Raciocínio Lógico TST – prova resolvida e gabarito comentado
Caros alunos,
Vejam a seguir a resolução das questões de Raciocínio Lógico do concurso do TST. Essa disciplina foi cobrada para os cargos de Técnico.
FCC – TST – 2017) O código de um sistema de classificação de processos é composto por três vogais juntas, seguidas por três algarismos. A ordenação começa com o 1º processo, cujo código é AAA000, e termina com o 125.000º processo, cujo código é UUU999, seguindo sempre a ordem alfabética das letras e ordem crescente do número composto pelos três algarismos. Nesse sistema de classificação, o 10.500º processo terá o código
(A) AEA501.
(B) AIA499.
(C) AIA501.
(D) AIA500.
(E) EAA499.
RESOLUÇÃO:
Veja que com as letras AAA nós temos 1000 códigos (de AAA000 até AAA999). Teremos mais 1.000 códigos começando com:
AAE, AAI, AAO, AAU, AEA, AEE, AEI, AEO, AEU
Veja que até aqui foram 10.000 códigos. Para chegar no 10.500, precisamos começar com as letras AIA, que é o próximo grupo em ordem alfabética, e pegar 500 códigos, indo de AIA000 até AIA499. Este é o código da posição procurada.
Resposta: B
FCC – TST – 2017) Algumas cadeiras novas foram distribuídas por quatro andares de um edifício comercial. O 1º andar recebeu metade do total de cadeiras. O 2º andar recebeu a terça parte do total de cadeiras que o 1º andar recebeu. O 3º andar recebeu dois quintos das cadeiras
recebidas pelos dois andares abaixo. Por fim, o 4º andar recebeu as 16 cadeiras restantes. Em tais condições, o total de cadeiras distribuídas para os andares pares foi igual a
(A) 36.
(B) 60.
(C) 72.
(D) 40.
(E) 56.
RESOLUÇÃO:
Seja T o total de cadeiras. O primeiro andar recebeu T/2, ou seja, a metade. O segundo andar recebeu a terça parte de T/2, ou seja,
segundo andar = 1/3 x T/2 = T/6
O terceiro andar recebeu dois quintos da soma do primeiro com o segundo andares (T/2 + T/6 = 3T/6 + T/6 = 4T/6 = 2T/3).
terceiro andar = 2/5 x 2T/3 = 4T/15
O quarto andar recebeu 16 cadeiras. Ou seja,
Total = primeiro + segundo + terceiro + quarto
T = T/2 + T/6 + 4T/15 + 16
Multiplicando todos os termos por 6, temos:
6T = 3T + T + 24T/15 + 96
2T = 24T/15 + 96
Multiplicando todos os termos por 15, temos:
30T = 24T + 1440
6T = 1440
T = 240
As cadeiras dos andares pares são:
T/6 + 16 = 240/6 + 16 = 40 + 16 = 56
Resposta: E
FCC – TST – 2017) Maria, Nair, Olívia e Paula ganharam, juntas, na loteria e decidiram repartir o prêmio proporcionalmente ao valor desembolsado por cada uma no momento da aposta. Nair, que foi a que mais desembolsou dinheiro, deu o triplo do dinheiro dado por Paula, que foi a que menos desembolsou dinheiro. A soma do dinheiro desembolsado por Maria e Olívia foi 3/4 do dinheiro desembolsado por Nair.
Sabendo-se que Paula recebeu R$ 12.000,00 de prêmio, o valor total do prêmio, recebido pelas quatro juntas, foi, em R$, de
(A) 68.000,00.
(B) 50.000,00.
(C) 75.000,00.
(D) 62.000,00.
(E) 58.000,00.
RESOLUÇÃO:
Os valores recebidos são proporcionais aos valores desembolsados por cada mulher. Se Paula recebeu 12.000, então Nair recebeu 36.000, ou seja, o triplo do que Paula recebeu.
Os valores de Maria e Olívia juntos é 3/4 do valor de Nadir, ou seja,
Maria + Olívia = 3/4 x 36.000 = 3 x 9.000 = 27.000
Portanto, o valor total recebido é 12.000 + 36.000 + 27.000 = 75.000 reais
Resposta: C
FCC – TST – 2017) O turno diário de trabalho de uma empresa é das 8h às 17h, de 2a a 6a feira, sendo que das 12h às 13h é o horário de almoço, não remunerado. Em determinada época do ano, os trabalhadores fizeram um acordo com a empresa para emendar o feriado de uma 5a feira com a 6a feira. O acordo previa que os funcionários estenderiam seu turno diário de trabalho em 15 minutos até completar a reposição das horas de trabalho do dia da emenda. Sabendo-se que o horário estendido teve início em uma 2a feira, dia 19 de junho, e que não houve outro feriado ou paralização até o último dia da compensação, então, o último dia da compensação foi
(A) 28 de julho.
(B) 30 de junho.
(C) 31 de julho.
(D) 01 de agosto.
(E) 20 de junho.
