Fala, pessoal! Tranquilidade?
Nesse artigo, trago várias provas resolvidas da VUNESP, todas de 2018 e aplicadas em concursos da área policial de São Paulo. É fundamental resolver essas provas na reta final da preparação para as Provas da PC SP! São 84 questões recentíssimas, todas de provas de Polícia de SP!
Aproveito para convidar todos para as revisões de véspera para as provas da PC SP:
Agente de Telecomunicações e Papiloscopista Policial (25 a 29 de junho), disciplinas:
* Português
* Informática
* Noções de Biologia
* Lógica
*Noções de Identificação
Agente Policial e Auxiliar de Papiloscopista, (2 a 6 de Julho) ), disciplinas:
* Português
* Informática
* Noções de Medicina Legal e Odontologia Legal
* Lógica
*Noções de Criminologia
Vamos ao comentário das questões!
PROVA ESCRIVÃO PC SP/2018
Leia o texto, para responder às questões de números 01 a 08.
O drama dos viciados em dívidas
Apesar dos sinais de recuperação da economia, o número de brasileiros endividados chegou a 61,7 milhões em fevereiro passado – o equivalente a 40% da população adulta. O número é alto porque o hábito de manter as contas em dia não é apenas uma questão financeira decorrente do estado geral da economia – pode ser uma questão comportamental. Por isso, há grupos especializados que promovem reuniões semanais com devedores, com a finalidade de trocar experiências sobre consumo impulsivo e propensão a viver no vermelho. Uma dessas organizações é o Devedores Anônimos (DA), que funciona nos mesmos moldes do Alcoólicos Anônimos (AA).
Pertencer a uma classe social mais alta não livra ninguém do problema. As pessoas de maior renda são justamente as que têm maior resistência em admitir a compulsão. Pior. É comum que, diante dos apuros, como a perda do emprego, algumas tentem manter o mesmo padrão de vida em lugar de cortar gastos para se encaixar na nova realidade. Pedir um empréstimo para quitar outra dívida é um comportamento recorrente entre os endividados.
Para sair do vermelho, aceitar o vício é o primeiro passo. Uma vez que o devedor reconhece o problema, a próxima etapa é se planejar.
(Felipe Machado e Tatiana Babadobulos, Veja, 04.04.2018. Adaptado)
01. Segundo o texto, o endividamento
(A) tem relação com imposições interiores às quais o indivíduo não resiste.
(B) se dissocia de compulsões que o indivíduo não reconhece ter.
(C) está adstrito às condições negativas de uma economia em crise.
(D) já faz parte do cotidiano da grande maioria da população adulta brasileira.
(E) representa uma tradição entre os que se reconhecem como viciados.
Comentários:
O endividamento pode ser causado por uma negação da nova realidade: a pessoa tinha certo padrão de vida antes e busca mantê-lo mesmo após alguma crise, como a perda do emprego. Em outras palavras, resiste à “nova realidade”. Veja no texto:
É comum que, diante dos apuros, como a perda do emprego, algumas tentem manter o mesmo padrão de vida em lugar de cortar gastos para se encaixar na nova realidade. Pedir um empréstimo para quitar outra dívida é um comportamento recorrente entre os endividados.
Gabarito letra A.
02. De acordo com o texto, entre os endividados,
(A) a confissão de dívida pode ser o meio mais eficaz de quitá-la.
(B) a expectativa de pagar as dívidas está associada à redução drástica do consumo.
(C) os mais bem remunerados têm mais dificuldade em sair do vermelho.
(D) o recurso aos empréstimos é a opção menos danosa para vencer o problema.
(E) o sentido do ditado “Devo, não nego; pago quando puder.” indica a solução.
Comentários:
Sim. O texto diz que os que possuem mais renda têm até pior necessidade de se endividar, para manter o padrão de vida a que estão acostumados. Veja no texto:
As pessoas de maior renda são justamente as que têm maior resistência em admitir a compulsão. Pior. É comum que, diante dos apuros, como a perda do emprego, algumas tentem manter o mesmo padrão de vida em lugar de cortar gastos para se encaixar na nova realidade.
Gabarito letra C.
03. Assinale a alternativa que reescreve o trecho destacado na passagem – Apesar dos sinais de recuperação da economia, o número de brasileiros endividados chegou a 61,7 milhões em fevereiro passado… –, em consonância com a norma-padrão de concordância e preservando o sentido que a conjunção que o inicia imprime no contexto.
(A) Desde que haja sinais de recuperação da economia…
(B) Contanto que existam sinais de recuperação da economia…
(C) Ainda que hajam sinais de recuperação da economia…
(D) Embora haja sinais de recuperação da economia…
(E) Como existe sinais de recuperação da economia…
Comentários:
A locução “apesar de” tem sentido concessivo, assim como “embora”: embora haja. O verbo ficou explícito. Vejamos erros das demais.
“Desde que” e “Contanto que” expressam condição, não concessão. “Ainda que” expressa concessão, mas há erro no verbo “hajam”, que não deveria ter ido ao plural, pois é impessoal. A conjunção “como”, nesse contexto, é causal.
Gabarito letra D.
04. Assinale a alternativa em que os verbos estão conjugados de acordo com a norma-padrão, em substituição aos trechos destacados na passagem – É comum que, diante dos apuros, como a perda do emprego, algumas tentem manter o mesmo padrão de vida.
(A) Podia acontecer que … mantivessem
(B) Pôde acontecer que … manteram
(C) Pôde acontecer que … mantessem
(D) Podia acontecer que … mantiveram
(E) Poderia acontecer que … mantêm
Comentários:
Pelo sentido hipotético, teríamos que escrever “mantivessem”. Rigorosamente, a correlação correta seria com “poderia”. Contudo, não há essa opção e as gramáticas também registram o uso do pretérito imperfeito no lugar do futuro do pretérito hipotético. Por esse mesmo motivo, não caberia usar “pôde”.
“Mantessem” e “Manteram” são formas incorretas, não existem. A forma “Mantiveram” é correta mas não mantém a ideia de hipótese e causa erro de correlação verbal.
Gabarito letra A.
05. A alternativa que apresenta concordância de acordo com a norma-padrão é:
(A) A situação dos endividados é crítica: tratam-se de 61,7 milhões deles.
(B) 40% da população adulta brasileira já estão endividados.
(C) Contabiliza-se 61,7 milhões de endividados entre os brasileiros.
(D) O número de endividados já superam o de não devedores.
(E) Menos de 70 milhões de brasileiros se põe entre os endividados.
Comentários:
Façamos as devidas correções:
(A) A situação dos endividados é crítica: TRATA-se de 61,7 milhões deles.
“Tratar-se de” é expressão invariável, indicativa de sujeito indeterminado. Não vai ao plural.
(B) 40% da população adulta brasileira já estão endividados.
Correta. A concordância foi feita no plural, com “40%”. Seria possível também concordar com “população”, pois temos porcentagem seguida de determinante.
(C) ContabilizaM-se 61,7 milhões de endividados entre os brasileiros.
Temos voz passiva, então o verbo concorda no plural com “milhões”.
(D) O número de endividados já SUPERA o de não devedores.
O núcleo do sujeito é singular: “número”.
(E) Menos de 70 milhões de brasileiros se põeM entre os endividados.
O núcleo do sujeito é plural: “milhões”. O núcleo do determinante é plural: “brasileiros”. Então, não há como o verbo ficar no singular. Gabarito letra B.
Para responder às questões de números 06 e 07, considere as seguintes passagens do texto:
Por isso, há grupos especializados que promovem reuniões semanais com devedores com a finalidade de trocar experiências sobre consumo impulsivo e propensão a viver no vermelho.
É comum que, diante dos apuros, como a perda do emprego, algumas tentem manter o mesmo padrão de vida em lugar de cortar gastos para se encaixar na nova realidade.
06. Assinale a alternativa que substitui, correta e respectivamente, as expressões destacadas, sem alterar o sentido original.
(A) a fim de … acerca de … em vez de
(B) afim de … a cerca de … ao invés de
(C) à fim de … acerca de … ao invés de
(D) a fim de … há cerca de … em vez de
(E) afim de … a cerca de … invés de
Comentários:
A expressão que indica finalidade é a locução prepositiva “a fim de”, que se grafa separadamente. A locução prepositiva que indica assunto é “acerca de”. “Em vez de” é equivalente a “no lugar de”. “Ao invés de” tem sentido ligeiramente diferente, pois significa “ao contrário de”. Gabarito letra A.
07. A substituição das expressões – “propensão a” e “se encaixar na” –, no contexto, apresenta-se de acordo com a norma-padrão de regência e emprego do sinal indicativo de crase, respectivamente, em:
(A) tendência por … se inserir à
(B) tendência à … se adequar da
(C) tendência de … se ajustar a
(D) inclinação à … se inserir da
(E) inclinação por … se ajustar à
Comentários:
Propensão e tendência são sinônimos, no contexto, e pedem a mesma preposição: A. Então, eliminamos de cara “por”, “de” e “à”. Já “inclinação” aceita “a” ou “por”
Gabarito letra E.
08. A alternativa em que está caracterizado emprego de palavras em sentido figurado é:
(A) … há grupos especializados que promovem reuniões semanais com devedores…
(B) Pertencer a uma classe social mais alta não livra ninguém do problema…
(C) Pedir um empréstimo para quitar outra dívida é um comportamento recorrente entre os endividados.
(D) Para sair do vermelho, aceitar o vício é o primeiro passo.
(E) … o número de brasileiros endividados chegou a 61,7 milhões em fevereiro passado…
Comentários:
Sentido figurado é o sentido simbólico, indireto, impróprio, conotativo da palavra ou expressão. A expressão figurada é “sair do vermelho”, que significa sair de uma situação financeiramente difícil, sair da pobreza…Possivelmente, a explicação dessa metáfora é o registro “vermelho” dos valores baixos ou negativos, ou a referência ao ‘sangue’. Gabarito letra D.
Para responder às questões de números 09 a 11, considere o seguinte fragmento.
A vida de Dorinha Duval foi ____. O processo ainda não havia ido a Júri quando a tese da defesa foi mudada. Não seria mais violenta emoção, mas legítima defesa. Ela não teria atirado no marido por ter sido ____ e chamada de velha, mas ____ o marido passou a agredi-la. De fato, o exame pericial de corpo de delito realizado em Dorinha constatou a existência de ____ em seu corpo. A versão da legítima defesa era ____.
(Luiza Nagib Eluf, A paixão no banco dos réus. Adaptado)
09. Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho, de acordo com a norma-padrão de ortografia.
(A) esmiussada … rejeitada … por que … hematomas … plausível
(B) esmiussada … regeitada … por que … hematomas … plausível
(C) esmiuçada … regeitada … porque … ematomas … plauzível
(D) esmiuçada … regeitada … por que … ematomas … plauzível
(E) esmiuçada … rejeitada … porque … hematomas … plausível
Comentários:
Pessoal, não muito o que dizer, questão direta de ortografia: a grafia correta das palavras é: esmiuçada … rejeitada … porque … hematomas … plausível
Gabarito letra E.
10. As expressões verbais empregadas em tempo que exprime a ideia de hipótese são:
(A) ter sido e passou.
(B) teria e ter sido.
(C) seria e teria.
(D) foi e seria.
(E) foi e constatou.
Comentários:
Entre as opções, as formas que exprimem incerteza, dúvida, hipótese, são os verbos no futuro do pretérito: seria e teria. O modo subjuntivo em geral também transmite essa ideia, mas não ocorreu aqui na questão.
Gabarito letra C.
11. Assinale a alternativa contendo as palavras que seguem, correta e respectivamente, os princípios de acentuação das palavras destacadas – Júri; legítima; existência.
(A) íris; saído; nítida.
(B) táxi; excelentíssimo; arbitrária.
(C) estéril; ecumênico; Romênia.
(D) bônus; violência; tráfico.
(E) série; técnica; assassínio.
Comentários:
Vamos lá, essa questão traz duas alternativas corretas:
Júri (regra geral da paroxítona); legítima (proparoxítona); existência (paroxítona terminada em ditongo crescente).
Essas são exatamente as mesmas regras que justificam:
(B) táxi (regra geral da paroxítona); excelentíssimo (proparoxítona); arbitrária. (paroxítona terminada em ditongo crescente)
(C) estéril (regra geral da paroxítona); ecumênico (proparoxítona); Romênia. (paroxítona terminada em ditongo crescente)
Vejamos as demais:
Íris, bônus – Regra Geral das Paroxítona (engloba as terminações is, us, l, r, ã, x, ps…)
Violência, série, assassínio- Regra da paroxítona terminada em ditongo
Saído – regra do hiato (Acentua-se I ou U tônico, sozinho ou seguido de S, na segunda letra de um hiato)
Nítida, tráfico, técnica – Todas as proparoxítonas são acentuadas.
Gabarito letra B. Porém, a C também está correta. Deixei o recurso no site do estratégia!
Leia o texto, para responder às questões de números 12 a 18.
As crianças e os adolescentes estão vivendo boa parte de seu tempo no mundo virtual, principalmente por meio de seus aparelhos celulares. Em relatório divulgado em dezembro de 2017, o UNICEF usou a expressão “cultura do quarto” para indicar um dos efeitos desse fenômeno. Os mais novos têm escolhido o isolamento do espaço privado em detrimento do uso do espaço público para se dedicarem à imersão nas redes.
Você certamente já viu agrupamentos de adolescentes que interagiam mais com seu celular do que uns com os outros, não é? Pois bem: esse comportamento gera consequências, sendo que algumas delas não colaboram para o bom desenvolvimento dos mais novos. Como eles aprendem a se relacionar, por exemplo? Relacionando-se com seus pares! Acontece que o relacionamento no mundo virtual é radicalmente diferente daquele que ocorre na vida real, o que nos faz levantar a hipótese de que eles têm se desenvolvido com deficit no processo de socialização.
E como se aprenderia a ter – e a proteger – privacidade? Primeiramente sabendo a diferença entre intimidade e convívio social. Explorar o mundo social simultaneamente ao real cria uma grande dificuldade nessa diferenciação. Não é à toa que já se expôs na rede a privacidade de tantas crianças e jovens, com grande prejuízo pessoal!
