Olá, pessoal, tudo bem com vocês? Hoje falaremos um pouco sobre um assunto que está inserido na disciplina de Contabilidade de Custos e tem um ótimo custo-benefício para o próximo concurso da SEFAZ-MG: os Sistemas de Custeio.
A Contabilidade de Custos surgiu como uma importante ferramenta de gestão no processo de tomada de decisões dentro das empresas, ela identifica e mensura os custos dos produtos ou serviços vendidos, podendo ocasionar eficiência em custos e tornar a empresa mais competitiva.
A análise das informações geradas pela Contabilidade de Custos possibilita aos gestores decisões mais precisas e uma das ferramentas que auxiliam neste processo é a divisão dos sistemas de custeio, que foram evoluindo através dos tempos, começando pelo Sistema de Custeio por Absorção, passando pelo sistema de Custeio Variável e chegando até o Custeio ABC.
Mas, então, o que seria um Sistema de Custeio? O sistema de custeio é, na sua essência, um sistema de informação e de suporte à tomada de decisão. Custeio significa apropriação de custos, é o método utilizado para apropriar os custos de produção aos produtos.
Os custos que incidem diretamente nos produtos, denominados de diretos, teoricamente são simples de determinar. Porém, o problema maior aparece quando se pretende imputar ao produto ou serviço custos indiretos, de suporte às operações de fabricação.
Estes tipos de custos indiretos relacionados ao produto, devem passar por rateios baseados nos sistemas de custeio, pelo custeio direto, pelo custeio variável ou pelo baseado em atividades.
Observaremos, portanto, neste artigo, os principais sistemas de custeio para o SEFAZ-MG, suas definições, aplicações, vantagens e desvantagens, bem como sua influência no importante processo de tomada de decisão.
Este sistema de custeio surge, aproximadamente, no início dos anos 90 e segue o mérito derivado da aplicação dos princípios contábeis geralmente aceitos.
É um método de custeio que apropria os custos diretos e indiretos aos produtos, enquanto as despesas administrativas, de vendas e financeiras são consideradas como resultado do período.
Ele consiste na apropriação de todos os custos incorridos, sejam fixos, variáveis, diretos ou indiretos, aos produtos fabricados.
O sistema de custeio por absorção serve para avaliar os estoques das empresas e ajudar nas decisões de preço dos produtos e serviços, a sua principal vantagem reside no fato de que este método atende aos princípios contábeis, e deve ser usado na contabilidade oficial da empresa.
Porém, ao apropriar os custos fixos aos produtos, esse método produz algumas distorções nos custos e para a tomada de decisão no nível gerencial, necessita de informações complementares, que poderão ser retiradas de algum sistema de apoio.
Os custos fixos são, portanto, apropriados aos produtos com base em rateios e estimativas, o que poderá resultar em alguns problemas, como:
– Os custos fixos existem e acabam presentes no montante total, mesmo que oscilações ocorram no volume de produção;
– São quase sempre atribuídos por critérios de rateio, que contem algum grau de arbitrariedades;
– Os custos fixos constituem um encargo para que a empresa possa ter condições de produzir, em vez de um sacrifício para a produção específica desta ou daquela unidade;
– A inclusão dos custos fixos pode incentivar a empresa a aumentar a produção, o que reduzirá o custo unitário dos produtos, ainda que não corresponda a aumento de vendas.
Assim, levando em consideração essas desvantagens apresentadas, foi criado, para fins gerenciais, o sistema de custeio variável.
Nesse método de custeio, apenas os custos variáveis são atribuídos aos produtos, enquanto os custos fixos são tratados como despesas do período, sendo lançados diretamente na Demonstração do Resultado do Exercício.
O custeio direto ou variável pode ser utilizado para fins gerenciais, mas não na contabilidade oficial, por ferir o Princípio da Competência, especialmente na parte referente ao confronto das receitas e despesas.
Para a compreensão desses métodos de custeios é importante saber a diferença entre os custos fixos e variáveis. Os custos variáveis são aqueles que variam de acordo com o volume de produção, já os custos fixos são os que não sofrem variação em função da quantidade produzida.
O sistema de custeio por atividades, também conhecido por método ABC (Activity Based Costing) foi desenvolvido com o objetivo de responder à problemática dos sistemas de custeio tradicionais.
Como vimos, os sistemas tradicionais revelaram-se inadequados à gestão interna da organização, na medida em que eram incapazes de apresentar os custos dos produtos com um elevado grau de fidedignidade.
