por Bud Tribble (projetista de softwares do Macintosh) para descrever o modo de pensar e agir do seu chefe:
“Na presença dele, a realidade é maleável. Ele consegue convencer qualquer um de praticamente qualquer coisa.”
Outra colaboradora, Debi Coleman, também mencionou essa característica de Steve: “Era uma distorção que se concretizava. Você fazia o impossível, porque não percebia que era impossível.”
Reflita um pouco sobre essas duas frases e pense nos seus objetivos: parecem impossíveis? Quais passos você deve seguir para atingi-los? Você consegue chegar lá?
Ora, sabemos que todos esses questionamentos aparecem com frequência na cabeça dos que estudam para concursos públicos. E por que será que essas perguntas surgem?
Já estive desse lado e sei que a insegurança que nos acomete é enorme. Isso porque o estudo é solitário, contínuo e todo o nosso esforço é testado em apenas um dia.
Costumo comparar a um atleta de ginástica olímpica. Um deslize pode custar toda a sua performance e, por consequência, a medalha de ouro.
Você deve estar se perguntando o que isso tudo tem a ver com a citada biografia…
Pense como o seu estudo seria diferente se, desde o início, você entrasse nesse “campo de distorção da realidade” de Jobs. Se, durante toda a sua preparação, você tivesse a certeza de que é possível alcançar o seu objetivo.
Não estamos dizendo para você ser um alienado, esquecer a realidade e viver de uma fantasia, mas sim para acreditar em si e na sua capacidade de traçar uma meta e fazer o possível (e o impossível) para alcançá-la.
Atualmente, existem muitos estudos acerca da energia que emanamos e da influência que isso tem nos resultados que conseguimos. São experimentos embrionários, mas alguns já podem até mesmo serem comprovados cientificamente. Parece que Jobs já sabia disso desde a década de 80.
Grande parte do seu poder de convencimento sobre as pessoas decorria do fato de que ele mesmo havia sido convencido pelas suas ideias, por mais absurdas que fossem. E a partir do momento em que se convencera, ninguém mais o tirava da sua rota de ação.
Naquela época, em que sequer existiam muitas das tecnologias que temos acesso hoje, ele já pretendia fazer uma máquina que fosse acima de tudo “amigável”. Muitos dos seus engenheiros e designers foram entender o que isso queria dizer anos depois.
Jobs era revolucionário, criativo, impetuoso e firme em suas ideias, de modo que se preocupava com todos os detalhes da sua criação. Importava-se com o que ninguém era capaz de enxergar como importante. Mas ele acreditava que o era e só isso importava.
E foi justamente essa a razão de ter alcançado tanto sucesso com a Apple: o seu diferencial estava no design e na experiência do usuário, fatores que não eram muito valorizados naquela época.
Por mais respostas negativas e olhares desacreditados que ele recebesse, não se influenciava por eles, muito menos duvidava da sua capacidade. Pelo contrário, sempre queria fazer mais, melhor e mais agilmente.
Certa vez, chegou a um de seus engenheiros que estava trabalhando no sistema operacional Macintosh, e reclamou que o sistema demorava para executar. No meio da discussão, exclamou: “Se fosse para salvar a vida de uma pessoa, você acharia um jeito de diminuir em dez segundos o tempo de execução?”.
Pensem o quanto nossas ações seriam diferentes se tivéssemos essa frase em mente? Se os nossos estudos salvassem a vida de uma pessoa, será que não conseguiríamos atingir nossas metas diárias? Certamente, não deixaríamos para salvar a vida amanhã.
No caso do Macintosh, o engenheiro conseguiu reduzir o tempo de execução não só em dez, mas em vinte e oito segundos!
Esse é só mais um exemplo de como somos capazes de feitos espetaculares, mas também como nos subestimamos ou como somos acomodados. Fazemos sempre o mesmo, porque é o mais fácil. Resistimos às mudanças por medo. Por vezes, sequer temos a coragem de tentar, por receio do fracasso.
Esse comodismo também pode ser explicado cientificamente, já que toda mudança demanda esforço, que, por consequência, causa dor. E não queremos sentir dor obviamente. Então, preferimos permanecer onde e como estamos.
Ocorre que isso não gera satisfação, não traz felicidade, tampouco nos auxilia a conquistarmos nossos sonhos.
Ou seja, é preciso agir e ter clareza de que ninguém chega ao sucesso com a inércia. Só o movimento gera feitos extraordinários, tal qual fez Jobs.
Para finalizar, mais um trecho desta incrível biografia que nos trouxe à reflexão. Os funcionários da Apple envolvidos no projeto de Jobs mandaram fazer camisetas que diziam “90 horas por semana e adorando!”.
Isso porque Jobs, com seu jeito de ser e de pensar sempre à frente de sua época, acabava por contagiar os que trabalhavam na criação de seus projetos. Eles cultivavam uma “paixão permanente por criar produtos inovadores”, com a “convicção de que podiam realizar o que parecia impossível”.
Veja, os criadores do iPod, iPad, iPhone e tudo o que a Apple apresentou ao mundo trabalhavam cerca de 90 horas semanais e, como visto, eram felizes com isso. Muitos foram entrevistados pelo autor da biografia e declararam que viveram a fase mais feliz de suas vidas na Apple, embora a dedicação e a cobrança fossem enormes.
Leve isso também para a sua vida de concursos. Seja feliz na trajetória, seja feliz com sua jornada de 90 horas semanais de trabalho e estudo. Acredite que, ao final, tudo valerá a pena e você terá construído uma trajetória de sucesso.
Por fim, tente começar o seu 2020 com esta convicção: a de que é possível alcançar todos os seus sonhos. Tenha clareza, foco e consistência nas suas ações, que você fará o que todos pensam ser impossível!
Luana Vicente dos Santos Furlani
Coach do Estratégia Concursos
Instagram: @luvicentesantos
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