(Rosely Sayão, As crianças e as tecnologias. Veja, 28-02-2018. Adaptado)
12. Do ponto de vista da autora, a grande dedicação a interações no mundo virtual pode levar a
(A) avanços na formação de grupos de interesse que se comuniquem com mais eficiência.
(B) renovação dos meios de comunicação interpessoal e construção de novos grupos sociais.
(C) novas perspectivas de inclusão social, graças ao compartilhamento de dados em tempo real.
(D) perdas significativas no processo de integração ao grupo social e na preservação da intimidade.
(E) progressos no desenvolvimento de habilidades tecnológicas inerentes aos novos tempos.
Comentários:
Segundo a autora, o fato de os jovens passarem tanto tempo em um “mundo virtual” prejudica sua socialização:
Pois bem: esse comportamento gera consequências, sendo que algumas delas não colaboram para o bom desenvolvimento dos mais novos. Como eles aprendem a se relacionar, por exemplo? Relacionando-se com seus pares! Acontece que o relacionamento no mundo virtual é radicalmente diferente daquele que ocorre na vida real, o que nos faz levantar a hipótese de que eles têm se desenvolvido com deficit no processo de socialização.
Gabarito letra D.
Vejamos:
a) Não se comunicam com “mais eficiência”, mas com deficiência.
b) Não se constroem novos grupos, mas sim aumenta-se o isolamento.
c) Não há inclusão social, há deficit no processo de socialização.
e) Não foi dito isso no texto.
13. É correto afirmar que a expressão “cultura do quarto”, utilizada no relatório do UNICEF, exprime a ideia de
(A) dedicação.
(B) coparticipação.
(C) retraimento.
(D) ajustamento.
(E) ressentimento.
Comentários:
O nome “cultura de quarto” refere-se à ideia de retraimento, isolamento; jovens ficam trancados em seus quartos mergulhados em interações apenas virtuais, retraídos no “espaço privado”.
Gabarito letra C.
14. A oposição de sentido que há entre as palavras virtual e real, empregadas no texto, está presente também entre
(A) deficitário e superavitário.
(B) detrimento e deturpação.
(C) simultâneo e concomitante.
(D) privacidade e individualidade.
(E) imersão e submersão.
Comentários:
A banca pede basicamente a alternativa com um par de antônimos:
Deficitário (com deficiência, perda, prejuízo) x superavitário (com ganhos, lucro).
Gabarito letra A.
15. A autora utiliza um recurso com a finalidade comunicativa de simular um diálogo com o leitor e de marcar a presença dela no texto. Trata-se do emprego de frases, respectivamente,
(A) exclamativas e declarativas.
(B) interrogativas e exclamativas.
(C) imperativas e interrogativas.
(D) imperativas e declarativas.
(E) declarativas e interrogativas.
Comentários:
Para simular o diálogo com o leitor, a autora usa frases interrogativas e exclamativas, veja:
Você certamente já viu agrupamentos de adolescentes que interagiam mais com seu celular do que uns com os outros, não é? Pois bem: esse comportamento gera consequências, sendo que algumas delas não colaboram para o bom desenvolvimento dos mais novos. Como eles aprendem a se relacionar, por exemplo? Relacionando-se com seus pares! Acontece que o relacionamento no mundo virtual é radicalmente diferente daquele que ocorre na vida real, o que nos faz levantar a hipótese de que eles têm se desenvolvido com deficit no processo de socialização.
E como se aprenderia a ter – e a proteger – privacidade? Primeiramente sabendo a diferença entre intimidade e convívio social. Explorar o mundo social simultaneamente ao real cria uma grande dificuldade nessa diferenciação. Não é à toa que já se expôs na rede a privacidade de tantas crianças e jovens, com grande prejuízo pessoal!
Gabarito letra B.
16. Assinale a alternativa que reescreve a passagem – Os mais novos têm escolhido o isolamento do espaço privado em detrimento do uso do espaço público… – de acordo com a norma-padrão de regência e do emprego do sinal indicativo de crase.
(A) Os mais novos dão preferência no isolamento do espaço privado do que a usar o espaço público…
(B) Os mais novos vêm preferindo ao isolamento do espaço privado a usar o espaço público…
(C) Os mais novos têm preferência pelo isolamento do espaço privado à usar o espaço público…
(D) Os mais novos preferem o isolamento do espaço privado à usar o espaço público…
(E) Os mais novos têm preferido o isolamento do espaço privado a usar o espaço público…
Comentários:
O verbo “preferir” pede preposição A, na seguinte estrutura:
Preferir uma coisa (objeto direto) A outra (objeto indireto)
Podemos ver essa estrutura em:
Os mais novos têm preferido o isolamento do espaço privado a usar o espaço público…
Vejamos:
(A) Os mais novos dão preferência no isolamento do espaço privado do que a usar o espaço público…
Não cabe esse “do que”, o verbo “preferir” pede preposição A. O substantivo preferência também pede preposição A.
(B) Os mais novos vêm preferindo ao isolamento do espaço privado a usar o espaço público…
“O isolamento do espaço” é objeto direto, não pede preposição A.
(C) Os mais novos têm preferência pelo isolamento do espaço privado à usar o espaço público…
Não há crase antes de verbo.
(D) Os mais novos preferem o isolamento do espaço privado à usar o espaço público…
Não há crase antes de verbo.
Gabarito letra E.
17. A alternativa em que o termo “como” está empregado com o mesmo sentido que tem na passagem – E como se aprende a ter – e a proteger – privacidade? – é:
(A) Prometeram amor eterno, na alegria como na tristeza.
(B) As crianças, como os adolescentes, têm grande interesse pelas mídias eletrônicas.
(C) Ainda não se descobriu como eles tiveram essa informação posta sob sigilo.
(D) Partiu como veio ao mundo: sem um centavo no bolso.
(E) Como se sabe, adolescentes dominam as tecnologias modernas.
Comentários:
Na frase destacada no enunciado, o “como” é um advérbio interrogativo, numa interrogativa direta. Na frase “Ainda não se descobriu como eles tiveram essa informação posta sob sigilo.”, o “como” também é um advérbio interrogativo, com esse sentido de pergunta. A diferença é que aparece numa interrogativa indireta.
Vejamos os demais sentidos.
(A) Prometeram amor eterno, na alegria como na tristeza.
Sentido de comparação/adição (na alegria E/Do mesmo modo que na tristeza)
(B) As crianças, como os adolescentes, têm grande interesse pelas mídias eletrônicas.
Sentido de comparação/adição (As crianças E/Do mesmo modo que os adolescentes)
(D) Partiu como veio ao mundo: sem um centavo no bolso.
Sentido de comparação (partiu Do mesmo modo que veio ao mundo)
(E) Como se sabe, adolescentes dominam as tecnologias modernas.
Sentido de conformidade ( de acordo como o que se sabe…)
Gabarito letra C.
18. Assinale a alternativa em que a mudança na posição do pronome destacado, como consta nos colchetes, está de acordo com a norma-padrão de colocação pronominal.
(A) … não é à toa que já se expôs na rede a privacidade de tantas crianças e jovens… [não é à toa que já expôs-se na rede a privacidade de tantas crianças e jovens…]
(B) Como eles aprendem a se relacionar, por exemplo? [Como eles aprendem a relacionar-se, por exemplo?]
(C) Relacionando-se com seus pares! [Se relacionando com seus pares!]
(D) Eles têm se desenvolvido… [Eles têm desenvolvido-se…]
(E) E como se aprenderia a ter – e a proteger – a privacidade? [E como aprenderia-se a ter – e a proteger – a privacidade?]
Comentários:
Somente a letra B está correta, pois, após o infinitivo impessoal, a próclise ou a ênclise são admitidas. Vejamos o problema das demais:
(A) O advérbio “já” atrai próclise, o pronome deve vir antes do verbo.
(C) Não se inicia período com próclise.
(D) Não cabe ênclise com particípio, o pronome não pode vir após “desenvolvido”.
(E) E como se aprenderia a ter – e a proteger – a privacidade? [E como aprenderia-se a ter – e a proteger – a privacidade?]
Não cabe ênclise com verbo no futuro (do presente ou do particípio), o pronome não pode vir após “aprenderia”.
Gabarito letra B.
Leia o texto, para responder às questões de números 19 a 28.
Debaixo da ponte
Moravam debaixo da ponte. Oficialmente, não é lugar onde se more, porém eles moravam. Ninguém lhes cobrava aluguel, imposto predial, taxa de condomínio: a ponte é de todos, na parte de cima; de ninguém, na parte de baixo. Não pagavam conta de luz e gás porque luz e gás não consumiam. Não reclamavam da falta d’água, raramente observada por baixo de pontes. Problema de lixo não tinham; podia ser atirado em qualquer parte, embora não conviesse atirá-lo em parte alguma, se dele vinham muitas vezes o vestuário, o alimento, objetos de casa. Viviam debaixo da ponte, podiam dar esse endereço a amigos, receber amigos, fazer os amigos desfrutarem comodidades internas da ponte.
À tarde surgiu precisamente um amigo que morava nem ele mesmo sabia onde, mas certamente morava: nem só a ponte é lugar de moradia para quem não dispõe de outro rancho. Há bancos confortáveis nos jardins, muito disputados; a calçada, um pouco menos propícia; a cavidade na pedra, o mato. Até o ar é uma casa, se soubermos habitá-lo, principalmente o ar da rua. O que morava não se sabe onde vinha visitar os de debaixo da ponte e trazer-lhes uma grande posta de carne.
(Carlos Drummond de Andrade. A bolsa e a vida. Adaptado)
19. É correto afirmar que, em sua crônica, Drummond
(A) descreve aspectos da vida de moradores de rua, expondo suas carências.
(B) faz uma crítica explícita à política de abandono dos moradores de rua.
(C) comenta hábitos de desabrigados, desabonando-os, pelo desleixo.
(D) trata de fatos não condizentes com a realidade dos agrupamentos urbanos.
(E) aponta soluções que podem dar conforto aos desabrigados no dia a dia.
Comentários:
Cuidado para não responder à questão de forma apaixonada. O texto apenas menciona, descreve aspectos da vida de moradores de rua, como a carência de comida, luz, água, saneamento, enfim, condições gerais básicas de sobrevivência. Embora haja sim um teor de crítica social, ela não é explícita, é subentendida na ironia do autor. Não há também qualquer crítica aos moradores em si (não são chamados de “desleixados”), tampouco se propõe alguma solução. Gabarito letra A.
20. Observando-se a relação de sentido entre as orações da passagem – Não pagavam conta de luz e gás porque luz e gás não consumiam. –, pode-se afirmar, corretamente, que a oração destacada expressa, em relação à que a precede, a noção de
(A) causa.
(B) modo.
(C) condição.
(D) tempo.
(E) lugar.
Comentários:
Questão direta. A causa de não haver cobrança de luz e gás é a própria ausência de luz e gás. Não pagam porque não consomem. Gabarito letra A.
21. A alternativa que substitui o trecho destacado na passagem – Oficialmente, não é lugar onde se more… – de acordo com a norma-padrão de regência é:
(A) aonde se viva
(B) em que se vá
(C) em que se venha
(D) aonde se vá
(E) aonde se esteja
Comentários:
O “A” que inicia a palavra “aonde” deriva da regência do termo que pede esse pronome. Em outras palavras, só usamos “Aonde” se o verbo pedir “A”, caso contrário, usamos “onde”. Por isso, teremos “Aonde se vá”, pois vamos A algum lugar, vamos Aonde
Pela mesma lógica, teremos:
(A) onde se viva (viva EM algum lugar)
(B) A se vá (vá A algum lugar)
(C) em que se venha (venha A/De algum lugar)
(E) aonde se esteja (esteja EM algum lugar)
Gabarito letra D.
22. É correto afirmar que, na passagem – Ninguém lhes cobrava aluguel, imposto predial, taxa de condomínio: a ponte é de todos, na parte de cima; de ninguém, na parte de baixo. –, os dois-pontos são empregados para introduzir uma
(A) comparação, podendo ser substituídos pela conjunção “como”.
(B) concessão, podendo ser substituídos pela conjunção “embora”.
(C) condição, podendo ser substituídos pela conjunção “se”.
(D) conclusão, podendo ser substituídos pela conjunção “portanto”.
(E) explicação, podendo ser substituídos pela conjunção “pois”.
Comentários:
Questão direta. Como sabemos, basicamente o sinal de dois-pontos servem para introduzir citações diretas (discurso direto, normalmente com aspas) e para introduzir uma explicação do que aparece antes da pontuação.
Aqui, temos o segundo caso:
Ninguém lhes cobrava aluguel, imposto predial, taxa de condomínio: a ponte é de todos, na parte de cima; de ninguém, na parte de baixo.
Não há aluguel, pois a ponte é de todos (ninguém pode cobrar aluguel de algo público).
As demais opções trazem o conectivo indicado com o sentido correto, apenas não são coerentes com o uso de dois-pontos. Gabarito letra E.
23. Na passagem – Problema de lixo não tinham; podia ser atirado em qualquer parte, embora não conviesse atirá-lo em parte alguma… – os pronomes destacados expressam, correta e respectivamente, as ideias de
(A) parte toda; parte certa.
(B) parte incerta; parte certa.
(C) parte indeterminada; parte nenhuma.
(D) parte indiscriminada; parte definida.
(E) parte inadequada; parte adequada.
Comentários:
Qualquer e alguma são pronomes indefinidos. Qualquer, antes do substantivo, tem ideia de indeterminação: Qualquer parte (alguma parte, parte não especificada). Quando depois do substantivo, “qualquer” passa a ter valor depreciativo: Uma parte qualquer (sem valor, comum, ordinária).
Quando o pronome “alguma” vem depois do substantivo, passa a ter essa ideia de negação: “parte alguma” equivale a “nenhuma parte”.
Gabarito letra C.
24. Assinale a alternativa que reescreve os trechos destacados nas passagens – … embora não conviesse atirá-lo em parte alguma… / … a ponte é lugar de moradia para quem não dispõe de outro rancho. –, conjugando correta e respectivamente seus verbos.