O custeio baseado em atividades é, então, um método de custeio que procura reduzir a arbitrariedade do rateio dos custos indiretos, sendo os custos inicialmente atribuídos às atividades e depois aos produtos.
Uma outra distinção importante relativamente aos métodos de custeio tradicionais é o fato do método ABC se encontrar no âmbito operacional. A sua metodologia considera que todas as atividades realizadas na empresa existem para apoiar a produção e distribuição de bens e serviços, e, portanto, devem ser integralmente consideradas nos custos dos produtos.
É importante ressaltar para a prova do SEFAZ-MG, que o sistema de custeio baseado em atividade não é aceito para fins legais, sendo ele um método de custeio com objetivo gerencial. Mas é utilizado por conta das suas vantagens, sendo a principal delas, a sua utilização para redução das distorções nos custos dos produtos e serviços provocadas, principalmente, pelos rateios utilizados, evitando assim, tomada de decisões equivocadas.
O método de custeio ABC realiza a apropriação dos custos em dois estágios, primeiramente ele determina os custos das atividades realizadas na empresa, e em seguida aloca os custos dessas atividades aos produtos.
A primeira etapa do custeio ABC compreende, portanto, a identificação das atividades relevantes, no processo de fabricação, e a atribuição de custos a estas atividades.
Inicialmente, os custos são apropriados aos departamentos de produção. Depois, os custos de cada departamento são atribuídos para as atividades e, finalmente, os custos das atividades são apropriados aos produtos através dos direcionadores.
Os custos das atividades incluem todos os gastos necessários para executá-las e podem ser atribuídos através da alocação direta, do rastreamento e do rateio, nessa ordem.
A Alocação Direta deve ser utilizada quando há identificação clara e objetiva dos itens de custos com as atividades.
O Rastreamento identifica uma relação de causa e efeito entre a atividade e os custos necessários para realizá-la e, para isso, a empresa deve utilizar os direcionadores de custos.
O Rateio é utilizado de forma subsidiária, quando não é possível utilizar a alocação direta ou o rastreamento.
O RKW (Reichskuretorium für Wirtschaflichtkeit) é uma forma de alocação de custos e despesas que se originou na Alemanha e consiste, simplesmente, no rateio de todos os custos e despesas aos produtos.
Os custos e despesas são acumulados em departamentos, depois são rateados e finalmente apropriados aos produtos.
O Método de Custeio Pleno aloca aos produtos e serviços todos os custos e despesas da empresa, obtendo, dessa maneira, o montante total dos gastos da empresa para obter receitas. A partir disso, para determinar o preço de venda, basta acrescentar a margem de lucro determinada.
A principal vantagem do RKW pode ser considerada o fato de serem utilizados todos os gastos ocorridos na organização, sem exceções, o que faz com que se obtenha uma informação de custos completa e conservadora.
Porém, esse método de custeio dificilmente seria viável em uma economia de mercado, na qual os preços são decorrentes da oferta e procura, pois o preço não é fixado apenas em função do custo dos produtos, mas em função das forças de mercado.
Após o que vimos neste artigo sobre os principais sistemas de custeios para a prova da SEFAZ-MG, pode-se concluir que todos os sistemas de custeio têm vantagens e desvantagens, pelo que deve ser feita uma análise cuidadosa quando se pretende implementar um desses sistemas numa organização.
O método de custeio variável tem uma aplicação simples e objetiva, na qual apenas os custos variáveis são atribuídos aos produtos, é pautado pela separação dos custos em variáveis e fixos para a definição dos preços de venda.
Ao contrário do método de custeio variável, o método de custeio por absorção considera também os custos fixos ao fim de cada produto comercializado pela empresa. Este método é utilizado pelas empresas, pois atende aos princípios fiscais e contábeis, obedecendo ao princípio da competência.
O método de custeio ABC é baseado nas atividades e parte do princípio de que os custos são gerados pelas atividades executadas por uma organização. Esse método permite medir com mais exatidão e precisão as despesas e os custos que não estão diretamente ligados à produção em si, por meio da análise das atividades, dos seus causadores de custos e dos utilizadores.
E, finalmente, o custeio pleno ou RKW consiste numa técnica concebida para fixar preços, na qual é realizado o rateio de todos os custos e despesas aos produtos.
E por hoje, foi isso, pessoal! Um grande abraço e bons estudos!
Débora Vaz
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