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SEFAZ MG: Economia resumida

No artigo de hoje, SEFAZ MG: Economia resumida, será apresentado um resumo dos principais pontos que você precisa saber para a prova, conforme análise da FGV.

SEFAZ MG

Serão abordados os tópicos presentes de economia para o concurso da Secretaria de Fazenda do Estado de Minas Gerais. O objetivo é gabaritar a prova.

SEFAZ MG: Economia – Conceito e Curva de Possibilidades de Produção

A economia é a ciência que estuda como a sociedade administra seus recursos limitados diante das necessidades ilimitadas das pessoas.

Assim, os economistas estudam como as pessoas tomam decisões, como as pessoas interagem e as forças e tendências que afetam a economia como um todo. 

Por outro lado, a curva de possibilidade de produção decresce a taxas cada vez maiores em razão do custo de oportunidade crescente entre a produção de um bem e outro.

Dessa forma, através dessa característica decorre da adaptabilidade imperfeita dos recursos na produção de dois bens.

Por exemplo, pense numa economia  envolvendo dois bens, alimento e vestuário. Assim, para aumentar a quantidade produzida de vestuário, precisaríamos adaptar o maquinário utilizado na produção de alimentos para que então se produza mais peças de roupa.

Dessa forma, quanto maior for essa substituição de um pelo outro, maior é o esforço de adaptação dos recursos de produção, assim, maior é o sacrifício da produção de um bem em favor do outro. 

São características da Curva de Possibilidades de Produção (CPP) 

  • A CPP é decrescente porque para ter mais de uma unidade de X é necessário abrir mão de Y. 
  • A CPP é côncava porque os custos de oportunidade são crescentes
  • A forma côncava decorre da especialização. 
  • Obedece à lei dos rendimentos decrescentes justamente porque é côncava. 
  • Não expressa os desejos da sociedade em consumir bens alternativos. 

SEFAZ MG: Economia – Demanda e Oferta

Demanda

A curva de demanda  representa a quantidade que os consumidores estão dispostos a comprar a cada nível de preço. Além disso, uma característica é o coeficiente angular indicando sinal negativo, que significa relação inversa entre as variáveis. 

Cuidado: Não é a quantidade efetivamente demandada 

Cuidado: Bem de Giffen não obedece a lei da demanda, pois quando o preço cai, a quantidade cai e quando o preço aumenta , a quantidade demandada aumenta. 

São fatores que afetam a demanda:

  • Preço 
  • Renda do consumidor (riqueza) 
  • Preços de outros bens 
  • Outros fatores (mudanças climáticas, demografia, crédito)

Tome nota da diferença entre os tipos de deslocamento:

  • Deslocamento ao longo da curva → aumento / diminuição  da quantidade demandada 
  • Deslocamento da curva → aumento / diminuição da demanda 

Oferta 

A curva de oferta representa a quantidade que os produtores estão dispostos a produzir a cada determinado nível de preço. 

Cuidado: Não é a quantidade efetivamente ofertada. 

São fatores que afetam a oferta:

  • preço 
  • custos de produção (salários, tributos, taxa de juros, preços de matérias primas) 
  • tecnologia 
  • preço de outros bens 
  • outros fatores (clima, expectativas, mudança de tributos)

SEFAZ MG: Economia – Elasticidades 

A elasticidade é uma medida que calcula a variação (sensibilidade) de uma variável em relação à mudança de outra.

Assim, se houver aumento do preço da picanha, em quanto sua demanda será reduzida? E se o preço dos medicamentos para pressão alta subirem, haverá uma redução substancial das vendas?

Para medir essa sensibilidade com que esses fatores afetam o comportamento dos consumidores, usa-se o conceito de elasticidade.

SEFAZ MG: Economia – Elasticidade-preço da demanda 

A elasticidade-preço da demanda (EPD) mede o quanto a quantidade demandada reage a uma mudança no preço. Assim, a demanda é dita elástica quando uma pequena variação do preço causa uma grande variação da quantidade demandada.

Em contrapartida, a demanda é inelástica se essa resposta da quantidade demandada à variação no preço é pequena. 

Obs 1: a elasticidade é negativa pois deriva da curva de demanda. 

Obs 2: a elasticidade é medida ponto a ponto da curva de demanda. Assim, pode ter trechos inelásticos e elásticos. 

São fatores que influenciam a elasticidade:

1. Disponibilidade de substitutos próximos: Bens com substitutos próximos, como a manteiga e a margarina, tendem a ter demanda mais elástica porque é mais fácil para os consumidores trocarem um pelo outro. 

2. Bens necessários x bens de luxo (supérfluos): Os bens necessários, como a insulina para os diabéticos, tendem a ter demanda inelástica. Por outro lado, os bens de luxo, como um whisky 20 anos, tendem a ter demanda mais elástica.  

3. Importância relativa do bem no orçamentoQuanto maior o peso do bem no orçamento, maior é a elasticidade-preço da demanda. Afinal, quanto mais o consumidor gasta com um certo bem, mais afetadas serão suas decisões quando se depara a uma variação nos preços desse bem.

4. Horizonte de tempo: A demanda de bens no longo prazo tende a ser mais elástica em relação ao curto prazo. Por exemplo, quando há um aumento no preço da gasolina, o consumo imediato cai pouco; porém, ao longo do tempo, as pessoas vão comprando mais carros movidos a etanol.