(A) se não convir / se alguém não dispor
(B) se não convier / se alguém não dispuser
(C) embora não convenha / caso eles não disporem
(D) quando não convir / porque eles não dispunham
(E) porque não convinha / quando ninguém dispor
Comentários:
O verbo “convir” deriva de ‘vir’, então temos que seguir o modelo: viesse/conviesse. Se estiver no futuro do subjuntivo, teremos “vier/convier”. Da mesma forma, o verbo “dispor” deriva do verbo “pôr”, então, se estiver no futuro do subjuntivo seguindo o modelo, teremos: puser/dispuser.
Gabarito letra B.
25. Assinale a alternativa que substitui por pronomes, correta e respectivamente, as expressões destacadas na passagem – … podiam dar esse endereço a amigos, receber amigos, fazer os amigos desfrutarem comodidades internas da ponte.
(A) dar-lhes … receber-lhes … fazê-los
(B) dá-los … recebê-los … fazer eles
(C) dá-los … recebê-los … fazer-lhes
(D) dar-lhes … recebê-los … fazê-los
(E) dar-lhes … receber-lhes … fazer eles
Comentários:
Uma forma simples de resolver essa questão é lembrar:
-LHE só pode ser complemento de verbo transitivo INDIRETO.
O, A, Os, As só podem ser complemento de verbo transitivo DIRETO.
Receber e Fazer são transitivos diretos. Dar é transitivo direto e indireto (dar Algo A ALGUÉM)
Então, qualquer opção que tenha LHE como objeto direto deve ser eliminada:
(A) dar-lhes … receber-lhes … fazê-los
(C) dá-los … recebê-los … fazer-lhes
(E) dar-lhes … receber-lhes … fazer eles
Sempre bom lembrar que não podemos ter pronome reto como objeto (matar ele, pegar ele…)
Assim eliminaríamos: “fazer eles” na C (a forma correta é “fazê-los”).
Dessa forma, confirmamos o gabarito na letra D.
(D) dar-lhes (dar A eles) … recebê-los … fazê-los
Gabarito letra D.
26. No contexto em que estão empregadas no segundo parágrafo, as palavras muito, até e principalmente expressam, correta e respectivamente, as noções de
(A) quantidade; limite temporal; afirmação de incerteza.
(B) especificação; certeza; afirmação de destaque.
(C) quantidade indefinida; delimitação; afirmação de valor.
(D) qualidade; limite espacial; afirmação de modo.
(E) intensidade; inclusão; afirmação de relevância.
Comentários:
Vejamos:
À tarde surgiu precisamente um amigo que morava nem ele mesmo sabia onde, mas certamente morava: nem só a ponte é lugar de moradia para quem não dispõe de outro rancho. Há bancos confortáveis nos jardins, muito disputados; a calçada, um pouco menos propícia; a cavidade na pedra, o mato. Até o ar é uma casa, se soubermos habitá-lo, principalmente o ar da rua. O que morava não se sabe onde vinha visitar os de debaixo da ponte e trazer-lhes uma grande posta de carne.
Em “Muito disputados”, “muito” intensifica um adjetivo, então é advérbio e tem sentido de intensidade. Em “até o ar é uma casa”, até equivale a “inclusive”, então é uma partícula denotativa de inclusão. Principalmente é um advérbio indicativo de “maior relevância”, é o “principal”, o mais importante. Gabarito letra E.
27. Observando-se as orações do primeiro parágrafo do texto, é correto afirmar que nele
(A) não há orações coordenadas justapostas, não iniciadas por conjunção.
(B) combinam-se orações coordenadas justapostas e orações subordinadas.
(C) predominam orações coordenadas iniciadas por conjunção.
(D) predominam orações subordinadas não iniciadas por conjunção.
(E) não há orações subordinadas iniciadas por conjunção.
Comentários:
Vejamos o primeiro parágrafo:
Moravam debaixo da ponte. Oficialmente, não é lugar onde se more, porém eles moravam. Ninguém lhes cobrava aluguel, imposto predial, taxa de condomínio: a ponte é de todos, na parte de cima; de ninguém, na parte de baixo. Não pagavam conta de luz e gás porque luz e gás não consumiam. Não reclamavam da falta d’água, raramente observada por baixo de pontes. Problema de lixo não tinham; podia ser atirado em qualquer parte, embora não conviesse atirá-lo em parte alguma, se dele vinham muitas vezes o vestuário, o alimento, objetos de casa. Viviam debaixo da ponte, podiam dar esse endereço a amigos, receber amigos, fazer os amigos desfrutarem comodidades internas da ponte.
Vamos lá:
(A) não há orações coordenadas justapostas, não iniciadas por conjunção.
Incorreto. Há sim orações justapostas (colocadas lado a lado, sem conectivo):
Moravam debaixo da ponte. Oficialmente, não é lugar onde se more, porém eles moravam.
(B) combinam-se orações coordenadas justapostas e orações subordinadas.
Além das orações justapostas mostradas acima, temos orações subordinadas:
Problema de lixo não tinham; podia ser atirado em qualquer parte, embora não conviesse atirá-lo em parte alguma (oração subordinada adverbial concessiva), se dele vinham muitas vezes o vestuário, o alimento, objetos de casa (oração subordinada adverbial condicional).
(C) predominam orações coordenadas iniciadas por conjunção.
Não. Predominam orações justapostas, sem conjunção.
(D) predominam orações subordinadas não iniciadas por conjunção.
Não. Predominam orações justapostas, sem conjunção.
(E) não há orações subordinadas iniciadas por conjunção.
Não. Predominam orações justapostas, sem conjunção.
Gabarito letra B.
28. Com relação aos sujeitos das orações destacadas no período – (I) Oficialmente, não é lugar onde se more, porém eles moravam. (II) Ninguém lhes cobrava aluguel, imposto predial, taxa de condomínio… – é correto afirmar:
(A) em (I) e (II) o sujeito é oculto, sendo sinalizado respectivamente pelos pronomes indefinidos “se” e “ninguém”.
(B) em (I) e (II) o sujeito é claro, sendo expresso respectivamente pelos pronomes “onde” e “ninguém”.
(C) em (I), o sujeito é indeterminado, sendo sinalizado pela partícula “se”; em (II), o sujeito é claro, sendo expresso pelo pronome indefinido “ninguém”.
(D) em (I), o sujeito é claro, sendo expresso pelo substantivo “lugar”; em (II), o sujeito é indeterminado, sendo expresso pelo substantivo “aluguel”.
(E) em (I) o sujeito é claro, sendo expresso pelo pronome relativo “onde”; em (II), o sujeito é indeterminado, sendo sinalizado pelo pronome indefinido “ninguém”.
Comentários:
(I) Oficialmente, não é lugar onde se more, porém eles moravam.
Aqui, temos Verbo Intransitivo + SE, o que configura sujeito indeterminado. Observem que não sabemos quem mora, nesta oração.
(II) Ninguém lhes cobrava aluguel, imposto predial, taxa de condomínio…
Nessa oração, o sujeito está expresso, é o sujeito “ninguém”, que leva o verbo para a terceira pessoa do singular.
Gabarito letra C.
Considere a tira para responder às questões de números 29 a 31.
29. É correto afirmar que o efeito de sentido da tira decorre
(A) da possibilidade de atribuição de diferentes sentidos a uma mesma palavra.
(B) da declaração pouco convincente do garoto, diante da resposta do tigre.
(C) do não entendimento, pelo menino, da resposta correta dada pelo tigre.
(D) do fato de o tigre dar uma resposta empregando termos de sentido obscuro.
(E) da ambiguidade do enunciado de matemática, que usa termos inadequados.
Comentários:
Questão direta. “Nó” é uma medida náutica (1,852 km/h). No plural, a palavra fica “nós”, que se confunde com o pronome pessoal “nós”, o que explica a ambiguidade da tira. Gabarito letra A.
30. Acerca do emprego de aspas no primeiro e no segundo quadrinho da tira, é correto afirmar que,
(A) em ambos, as aspas sinalizam a fala da personagem que faz a pergunta ao tigre Haroldo.
(B) no primeiro, as aspas sinalizam a citação de uma frase; no segundo, dão destaque a uma palavra.
(C) no primeiro, as aspas sinalizam uma frase que está sendo lida; no segundo, marcam uma expressão de gíria.
(D) no primeiro, as aspas sinalizam uma frase que a personagem quer destacar; no segundo, marcam o emprego de palavra descontextualizada.
(E) em ambos, as aspas sinalizam expressões empregadas em sentido figurado pelo menino Calvin.
Comentários:
No primeiro caso, as aspas indicam a reprodução literal do que o menino está lendo. Na segunda, destaca a forma “nós”, justamente para acentuar a identidade de som e grafia com o pronome ‘nós’. Gabarito letra B.
31. Assinale a alternativa que reescreve livremente o enunciado do primeiro quadrinho de acordo com a norma-padrão de concordância.
(A) Para efeito de cálculos, afirmam-se: duas milhas náutica vale dois nós.
(B) Leem-se, nos compêndios de matemática, que duas milhas marítimas são iguais a dois nós.
(C) Para se tornar possível execuções de cálculos marítimos, é necessário a conversão de milhas em nós.
(D) Lê-se, em quaisquer compêndios de cálculo náutico, que duas milhas marítimas correspondem a dois nós.
(E) Basta conversões simples de milhas marítimas em nós para resolver alguns problemas.
Comentários:
Façamos as devidas correções:
(A) Para efeito de cálculos, afirma-se: duas milhas náutica valem dois nós.
Aqui, a oração após dois pontos funciona como “sujeito” passivo: “isso é afirmado”, daí o verbo no singular.
(B) Lê-se, nos compêndios de matemática, que duas milhas marítimas são iguais a dois nós.
A oração “que duas milhas marítimas são iguais a dois nós.” é sujeito paciente de “ler”:
[“que duas milhas marítimas são iguais a dois nós.”] LÊ-SE
Jogando para a voz passiva analítica, mais familiar, teremos:
[“que duas milhas marítimas são iguais a dois nós.”] é lido
[ISTO] é lido
Então fica confirmado que temos uma oração no papel de sujeito e, portanto, o verbo deve ficar na terceira pessoa do singular.
Por isso, está correta a letra D:
(D) Lê-se, em quaisquer compêndios de cálculo náutico, que duas milhas marítimas correspondem a dois nós.
Esta está perfeita: observe a concordância no singular com o sujeito oracional e a concordância no plural com “duas milhas marítimas”.
(C) Para se tornarem possíveis execuções de cálculos marítimos, é necessáriA a conversão de milhas em nós.
A frase está invertida, mas deve ser: execuções se tornarem possíveis… Como “conversão” está precedido de artigo feminino, temos que concordar no feminino: A conversão é necessária.
(E) BastaM conversões simples de milhas marítimas em nós para resolver alguns problemas.
Aqui, “conversões” é o sujeito, então o verbo fica no plural. Gabarito letra D.
Leia o texto, para responder às questões de números 32 a 35.
Como a tecnologia ameaça a democracia
“Foi mal, desculpa aí.” Mais ou menos assim, Mark Zuckerberg tentou explicar ao Congresso norte-americano o uso ilegal dos dados de 87 milhões de usuários do Facebook pela empresa de marketing político Cambridge Analytica (CA). Não convenceu ninguém. Foi, até agora, o momento mais dramático de uma batalha que se tornará mais intensa. A disputa latente entre política e tecnologia se tornou explícita. Da utopia digital do Vale do Silício, emergiu a realidade dos monopólios corporativos, da manipulação política e do tribalismo antidemocrático. O resultado do choque com as instituições é incerto. “Nos próximos anos, ou a tecnologia destruirá a democracia e a ordem social ou a política imprimirá sua autoridade sobre o mundo digital”, escreve o jornalista britânico Jamie Bartlett no recém-lançado The people vs. Tech (O povo contra a tecnologia).
(Hélio Gurovitz. https://epoca.globo.com. 14.04.2018. Adaptado)
32. A frase com a qual o autor do texto expressa o teor da explicação dada por Mark Zuckerberg ao Congresso americano aponta que a explicação do empresário
(A) foi a esperada pelo mundo político, embora pouco esclarecedora.
(B) condiz com as expectativas dos milhões de usuários do Facebook.
(C) resolveu apenas parte do problema do acesso ilegal a dados de usuários do Facebook.
(D) eliminou os conflitos existentes entre o Congresso norte-americano e o Vale do Silício.
(E) não foi satisfatória nem se baseou em argumentos bem fundamentados.
Comentários:
A frase usada pelo autor para “sugerir” a resposta de Zuckerberg foi: “Foi mal, desculpa aí”. Esta frase é irônica e mostra que o autor entende que a resposta do fundador do Facebook foi banal, insatisfatória, sem conteúdo ou fundamento. Esse é o teor de:
(E) não foi satisfatória nem se baseou em argumentos bem fundamentados.
Gabarito letra E.
Vejamos as demais:
(A) foi a esperada pelo mundo político, embora pouco esclarecedora.
Incorreto. Não foi esperada, surpreendeu a todos.
(B) condiz com as expectativas dos milhões de usuários do Facebook.
Incorreto. Não condiz. Como vimos, não foi esperada, surpreendeu a todos.
(C) resolveu apenas parte do problema do acesso ilegal a dados de usuários do Facebook.
(D) eliminou os conflitos existentes entre o Congresso norte-americano e o Vale do Silício.
Não eliminou. Veja que o conflito continua e o futuro é incerto:
A disputa latente entre política e tecnologia se tornou explícita. Da utopia digital do Vale do Silício, emergiu a realidade dos monopólios corporativos, da manipulação política e do tribalismo antidemocrático. O resultado do choque com as instituições é incerto.
33. É correto concluir que o ponto de vista de Jamie Bartlett contém a previsão
(A) do sucesso das democracias propiciado pelo mundo digital.
(B) de um embate entre a tecnologia e o controle estatal.
(C) da solução dos problemas políticos pela tecnologia do futuro.
(D) de um acordo para preservação da ordem social.
(E) da não ingerência das democracias sobre o mundo digital.
Comentários:
A resposta está literal no texto: haverá um embate e um dominará o outro.
O resultado do choque com as instituições é incerto. “Nos próximos anos, ou a tecnologia destruirá a democracia e a ordem social ou a política imprimirá sua autoridade sobre o mundo digital”, escreve o jornalista britânico Jamie Bartlett no recém-lançado The people vs. Tech (O povo contra a tecnologia).
Gabarito letra B.
34. São expressões sinônimas de latente e emergiu adequadas ao contexto, respectivamente,
(A) encoberta e veio à tona.
