Concursos Públicos

O que são sistemas de custeio?

Fala, concurseiro(a) batalhador(a)!! Hoje iremos estudar o que são os sistemas de custeio e os seus conceitos essenciais para concursos.

Ainda, espero que vocês tenham visto nosso último artigo: Discursivas da Área Fiscal – Parte II. Ficou bem bacana!!

Sem mais delongas, comecemos!

SUMÁRIO

  1. INTRODUÇÃO
  2. CONTABILIDADE GERAL, CONTABILIDADE DE CUSTOS E CONTABILIDADE GERENCIAL;
  3. TERMINOLOGIA APLICADA À CONTABILIDADE DE CUSTOS;
  4. CUSTEIO POR ABSORÇÃO;
  5. CUSTEIO VARIÁVEL;
  6. CUSTEIO PADRÃO;
  7. CUSTEIO ABC;
  8. CONCLUSÃO.

INTRODUÇÃOO que são sistemas de Custeio?

Os sistemas de custeio estão intimamente ligados à contabilidade de custos. Além disso, representam, em síntese, diferentes técnicas de mensuração dos estoques.De modo que auxiliam em todo o sistema contábil de uma empresa. Tanto na contabilidade geral, quanto na contabilidade gerencial.

CONTABILIDADE GERAL, CONTABILIDADE DE CUSTOS E CONTABILIDADE GERENCIAL

A contabilidade geral tem como objetivo controlar o patrimônio das entidades, sejam elas públicas ou privadas, com ou sem fins lucrativos. Ela deve prestar informações a usuários externos que tenham o interesse em acompanhar a evolução da empresa, como investidores, governo.

Assim, inicialmente, o foco da contabilidade geral recaia sobre a apuração do resultado do exercício e, consequentemente, para a mensuração do Custo das Mercadorias Vendidas (CMV), cuja fórmula é :

CMV = EI + Compras – EF

Sendo:  EI = estoque inicial ; EF= estoque final.

Com o advento da revolução industrial, complicou-se a função do contabilista, uma vez que, para o levantamento do balanço e da apuração do resultado do exercício, não dispunha mais tão facilmente dos dados para poder atribuir aos estoques: seu valor de “Compras” agora estava diluído em uma série de valores pagos pelos fatores de produção( por exemplo: matéria-prima, mão de obra direta, além de outros elementos indiretos como combustíveis utilizados).

Desse modo, surge a contabilidade de custos, que representa uma maneira de avaliação dos estoques, considerando todas as novas variáveis impostas pela revolução industrial, além de auxiliar no controle da atividade produtiva e na tomada de decisões.

Portanto, a contabilidade de custos não é somente uma metodologia de mensuração de estoques e de resultado; ela é, além disso, um instrumento de administração da empresa. É daí que surge a conexão entre a contabilidade de custos e a contabilidade gerencial.

TERMINOLOGIA APLICADA À CONTABILIDADE DE CUSTOS

Normalmente, utilizam-se as expressões: custo, despesa e perda como sinônimos. Entretanto, para a definição dos sistemas de custeio, essa diferenciação é fundamental.

  • Custo = Corresponde ao gasto com bens e serviços que serão utilizados na produção de outros bens e serviços. Ou seja, estão relacionados à produção, são exemplos: gasto com insumos e mão de obra.
  • Investimento = Corresponde ao gasto com um bem ou serviço ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis a períodos futuros. Esse seria o caso do valor gasto na aquisição de uma máquina para a fábrica.
  • Despesa = São gastos com bens e serviços utilizados com a finalidade de obtenção de receita. Mas não tem relação com a produção em si. Temos como exemplos: vencimento dos vendedores, custos com a loja de venda dos produtos.
  • Perdas = Define-se perda como bem ou serviço consumidos de forma anormal e involuntária. Aqui podemos exemplificar o caso de um estoque inutilizado por um incêndio.
  • Custo/Despesa direto = Gasto que pode ser direcionado a determinado produto sem dúvidas, como o gasto com um insumo exclusivo do produto.
  • Custo/Despesa indireto = Gasto que necessita de uma forma de rateio para ser atribuído a cada produto da produção. Nesse caso, seria o gasto, por exemplo, com tecido para uma fábrica têxtil;
  • Custo/ Despesa fixo = Gasto que não varia com a produção, como aluguel da fábrica ou o salário em carteira dos vendedores.
  • Custo/Despesa Variável = Gasto que varia com a produção, como o gasto com insumos.

CUSTEIO POR ABSORÇÃO

Sem a pretensão de esgotar o assunto e sem apresentar fórmulas, podemos definir essa forma de custeio como aquela que atribui aos estoques todos os custos da produção (devemos ter em mente aqui as definições expostas no item anterior).

Dessa forma, as despesas são direcionadas ao resultado. Já os custos (diretos, indiretos, fixos e variáveis) são alocados ao estoque. Somente após a venda é que há a apropriação ao resultado, na forma de CMV (custo das mercadorias vendidas).

