Fala, galera! Hoje vamos ver um assunto que despenca em provas e é, portanto, essencial para a aprovação no concurso do INSS: regência nominal e verbal.
Reforço que esta matéria é importantíssima e está relacionada a diversos outros tópicos, tais como transitividade verbal e crase.
Então, vamos nessa!
A regência nada mais é do que o modo pelo qual os termos (regente e regido) se relacionam entre si. Assim, o termo regente, como sua nomenclatura já indica, consiste naquele que rege, ou seja, orienta as relações. O regido, por outro lado, é o termo que se subordina ao regente, com ou sem o uso de preposição.
Dessa forma, a regência pode ser verbal, quando o termo regente é um verbo ou nominal, quando o termo regente é um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio).
Embora algumas regências tenham que ser decoradas, sobretudo aquelas mais cobradas, o lado positivo de estudá-las é que não é necessário decorá-las por completo, até porque seria impossível. Logo, o mais importante é conseguirmos interpretar o sentido que elas expressam num determinado contexto.
Primeiramente, é necessário sabermos que há verbos que aceitam mais de uma regência, podendo alterar ou não o seu sentido. Dessa forma, veremos as principais regências verbais a seguir.
1) No sentido de respirar, inalar → sem preposição.
Exemplo: Ela aspirou o aroma das flores.
2) No sentido de desejar, almejar→ com preposição “a”.
Exemplo: Ele aspira ao cargo público.
Embora o verbo “aspirar” no sentido de almejar seja preposicionado, o verbo “almejar” no sentido de desejar não leva preposição.
Exemplo: João almeja a promoção no trabalho.
1) No sentido de prestar assistência → sem preposição.
Exemplo: A equipe médica assistiu o paciente.
2) No sentido de ver, presenciar → com preposição “a”.
Exemplo: Os alunos assistiram à aula de português.
Vale a pena dobrar a atenção aqui, pois o verbo assistir neste sentido é usado, frequentemente, de forma errada no cotidiano. Portanto, fique atento:
Ela assistiu o filme no cinema. ×
Ela assistiu ao filme no cinema. ✓
3) No sentido de morar → com preposição “em” para adjunto adverbial de lugar.
Exemplo: O Diretor assiste em Brasília.
4) No sentido de caber, pertencer → com preposição “a”.
Exemplo: Assiste aos cidadãos a luta por seus direitos.
1) No sentido de mirar, apontar → sem preposição.
Exemplo: O jogador de dardos visou o alvo.
2) No sentido de ter como objetivo → com preposição “a”.
Exemplo: As políticas públicas visam ao bem da população.
3) No sentido de autenticar, dar um visto → sem preposição.
Exemplo: O bancário visou o cheque.
1) No sentido de lugar → com preposição “a”.
Aqui temos outro verbo que merece uma atenção especial, porque é muito comum usarmos a preposição “em” na oralidade.
Exemplos:
A menina foi na praia. ×
A menina foi à praia. ✓
O torcedor foi no jogo de futebol. ×
O torcedor foi ao jogo de futebol. ✓
1) No sentido de acarretar, gerar consequência → sem preposição.
Exemplo: O consumo exagerado de açúcar implica aumento de gordura corporal.
Atenção aqui também, é errado usar a preposição “em”.
2) No sentido de ter implicância com alguém → com preposição “com”.
Exemplo: O menino implicou com sua irmã.
Quando um verbo ou nome exigir uma preposição numa oração adjetiva, devemos sempre empregá-la antes do pronome relativo. Nesse sentido, seguem exemplos abaixo:
O doce do qual gostamos acabou. (gostamos de algo)
Comprei o remédio de que precisava. (precisava de algo)
Os produtos de que a loja dispõe são caros. (dispõe de algo)
A prova a qual me referi estava difícil. (referi-me à alguma coisa)
Percebam que a preposição sempre vem antes do “que” ou “qual”.
Aqui vale chamar a atenção de vocês para os pronomes “cujo e “cuja” que também serão antecedidos de preposição quando o verbo assim exigir.
Conforme falado acima, quando se trata de regência nominal, o termo regente será um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio).
Abaixo contém algumas regências nominais que costumam ser cobradas em prova:
Nome | Preposição |
Acostumado | a, com |
Admiração | a, por |
Afeição | a, por |
Alusão | a |
Bacharel | em |
Capacidade | de, para |
Doutor | em |
Dedicado | a |
Imune | a, de |
Maior | de, entre |
Morador | em |
Nocivo | a |
CEBRASPE – TÉCNICO DE SEGURO SOCIAL – 2016 (…) “Mas lembrei-me de que, ao ir ali pela primeira vez, observara que, apesar de ficar em frente ao do Mário, havia uma diferença na numeração.” (…) Julgue o seguinte item, a respeito de aspectos linguísticos do texto. A correção gramatical e o sentido do texto seriam preservados, caso se substituísse o trecho “lembrei-me de que” por lembrei que. |
Pessoal, tanto o verbo “lembrar” quanto o “esquecer” podem ser ou não acompanhados de preposição, ou seja, podem ser transitivos diretos (sem preposição) ou transitivos indiretos (com preposição).
Dessa forma, serão preposicionados quando estiverem em forma pronominal. Por outro lado, quando não forem acompanhados de um pronome (me, te, se, nos, vos), serão usados sem preposição.
Exemplo:
Eu me esqueci da luz acesa.
ou
Eu esqueci a luz acesa.
Portanto, a questão está correta, pois podemos ter “lembrei-me de que” ou “lembrei que”.
Por hoje é isso, pessoal! Finalizamos o assunto regência nominal e verbal para o concurso do INSS.
Espero que tenham gostado e ressalto que foram abordadas somente algumas regências e, portanto, não deixem de conferir o curso completo.
Até a próxima,
Lana Lima
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