(B) potencial e submergiu.
(C) oculta e introduziu-se.
(D) gritante e veio à luz.
(E) ilógica e despertou.
Comentários:
Latente é aquilo que ainda não está manifesto, aparente, algo que está encoberto. Emergir significa “vir à tona”, ao passo que “imergir” significa afundar em líquido, afundar, submergir.
Gabarito letra A.
35. Assinale a alternativa em que as palavras mal e mau estão corretamente empregadas no contexto.
(A) Seu mal-caráter não o recomenda para essa função, se ele mau consegue se comportar com dignidade.
(B) O mau resultado das urnas expressa claramente que muita gente votou mau, sabendo o que fazia.
(C) Peço que não leve a mal minha proposta de sociedade, pois não estou agindo com mal intuito.
(D) A informação foi mal interpretada pelo jornalista, o que acabou por resultar em mau uso dos dados.
(E) Destacou-se no relatório o mal comportamento do acusado durante o depoimento mau conduzido pela autoridade.
Comentários:
Temos de lembrar os principais usos das palavras Mal e Mau.
MaL- Advérbio: Ele canta mal. (contrário de bem)
MaL- Advérbio: Ele mal consegue andar. (quase não consegue)
MaL- Conjunção temporal: Mal cheguei, já me encheram de perguntas (assim que cheguei)
MaL- Substantivo – O mal do povo é a língua; Ele morreu de um mal súbito.
MaU- Adjetivo – Ele é um homem mau (modifica um substantivo- contrário de bom)
O uso adequado ocorre em:
(D) A informação foi mal interpretada pelo jornalista, o que acabou por resultar em mau uso dos dados. (mal modifica o particípio da voz passiva “interpretada”, logo é ad
Então, façamos as correções:
(A) Seu MAU caráter não o recomenda para essa função, se ele MAL consegue se comportar com dignidade.
(B) O mau resultado das urnas expressa claramente que muita gente votou MAL, sabendo o que fazia.
(C) Peço que não leve a mal minha proposta de sociedade, pois não estou agindo com MAU intuito.
(E) Destacou-se no relatório o MAU comportamento do acusado durante o depoimento MAL conduzido pela autoridade.
Gabarito letra D.
36. Assinale a alternativa em que está caracterizado o vício de linguagem denominado pleonasmo.
(A) Além de Max, outros palestrantes abordaram o assunto com propostas concretas de aplicações da inteligência artificial.
(B) A Marvel encontrou um caminho difícil de trilhar, que é agradar os fãs de quadrinhos, os quais são bem exigentes.
(C) Diante dos atentados terroristas, em decisão unânime de todos os membros, o Conselho de Segurança da ONU aprovou medidas excepcionais de controle.
(D) Câmara vota na terça-feira proposta que tenta atacar um velho problema: o calote de empresas contratadas pela Prefeitura nos funcionários.
(E) A necessidade de unificar a tributação entre os países e os blocos econômicos é sinal de que a globalização avançará.
Comentários:
O pleonasmo vicioso é o vício de linguagem caracterizado pela repetição desnecessário de termos, pela redundância de ideias (subir para cima, descer para baixo, sair par fora, encarar de frente…)
Isso ocorre em “unanimidade de todos”, pois toda unanimidade já indica concordância de todos.
Gabarito letra C.
PROVA INVESTIGADOR PC SP/2018
Leia a tira para responder às questões de números 01 a 03.
01. Em conformidade com a norma-padrão, as lacunas da tira devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com:
(A) Por que … mais … Porque … mártir
(B) Porque … mas … Porque … martir
(C) Por que … mas … Porque … mártir
(D) Porque … mas … Por quê … mártir
(E) Por quê … mais … Por que … martir
Comentários:
Nessa questão, vamos analisar as lacunas e, posteriormente buscar a alternativa correta.
I) Na primeira lacuna, deve-se usar o por que (separado e sem acento), pois se trata de uma pergunta, ou seja, a personagem pergunta “por que só é feriado no Tiradentes?”.
II) Na segunda lacuna, deve-se utilizar a conjunção adversativa “mas”, a qual indica uma oposição/contraste em relação ao que foi dito anteriormente. Lembre-se que o “mais” é normalmente um advérbio de intensidade (mais bonito).
III) Na terceira lacuna, deve-se usar o porque (junto e sem acento), pois se trata de uma explicação/resposta, ou seja, a professora explica quem foi “Tiradentes”.
IV) Por fim, na quarta lacuna a palavra correta é “mártir”, com acento, pois temos uma paroxítona terminada em “R”. Lembre-se da regra clássica: todas as paroxítonas são acentuadas, exceto aquelas terminadas em A, E, O, EM, ENS. Também são acentuadas as paroxítonas terminadas em ditongo.
Gabarito letra C.
02. Analisando as falas das personagens, conclui-se corretamente que o aluno
(A) se ressente com a professora e passa a pedir-lhe que haja uma reforma no calendário escolar.
(B) se sente ludibriado pela professora, que lhe dá informações insuficientes sobre os feriados.
(C) se coloca em uma condição de submissão à professora para ganhar mais um dia de folga da escola.
(D) se vale do oportunismo para tentar convencer a professora de que é possível ter mais folgas.
(E) se submete passivamente à explicação dada pela professora, por isso prefere não questioná-la.
Comentários:
a) Em nenhum momento da tira o aluno fala sobre “reforma do calendário escolar”. Incorreta.
b) Ao longo da tira, o aluno não apresenta características de alguém que foi ludibriado e, não menos importante, a professora fornece as informações relevantes sobre o feriado. Incorreta.
c) Analisando as falas, não se pode afirmar que o aluno se coloca em posição de submissão, basta atentar para o último quadrinho, no qual o aluno questiona a professora sobre o momento do Brasil. Incorreta.
d) No último quadrinho, o aluno se vale de algo que a professora disse para tentar conseguir mais alguns dias de folga, ou seja, pode-se falar em um momento de oportunismo do aluno. Alternativa correta.
e) Como foi exposto no item C, no último quadrinho o aluno questiona a professora (Então! Vai dizer que o Brasil também não tá “enforcado”?). Incorreta.
Gabarito letra D.
03. Analisando-se a fala do aluno no último quadrinho – Vai dizer que o Brasil também não tá “enforcado”? –, conclui-se corretamente que ela se estrutura em uma frase
(A) interrogativa, de tom retórico, funcionando como uma afirmação para convencer a professora sobre o que ele diz.
(B) interrogativa, em tom hesitante, funcionando como um questionamento à professora sobre a situação do país.
(C) imperativa, em tom respeitoso, funcionando como um desabafo para mostrar a difícil situação do Brasil.
(D) declarativa negativa, em tom de sátira, funcionando como uma explicação de que o país está saudável economicamente.
(E) interrogativa, em tom exclamativo, funcionando como uma confirmação da explicação da professora.
Comentários:
a) De fato, temos uma frase interrogativa a qual traz consigo um tom retórico, ou seja, esse questionamento do aluno não precisa ser respondido pela professora, uma vez que a sua função é convencê-la por meio de uma reflexão. Alternativa correta.
b) O erro dessa alternativa está no “tom hesitante”, ou seja, o aluno em nenhum momento da tira aparenta incerteza/indecisão. Incorreta.
c) Essa frase não está no modo imperativo e não funciona como um desabafo do aluno. Trata-se de um questionamento sobre o momento do Brasil cuja função é convencer a professora. Incorreta.
d) Note que o ponto de interrogação indica uma frase interrogativa. Incorreta.
e) Por fim, não podemos dizer que a frase do último quadrinho indica uma confirmação do que a professora disse, ou seja, trata-se de um questionamento do aluno cuja função é convencer a professora. Incorreta.
Gabarito letra A.
Leia o texto para responder às questões de números 04 a 08.,
Derivada do latim, língua portuguesa é a sétima mais falada no mundo
O português é a língua oficial de nove países e tem mais de 260 milhões de falantes. De acordo com o instituto americano SIL International, há mais de 7 000 idiomas no mundo, e o português é o sétimo mais falado.
Parte do grupo das línguas românicas, que inclui o espanhol e o italiano, entre outras, o português é derivado do latim – idioma que teve origem na Itália, na pequena região do Lácio, onde está Roma.
O latim disseminou-se na Europa juntamente com a expansão do domínio do Império Romano.
Foi com as tropas romanas que o latim chegou à face sul do continente europeu (onde hoje estão os territórios de Portugal e Espanha), entre os séculos 3o e 2o a.C.
Devido a ocupações anteriores, a Península Ibérica já tinha a presença de outros povos (e suas línguas, por consequência), como os celtas. Ao longo do tempo, o latim falado foi incorporando elementos linguísticos dessas e de outras populações.
Quando o Império Romano ruiu, no século 5o d.C., a Península Ibérica já estava totalmente latinizada, e o idioma manteve-se em uso por seus habitantes.
No século 15, com a expansão marítima de Portugal, a língua foi espalhada por suas colônias. O uso de outros idiomas ou dialetos locais era, muitas vezes, proibido.
Hoje há muito mais falantes de português fora de Portugal, que tem apenas 10 milhões de habitantes.
(https://www1.folha.uol.com.br. Adaptado)
04. O português é a língua oficial de nove países e tem mais de 260 milhões de falantes. De acordo com o instituto americano SIL International, há mais de 7 000 idiomas no mundo, e o português é o sétimo mais falado.
No primeiro parágrafo do texto, o emprego dos numerais tem a finalidade de mostrar
(A) a quantidade de falantes que faz com que o português assuma a posição de maior prestígio entre os 7 000 idiomas.
(B) a pouca importância do português no cenário mundial, pois é falado em nove países e só ocupa o 7º lugar.
(C) a inexpressividade da posição do Brasil, em relação à quantidade de idiomas existentes no mundo.
(D) a expectativa de que o Brasil ocupe uma posição mais significativa entre os 7 000 idiomas do mundo.
(E) a relevância do português quanto ao seu alcance, considerando-se a quantidade de idiomas existentes no mundo.
Comentários:
a) O português é o sétimo idioma mais falado, ou seja, não podemos falar em “posição de maior prestígio entre os 7 000 idiomas”. A noção é de quantidade, não de prestígio. Incorreta.
b) Pelo contrário, o português é o sétimo mais falado entre 7000 idiomas, ou seja, é uma língua muito importante no cenário mundial. Incorreta.
c) Basicamente, essa alternativa pode ser entendida a partir do que foi colocado no item B, ou seja, não podemos falar em inexpressividade, mas sim em expressividade no cenário mundial. Incorreta.
d) O objetivo dos numerais, nesse trecho, não é criar expectativa sobre uma posição mais significativa do “Brasil”, mas sim mostrar a posição de destaque do português no cenário mundial. Incorreta.
e) De fato, a posição de sétimo lugar entre 7000 idiomas mostra a relevância do português no cenário mundial, ou seja, os numerais reforçam esse fato. Alternativa correta.
Gabarito letra E.
05. Nas passagens – … o português é derivado do latim… (2º parágrafo) – ; – … o latim falado foi incorporando elementos linguísticos… (5º parágrafo) – e – Quando o Império Romano ruiu… (6º parágrafo) –, os termos em destaque significam, correta e respectivamente:
(A) procedente; modificando; ressurgiu.
(B) fonte; descaracterizando; se desfez.
(C) oriundo; absorvendo; desmoronou.
(D) originário; buscando; desmantelou.
(E) origem; integrando; se consolidou.
Comentários:
a) As palavras “incorporando” (absorvendo) e “modificando” (alterando) não apresentam equivalência semântica, ou seja, seus significados são distintos. O mesmo fato ocorre com as palavras “ruiu” e “ressurgiu”. Incorreta.
b) As palavras “incorporando” (absorvendo) e “descaracterizando” (mudando, alterando) apresentam significados distintos. Incorreta.
c) De fato, essa alternativa apresenta os sinônimos corretos. Alternativa correta.
A palavra “derivado” apresenta o significado de origem/oriundo.
A palavra “incorporando” apresenta o significado de absorver/incluir.
A palavra “ruiu” apresenta o significado de desmoronar/cair/desmantelar.
d) Nesse caso, o problema está nas palavras “buscando” e “incorporando”, as apresentam significados distintos. Incorreta.
e) Por fim, o erro dessa alternativa está nas palavras “ruiu” e “consolidou”, ou seja, observamos palavras com sentidos opostos (antônimos). Incorreta.
Gabarito letra C.
06. O substantivo funciona como núcleo do sintagma em que ocorre. Esse sintagma pode ser nominal e, quando não preposicionado, desempenhar a função de sujeito, entre outras.
(Maria Helena de Moura Neves, Gramática de usos do português. Adaptado)
No trecho do 4o parágrafo – Foi com as tropas romanas que o latim chegou à face sul do continente europeu… –, o termo que exemplifica a definição, sendo um substantivo como núcleo do sujeito da oração, é
(A) romanas.
(B) tropas.
(C) face.
(D) latim.
(E) continente.
Comentários:
Reescrevendo o trecho sem a expressão expletiva “foi+que”:
[o latim] chegou [à face sul do continente europeu] [com as tropas romanas].
(suj) (verbo) (adjunto adverbial lugar ou obj indireto) (adjunto adverbial)
Para resolver essa questão, o melhor caminho seria encontrar o sujeito da oração e, consequentemente, verificar o seu núcleo.
d) De fato, o sujeito da oração é “o latim” e, consequentemente, o seu núcleo é o substantivo “latim”, que recebeu o determinante “o”, artigo. Alternativa correta.
Vejamos as demais:
a) O termo “romanas” não integra o sujeito da oração, mas sim o adjunto adverbial “com as tropas romanas”. Incorreta.
b) Novamente, podemos dizer que o substantivo “tropas” não integra o sujeito, mas sim o adjunto adverbial “com as tropas romanas”. Incorreta.
c) O verbo “chegar” funciona como o verbo “ir”, é intransitivo. Contudo, por seu sentido de deslocamento, vem acompanhado com uma circunstância de lugar (adjunto adverbial de lugar).
