Redação pronta sobre Direito à Cidade: concursos, Enem e Vestibulares
Estrategianos, tudo em paz?
Prof. Rapha chegando na área trazendo uma redação pronta sobre direito à cidade. Para fazer uma boa redação da FCC, considerada a prova discursiva mais difícil do Brasil, primeiramente, é necessário compreender o texto de suporte destacando as palavras-chave.
Então, vamos identificá-las: há 3 palavras-chave no comando que, obrigatoriamente, devem aparecer no texto: espaço público, direito à cidade e coletividade. Além dessas, percebe-se que há uma preocupação com a ideia de abrir mão de uma liberdade individual para um bem maior (bem comum). Por fim, destacaria que se estamos falando de direito à cidade, de espaços públicos e do bem comum (coletividade), necessariamente a banca faz uma relação direta com processos de democratização da coisa pública, do acesso para todos. Isso também implica na melhora da qualidade de vida das pessoas (seu texto precisa estar em consonância com essas reflexões).
Introdução – Redação pronta sobre direito à cidade
Esta etapa clássica é aquela semelhante ao início de um namoro, você precisa impactar, chamar a atenção dos examinadores, chamar para uma dança, levar a um lugar mais bacana para tomar um bom vinho rsrs. Para isso, a introdução de uma redação possui a seguinte estrutura:
Estrutura ideal da introdução: Apresentação do tema + tese (posicionamento) + menção breve de dois tópicos que serão desenvolvidos nos parágrafos argumentativos
Saca só o exemplo de introdução para a nossa redação pronta sobre autoritarismo no Brasil:
O direito à cidade e aos seus espaços públicos é garantido pelas Leis. No Brasil, por exemplo, há o Estatuto da Cidade, que visa ao bem-estar coletivo e à qualidade de vida das pessoas. Contudo, mesmo tendo dispositivos legais o acesso aos bens simbólicos e culturais não são acessíveis a toda população.
- Observe que na apresentação do tema utilizei as palavras-chave direito à cidade, espaços públicos, qualidade de vida e mencionei o Estatuto da Cidade, importante documento sobre o tema.
- Na tese marco o meu posicionamento: os dispositivos legais não são suficientes para garantir acesso aos bens simbólicos e culturais.
Desenvolvimento – Redação Pronta sobre Direito à Cidade
Aqui é aquele momento de mostrar conteúdo. Coloca para fora o seu repertório sociocultural! Nesse sentido, lembre-se das estratégias argumentativas para o texto dissertativo-argumentativo:
- Argumento de autoridade;
- Exemplificação;
- Dados Estatísticos;
- Comparação de realidades sociais;
- Alusões históricas, literárias e cinematográficas;
- Contraponto crítico
Além das estratégias argumentativas, é importante destacar a estrutura ideal para o parágrafo argumentativo.
Conectivo, tópico frasal. Fundamentação. Conclusão da ideia central
Primeiro argumento para o tema Direito à Cidade:
Primeiramente (conectivo para gerar progressão textual), cabe destacar a importância das cidades nas relações humanas (tópico frasal). Conforme o filósofo Aristóteles, a cidade é importante porque é nela que se expressa a condição política e social do ser humano. Logo, a felicidade individual está relacionada à coletividade, por isso a necessidade de abrir mão de parte da liberdade individual (interesses pessoais) em prol de uma consciência coletiva (fundamentação com recurso argumentativo de autoridade). Nesse sentido, a participação em tomadas de decisão como assembleias ou o simples ato de conservar as ruas limpas são exemplos que vão em direção do bem comum (conclusão da ideia central mais argumento de exemplificação).
