Artigo

Psicólogo para TJ-SP – 256 vagas!

Olá concurseiros psicólogos de todo o Brasil! Animados com esse novo concurso para Psicólogo do Tribunal de Justiça de São Paulo? Teremos um curso aqui no Estratégia voltado especificamente para esse concurso!

Serão 256 vagas para as mais variadas regiões administrativas de São Paulo! Há muito não vejo um concurso com tantas vagas e com um salário tão bom! Creio que será uma ótima oportunidade para fazer uma excelente carreira e atuar na área de escolha profissional de muitos. A prova está prevista para o dia 16/12, então há muito tempo para você se preparar e fazer bonito na prova. 

O concurso é para o Tribunal de Justiça de São Paulo e a banca da realização da prova será aFundação para o Vestibular da UNESP  –  VUNESP. É uma banca que segue uma tendência mais “clássica” (ou instantânea) de abordar os conteúdos.

Façamos uma análise mais aprofundada do edital (www.vunesp.com.br). Inicialmente, o que o Psicólogo aprovado irá fazer? Segundo o edital, o psicólogo terá as seguintes atribuições:

Proceder as  avaliações psicológicas, elaborar e analisar laudos técnicos,  pareceres,  relatórios e outros documentos,  relacionados aos processos judiciais e  administrativos da área de suas competências, estabelecidas pelo Tribunal de  Justiça, bem como o atendimento terapêutico ao público interno de acordo com  as orientações existentes.

Além disso, o candidato aprovado que vier a ser nomeado estará sujeito à Jornada de 40  (quarenta) horas semanais,  percebendo  os  vencimentos e demais vantagens, num total de  R$  4.567,44  (quatro  mil, quinhentos e  sessenta e sete reais e  quarenta e quatro centavos),  mais  auxílios  para alimentação, saúde e transporte.

Tranquilo, correto?

O aprovado deve ter concluído, até a data da posse, o curso de Ensino Superior em Psicologia,  em Instituição reconhecida pelo MEC,  com diploma registrado no órgão  competente  com  registro no  Conselho Regional de  Psicologia (CRP)  ativo e em situação regular (pagamento da anuidade). O edital é bem claro e alunos no último ano do curso de psicologia podem prestar o concurso desde que estejam formados até a data da posse e registrados no CRP.

As inscrições estarão abertas no período de 8/10/2012 a 9/11/2012 e deverão ser feitas no próprio site da Vunesp. O concurso terá validade de um ano (prorrogável).

Agora vejamos as etapas do concurso. Serão duas, uma objetiva e outras de títulos. Esse é um dos raríssimos concursos de grandes proporções que não prevê uma etapa discursiva. Pessoalmente, creio que a falta de uma fase subjetiva tenha mais desvantagens que vantagens. O que saliento aqui é que o peso sobre as objetivas será absurdo. Vejamos as etapas.

 

1ª ETAPA – Prova com 66 (sessenta e seis) Questões Objetivas: 1.1.1.  A prova objetiva, de caráter eliminatório e classificatório, que terá  duração de 4 (quatro) horas, visa avaliar o grau de conhecimento teórico do candidato, necessário ao desempenho do cargo. 1.1.2.  A prova objetiva  será composta de questões de múltipla escolha,  com 05 (cinco) alternativas cada uma, de acordo com, o conteúdo  programático constante do  Anexo II  – CONTEÚDO  PROGRAMÁTICO, que faz parte integrante deste edital;

1.1.3.  Apenas serão convocados para a 2ª ETAPA (prova  de títulos) o  número de candidatos abaixo indicados

 

2° etapa é prova de títulos

        

Como o nosso foco é a primeira etapa, não faz sentido detalhar a segunda. Mas, destaco um estranhamento que tive ao ver o calendário da prova. No calendário encontramos:

 

Data prevista para a aplicação das Provas com Questões Objetivas e recebimento dos Títulos 16.12.2012

 

Ou seja, no mesmo dia em que você fizer a prova, entregará os títulos. Em outra parte do edital é falado:

        

IV- DAS PROVAS

A Prova de Títulos, de caráter classificatório, será aplicada somente  aos candidatos  habilitados e melhor classificados na prova objetiva,  conforme disposto no item 1.1.3.