Logo, analisando o verbo “chegar” como intransitivo, podemos dizer que o trecho “à face sul do continente europeu” é um adjunto adverbial de lugar, ou seja, o termo “face” não integra o sujeito. Incorreta.
e) Por fim, seguindo o mesmo caminho do item C, não podemos dizer que o substantivo “continente” integra o sujeito, mas sim o adjunto adverbial de lugar. Incorreta
Gabarito letra D.
07. Observe as passagens do texto:
• Parte do grupo das línguas românicas, que inclui o espanhol e o italiano, entre outras, o português é derivado do latim… (2º parágrafo)
• … a Península Ibérica já tinha a presença de outros povos (e suas línguas, por consequência), como os celtas. (5º parágrafo)
• No século 15, com a expansão marítima de Portugal, a língua foi espalhada por suas colônias. (7º parágrafo)
Na organização das informações textuais, as expressões em destaque estão empregadas, respectivamente, com a função de indicar
(A) restrição, exemplificação e modo.
(B) explicação, exemplificação e causa.
(C) justificação, ênfase e consequência.
(D) delimitação, comparação e ênfase.
(E) exemplificação, exclusão e causa.
Comentários:
Analisando as expressões destacadas:
I) Trata-se de uma oração adjetiva explicativa, a qual é introduzida pelo pronome relativo “que” e está isolada por vírgulas. (EXPLICAÇÃO).
II) Nesse caso, nota-se que a expressão destacada é introduzida pela preposição acidental “como”, a qual traz consigo uma ideia de exemplificação/comparação. (EXEMPLIFICAÇÃO).
Substituição possível:
[… a Península Ibérica já tinha a presença de outros povos (e suas línguas, por consequência), por exemplo, os celtas].
III) Por fim, observa-se que a expressão destacada traz consigo uma ideia de causa. (CAUSA).
[Qual a CAUSA para a língua ter sido espalhada por suas colônias?] = [A expansão marítima de Portugal].
Gabarito letra B.
08. Sem prejuízo de sentido ao texto e em conformidade com a norma-padrão de concordância, está correto o enunciado:
(A) Portugal proibia, muitas vezes, que fosse usados outros idiomas ou dialetos locais em suas colônias.
(B) Contra a vontade das colônias portuguesas, muitas vezes, proibia-se outros idiomas ou dialetos locais.
(C) Sem autorização de Portugal, eram proibido outros idiomas ou uso dos dialetos locais nas colônias.
(D) Muitas vezes, era proibido outros idiomas ou dialetos locais nas colônias portuguesas.
(E) Nas colônias portuguesas, muitas vezes, proibiam-se outros idiomas ou uso dos dialetos locais.
Comentários:
Observe as correções:
a) [… que fossem usados outros idiomas ou dialetos locais em suas colônias]. (que outros idiomas fossem usados). Incorreta.
b) [… proibiam-se outros idiomas ou dialetos locais]. (proibiam-se outros idiomas). Incorreta.
c) [… eram proibidos outros idiomas ou uso dos dialetos locais nas colônias]. (outros idiomas eram proibidos). Incorreta.
d) [Muitas vezes, eram proibidos outros idiomas ou dialetos locais nas colônias portuguesas]. (outros idiomas eram proibidos). Incorreta.
e) Nesse caso, observa-se a presença da voz passiva sintética “proibiam-se outros idiomas”. (outros idiomas eram proibidos = proibiam-se outros idiomas). Alternativa correta.
Gabarito letra E.
Leia os textos para responder às questões de números 09 e 10.
Teresa
A primeira vez que vi Teresa
Achei que ela tinha pernas estúpidas
Achei também que a cara parecia uma perna
Quando vi Teresa de novo
Achei que os olhos eram muito mais velhos que
[o resto do corpo
(Os olhos nasceram e ficaram dez anos esperando
[que o resto do corpo nascesse)
Da terceira vez não vi mais nada
Os céus se misturaram com a terra
E o espírito de Deus voltou a se mover
[sobre a face das águas.
(Manuel Bandeira, Libertinagem)
09. No poema, o eu lírico descreve a mulher
(A) de forma pouco convencional, mas termina por entregar-se ao amor.
(B) com ironia e desdém, porque ele racionaliza a forma de amar.
(C) de modo sensual, apesar de seu amor não ser correspondido por ela.
(D) como um ser inatingível, portanto não pode entregar-se ao amor.
(E) sob uma perspectiva objetiva, uma vez que o amor dela não lhe interessa.
Comentários:
a) De fato, o eu lírico começa descrever a mulher de modo pouco convencional “pernas estúpidas/a cara parecia uma perna…” (como uma mulher de aparência estranha) para depois, na última estrofe, se entregar ao amor. Alternativa correta.
b) Na última estrofe, o eu lírico descreve o amor como algo sublime, ou seja, “os céus se misturam com a terra” e “Deus voltou a se mover sobre as águas”. Sendo assim, não se pode falar em “racionalizar a forma de amar”. Aliás, pela descrição, não seria “racional” se apaixonar por ela. Incorreta.
c) Analisando o poema, não observamos versos de teor sensual. O eu lírico descreve a mulher a partir de comparações. Incorreta.
d) A última estrofe do poema mostra que o eu lírico acaba se entregando ao amor. Incorreta.
e) Novamente, podemos analisar a última estrofe, na qual o autor mostra que o amor da mulher é importante para ele e, não menos importante, usa uma linguagem menos objetiva “Os céus se misturaram com a terra…E o espírito de Deus voltou a se mover sobre a face das águas”. Incorreta.
Gabarito letra A.
10. No verso – Achei que os olhos eram muito mais velhos que o resto do corpo –, as conjunções destacadas funcionam, respectivamente, para relacionar a oração principal à oração
(A) coordenada e introduzir oração adjetiva restritiva.
(B) adverbial e introduzir oração substantiva predicativa.
(C) adjetiva e introduzir oração coordenada aditiva.
(D) substantiva e introduzir oração adverbial comparativa.
(E) substantiva e introduzir oração adverbial consecutiva.
Comentários:
A primeira oração é subordinada substantiva objetiva direta (introduzida pela conjunção integrante “que”), ao passo que a segunda traz consigo uma ideia de comparação em relação a principal. Alternativa correta.
[Achei que os olhos eram muito mais velhos] = [Achei ISTO]
[que o resto do corpo] = Ideia de comparação.
a) Como foi colocado no enunciado, as duas partículas destacadas são conjunções, ou seja, não podemos falar em oração adjetiva (ela é introduzida por pronome relativo). Incorreta.
b) O primeiro “que” é uma conjunção integrante e não traz consigo circunstâncias de modo, lugar tempo etc. Incorreta.
c) Como foi colocado no item A, não podemos falar em oração adjetiva, pois as duas partículas destacas não são pronomes relativos. Incorreta.
e) O erro dessa alternativa está na classificação da segunda oração como consecutiva, ou seja, ela não é uma consequência da oração principal. Incorreta.
OBS: Lembre-se que as principais conjunções consecutivas são: De modo que, de sorte que, de forma que, de maneira que, sem que (com sentido de que não), que (quando aparece ligada a “tal”, “tão”, “cada”, “tanto”, “tamanho”). Incorreta.
Gabarito letra D.
11. Leia o texto.
Meio-dia
A tarde é uma tartaruga com o casco empoeirado a arrastar-se penosamente, as sombras foram esconder-se debaixo da barriga dos cavalos, tudo parece uma infinita quarentena – mas está marcado exatamente meio-dia nos olhos dos gatos.
(Mario Quintana, Da preguiça como método de trabalho)
Na passagem – A tarde é uma tartaruga com o casco empoeirado… –, a figura presente é
(A) a sinestesia, misturando-se sensações para descrever a tarde vagarosa.
(B) a metáfora, associando-se a tarde à ideia de lentidão da passagem do tempo.
(C) a metonímia, substituindo-se a ideia de vagarosidade por tartaruga.
(D) a catacrese, configurando-se a morosidade da tartaruga como ideia cristalizada.
(E) o eufemismo, abrandando-se o sentido da ideia de enfado vivido na tarde.
Comentários:
Analisando a passagem, observa-se claramente a associação dos termos “tarde” e “tartaruga”, ou seja, a ideia é relacionar a lentidão (arrastar-se, mover-se lentamente) na passagem do tempo (lentidão da tartaruga) com a “tarde”.
Gabarito letra B.
12. Leia a charge.
No plano da linguagem verbal, o efeito de humor decorre
(A) do emprego ambíguo do termo “esquartejamento” no título.
(B) do duplo sentido presente na expressão “por partes”.
(C) da enumeração caótica das partes do corpo de Tiradentes.
(D) da falta de referência explícita ao sujeito do verbo “fizeram”.
(E) da alusão exortativa a Tiradentes, personagem da história do Brasil.
Comentários:
a) No título, o termo “esquartejamento” não foi empregado de modo ambíguo, ou seja, ele significa, no contexto, apenas “cortar partes do corpo”. Incorreta.
b) De fato, a expressão “por partes” apresenta duplo sentido, ou seja, a professora está falando das partes do corpo de Tiradentes ou do aspecto pausado, gradativo, paulatino da explicação (vamos por partes = vamos aos poucos). Alternativa correta.
c) Como foi colocado no item anterior, o humor decorre da expressão “por partes”. A enumeração das partes do corpo, de certa forma, complementa essa ideia. Incorreta.
d) Mesmo não sabendo quem é o sujeito do verbo “fizeram” (quem realizou o esquartejamento), o humor da charge não depende desse detalhe gramatical. Incorreta.
e) Exortar é “estimular”, “animar”, “induzir”. Analisando os dois quadrinhos, não observamos uma alusão exortativa a Tiradentes. Incorreta.
Gabarito letra B.
13. A gramática tradicional considera solecismo os vícios de linguagem que consistem em erros de sintaxe. Constituem solecismos: os erros de concordância, de regência, de colocação, de desconexão dos membros da frase, tornando-a ambígua, confusa, ininteligível.
(João Bosco Medeiros, Português Instrumental)
Com base nas informações apresentadas, conclui-se que os solecismos foram evitados no seguinte enunciado:
(A) No decorrer à reunião, percebeu-se que o diretor concordava de eleger um novo representante para o departamento, aonde ele poderia se modernizar ainda mais.
(B) Durante a reunião, haviam poucas pessoas interessadas em debater o assunto, e via-se que a maioria preferia mais terminar logo o evento do que ficar ali sem achar soluções.
(C) Os técnicos do departamento concordaram que a revisão dos relatórios fosse feito sob minha orientação e, por isso, tão logo os concluíram, mandaram todos para mim ler.
(D) A diretora mostrava-se bastante insegura para discutir os problemas do instituto com os grupos colegiados, entretanto, quando acontecia esses eventos, ela não ia sem eu.
(E) Tão logo os coordenadores esclareceram as informações básicas solicitadas, o diretor da empresa procedeu à leitura da ata da reunião anterior, para finalizar a reunião.
Comentários:
Observe as correções:
a) Nesse caso, observam-se alguns erros de regência. O uso do “aonde” ocorre quando um termo pede a preposição “a”.
[No decorrer da reunião, percebeu-se que o diretor concordava com/em eleger um novo representante para o departamento, onde ele poderia se modernizar ainda mais]. Incorreta.
b) O verbo “haver”, com o sentido de existir, é impessoal e deve ser conjugado na 3ª pessoa do singular (HAVIA). Além disso, o verbo “preferir” pede preposição A, não podemos dizer na língua culta expressões como “prefiro mais isso do que a aquilo”
[Durante a reunião, haviam (havia) poucas pessoas interessadas em debater o assunto, e via-se que a maioria preferia terminar logo o evento A ficar ali sem achar soluções]. Incorreta
c) [Os técnicos do departamento concordaram que a revisão dos relatórios fosse feita sob minha orientação e, por isso, tão logo os concluíram, mandaram todos para eu ler]. Incorreta
O pronome oblíquo não pode ser sujeito, como regra. Após preposição, usamos os pronomes oblíquos, não os retos, salvo quando o reto é sujeito:
Ela saiu sem mim.
Ela saiu sem eu saber.
d) A forma verbal “aconteciam” deve estar no plural para concordar com “esses eventos.
[A diretora mostrava-se bastante insegura para discutir os problemas do instituto com os grupos colegiados, entretanto, quando aconteciam esses eventos, ela não ia sem mim]. Incorreta.
e) Esse trecho não apresenta problemas gramaticais. Alternativa correta.
Gabarito letra E.
Leia o texto para responder às questões de números 14 a 21.
Nos EUA, a psicanálise lembra um pouco certas seitas – as ideias do fundador são institucionalizadas e defendidas por discípulos ferrenhos, mas suas instituições parecem não responder às necessidades atuais da sociedade. Talvez porque o autor das ideias não esteja mais aqui para atualizá-las.
Freud era um neurologista, e queria encontrar na Biologia as bases do comportamento. Como a tecnologia de então não lhe permitia avançar, passou a elaborar uma teoria, criando a psicanálise. Cientista que era, contudo, nunca se apaixonou por suas ideias, revisando sua obra ao longo da vida. Ele chegou a afirmar: “A Biologia é realmente um campo de possibilidades ilimitadas do qual podemos esperar as elucidações mais surpreendentes. Portanto, não podemos imaginar que respostas ela dará, em poucos decêndios, aos problemas que formulamos. Talvez essas respostas venham a ser tais que farão o edifício de nossas hipóteses colapsar”. Provavelmente, é sua frase menos citada. Por razões óbvias.
(Galileu, novembro de 2017. Adaptado)
14. De acordo com o texto, a frase provavelmente menos citada de Freud revela uma
(A) busca para relacionar a psicanálise à Biologia, de tal forma que se institucionalizasse a verdade científica nos EUA.
(B) concepção retrógrada, já que as percepções do cientista sugerem que há como controlar os dados científicos no campo da Biologia.
(C) visão dinâmica da ciência, o que, em certa medida, se choca com a institucionalização das ideias nessa área, comum nos EUA.
(D) teoria frágil que, por essa razão, foi abandonada pelo cientista, que preferiu investigar algo mais dinâmico por meio da psicanálise.
(E) abordagem muito ampla do homem e do mundo, o que chegou a abalar as convicções científicas do cientista e o fez optar pela Biologia.
Comentários:
a) A frase de Freud revela que a Biologia juntamente com a psicanalise não deve criar uma verdade única, ou seja, algo institucionalizado. Incorreta.
