Prof. Rapha chegando na área para comentar uma redação pronta sobre a realidade prisional feminina no Brasil.
Introdução da redação pronta sobre a realidade prisional feminina no Brasil
Na obra “Vigiar e Punir”, o filósofo Michel Foucault defende que o sistema prisional a partir do século XVIII tem uma função não declarada: manter a ordem burguesa de proteção à propriedade por meio do controle da pobreza. Nesse sentido, rever a situação social do sistema prisional brasileiro, especificamente o de mulheres presas, é indispensável para fazer valer o princípio da dignidade humana.
Comentários: fiz uma alusão filosófica (obra “Vigiar e Punir”) e aproveitei para apresentar a tese a partir dela: “o sistema prisional tem uma função não declarada, isto é, manter a ordem burguesa e a proteção à propriedade privada”. O restante faz parte da apresentação do tema.
Parágrafos argumentativos da redação pronta sobre a realidade prisional feminina no Brasil
Primeiramente, as condições do sistema carcerário no Brasil demonstram um ataque aos direitos humanos. Os presídios estão superlotados, há escassez de água potável, sujeira, proliferação de doenças, deterioração dos prédios, abusos diversos. Isso dificulta a função explícita do sistema prisional: ressocializar aquelas pessoas que cometeram um crime, devolvendo-as “corrigidas” à sociedade.
Comentários: apresentei a ideia central de que o sistema carcerário no Brasil não respeita os direitos humanos. Para defender esse argumento, utilizei a estratégia argumentativa da exemplificação e apontei que a ressocialização não é garantida.
Outro problema é a negligência às condições das mulheres presas. Além do pouco debate que há sobre o público feminino na prisão, é notório que as condições higiênicas dos presídios não facultam à integridade da saúde feminina, que carece de atendimento específico como acompanhamento ginecológico e tratamento às gestantes e mães. Nesse sentido, como bem destaca o médico Dráuzio Varella, as mulheres presas são em sua maioria mães e chefes de família, cuja ausência pode desencadear desintegração familiar.
Comentários: neste parágrafo, demostrei conhecer a realidade específica das mulheres presas. Para fazer essa reflexão, utilizei duas estratégias argumentativas: exemplificação e argumento de autoridade ao citar o médico Dráuzio Varella.
Outrossim, visto que a maioria do público feminino encarcerado é devido ao envolvimento com o tráfico de drogas, é necessário pensar que o problema está relacionado às estruturas de desigualdades sociais, haja vista que muitas dessas mulheres se envolvem nesse tipo de crime visando à sobrevivência familiar. Nessa perspectiva, o Estado-penal do qual fala o sociólogo Loic Wacquant criminaliza a miséria colocando o aparato policial para combater os pequenos delitos de rua, em vez de pensar políticas públicas que garantam a proteção social e a inserção dos excluídos socialmente no mercado de trabalho.
Comentários: neste parágrafo, defendo a relação das mulheres presas com o tráfico de drogas que, por conseguinte, a causa principal está relacionada às desigualdades sociais. Para fundamentar minha reflexão utilizo o conceito de Estado-penal a partir do sociólogo Loic Wacquant (argumento de autoridade)
Conclusão da redação pronta sobre a realidade prisional feminina no Brasil
Portanto, a forma de como os indivíduos de forma geral e as mulheres são tratados nas prisões fere os direitos humanos. O Estado deve garantir aquilo que já está previsto: a capacitação profissional e o acesso à educação, com a finalidade de promover a ressocialização e a cidadania. Outra ação urgente, é garantir o acesso das mulheres à saúde pública, por meio de acompanhamento contínuo, além de garantir condições higiênicas nos presídios. Assim, será possível devolver a dignidade humana, princípio esse que perpassa toda a Carta Magna.
Comentários: retomo a minha tese (elemento obrigatório) apontando que o tratamento dado às mulheres presas fere os direitos humanos. Ademais, encaminho possíveis soluções que podem atenuar o problema.
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Redação na íntegra sobre a realidade prisional feminina no Brasil
Na obra “Vigiar e Punir”, o filósofo Michel Foucault defende que o sistema prisional a partir do século XVIII tem uma função não declarada: manter a ordem burguesa de proteção à propriedade por meio do controle da pobreza. Nesse sentido, rever a situação social do sistema prisional brasileiro, especificamente o de mulheres presas, é indispensável para fazer valer o princípio da dignidade humana.
Primeiramente, as condições do sistema carcerário no Brasil demonstram um ataque aos direitos humanos. Os presídios estão superlotados, há escassez de água potável, sujeira, proliferação de doenças, deterioração dos prédios, abusos diversos. Isso dificulta a função explícita do sistema prisional: ressocializar aquelas pessoas que cometeram um crime, devolvendo-as “corrigidas” à sociedade.
Outro problema é a negligência às condições das mulheres presas. Além do pouco debate que há sobre o público feminino na prisão, é notório que as condições higiênicas dos presídios não facultam à integridade da saúde feminina, que carece de atendimento específico como acompanhamento ginecológico e tratamento às gestantes e mães. Nesse sentido, como bem destaca o médico Dráuzio Varella, as mulheres presas são em sua maioria mães e chefes de família, cuja ausência pode desencadear desintegração familiar.
Outrossim, visto que a maioria do público feminino encarcerado é devido ao envolvimento com o tráfico de drogas, é necessário pensar que o problema está relacionado às estruturas de desigualdades sociais, haja vista que muitas dessas mulheres se envolvem nesse tipo de crime visando à sobrevivência familiar. Nessa perspectiva, o Estado-penal do qual fala o sociólogo Loic Wacquant criminaliza a miséria colocando o aparato policial para combater os pequenos delitos de rua, em vez de pensar políticas públicas que garantam a proteção social e a inserção dos excluídos socialmente no mercado de trabalho.
Portanto, a forma de como os indivíduos de forma geral e as mulheres são tratados nas prisões fere os direitos humanos. O Estado deve garantir aquilo que já está previsto: a capacitação profissional e o acesso à educação, com a finalidade de promover a ressocialização e a cidadania. Outra ação urgente, é garantir o acesso das mulheres à saúde pública, por meio de acompanhamento contínuo, além de garantir condições higiênicas nos presídios. Assim, será possível devolver a dignidade humana, princípio esse que perpassa toda a Carta Magna.
Quem sou eu?
Sou o Professor Raphael Reis. Para quem ainda não me conhece, fica aqui uma breve apresentação: sou Professor do Estratégia Concursos desde 2016 e leciono os seguintes conteúdos: Redação (macroestrutura), Recursos, História, Filosofia e Sociologia. Fiz minha graduação em História (UFJF), especialização em Políticas Públicas e Gestão Social (UFJF) e mestrado em Sociologia da Educação (UFJF).
Nos últimos anos tenho me especializado na parte de macroestrutura da
redação. Ao perceber que a grande dificuldade dos candidatos é desenvolver argumentos bem fundamentados, criei o curso inédito e inovador de Ciências Humanas para Redação, que já atendeu milhares de alunos e têm contribuído decisivamente para a melhoria das notas. Sou autor do e-book best-seller 25 conceitos para usar na redação e editor da revista de atualidades Centro do Mundo.
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