Segundo argumento para o tema Direito à Cidade:
Outrossim (conectivo para gerar progressão textual), o acesso aos bens patrimoniais, culturais, turísticos afeta o direito à cidade e o uso dos espaços públicos (tópico frasal). A ausência de políticas públicas consistentes que garantam o bom uso, a segurança e a fruição desses bens simbólicos pela maioria da população impede a democratização da coisa pública. Isso é visto na precariedade da mobilidade urbana na maioria das cidades brasileiras, que dificulta o deslocamento das pessoas. Além disso, há ausência de conservação dos bens patrimoniais e pouco interesse e incentivo do uso dos espaços públicos como praças, museus, parques, etc. (Fundamentação com recurso argumentativo de exemplificação com encaminhando conclusivo da ideia central)
Conclusão – Redação pronta sobre Direito à Cidade
A conclusão é aquele momento final do encontro com o examinador! Você já fez o convite para a dança (introdução), mostrou que é mais do que um rostinho bonitinho (desenvolvimento) e que agora merece um beijo, digo, uma nota máxima.
A estrutura ideal para a conclusão de uma redação dissertativa-argumentativa é a seguinte:
Conectivo, retomada da tese (obrigatória). Amarração das ideias centrais ou proposta de intervenção detalhada (no caso do ENEM). Vamos ver como ficou nossa conclusão:
Portanto (conectivo de conclusão), é importante que os cidadãos busquem o bem comum para além de seus interesses mais imediatos e que os governos proporcionem políticas públicas que estimulem o bom uso dos espaços públicos (fechamento com proposta de solução). Assim, o direito à cidade será concretizado e o acesso aos bens culturais garantidos, proporcionando uma melhor qualidade de vida à população e a busca de um bem maior, conforme defende o pensador Rousseau em suas ideias republicanas (retomada da tese)
Redação pronta sobre Direito à Cidade: Texto na íntegra
O direito à cidade e aos seus espaços públicos é garantido pelas Leis. No Brasil, por exemplo, há o Estatuto da Cidade, que visa ao bem-estar coletivo e à qualidade de vida das pessoas. Contudo, mesmo tendo dispositivos legais o acesso aos bens simbólicos e culturais não são acessíveis a toda população.
Primeiramente, cabe destacar a importância das cidades nas relações humanas. Conforme o filósofo Aristóteles, a cidade é importante porque é nela que se expressa a condição política e social do ser humano. Logo, a felicidade individual está relacionada à coletividade, por isso a necessidade de abrir mão de parte da liberdade individual (interesses pessoais) em prol de uma consciência coletiva. Nesse sentido, a participação em tomadas de decisão como assembleias ou o simples ato de conservar as ruas limpas são exemplos que vão em direção do bem comum.
Outrossim, o acesso aos bens patrimoniais, culturais, turísticos afeta o direito à cidade e o uso dos espaços públicos. A ausência de políticas públicas consistentes que garantam o bom uso, a segurança e a fruição desses bens simbólicos pela maioria da população impede a democratização da coisa pública. Isso é visto na precariedade da mobilidade urbana na maioria das cidades brasileiras, que dificulta o deslocamento das pessoas. Além disso, há ausência de conservação dos bens patrimoniais e pouco interesse e incentivo do uso dos espaços públicos como praças, museus, parques, etc.
Portanto, é importante que os cidadãos busquem o bem comum para além de seus interesses mais imediatos e que os governos proporcionem políticas públicas que estimulem o bom uso dos espaços públicos. Assim, o direito à cidade será concretizado com acesso aos bens culturais garantidos, proporcionando uma melhor qualidade de vida à população e a busca de um bem maior, conforme defende o pensador Rousseau em suas ideias republicanas.
Quem sou eu?
Sou o Professor Raphael Reis. Para quem ainda não me conhece, fica aqui uma breve apresentação: sou Professor do Estratégia Concursos desde 2016 e leciono os seguintes conteúdos: Redação (macroestrutura), História, Filosofia e Sociologia. Fiz minha graduação em História (UFJF), especialização em Políticas Públicas e Gestão Social (UFJF) e mestrado em Sociologia da Educação (UFJF).
Nos últimos anos tenho me especializado na parte de macroestrutura da
redação. Ao perceber que a grande dificuldade dos candidatos é desenvolver argumentos bem fundamentados, criei o curso inédito e inovador de Ciências Humanas para Redação, que já atendeu milhares de alunos e têm contribuído decisivamente para a melhoria das notas. Sou autor do e-book best-seller 25 conceitos para usar na redação e editor da revista de atualidades Centro do Mundo.
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