Entenda aqui como a Pirâmide da Aprendizagem afeta a sua memorização e como ela pode ajudá-lo a estudar melhor.
Olá, pessoal, tudo bem?
Muitos alunos se questionam qual é a melhor maneira de aprender um conteúdo novo. Seria a leitura do PDF ou a visualização de uma videoaula? De que maneira alguém consegue reter um conteúdo novo e memorizá-lo melhor?
Um assunto de seu edital pode ser aprendido de diversas maneiras: aulas presenciais ou virtuais, leitura de livros ou PDFs, resolução de questões, escutar as aulas dos professores no podcast do Estratégia, discussão em fórum de dúvidas, etc.
Contudo, certamente há algumas em que a memorização de longo prazo é mais eficiente. Isto é, algumas formas de aprendizagem são melhores para fixar um conteúdo em seu cérebro do que outras.
Hoje entenderemos do que se trata a Pirâmide da Aprendizagem e como você pode se beneficiar dela para tornar os seus estudos mais eficientes. Veremos como ela o ajudará a fortalecer os conteúdos do seu edital em sua memória. Essa grande descoberta tem sido utilizada pelos concurseiros mais avançados para melhorar a fixação de um conteúdo novo. Dessa maneira, os concurseiros que a usam diminuem a necessidade de fazer mais revisões no futuro.
A teoria da Pirâmide de Aprendizagem foi desenvolvida por William Glasser (1925-2013), um psiquiatra norte americano conhecido por diversos estudos a respeito de saúde mental e comportamento humano na área da educação.
Esse estudo trouxe uma mudança no paradigma do ensino: em vez de adotar o estilo expositivo – no qual o estudante é um agente passivo no processo de aprendizagem, apenas recebendo os conteúdos; a teoria estimula a participação ativa do aluno para a construção do conhecimento.
Observe como William Glasser definiu a pirâmide da aprendizagem:
Observe que a conclusão desse psiquiatra é que o seu cérebro retém apenas 10% de todo o conteúdo que você lê pela primeira vez sobre um assunto em um PDF ou um livro. Normalmente, as pessoas tentam ler mais de uma vez os trechos mais importantes. Consequentemente, elas conseguem, de fato, reter um pouco mais daquela aula em sua mente.
Nosso cérebro retém 20% quando apenas escuta uma aula. Isso acontece quando você, por exemplo, ouve aulas disponibilizadas no Estratégia Cast ou ouve as videoaulas enquanto está fazendo alguma outra atividade
Quando você vê imagens associadas ao conteúdo que está estudando, consegue memorizar cerca de 30% do conteúdo. Isso nos mostra o porquê que a maioria das pessoas sente mais facilidade ao estudar um PDF que contém figuras explicativas, mapas mentais ou pequenos esquemas dos assuntos. Também nos faz entender porque elas sentem mais dificuldade ao ler a lei seca, que é puro texto.
Quando você assiste uma aula online ou presencial (ver e escutar), você consegue fixar 50% daqueles assuntos. Muitos alunos, quando sentem dificuldade com uma aula em PDF, assistem uma videoaula e entendem muito mais facilmente o conteúdo. Isso pode ser explicado justamente pela pirâmide da aprendizagem.
Muitos concurseiros mais experientes diriam que o custo-benefício de ler o PDF é muito melhor que assistir às vídeoaulas. Porém, o benefício não está na porcentagem de retenção, e sim no fato de que o tempo para ler o PDF é muito menor que o de assistir a aula.
Mesmo para os estudantes mais avaçados, quando se tem um pouco mais de tempo até a prova, vale a pena assistir à videoaula, no mínimo, dos assuntos mais difíceis.
A pirâmide também nos mostra que retemos cerca de 70% do assunto quando o discutimos com outra pessoa. Essa discussão pode ser feita através de conversas com outros alunos, perguntas no fórum de dúvidas, repetição imediata do que lhe é ensinado, debates, análise crítica dos assuntos abordados, etc.
Além disso, a prática do assunto abordado faz com que a memorização dele seja de 80%. Essa prática pode ser feita através da resolução de questões que são apresentadas no final das aulas em PDF ou no Sistema de Questões do Estratégia.
As questões feitas durante uma videoaula não são resolvidas pelo aluno, mas sim pelo próprio professor. Portanto, não podem ser consideradas como prática da aula.