O custeio por absorção (sistema) é importante pois é aceito e exigido pela legislação do imposto de renda, pois observa os princípios contábeis da Competência e do Registro pelo Valor Original.

CUSTEIO VARIÁVEL

Neste sistema de custeio, apenas os custos variáveis são apropriados à produção e, por conseguinte, aos estoques. Já os custos fixos são contabilizados diretamente no resultado (juntamente com as despesas).

Assim, o CMV no custeio variável será inferior ao CMV calculado pelo custeio por absorção. Por outro lado, o resultado do exercício será inferior, tendo em vista que o custo fixo será contabilizado ao resultado independentemente de venda, assim como as despesas. 

Entretanto, ressalta-se que o descrito no parágrafo acima somente se aplica se as vendas do período não esgotarem os estoques. Isso porque se houver a venda de 100% dos estoques, tanto o CMV quanto o resultado do período serão iguais em ambos os métodos de custeio.

Por fim, o custeio variável viola o Princípio da Competência, já que os custos fixos são apropriados diretamente ao resultado independentemente da ocorrência do fato gerador, qual seja, a venda. Mas, ainda assim, é um método muito utilizado e indicado para suportar tomadas de decisões gerenciais.

CUSTEIO PADRÃO

Como o próprio nome sugere, o custeio padrão (sistema) trabalha com valores de referência, paradigmas. Assim, são estabelecidos valores esperados para todas as variáveis do custeio de uma empresa, de sorte que após determinado tempo a gerência possa avaliar o desempenho real com o esperado.

Esse método surge da necessidade de se avaliar o desempenho da empresa industrial. A grande finalidade do custeio padrão é o planejamento e o controle de custos.

CUSTEIO ABC

A origem do custeio ABC tem relação com o aumento da importância dos custos indiretos ( aqueles que precisam de uma forma de rateio para alocação aos produtos). Isso porque, em regra, esse “rateio” é feito de forma arbitrária, de maneira que a depender do rateio, os custos e os resultados por produto poderiam ter mensurações completamente diferentes e conflitantes.

Dessa forma, essa forma de custeio busca realizar uma alocação mais justa dos recursos produtivos da empresa.

Assim, esse método de custeio parte da premissa de que se deve identificar as Atividades desenvolvidas, para que os custos fixos possam ser alocados a elas. Em um segundo momento, com todas as atividades definidas e com valores que as representem, há a atribuição das atividades a cada um dos produtos da produção.

Definição das Atividades da produção → Atribuição dos custos às Atividades→ Alocação das Atividades aos produtos.

A atribuição dos custos às atividades deve ser feita de forma criteriosa, de acordo com a seguinte ordem de preferência:

  1. Alocação direta;
  2. Rastreamento;
  3. Rateio.

A alocação direta é feita quando há identificação clara, objetiva.

Já o rastreamento é uma alocação baseada na identificação de relação de causa e efeito entre as atividades e os custos, como custo o consumo de energia elétrica de uma máquina face ao custo da conta de luz.

Ainda, o rateio é utilizado quando não há possibilidade de utilização de outra forma de alocação dos custos indiretos.

Por fim, o principal objetivo do custeio ABC é reduzir as distorções causadas em virtude da arbitrariedade da distribuição, via rateio, de custos indiretos de fabricação aos produtos.

CONCLUSÃOSistemas de Custeio

Espero que esse estudo seja de grande valia a vocês. Isso porque quando se fala em contabilidade de custos, os sistemas de custeio estão no topo dos conceitos necessários. Pode-se dizer que representam o cerne do assunto. Se o seu concurso cobra contabilidade de custos, salve esse artigo!! .

Além disso, deixamos muito claro que esse resumo é focado na legislação, não é um estudo completo da matéria. Ressaltamos ainda que nem todos os artigos e parágrafos da legislação estão aqui, trazemos apenas o que possui maior cobrança em provas.

Ademais, o aluno deve procurar as aulas em PDF, pois nelas o professor aborda a jurisprudência e a doutrina associadas a cada um dos itens estudados. Apenas assim, o aluno consegue dominar completamente a banca escolhida.

Por fim, na assinatura Platinum, é possível um acompanhamento profissional para lhes indicar o caminho correto a tomar, o que estudar e como estudar: esse é nosso serviço de Coaching. Nos vemos lá!

Um abraço.

Rodrigo Batalha

https://www.instagram.com/coach.rodrigobatalha/

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Rodrigo Augusto Batalha Alves

Cargo Atual: Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal; Aprovações: SEFAZ DF, Analista de Controle Externo do TCE PE, TRE RJ, TRE SP, Agência Nacional de Mineração (ANM), Colégio Naval; Mestre em Direito pela Universidade Católica de Brasília; Pós-graduado em Direito Tributário e Direito Econômico e Financeiro Graduado em Ciências Atuariais.

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