RESOLUÇÃO:
Veja que precisamos compensar 8 horas de trabalho, afinal a jornada normal é de 8h às 17h (intervalo de 9 horas, com 1 hora de almoço não remunerada, totalizando 8 horas remuneradas). 8 horas correspondem a 8×60 = 480 minutos. Dividindo este valor por 15 minutos, temos o resultado 32, o que significa que precisamos compensar 15 minutos ao longo de 32 dias de trabalho para completar os 480 minutos.
Note que os 32 dias correspondem a 6 semanas completas (de 5 dias úteis cada) e mais 2 dias da outra semana. Portanto, partindo de 19 de junho, temos as semanas:
- segunda semana: começa 26 de junho
- terceira semana: começa 3 de julho
- quarta semana: começa 10 de julho
- quinta semana: começa 17 de julho
- sexta semana: começa 24 de julho
- sétima semana: começa 31 de julho
Como o trigésimo segundo dia de compensação é o segundo dia da sétima semana, chegamos em 01 de agosto.
Resposta: D
FCC – TST – 2017) Considere como verdadeira a proposição: “Nenhum matemático é não dialético”. Laura enuncia que tal proposição implica, necessariamente, que
I. se Carlos é matemático, então ele é dialético.
II. se Pedro é dialético, então é matemático.
III. se Luiz não é dialético, então não é matemático.
IV. se Renato não é matemático, então não é dialético.
Das implicações enunciadas por Laura, estão corretas APENAS
(A) I e III.
(B) I e II.
(C) III e IV.
(D) II e III.
(E) II e IV.
RESOLUÇÃO:
Como nenhum matemático é não dialético, podemos dizer que TODO matemático é dialético (a dupla negação vira uma afirmação). Esta última é melhor para trabalharmos. Vamos analisar as afirmações:
I. se Carlos é matemático, então ele é dialético. –> certo, pois TODO matemático é dialético
II. se Pedro é dialético, então é matemático. –> errado, pois podem existir dialéticos que NÃO são matemáticos
III. se Luiz não é dialético, então não é matemático. –> certo, pois se ele fosse matemático seria dialético.
IV. se Renato não é matemático, então não é dialético. –> errado, pode haver dialéticos que não são matemáticos.
Das implicações enunciadas por Laura, estão corretas APENAS I e III.
Resposta: A
FCC – TST – 2017) Cássio, Ernesto, Geraldo, Álvaro e Jair são suspeitos de um crime. A polícia sabe que apenas um deles cometeu o crime. No interrogatório, os suspeitos deram as seguintes declarações:
Cássio: Jair é o culpado do crime.
Ernesto: Geraldo é o culpado do crime.
Geraldo: Foi Cássio quem cometeu o crime.
Álvaro: Ernesto não cometeu o crime.
Jair: Eu não cometi o crime.
Sabe-se que o culpado do crime disse a verdade na sua declaração. Dentre os outros quatro suspeitos, exatamente três mentiram na declaração. Sendo assim, o único inocente que declarou a verdade foi
(A) Cássio.
(B) Ernesto.
(C) Geraldo.
(D) Álvaro.
(E) Jair.
RESOLUÇÃO:
Veja que as frases ditas por Cássio e Jair são contraditórias, ou seja, somente uma delas pode ser verdadeira. Se for verdade que Jair é culpado, então disseram a verdade:
- Cássio e Álvaro
E os que mentiram foram:
- Ernesto, Geraldo, Jair.
Este caso não nos atende, pois nele o culpado (Jair) não disse a verdade.
Devemos admitir então que Jair é quem falou a verdade, ou seja, NÃO foi ele quem cometeu o crime. Desta forma, Jair é uma pessoa inocente que falou a verdade. Isto é o que a questão solicitou. Nem é preciso dar continuidade na resolução. Por curiosidade: o culpado deve ser Álvaro, pois somente ele pode ser a outra pessoa a dizer a verdade.
Resposta: E
FCC – TST – 2017) O total de P pessoas será distribuído em grupos com o mesmo número de integrantes, e sempre com o número máximo possível de integrantes. Se forem feitos 13 grupos, sobrarão 3 pessoas sem grupo. Se forem feitos grupos com 36 pessoas, sobrarão 11 pessoas sem grupo. Sendo P um inteiro maior do que zero, o menor valor possível de P é
(A) 588.
(B) 443.
(C) 510.
(D) 731.
(E) 263.
RESOLUÇÃO:
Se fizermos grupos de G pessoas, formaremos 13 grupos e sobrarão 3 pessoas. Ou seja,
Total de pessoas = 13.G + 3
Se fizermos N grupos de 36 pessoas, sobrarão 11 pessoas. Isto é,
Total de pessoas = 36.N + 11
Como queremos a menor quantidade possível de pessoas, vamos testar na primeira equação os números, começando pelo menor (263):
263 = 13G + 3
260 = 13G
G = 20
Veja que a primeira equação foi atendida. Vejamos a segunda:
263 = 36N + 11
252 = 36N
N = 7
Portanto, o número 263 atende as duas equações, sendo este o gabarito.
Note que a alternativa apontada pela banca como gabarito foi a letra D (731). De fato este número também atende as duas equações, mas o enunciado solicitou o MENOR valor possível para P, motivo pelo qual entendo que o gabarito correto é a letra E (263), que contém o menor número.
Resposta: E