Observe o trecho:
[Talvez essas respostas venham a ser tais que farão o edifício de nossas hipóteses colapsar].
b) Freud afirma que a Biologia pode apresentar resultados “surpreendentes”, ou seja, os dados não podem ser controlados. Incorreta.
c) De fato, a sua frase revela uma visão mais dinâmica/mutável da ciência, ou seja, esse fato é o oposto da visão dominante nos EUA “as ideias do fundador são institucionalizadas e defendidas por discípulos ferrenhos”. Temos a oposição entre “institucionalizado” (ideia de algo fixo, tradicional, histórico, consolidado) e a ideia de imprevisibilidade, de evolução, de mutação no tempo (elucidações mais surpreendentes)
Alternativa correta.
d) Analisando a frase de Freud, em nenhum momento ele diz ter abandonado sua teoria para se dedicar apenas ao campo da psicanálise. Ele uniu as duas. Incorreta.
e) A partir da frase de Freud, não podemos afirmar que suas convicções científicas foram abaladas. Incorreta.
Gabarito letra C.
15. Analisando a frase de Freud, conclui-se corretamente que ele
(A) ponderava que a Biologia, em menos de uma década, já havia se tornado ciência que funcionava como carro-chefe das demais.
(B) esperava que a Biologia, em tempo muito curto, pudesse fortalecer as convicções científicas da humanidade.
(C) ironizava que a Biologia, nos próximos séculos, pudesse dar conta de explicar todos os problemas formulados pelo homem.
(D) acreditava que a Biologia, em algumas décadas, poderia dar respostas inusitadas aos problemas inerentes ao ser humano.
(E) considerava que a Biologia, com o passar do tempo, não seria capaz de alterar as convicções científicas do ser humano.
Comentários:
a) Freud, em nenhum momento, afirma que a Biologia havia se tornado a principal ciência. Sobre o tempo, ele afirma que as respostas na Biologia podem ser surpreendentes no futuro próximo. Incorreta.
b) Freud acreditava que a Biologia não daria respostas em um intervalo de tempo muito curto. Incorreta.
Observe o trecho:
[não podemos imaginar que respostas ela dará, em poucos decêndios].
c) Em nenhum momento da frase Freud ironiza a Biologia. O neurologista mostra o seu total apreço pelas ciências biológicas. Além disso, não fala de ‘séculos’. Incorreta.
d) Analisando a frase, observa-se a afirmação de que a Biologia fornece respostas surpreendentes/inusitadas. Alternativa correta.
Observe o trecho:
[A Biologia é realmente um campo de possibilidades ilimitadas do qual podemos esperar as elucidações mais surpreendentes].
e) Para Freud, a Biologia poderia, sim, alterar as convicções científicas do ser humano. Incorreta.
Observe o trecho:
[Talvez essas respostas venham a ser tais que farão o edifício de nossas hipóteses colapsar].
Gabarito letra D.
16. Nas passagens – … as ideias do fundador são institucionalizadas e defendidas por discípulos ferrenhos… (1º parágrafo) – ; – … não lhe permitia avançar… (2º parágrafo) – e – Por razões óbvias. (2º parágrafo) –, os termos destacados são antônimos, respectivamente, de:
(A) tolerantes; retroceder; inevidentes.
(B) dóceis; superar; incontestáveis.
(C) perspicazes; progredir; fortuitas.
(D) previsíveis; alcançar; manifestas.
(E) obstinados; recuar; flagrantes.
Comentários:
a) De fato, essa opção apresenta os antônimos dos termos destacado. Alternativa correta.
“tolerantes” = esse termo pode ser aplicado a alguém “flexível”, que aceita visões diferentes, ou seja, é o oposto de alguém “ferrenho/inflexível/intransigente.”
“retroceder” = esse termo significa “voltar para trás”, ou seja, é o oposto de “avançar”.
“inevidentes” = esse termo é o oposto de “evidente/óbvio”.
b) “Superar” (vencer um obstáculo, ultrapassar um marco) e “avançar” (ir para a frente, evoluir) não são exatamente sinônimos; porém, apresentam certa proximidade. Incorreta.
c) “Progredir” e “avançar” são sinônimos. Incorreta.
d) “Alcançar” e “avançar” não são antônimos. “previsíveis” e “ferrenhos” também não são antônimos. Incorreta.
e) Nesse contexto, “obstinado” e “ferrenho” são sinônimos no contexto, ambos com a ideia de persistência. Incorreta.
Gabarito letra A.
17. Assinale a alternativa em que o termo destacado confere sentido de causa ao relacionar as orações.
(A) Cientista que era, contudo, nunca se apaixonou por suas ideias…
(B) Freud era um neurologista e queria encontrar na Biologia as bases do comportamento.
(C) Como a tecnologia de então não lhe permitia avançar, passou a elaborar uma teoria…
(D) Talvez essas respostas venham a ser tais que farão o edifício de nossas hipóteses colapsar.
(E) Portanto, não podemos imaginar que respostas ela dará […] aos problemas que formulamos.
Comentários:
a) A conjunção “contudo” traz consigo uma ideia de adversidade/oposição. Incorreta.
b) A conjunção “e” traz consigo uma ideia de adição. Incorreta.
c) Nesse caso, observa-se a conjunção causal “como”, ou seja, ela traz consigo uma ideia de causa e pode ser substituída por “porque”. Alternativa correta.
d) A partícula “que” está ligada ao termo “tais” e indica consequência. Incorreta.
e) A conjunção “portanto” traz consigo uma ideia de conclusão. Incorreta.
Gabarito letra C.
18. Assinale a alternativa em que há termo ou expressão empregada em sentido figurado.
(A) Provavelmente, é sua frase menos citada. Por razões óbvias.
(B) Talvez essas respostas venham a ser tais que farão o edifício de nossas hipóteses colapsar.
(C) Talvez porque o autor das ideias não esteja mais aqui para atualizá-las.
(D) Freud era um neurologista, e queria encontrar na Biologia as bases do comportamento.
(E) Como a tecnologia de então não lhe permitia avançar, passou a elaborar uma teoria…
Comentários:
Uma expressão no sentido figurado é aquela que não está empregada no sentido literal/habitual.
Note que esse trecho apresenta o termo “edifício” em um contexto não muito usual, ou seja, o autor compara nosso “conjunto de ideias/hipóteses” com um “edifício/prédio concreto”. Então as convicções são ‘sólidas’ e vão ruir, mudar, desmoronar. Alternativa correta.
As demais opções não apresentam palavras em sentido figurado, pois o sentido é literal, primário, direto. Incorreta.
Gabarito letra B.
19. Nos enunciados – … Talvez porque o autor das ideias não esteja mais aqui para atualizá-las. – e – Como a tecnologia de então não lhe permitia avançar… –, os termos destacados são
(A) integrantes da oração, ambos exercendo a função de objeto direto.
(B) acessórios da oração: o primeiro é adjunto adnominal; o segundo, complemento nominal.
(C) acessórios da oração, ambos exercendo a função de adjunto adnominal.
(D) essenciais da oração, ambos exercendo a função de sujeito.
(E) integrantes da oração: o primeiro é objeto direto; o segundo, indireto.
Comentários:
Lembrem:
-LHE só pode ser complemento de verbo transitivo INDIRETO.
O, A, Os, As só podem ser complemento de verbo transitivo DIRETO.
Os complementos verbais são termos integrantes da oração. Os essenciais são o sujeito e o predicado. Os adjuntos são termos acessórios, assim como o aposto.
a) O pronome oblíquo átono “lhe”, ligado a verbo, é objeto indireto (deu A ELE). Incorreta.
b) Os termos destacados são complementos verbais, são termo integrantes, ou seja, não podemos falar em “acessórios da oração”. Incorreta.
c) Os termos destacados são complementos verbais, ou seja, não podemos falar em “acessórios da oração”. Incorreta.
d) Os termos destacados são pronomes oblíquos átonos, os quais desempenham a função de complemento verbal. Incorreta.
e) De fato, os dois termos destacados atuam como complementos verbais, ou seja, o “las” é objeto direto do verbo “atualizar” (Quem atualiza atualiza algo ou alguma coisa), ao passo que o “lhe” é o objeto indireto do verbo “permitir” (não lhe permitia avançar = não permitia a ele (Freud) avançar). Alternativa correta.
Gabarito letra E.
20. Nos trechos – … Talvez porque o autor das ideias não esteja mais aqui… – ; – … nunca se apaixonou por suas ideias… – ; – A Biologia é realmente um campo de possibilidades ilimitadas… – e – Provavelmente, é sua frase menos citada. –, os advérbios destacados expressam, correta e respectivamente, circunstância de:
(A) afirmação; negação; modo; dúvida.
(B) afirmação; negação; afirmação; afirmação.
(C) lugar; tempo; afirmação; dúvida.
(D) lugar; tempo; modo; afirmação.
(E) lugar; negação; modo; intensidade.
Comentários:
Analisando as circunstâncias dos advérbios destacados:
“Aqui” – circunstância de lugar.
“Nunca” – circunstância de negação ou de tempo.
“Realmente” – circunstância de afirmação. (Cuidado com esse item. Não se trata de um advérbio de modo, mas sim de afirmação/certeza/convicção.
“Provavelmente” – circunstância de dúvida/incerteza.
Gabarito letra C.
21. Na oração – Freud era um neurologista… –, o predicado é
(A) nominal, e o sujeito é “neurologista”.
(B) verbo-nominal, e o sujeito é “Freud”.
(C) verbal, e o sujeito é “Freud”.
(D) nominal, e o sujeito é “Freud”.
(E) verbal, e o sujeito é “neurologista”.
Comentários:
Em uma rápida revisão, os predicados podem ser de três tipos:
Verbal- Centrado em um verbo de ação:
João correu na praia.
Nominal – Traz um predicativo do sujeito, introduzido normalmente por verbo de ligação:
João é médico/ Maria parece feliz/ Pedro está triste.
O predicativo é termo que indica estado/caracterização.
Verbo-nominal – É a mistura dos dois anteriores, traz verbo de ação (ou verbo que não seja de ligação) e também um predicativo:
João chegou cansado.
O juiz considerou o réu culpado.
Achei o filme chato.
[Freud] era [um neurologista…]
(suj) (verbo de ligação) (predicativo do sujeito)
a) O predicado é nominal, porém, o sujeito é “Freud”. Incorreta.
b) Não podemos falar em predicado verbo-nominal, pois o predicado “um neurologista” não apresenta verbo de ação, apenas de ligação. Incorreta.
c) O predicado verbal tem como núcleo um verbo nocional (transitivo ou intransitivo), que indica “ação”, “movimento”. Observe que o predicado “um neurologista” não apresenta verbo. Incorreta.
d) O predicado nominal tem como núcleo um predicativo do sujeito, termo que atribuiu uma característica, qualidade, estado, condição ao sujeito “Freud”. Essa característica vai ser ligada ao sujeito sempre por um verbo de ligação “era”. Alternativa correta.
e) O predicado não é verbal e o sujeito não é “neurologista”. Incorreta.
Gabarito letra D.
22. Embora Freud tenha saído __ campo para testar suas ideias, seu método não tinha o mesmo rigor científico atual, em que não basta confirmar __ hipóteses – é preciso tentar negá-las. Se elas resistirem __ tentativa de refutação, provisoriamente mantemos nossa crença.
(Galileu, novembro de 2017. Adaptado)
De acordo com a norma-padrão, as lacunas do texto devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com:
(A) a … as … à
(B) à … as … à
(C) a … às … à
(D) à … às … a
(E) a … as … a
Comentários:
I) Note que a palavra “campo” é um substantivo masculino e, portanto, não admite crase.
II) Nesse contexto, o verbo “confirmar” não exige preposição. Logo, não há crase nessa segunda lacuna. (Quem confirma confirma algo).
III) Note que o verbo “resistir” exige a preposição “a” e o substantivo feminino “tentativa” vem acompanhado do artigo feminino “a” (resistirem “a” + “a” tentativa = resistirem à tentativa).
Gabarito letra A.
23. Assinale a alternativa correta quanto à acentuação, considerando os enunciados adaptados da Folha de S.Paulo, de 26.04.2018.
(A) Além de falar e pensar, até nosso silencio é em português.
(B) Ambientes arejados e higiêne das mãos ajudam na prevenção de doenças infecciosas.
(C) Estilo transformers: Robô humanóide se transforma em carro no Japão.
(D) Pela primeira vez na história, líderes das Coreias se encontram no lado sul-coreano.
(E) Eleita capital da cultura, Palérmo é opção de destino imperdivel no sul da Itália.
Comentários:
a) Nesse caso, a palavra “silêncio” não está acentuada. Incorreta.
b) A palavra “higiene” não apresenta acento circunflexo. Incorreta.
c) As paroxítonas que tragam ditongos abertos não são mais acentuadas (ideia, boia, asteroide). Então, a grafia correta é “humanoide” sem acento no ditongo “oi”. Incorreta.
d) Nesse caso, todas as regras de acentuação foram respeitadas. A palavra “história” deve ser acentuada, pois é uma paroxítona terminada em ditongo. Por outro lado, as paroxítonas que tragam ditongos abertos não são mais acentuadas, ou seja, podemos pensar “coreias”, “assembleia” “ideia” etc. Alternativa correta.
e) A palavra “Palermo” não deve ser acentuada e a palavra “imperdível” não foi acentuada no segundo “i”. Incorreta.
Gabarito letra A.
24. Leia a charge.
No segundo quadrinho, a fala da mulher contém
(A) uma ironia, pois ela diz algo que significa o contrário do que se afirma; e um pleonasmo, repetindo informação.
(B) um eufemismo, pois ela tem a intenção de amenizar o impacto da informação; e uma elipse, omitindo o termo “Lorival”.
(C) um paradoxo, pois ela junta informações que são inconciliáveis; e um assíndeto, omitindo a conjunção da frase.
(D) uma metáfora, pois ela compara a situação do amigo a uma passagem; e um hipérbato, invertendo a ordem das palavras.
(E) uma metonímia, pois ela substitui uma informação inadequada; e um zeugma, omitindo termo explicitado anteriormente.