 

Percebeu a incoerência? Agora se fala na prova de títulos após a classificação nas objetivas. Não é o tipo de problema que deve tirar o foco do candidato, creio que tenha sido um pequeno lapso que será retificado com o tempo.

Vamos prosseguir no edital, pois ainda temos um ponto importantíssimo para destacar. As provas de língua portuguesa e conhecimentos específicos serão de caráter  eliminatório, devendo o candidato obter no mínimo  50%  (cinquenta por  cento) de acerto em cada prova. Tranquilo até aqui? O problema vem agora:

As  provas  objetivas  serão  avaliadas  na escala de 0 (zero) a 10 (dez) pontos,  sendo língua  portuguesa e conhecimentos  específicos  de  caráter eliminatório  e  conhecimentos gerais, de caráter classificatório.

A nota do candidato será igual à média aritmética simples das notas das 03 (três) provas objetivas, calculada da seguinte forma:

3.1.  Somando-se as notas de cada uma das provas:  de Língua Portuguesa,  conhecimentos  específicos e de conhecimentos gerais (atualidades), dividindo-se por 03 (três).

4.  Será considerado habilitado nas  provas objetivas, o candidato que obtiver  nota igual ou superior a 05 (cinco) pontos em cada uma das provas de caráter  eliminatório (língua portuguesa e  conhecimentos  específicos) e  também  obtiver média final igual ou superior a 05 (cinco) pontos no conjunto das  provas.

Percebeu o quanto sou chato criterioso com editais? Teremos 40 questões de conhecimentos específicos, 6 de atualidades e 20 questões de português. Proporcionalmente, considerando que cada uma dessas três dimensões peso igual, as questões de Atualidades terão peso muito maior que as de psicologia. Cada questão de atualidades valerá 6,6 questões de Conhecimentos Específicos e 3,3 de Português! E pode isso? Não discuto se é certo ou não, o que sei é que quem quiser passar terá de fazer a prova como todo mundo fará.

Veja o conteúdo de atualidades:

Atualidades  –  06  (seis) questões sobre fatos políticos, econômicos e sociais, ocorridos a partir do 1º semestre de 2012.

Tenho certeza que você se tenderá a se preparar mais para psicologia… Não descuide de Atualidades!

Por fim, o edital foi generoso e nos deu indicações bibliográficas interessantes. Fico feliz de ver já abordei pelo menos um terço do material bibliográfico referido. Advirto que a lista não será suficiente e que alguns tópicos ficaram sem referência (veremos durante as aulas).

Mas Alyson, tem uma extensa legislação para estudar! Tenho de ver isso?

Não, não tem, só se quiser passar (rs).

Vejamos a bibliografia e a legislação:

  

BIBLIOGRAFIA

1.  BLEGER, José. Temas de Psicologia – Entrevistas e Grupos São Paulo, WMF  Martins Fontes, 2011.

2.  BOWLBY, John.  Cuidados Maternos e Saúde Mental  São Paulo, WMF  Martins Fontes, 2ª edição; 2006 .

3.  CASTRO, Lidia R.F.  Disputa de Guarda e Visitas: no interesse dos pais ou  dos filhos?  São Paulo, Casa do Psicólogo, 2003.

4.  COSTA, Liana Fortunato et al .Adolescente em conflito com a lei: o relatório  psicossocial como ferramenta para promoção do desenvolvimento.  Psicol.  estud.,   Maringá,   v. 16,   n. 3, Sept.   2011 disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php – Acesso em :  28  May  2012.

5.  DOLTO, Françoise.  Quando os pais se separam  Rio de Janeiro, Editora  Zahar, 2011.

6.   FERRARI, Dalka C.A.  O Fim do Silêncio na Violência Familiar  São Paulo,  Editora Ágora, 2002;

7.  FRANCO, A.A. P  e MELÃO, M. J. R. (org.)  Diálogos interdisciplinares: a  psicologia e o serviço social nas práticas judiciárias.  São Paulo: Casa do  Psicólogo, 2007.