Uma outra maneira de praticar um assunto aprendido é tentar aplicá-lo em seu dia a dia. Por exemplo: ao ouvir notícias sobre o STF ou os políticos do Poder Legislativo ou Executivo, você pode tentar explicá-las através dos conteúdos de Direito Constitucional.
Ou, se você está estudando Legislação de Trânsito, tente observar as características e ações dos veículos, placas ou pessoas que você se depara na rua. Analise-as de acordo com a Legislação de Trânsito estudada. Isso o fará revisar alguns conteúdos.
O mais interessante da Pirâmide da Aprendizagem de William Glasser é o esclarecimento de que a melhor maneira de fixar um conteúdo na memória é ensinando para alguém. A memorização de um assunto é de 95% quando você está ensinando-o para alguém.
Dá até pra entender como os professores sempre têm todo conteúdo na ponta da língua, né? Cada aula que dão, estão fixando de maneira ainda mais forte o conteúdo em sua mente.
Uma grande lição da teoria apresentada por William Glasser é de que o estudo ativo, que é o que envolve maior esforço e participação do aluno, faz com que ele memorize muito mais o conteúdo que o estudo passivo, que é quando o estudante apenas está recebendo as informações, sem necessariamente utilizá-las naquele momento.
Para realizar um estudo ativo, foque seu tempo na discussão, prática e ensino do conteúdo aprendido. Ao ler um PDF ou assistir uma videoaula, faça pausas, anotações, análises críticas ou pequenos debates a respeito do assunto que está aprendendo.
E não despreze a resolução de questões, pois ela é a prática do conteúdo. Portanto, quanto mais questões você puder resolver, melhor!
Ainda nesse sentido, crie maneiras de ensinar o conteúdo aprendido para alguém. Uma sugestão é você insirí-los em suas conversas e sempre se dispor a tirar as dúvidas de outros concurseiros. Dessa forma, terá oportunidades de explicar o que tem aprendido e memorizar ainda mais aquelas aulas.
Faça também revisões ativas. Quando for revisar uma aula, não apenas leia um resumo ou um mapa mental. Tente explicar aquele conteúdo, discuti-lo ou fazer questões como forma de revisão. Assim, até suas revisões serão ativas e você irá fixar melhor a aula.
A Pirâmide da Aprendizagem nos mostra que a fixação de uma aula na mente é de 95% ao ensiná-la. Portanto, use isso em seu favor!
Ao aprender um conteúdo novo, ensine aquela aula para você mesmo, para alguém ou até mesmo para o seu cachorro. Essa é uma técnica de estudo conhecida pelos estudantes avançados como Técnica da Confirmação.
A técnica consiste em, a cada tópico que você aprende em um PDF ou videoaula, parar para “confirmar” aquele assunto. Isso é feito ensinando-o para você mesmo(a). Faça isso da maneira mais simples possível, como se estivesse ensinando a uma criança.
Por mais complexo que seja o assunto, imagine que você precisa fazer com que até uma criança consiga compreendê-lo. Para isso, use suas próprias palavras e fique à vontade para desenhar, escrever, utilizar analogias, exemplos ou coisas similares.
Há também um grande benefício nessa técnica. Ela nos mostra que, se você não consegue ensinar o conteúdo de forma simples, provavalmente você ainda não conseguiu realmente entendê-lo. Logo, isso se torna um alerta para você voltar à aula e sanar as suas dúvidas.
Analise como você tem realizado os seus estudos, indiferentemente se você é um concurseiro iniciante, intermediário ou avançado. Quanto mais você puder tirar proveito da Pirâmide da Aprendizagem, seu estudo será mais eficiente.
Por fim, é importante que o aluno analise com cuidado como tem sido seus estudos. Dessa forma, entenderá como aplicar algumas das dicas fornecidas aqui.
Talvez você consiga imaginar ainda outras formas de discutir, praticar ou ensinar uma aula. Fique à vontade. Quanto mais ativo for o seu estudo, melhor será a sua fixação do conteúdo.
Estude com garra até a sua prova, sem desanimar! O segredo do sucesso é a constância no objetivo!
Um abraço,
Rafael Audi
Coach Estratégia Concursos
@rafael.audi
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