Comentários:
a) A ironia é o uso de uma palavra com sentido inverso (ou malicioso, ou muito diferente da acepção original da palavra). Em nenhum momento, a mulher diz algo que significa o contrário do que se afirma, ou seja, a expressão “fez a passagem”, assim como “comendo capim pela raiz”, significa que Lorival morreu. Incorreta.
b) De fato, o uso da expressão “fez a passagem” busca amenizar a notícia de que Lorival morreu. A elipse também ocorre nessa expressão [(Lorival) fez a passagem]. Alternativa correta.
c) O paradoxo é uma contradição, que gera uma noção de incoerência, embora possa ser apenas aparente. As informações presentes na charge não são inconciliáveis ou contraditórias. Incorreta.
d) O termo “passagem”, no segundo quadrinho”, significa que Lorival morreu. Passou deste plano para outro. Trata-se de um “eufemismo”. Incorreta.
e) Lendo a charge, não podemos falar em informação inadequada. A zeugma, de fato é uma elipse de termo já mencionado. Incorreta.
Gabarito letra B.
Leia trecho do editorial para responder às questões de números 25 a 29.
Combate ao crime
Houve, no Brasil, uma escalada do aprisionamento que, nos últimos anos, levou o país a abrigar a terceira maior população carcerária do mundo, atrás de EUA e China.
Parte considerável das prisões resulta de casos de flagrante, e salta aos olhos a parcela de encarcerados por delitos menores (em especial o pequeno tráfico de drogas) e em regime provisório (40%).
Há anos este jornal manifesta opinião favorável à aplicação de sanções alternativas, de modo a reservar o cárcere para autores de crimes violentos, que representam ameaça à sociedade.
Tal correção de rumos, fique claro, não corresponde à complacência. Especialistas são praticamente unânimes em considerar que a certeza da punição, mais do que o rigor ou o tamanho da pena, é o principal fator de dissuasão.
Deve-se caminhar, ainda, no sentido da integração, com a criação de bases de dados e canais instantâneos de comunicação entre as polícias e outras instituições. Não menos importante, há que investir em redução da evasão escolar e políticas voltadas para a juventude.
Tudo isso depende, claro, da superação da crise orçamentária, em especial na esfera estadual.
(Folha de S.Paulo, 24.04.2018. Adaptado)
25. O objetivo do editorial é
(A) manifestar apoio às políticas carcerárias do país, que têm demonstrado resultados surpreendentes nos últimos anos.
(B) discutir a questão do aprisionamento, aventando possibilidades de penas alternativas em razão da natureza dos delitos cometidos.
(C) enfatizar a necessidade de rigor com os delinquentes, uma vez que a sociedade não quer que se alimente a impunidade.
(D) enaltecer as políticas públicas que vêm mudando os rumos das prisões, limitando-as àqueles que apresentam ameaça à sociedade.
(E) minimizar os argumentos contrários às prisões, mostrando que, no final das contas, todos as infrações precisam ser severamente punidas.
Comentários:
a) O conteúdo do texto mostra o oposto, ou seja, o jornal sugere que as politicas carcerárias do país devem sofrer mudanças. Incorreta.
b) De fato, o propósito do texto é discutir alternativas para os mais variados crimes. Alternativa correta.
[este jornal manifesta opinião favorável à aplicação de sanções alternativas]
c) Pelo contrário, o jornal sugere o cárcere apenas para “autores de crimes violentos, que representam ameaça à sociedade”. Incorreta.
d) Em nenhum momento do texto o jornal enaltece as políticas carcerárias, ou seja, o foco é discutir alternativas. Incorreta.
e) O autor não diz que “todas” devem ser severamente punidas. Incorreta.
[Há anos este jornal manifesta opinião favorável à aplicação de sanções alternativas, de modo a reservar o cárcere para autores de crimes violentos, que representam ameaça à sociedade].
Gabarito letra B.
26. Muitos adjetivos, permanecendo imóveis na sua flexão de gênero e número, podem passar a funcionar como advérbio. O critério formal de diferenciação das duas classes de modificador é a variabilidade do primeiro e a invariabilidade do segundo.
(Evanildo Bechara, Moderna Gramática Portuguesa. Adaptado)
A análise do autor, citando o contexto em que um adjetivo pode funcionar como advérbio, está exemplificada com o termo destacado na seguinte passagem:
(A) Deve-se caminhar, ainda, no sentido da integração com a criação de bases de dados…
(B) Parte considerável das prisões resulta de casos de flagrante…
(C) … mais do que o rigor ou o tamanho da pena, é o principal fator de dissuasão.
(D) … levou o país a abrigar a terceira maior população carcerária do mundo…
(E) Tudo isso depende, claro, da superação da crise orçamentária…
Comentários:
OBS: Lembre-se que o advérbio é a classe invariável que se refere essencialmente ao verbo, indicando a circunstância em que uma ação foi praticada, como “tempo, lugar, modo, causa…”
O que a banca cobrou aqui é o ‘adjetivo adverbializado’, ou melhor, o advérbio que tem forma idêntica à de um adjetivo, sendo identificado como advérbio por ser invariável.
Ex: Ele fala alto e claro.
Ex: Ele anda rápido.
Ex: A cerveja desce redondo.
a) Note que o termo “ainda” é apenas um advérbio, ou seja, ele não pode assumir a forma de um adjetivo. Incorreta.
b) O termo “considerável” refere-se ao substantivo “parte”, ou seja, não podemos falar em adjetivo funcionando como advérbio. É um adjetivo mesmo, essencialmente. Incorreta.
c) Observe que o termo “principal” refere-se ao substantivo “fator”, ou seja, não podemos falar em adjetivo funcionando como advérbio. Trata-se de adjetivo puro mesmo. Incorreta.
d) Note que o termo “maior” se refere ao substantivo “população”, ou seja, novamente temos um simples adjetivo. Incorreta.
e) Nesse caso, por sua vez, o termo “claro” refere-se ao verbo “depende” e equivale a “evidentemente”. Logo, não modifica nenhum substantivo, mas traz consigo uma ideia/circunstância de certeza. Trata-se de um caso claro no qual um termo com forma de adjetivo funciona advérbio.
Veja casos em que “claro” seria adjetivo:
Ex: O céu está claro.
Ex: Meu terno claro está sujo.
Alternativa correta
Gabarito letra E.
27. Assinale a alternativa em que a colocação pronominal atende à norma-padrão.
(A) Sabe-se que parte considerável das prisões vem de casos de flagrantes os quais se reportam a delitos menores.
(B) Tendo integrado-se as bases de dados e os canais de comunicação, as polícias e outras instituições articularão-se melhor.
(C) Não pode-se dizer que a correção de rumos agradará a todos os segmentos, mas é preciso que repense-se a questão.
(D) Há que investir-se em redução da evasão escolar sem que esqueçam-se das políticas voltadas para a juventude.
(E) Se tem afirmado que o cárcere deva ser reservado aos autores de crimes violentos, que se mostram uma ameaça à sociedade.
Comentários:
a) Esse trecho não apresenta problemas no que se refere à colocação pronominal. O “se” está em ênclise obrigatoriamente, porque não há próclise em início de período. O pronome relativo “os quais” atrai próclise. Alternativa correta.
b) O uso do pronome oblíquo átono “se” após o particípio “integrado” é proibido. Incorreta.
c) Observe que a palavra “não” atrai o pronome oblíquo átono “se”. Incorreta.
[Não pode-se dizer].
[Não se pode dizer]. Próclise
d) Nesse caso, a partícula “que” atrai o pronome oblíquo “se”. Incorreta.
[sem que esqueçam-se das políticas].
[sem que se esqueçam das políticas]. Próclise
e) Observe que esse trecho é iniciado pelo pronome oblíquo átono “se”. Incorreta.
Gabarito letra A.
28. Assinale a alternativa correta quanto à pontuação.
(A) A certeza da punição, é o principal fator de dissuasão, e não, o rigor ou o tamanho da pena.
(B) O Brasil está abrigando atrás de EUA e China, a terceira maior população carcerária do mundo.
(C) O investimento em redução da evasão escolar e as políticas voltadas para os jovens, de fato, são importantes.
(D) O jornal há anos, vem mantendo posição, de reservar o cárcere para autores de crimes violentos.
(E) Fique claro que, tal correção de rumo, não corresponde à complacência, como se pode pensar.
Comentários:
a) Nesse caso, a vírgula após “punição” está separando o sujeito “a certeza da punição” do verbo “é”. Incorreta.
b) Nesse caso, o verbo “abrigar” está separado do seu complemento “a terceira maior população carcerária do mundo”. Isso ocorre porque o adjunto “atrás de EUA e China” deveria estar isolado entre vírgulas. Incorreta.
[O Brasil está abrigando (,) atrás de EUA e China (,) a terceira maior população carcerária do mundo].
c) Note que as únicas vírgulas do trecho estão isolando uma expressão adverbial deslocada: “de fato”. Alternativa correta.
d) A vírgula após “anos” está separando o sujeito “o jornal” do verbo “vem”. Incorreta.
e) Observe que a expressão “tal correção de rumo” é o sujeito do verbo “corresponder”. Sendo assim, o sujeito não pode estar separado do verbo por vírgula. (Quem não corresponde à complacência = tal correção de rumo). Incorreta.
Gabarito letra C
29. Assinale a alternativa cujo enunciado está em conformidade com a norma-padrão de regência.
(A) Nos últimos anos, o Brasil chegou na posição de terceira maior população carcerária do mundo, a qual não tem do que se orgulhar.
(B) O jornal, ao referir-se o cárcere, acha que ele deve ser destinado aos autores de crimes violentos, mas há quem discorde com essa ideia.
(C) Muitos especialistas comentam de que é a certeza da punição, mais do que o rigor ou o tamanho da pena, o principal fator de dissuasão.
(D) Aspira-se a uma maior integração entre as polícias e as demais instituições, a qual será garantida com canais instantâneos de comunicação.
(E) Muitos encarcerados encontram-se presos devido o fato de cometerem delitos menores, dos quais havia o pequeno tráfico de drogas.
Comentários:
Observe as correções:
a) Quem chega chega A algum lugar. Incorreta.
[o Brasil chegou À posição de terceira maior população carcerária do mundo].
b) Referir-se A alguma coisa. Incorreta.
[O jornal, ao referir-se AO cárcere].
c) O verbo “comentar” é VTD e não exige a preposição “de”. Incorreta.
[comentam de que é a certeza da punição].
[comentam que é a certeza da punição].
d) O verbo “aspirar”, no sentido de desejar/almejar, é VTI e exige a preposição “a”. Alternativa correta.
[Aspira-se A uma maior integração entre as polícias e as demais instituições].
e) Devido A alguma coisa. Incorreta.
[encontram-se presos devido AO fato de cometerem delitos menores].
Gabarito letra D.
30. Leia a tira.
Em conformidade com a norma-padrão, os termos que preenchem as lacunas são, respectivamente,
(A) esses … Deve … tem
(B) estes … Deve … têm
(C) aqueles … Devem … tem
(D) estes … Devem … tem
(E) esses … Devem … têm
Comentários:
Analisando as lacunas:
I) Na primeira lacuna, deve-se usar o pronome “estes”, uma vez que o personagem está próximo dos potes.
II) O verbo “haver”, com sentido de “existir”, é impessoal. Logo, a locução verbal correta seria “deve haver”. Note que o verbo “haver” interfere na concordância do verbo auxiliar “deve”, que fica impessoal também, já que a oração não tem sujeito.
III) Nesse caso, o acento diferencial no verbo “ter” indica a 3ª pessoa do plural, ou seja, a forma verbal “têm” concorda com o sujeito “elas”.
Gabarito letra B.
PROVA INVESTIGADOR PM SP/2018
Leia o texto para responder às questões de números 01 e 02.
Estudos divulgados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) mostram que, só no ano de 2010, 50 milhões de pessoas no mundo sobreviveram a acidentes de trânsito com algum traumatismo ou ferida. Se nada for feito, a estimativa é de que teremos 1,9 milhão de mortes no trânsito em 2020 e 2,4 milhões em 2030.
(www.sbotrj.com.br. Adaptado)
01. O texto estabelece uma relação entre
(A) mortes no trânsito e suas formas de prevenção.
(B) traumatismo ou ferida e seus tratamentos.
(C) acidentes de trânsito e suas causas.
(D) acidentes de trânsito e suas consequências.
(E) mortes no trânsito e suas repercussões.
Comentários
O texto relaciona os acidentes com suas consequências: as pessoas morrerem ou sobreviverem com algum traumatismo ou ferida. Gabarito letra D.
02. A expressão “Se nada for feito” pode ser substituída, sem alteração de sentido e conforme a norma-padrão da língua, por
(A) Caso nada seja feito.
(B) Portanto nada fosse feito.
(C) Apesar de nada ser feito.
(D) Segundo nada seria feito.
(E) Pois que nada foi feito.
Comentários
A oração destacada é condicional, então poderíamos trocar por outra equivalente, como “Caso nada seja feito”, introduzida pela conjunção condicional “caso”. As demais conjunções trazem sentidos diferentes:
portanto – conclusão
apesar de – concessão
segundo – conformidade
pois – explicação
Gabarito letra A.
03. Assinale a alternativa em que a concordância das palavras está de acordo com a norma-padrão.
(A) Foi estabelecido uma estimativa quanto ao número de acidentados.
(B) Poderão haver muitos mais vítimas de trânsito se nada for feito.
(C) Acidentes de trânsito deixam um grande número de feridos.
(D) São essenciais que os motoristas dirijam com mais cautela.
(E) As mortes causadas por acidentes são muito preocupante.
Comentários
Vamos corrigir:
(A) Foi estabelecidA uma estimativa quanto ao número de acidentados.
Na voz passiva, o particípio concorda em gênero e número com o sujeito passivo.
(B) PodeRÁ haver muitos mais vítimas de trânsito se nada for feito.
Na locução verbal com verbo principal “haver” impessoal, o verbo auxiliar também não se flexiona.
(C) Acidentes de trânsito deixam um grande número de feridos.
Correta. O núcleo do sujeito é plural: “Acidentes”, então o verbo fica também no plural.
(D) É ESSENCIAL que os motoristas dirijam com mais cautela.
O sujeito é a oração “que os motoristas dirijam com mais cautela” (ISTO é essencial), então o verbo fica na terceira pessoa do singular.
(E) As mortes causadas por acidentes são muito preocupanteS.