8.  GABEL, Marceline (org.).  Crianças Vítimas de Abuso Sexual    São Paulo,  Summus Editorial, 1998;

9.  HAMAD, Nazir;  A Criança Adotiva e suas Famílias  Rio de Janeiro, Ed.  Companhia de Freud, 2002.

10.  MARIN, Isabel S. K.  Febem, Família e Identidade    São Paulo, Editora  Escuta Cultural, 1999.

11.  OCAMPO, M. L. e colaboradores.    Processo Psicodiagnóstico e as Técnicas  Projetivas São Paulo, WMF Martins Fontes, 11ª edição, São Paulo, 2009

12.  PAIVA, Leila D.  Adoção  –  Significados e Possibilidades  São Paulo, Casa do  Psicólogo, 2004.

13.  PEITER,  Cynthia Adoção: vínculos e rupturas-do abrigo à família adotiva.  São Paulo: Zagodoni Editora, 2011

14.  SHINE, Sidney.  A Espada de Salomão: a psicologia e a disputa de guarda  dos  filhos  São Paulo, Casa do Psicólogo, 2003;

15.  SILVA, Evani Z.M.  Paternidade Ativa na Separação Conjugal  São Paulo,  Editora Juarez de Oliveira, 1999.

16.  SILVA, Eroy Aparecida  da e  MICHELE, Denise de  (orgs). ADOLESCENCIA,  USO E ABUSO DE DROGAS. UMA VISAO INTEGRATIVA.  FAP-UNIFESP, São  Paulo, 2010.

17.  SUANNES, Claudia Amaral Mello. A SOMBRA DA MÃE – Psicanálise e Vara de  Família. Casa do Psicólogo São Paulo, 2011.

18.  SPITZ, Rene A. “O Primeiro Ano  de Vida”, São Paulo, Martins Fontes, 3ª  edição, 2004.

19.  WINNICOTT, D. W.  Privação e Delinqüência    São Paulo, WMF Martins  Fontes, 2005

20.  ___________________  A Família e o Desenvolvimento Individual  São  Paulo, WMF Martins Fontes, 2011.

 

Legislação

21.  BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil. (dos direitos  e deveres individuais e coletivos; dos direitos sociais; da seguridade social;  da família, da criança, do adolescente, do idoso).

22.  BRASIL,  Lei 8069 de 13/07/1990.  Estatuto da Criança e do  Adolescente (ECA). Atualizado com a Lei 12.010.

23.  BRASIL,    LEI N° 10.406, DE 10 DE JANEIRO DE 2002.  Código Civil.  Artigos 1511 a 1638; 1694 a 1727 e 1728 a 1783.

24.  BRASIL,  LEI N° 5.869, DE 11 DE JANEIRO DE 1973.Código de Processo Civil, artigos 134 a 147; 420 a 439; 732 a 735; 839 a 843; 888 e  889

25.  BRASIL, LEI Nº 12.435, DE 6 DE JULHO DE 2011. (Sistema Único de  Assistência Social – SUAS)

26.  BRASIL,  LEI Nº 12.594, DE 18 DE JANEIRO DE 2012.  (Sistema  Nacional de Atendimento Socioeducativo – SINASE)

27.  Resolução CFP Nº 010/05 – O Código de Ética Profissional do Psicólogo  – Em vigor desde o dia 27 de agosto de 2005.

28.  Resolução CFP N.º 007/2003  Manual de Elaboração de Documentos  Decorrentes de Avaliações Psicológicas .

29.  Resolução CFP Nº 010/2010  –  Institui a regulamentação da Escuta  Psicológica de Crianças e Adolescentes envolvidos em situação de violência, na Rede de Proteção.

30.  Resolução CFP Nº 008/2010  –  Dispõe sobre a atuação do psicólogo  como perito e assistente técnico no Poder Judiciário.   

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