5. Quanto maior o número de possibilidades de usos de uma mercadoria, maior será sua elasticidade: se um produto possui muitos usos, então, será natural que o número de substitutos que ele possui também seja alto.

SEFAZ MG: Economia – Elasticidade-renda da demanda 

A elasticidade-renda da demanda mede o quanto a quantidade demandada varia conforme a renda do consumidor varia.

Contudo, temos uma exceção, os bens inferiores. Assim, aqueles em que um aumento da renda leva a uma redução do consumo, como a passagem de metrô e a carne de segunda.

Dessa forma, essa relação inversa entre renda e quantidade demandada faz com que tenhamos numerador e denominador com sinais diferentes na equação, resultando em um valor negativo para a elasticidade-renda da demanda. 

Assim, entre os bens normais, temos dois tipos de bens que podem ser classificados segundo o valor de sua elasticidade. São os bens necessários e os bens de luxo. 

Por outro lado, os bens necessários, como alimentos, tendem a apresentar baixa elasticidade-renda porque os consumidores sempre decidem comprar alguma quantidade deles mesmo quando a renda é baixa.

Ou seja, a quantidade demandada não responde tanto a um aumento de renda, afinal os bens necessários já eram consumidos antes desse aumento da renda

Nesse caso o valor da elasticidade-renda é inferior a um. 

Já os bens de luxo (ou supérfluos), como roupas de grife e carros importados, tendem a apresentar uma alta elasticidade-renda, afinal os consumidores podem muito bem passar sem eles se houver uma redução em sua renda. Para este caso teremos o valor da elasticidade-renda superior a um. 

Por fim, temos ainda os bens de consumo saciado, que são aqueles em que o consumo não varia em relação a renda, como a água (eu imagino que você não vai consumir mais água ou menos água se sua renda aumentar ou diminuir).

Assim, se a variação é nula, consequentemente a elasticidade também será. 

SEFAZ MG: Economia – Bens Públicos

Antes de entender a definição de bem público é preciso entender as características dos bens.

São características dos bens:

  • Rivalidade: O consumo de um bem por um agente diminui a possibilidade de consumo ou reduz a quantidade disponível desse bem para outros participantes.
  • Não rivalidade: significa dizer que o custo adicional em beneficiar um indivíduo a mais com a disponibilidade  
  • do bem é igual a zero. Dessa forma, o consumo de uma pessoa não reduz o consumo de outra. Exemplo: Segurança nacional. 
  • Não excludência: significa que não existe mecanismo eficiente de impedir que outro agente consuma um bem ou serviço (exemplo: segurança pública).
  • Exclusividade: possibilidade de se impedir alguém de ter acesso a um determinado bem ou serviço. 

Dessa forma, são classificações de bens:

  • bens privados: rivais e exclusivos 
  • bens públicos: não rivais e não exclusivos 
  • bens de uso comum: rival e não exclusivo 
  • bens meritórios (semipúblicos): não rival e exclusivo 

SEFAZ MG: Economia – Externalidades

As externalidades são consequênciasde uma decisão ou ato sobre aqueles que não participaram dela ou como eventos nos quais as ações de um agente econômico afetam outros agentes.

Assim, a externalidade pode ter natureza negativa, quando gera custos para os demais agentes (poluição atmosférica, recursos hídricos, sonora), ou natureza positiva, quando os demais agentes, involuntariamente, se beneficiam, (por exemplo, investimentos privados em infraestrutura e tecnologia, ou investigação). 

Matematicamente:  

  • Externalidade negativa: Custo Social > Custo Privado / governo intervém tributando .  
  • Externalidade positiva:  Benefício Social > Benefício Privado / governo intervém subsidiando a atividade 

No que tange à correção de externalidades negativas, tem-se que um padrão de emissão de poluentes é o limite legal de poluentes que uma empresa pode emitir.

Por outro lado, uma taxa sobre a emissão de poluentes é tributo pago pelas empresas por cada unidade de poluente emitida. 

Assim, as vantagens e desvantagens dependem do volume de informações disponíveis a respeito do processo produtivo emissor de poluição e do custo envolvido no controle da mesma. 

Dessa forma, quando as informações são incompletas, os padrões oferecem maior grau de certeza a respeito dos níveis de emissão de poluentes e um maior grau de incerteza em relação aos custos da redução de poluentes.

Por outro lado, as taxas oferecem maior grau de certeza quanto aos custos de redução, porém geram maior incerteza quanto aos níveis de redução de poluentes. 

SEFAZ MG: Economia – Incidência de impostos e subsídios

A carga excedentária é a perda de bem-estar (ou ineficiência) gerada por um imposto. 

O peso ou sobre quem recai depende das variáveis abaixo: 

  • montante do impostos 
  • elasticidades das curvas de oferta e de demanda 

Dessa forma, tem-se o seguinte quadro esquemático:

  • Quanto MAIOR o imposto e(ou) MAIOR as elasticidades → MAIOR perda dos excedentes e MAIOR a carga excedentária.
  • Quanto MENOR o imposto e(ou) MENOR as elasticidades → MENOR perda dos excedentes e MENOR a carga excedentária. 

Concluindo este artigo, é possível afirmar que foram trazidos os principais elementos dos temas contidos no edital. Assim, tenha uma particular atenção às informações deste artigo para sua revisão, pois como o edital de economia é enxuto, este artigo fornece uma boa base de revisão final.

Até a próxima!

Professor Felipe Rocha

Instagram: @ffazro

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