O adjetivo “preocupantes” concorda em gênero e número com “mortes”.
Gabarito letra C.
Considere o cartaz para responder às questões de números 04 e 05.
04. O cartaz chama atenção para o fato de que
(A) é importante que os pais estejam informados sobre o paradeiro dos filhos.
(B) os traumatismos mais graves são resultado de acidentes de trânsito.
(C) dirigir após usar o celular é um comportamento perigoso, que deve ser evitado.
(D) os jovens são as principais vítimas de acidentes de trânsito no Brasil.
(E) enviar mensagens pelo celular enquanto se dirige pode provocar acidentes.
Comentários
Veja a síntese do anúncio: #se beber, não digite. Então, a relação é entre digitar ao dirigir e, assim, causar acidentes. Gabarito letra E.
05. O modo verbal em “não digite” expressa um conselho, assim como ocorre com a expressão destacada em:
(A) Os candidatos que não apresentarem um documento com foto não poderão realizar a prova.
(B) Atenção: não se esqueçam de usar o cinto de segurança também no banco de trás do automóvel.
(C) Pesquisadores canadenses descobriram que o macarrão não induz o ganho de peso.
(D) Como não haverá expediente bancário na sexta-feira, o boleto poderá ser pago na segunda-feira.
(E) O morador não autorizou a entrada do técnico para a medição do consumo de gás no imóvel.
Comentários
Questão direta. A única alternativa que também traz verbo no imperativo, indicando conselho é: “não se esqueçam” de usar o cinto de segurança. Gabarito letra B.
Leia o texto para responder às questões de números 06 a 10.
Por que o criador do botão ‘curtir’ do Facebook apagou as redes sociais do celular
A tecnologia só deve prender nossa atenção nos momentos em que nós queremos, conscientemente, prestar atenção nela. “Em todos os outros casos, deve ficar fora do nosso caminho.”
Quem afirma não é um dos críticos tradicionais das redes sociais, mas justamente o executivo responsável pela criação do botão ‘curtir’ nos primórdios do Facebook, há mais de dez anos.
Depois de perceber que as notificações de aplicativos como o próprio Facebook ocupavam boa parte do seu dia, eram distrativas e o afastavam das relações na vida real, o matemático Justin Rosenstein decidiu apagar todas as redes sociais, aplicativos de e-mails e notícias de seu celular, em busca de mais “presença” no mundo off-line.
Interrogado se ele se arrepende por ter criado a fonte da distração que hoje tanto critica, responde: “Nenhum arrependimento. Sempre que se tenta progredir, haverá consequências inesperadas. Você tem que ter humildade e ter muita atenção no que acontece depois, para fazer mudanças conforme for apropriado”.
(Ricardo Senra. www.bbc.com. Adaptado)
06. Justin Rosenstein apagou as redes sociais do celular porque elas
(A) exigiam que ele dedicasse muita atenção à resolução de equações.
(B) impulsionaram os negócios e exigiram computadores mais sofisticados.
(C) demandavam que ele passasse tempo excessivo envolvido no trabalho.
(D) faziam com que ele se distanciasse das interações na vida não virtual.
(E) geravam discussões pouco edificantes que incitavam a intolerância.
Comentários
Justin apagou suas redes sociais porque elas o distraíam da vida “real”. Veja no texto:
Depois de perceber que as notificações de aplicativos como o próprio Facebook ocupavam boa parte do seu dia, eram distrativas e o afastavam das relações na vida real, o matemático Justin Rosenstein decidiu apagar todas as redes sociais, aplicativos de e-mails e notícias de seu celular, em busca de mais “presença” no mundo off-line.
Gabarito letra D.
07. A expressão destacada em “A tecnologia só deve prender nossa atenção nos momentos em que nós queremos” (1º parágrafo) pode ser substituída, com o sentido preservado, por
(A) tanto que.
(B) onde.
(C) quando.
(D) embora.
(E) até que.
Comentários
“Os momentos” trazem o “tempo” da outra ação: “querer”
“A tecnologia só deve prender nossa atenção quando nós queremos”
Gabarito letra C.
08. A palavra “Interrogado”, destacada ao início do último parágrafo, pode ser substituída, no que se refere à norma-padrão, por
(A) Ao questionarem-nos.
(B) Ao questionarem-o.
(C) Ao perguntarem-lhes.
(D) Ao os perguntarem.
(E) Ao lhe perguntarem.
Comentários
“Interrogado” tem sentido de tempo: “Quando foi interrogado”, trata-se, portanto de uma oração temporal reduzida de particípio. Se fôssemos transformar em uma oração temporal reduzida de gerúndio, usaríamos a estrutura “Ao + Infinitivo”:
Ao lhe perguntarem… (perguntarem A ELE)
Gabarito letra E.
09. Uma frase condizente com as informações do último parágrafo é:
(A) Embora Rosenstein reconheça as consequências imprevistas de sua criação, não se mostra arrependido.
(B) Por não ver problemas em sua invenção, Rosenstein não considera ter motivos para se sentir arrependido.
(C) Rosenstein arrepende-se de sua invenção, porém admite que já é tarde para corrigir os seus erros.
(D) Apesar de perceber as limitações de sua criação, Rosenstein não vê necessidade de modificá-la.
(E) Consciente dos malefícios de sua criação, Rosenstein lamenta não ter feito mudanças logo no começo.
Comentários
A resposta está literal:
Interrogado se ele se arrepende por ter criado a fonte da distração que hoje tanto critica, responde: “Nenhum arrependimento.
Então, percebemos que ele não se arrepende, embora perceba que as notificações das redes sociais possam causar muita distração. Gabarito letra A.
10. Duas expressões do texto que têm sentidos opostos são:
(A) conscientemente; justamente.
(B) arrepende-se; critica.
(C) notificações; aplicativos.
(D) criador; matemático.
(E) distração; atenção.
Comentários
Se você está distraído, então não está prestando atenção. Distraído é antônimo de atento. Gabarito letra E.
Considere a tira para responder às questões de números 11 e 12.
11. Na fala do primeiro quadrinho, o vocábulo melhor estabelece relação de
(A) comparação.
(B) adição.
(C) consequência.
(D) causa.
(E) negação.
Comentários
Melhor é uma forma comparativa, semanticamente equivalente a “*mais bom do que …”. Em termos técnicos, é uma forma sintética do grau comparativo de superioridade.
Gabarito letra A.
12. Na fala do último quadrinho, o garoto
(A) reforça a ideia de que se lançará a diversas distrações.
(B) mostra-se confuso diante da grande variedade de atividades.
(C) reduz as oportunidades de diversão a uma única.
(D) revela-se entediado diante da falta de opções de diversão.
(E) contraria a afirmação de que sábado é o melhor dia da semana.
Comentários
Em suma, o menino reconhece todas as possibilidades de ter um dia inteiro livre, mas diz que a melhor forma de usar esse dia é fazendo uma única coisa: ver desenho. Logo, reduz todas as possibilidades à possibilidade de ver desenho.
Gabarito letra C.
13. Assinale a alternativa em que o sinal indicativo de crase está empregado corretamente.
(A) O garoto prefere ver desenhos à brincar na rua.
(B) O garoto passou o sábado assistindo à televisão.
(C) O garoto prefere desenhos animados à filmes ou jogos.
(D) O garoto gosta de assistir à desenhos animados.
(E) O garoto perguntou à seu amigo se ele queria ver TV.
Comentários
a) Incorreto. Não há crase antes de verbo.
b) Correto. Temos fusão de “assistindo A + A televisão”.
c) Incorreto. Não há crase, pois não há artigo. Se houvesse artigo, o artigo estaria no plural e haveria um S de plural. Então, teríamos: Aos filmes ou Aos jogos. Também é possível usar somente a preposição, sem artigo:
O garoto prefere desenhos animados A filmes ou jogos
d) Incorreto. Valem as mesmas considerações da letra C. Poderíamos ter “a desenhos” (só preposição) ou “aos desenhos” (preposição + artigo).
e) Incorreto. Amigo é palavra masculina, não poderia receber artigo feminino. Logo, não há crase. Gabarito letra B.
Leia o texto para responder às questões de números 14 a 18.
Geovani Martins: como a favela me fez escritor
Nasci em Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro, em 1991. Em 2004, aos 13 anos de idade, mudei com minha mãe e meus irmãos para o Vidigal, na Zona Sul da cidade. Destaco esses lugares e essas datas para dizer que O sol na cabeça, meu primeiro livro, publicado em março de 2018, teve início com o choque provocado por essa mudança.
Era tudo diferente: o jeito de falar, de brincar na rua, as regras no futebol, a música, o ritmo das pessoas, até o sol parecia queimar de outra forma. Eu ficava no meio, tentando me adaptar. Depois dessa primeira mudança encarei mais umas tantas; até o ano de 2015 já havia me mudado 17 vezes. A partir desse trânsito constante entre tantas casas, becos, ruas e praças, parti para o livro com a ideia de que a periferia precisa ser tratada sempre como algo em movimento.
A favela hoje é centro, produz cultura e movimenta a economia. O favelado cria e consome como qualquer outra pessoa do planeta. E quando digo consome, não me refiro apenas a Nike, Adidas, Samsung, Microsoft. Falo também da cultura pop que faz a cabeça dos jovens do mundo todo, como os filmes e as séries de sucesso mundial. A cultura erudita, como Shakespeare e Machado de Assis, também encontra seus públicos por becos e vielas.
(Geovani Martins. https://epoca.globo.com. 06.03.2018. Adaptado)
14. Geovani Martins conta que seu livro é resultado de
(A) histórias que leu quando ainda era criança.
(B) leituras de estudos realizados por intelectuais.
(C) uma reescrita de livros de autores eruditos.
(D) sua vivência pessoal em diferentes favelas.
(E) uma imaginação sem paralelo com a realidade.
Comentários
O texto revela logo no título que o autor se tornou escritor por forte influência das favelas onde morou:
Geovani Martins: como a favela me fez escritor
Depois, menciona os lugares: Vidigal e “outras tantas favelas”.
Depois dessa primeira mudança (de Bangu para a favela do Vidigal) encarei mais umas tantas; até o ano de 2015 já havia me mudado 17 vezes.
Gabarito letra D.
15. Para o autor, consumir
(A) significa produzir itens que classifica como supérfluos.
(B) equivale a rejeitar a influência da cultura estrangeira.
(C) envolve comprar produtos industrializados e apreciar arte.
(D) restringe-se a adquirir produtos produzidos por multinacionais.
(E) é um benefício pouco acessível a moradores de favelas.
Comentários
O autor sugere que o “consumo” envolve produtos de tecnologia (produtos microsoft, samsung: computadores, celulares etc) e também “produtos culturais”, como música, séries e livros. Veja isso expressamente no texto:
A favela hoje é centro, produz cultura e movimenta a economia. O favelado cria e consome como qualquer outra pessoa do planeta. E quando digo consome, não me refiro apenas a Nike, Adidas, Samsung, Microsoft. Falo também da cultura pop que faz a cabeça dos jovens do mundo todo, como os filmes e as séries de sucesso mundial. A cultura erudita, como Shakespeare e Machado de Assis, também encontra seus públicos por becos e vielas.
Gabarito letra C.
16. Uma das características das favelas para a qual o autor chama a atenção é a
(A) diversidade cultural.
(B) ausência de segurança.
(C) desigualdade econômica.
(D) falta de opções de lazer.
(E) precariedade do saneamento.
Comentários
A visão que o autor traz da favela é a de um lugar com muita diversidade cultural, formas variadas de falar, de pensar, de brincar, de consumir música e cultura.
Era tudo diferente: o jeito de falar, de brincar na rua, as regras no futebol, a música, o ritmo das pessoas, até o sol parecia queimar de outra forma.
Gabarito letra A.
17. Uma expressão empregada com sentido figurado está destacada em negrito na alternativa:
(A) … encontra seus públicos por becos e vielas. (3º parágrafo)
(B) Destaco esses lugares… (1º parágrafo)
(C) … cultura pop que faz a cabeça dos jovens… (3º parágrafo)
(D) … meu primeiro livro, publicado em março de 2018… (1º parágrafo)
(E) … os filmes e as séries de sucesso mundial. (3º parágrafo)
Comentários
O sentido figurado é o sentido impróprio das palavras, um sentido não literal, conotativo, simbólico. Evidentemente “fazer a cabeça” não é literalmente construir uma cabeça real, mas sim constitui uma metáfora: “influenciar, convencer, fazer pensar de certa forma”
Gabarito letra C.
18. Uma passagem do texto que permanece correta após o acréscimo das vírgulas é:
(A) … até o sol, parecia queimar, de outra forma. (2º parágrafo)
(B) … a periferia precisa ser tratada, sempre, como algo em movimento. (2º parágrafo)
(C) Falo também, da cultura pop que faz a cabeça, dos jovens do mundo todo… (3º parágrafo)
(D) Depois, dessa primeira mudança encarei, mais umas tantas… (2º parágrafo)
(E) … teve início, com o choque provocado, por essa mudança. (1º parágrafo)
Comentários
A letra B está perfeita, pois o adjunto adverbial “sempre” é de curta extensão, então pode vir com ou sem vírgulas.
Vamos fazer a correção:
(A) … até o sol parecia queimar de outra forma. (2º parágrafo)
A vírgula separou o sujeito do verbo.
(C) Falo também da cultura pop que faz a cabeça dos jovens do mundo todo… (3º parágrafo)
A primeira vírgula separou verbo (falo) do seu complemento. A segunda separou o nome “cabeça” do seu adjunto adnominal “dos jovens”.
(D) Depois dessa primeira mudança encarei mais umas tantas… (2º parágrafo)
A locução “depois de” não pode ser fatiada por vírgula. A segunda vírgula separou o verbo ‘encarei’ do seu complemento.
(E) … teve início, com o choque provocado por essa mudança. (1º parágrafo)
Não podemos separar o agente da passiva do seu verbo.
Gabarito letra B.
Então é isso, aproveitem! Várias questões dessas estarão na sua prova!
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Excelente bateria de questões, professor! Treino demorado, vitória mais rápida! Valeu demais!!!
Gratidão pelas questões e comentários! Valeu a pena! Abraço prof suas aulas e posts são ótimos!!
Material muito atual e importante para aplicar no ensino médio. Obrigada Lucas!