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PROVA RESOLVIDA BANPARÁ- PORTUGUÊS

BANPARÁ PROVA RESOLVIDA

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Segue a resolução da prova do Banpará, aplicada nesse último domingo.

Vi uma questão bastante traiçoeira, mas não vejo possibilidade REALISTA de recurso, ok?

Vamos lá.

01 No último período do texto, o termo lúgubre é sinônimo de

(A) fúnebre.

(B) medonho.

(C) escuro.

(D) solitário.

(E) prostrado

Comentários:

Questão direta de vocabulário. Lúgubre é sinônimo de “fúnebre, sombrio”. Veja que existe até um tom concessivo:

Tive ouro, tive gado, tive fazendas.

Hoje sou funcionário público. (parece uma oposição a um tempo de felicidade)

Itabira é apenas uma fotografia na parede.

Mas como dói!

 

Gabarito letra A.

 

02 Contém termo grafado incorretamente o trecho

(A) Para Drummond, foi quase meio século de funcionalismo público e poesia (linha 8).

(B) Será que amar, ou então qualquer tipo de vivência emocional, é o oposto do trabalho, visto na sua acepção mais opressora? (linhas 15 e 16).

(C) Será aí a origem daquela falta de empatia, mesmo atendendo dezenas de pessoas por dia, tornando todas elas cinzas, meros objetos, dos quais queremos nos livrar, ao grito de “próximo”?

(linhas 18 a 20).

(D) Talvez seja isso; pode ser que, no fundo, as funções meramente burocráticas tenham essa inerente falta de significado, esse vazio profundo (linhas 21 e 22).

(E) Uma promessa de glória, de riquezas, para um provinciano de posses, encrustrado na pequena cidade mineira, se desfaz na constatação trivial do poeta, de que lhe restou apenas essa função, a de funcionário público (linhas 28 a 30).

Comentários:

Questão de pura atenção. O erro está na palavra “encrustado”, que na verdade se grafa INcrustado. Gabarito letra E.

03 A sequência de palavras cujos acentos são empregados pelo mesmo motivo é

(A) público, função, dói.

(B) burocráticos, próximo, século.

(C) será, aí, é, está.

(D) glória, exercício, publicação.

(E) hábito, bancário, poética.

Comentários:

burocráticos, próximo, século são acentuadas pela mesma regra – todas as proparoxítonas são acentuadas.

Vejamos as demais:

Público, hábito, poética: todas as proparoxítonas são acentuadas.

Será, está- regra geral das paroxítonas.

Aí- regra do hiato.

Bancário, glória, exercício- paroxítonas terminadas em ditongo.

É – regra geral do monossílabo tônico

Dói- monossílabo tônico terminado em ditongo aberto.

Função e Publicação não são palavras acentuadas, o til não é acento tônico. Gabarito letra B.

 

04 Em Será aí a origem daquela falta de empatia, mesmo atendendo dezenas de pessoas por dia, tornando todas elas cinzas, meros objetos, dos quais queremos nos livrar, ao grito de “próximo”? (linhas 18 a 20), a palavra poderia ser substituída por

(A) onde.

(B) que.

(C) esta.

(D) aquela.

(E) outra.

Comentários:

“Aí” foi usado no sentido demonstrativo, não literalmente de lugar. Foi utilizado com referência anafórica. Então, poderíamos substituir por “será ESTA a origem? E “esta” se refere a: Será que amar, ou então qualquer tipo de vivência emocional, é o oposto do trabalho, visto na sua acepção mais opressora?

Veja no texto:

Será que Drummond tem razão? Será que amar, ou então qualquer tipo de

vivência emocional, é o oposto do trabalho, visto na sua acepção mais opressora?

Será que aí está a explicação daquele sentimento de inutilidade que nos toma, no exercício das nossas funções? Será aí a origem daquela falta de empatia, mesmo atendendo dezenas de pessoas por dia, tornando todas elas cinzas, meros objetos, dos quais queremos nos livrar, ao grito de “próximo”?

 

Gabarito letra C.

05 A palavra grifada é pronome, exceto em

(A) A vontade de amar que me paralisa o trabalho…

(B) E o hábito de sofrer, que tanto me diverte…

(C) Uma promessa de glória (…) se desfaz na constatação trivial do poeta…

(D) … de que lhe restou apenas essa função…

(E) …como se ser funcionário público fosse algo beirando o lúgubre.

Comentários:

Em “como SE ser funcionário…”, o SE é conjunção condicional. As demais palavras grifadas são pronomes pessoais oblíquos átonos. Gabarito letra E.

 

06 O enunciado em que a(s) vírgula(s) foi/foram empregada(s) para separar elementos de uma enumeração é

(A) Hoje, navegando pela internet, descobri que o grande poeta mineiro Murilo Mendes exerceu a função de bancário durante muitos anos (linhas 1 e 2).

(B) E o hábito de sofrer, que tanto me diverte, é doce herança Itabirana (linhas 13 e 14).

(C) Será que aí está a explicação daquele sentimento de inutilidade que nos toma, no exercício das nossas funções? (linhas 17 e 18).

(D) Mais adiante, no mesmo poema (linha 23).

(E) Tive ouro, tive gado, tive fazendas (linha 24)

Comentários:

A enumeração está evidente em “Tive (1) ouro, (2) tive gado, (3) tive fazendas”. Vejamos as demais justificativas:

  1. a) As vírgulas isolam uma oração intercalada “navegando pela internet”
  2. b) As vírgulas isolam uma oração adjetiva explicativa “que tanto me diverte”
  3. c) As vírgulas separam um adjunto adverbial em posição final; trata-se de uma vírgula facultativa.
  4. d) As vírgulas marcam um adjunto adverbial antecipado.

Gabarito letra E.

 

07 A regência verbal está em desacordo com a norma culta em

(A) Hoje, navegando pela internet, descobri que o grande poeta mineiro Murilo Mendes exerceu a função de bancário durante muitos anos (linhas 1 e 2).

(B) Será que aí está a explicação daquele sentimento de inutilidade que nos toma, no exercício das nossas funções? (linhas 17 e 18).

(C) Será aí a origem daquela falta de empatia, mesmo atendendo dezenas de pessoas por dia, tornando todas elas cinzas, meros objetos, dos quais queremos nos livrar, ao grito de “próximo”? (linhas 18 a 20).

(D) Talvez seja isso; pode ser que, no fundo, as funções meramente burocráticas tenham essa inerente falta de significado, esse vazio profundo (linhas 21 e 22).

(E) Drummond, com seu talento, e de uma forma que talvez estudiosos de literatura possam melhor desvendar, consegue transmitir uma tristeza tamanha no seu relato, como se ser funcionário público fosse algo beirando o lúgubre (linhas 30 a 33).

Comentários:

Questão muito traiçoeira. O verbo atender pode ser transitivo direto ou indireto na maioria de suas acepções. Contudo, segundo Celso Pedro Luft em seu Dicionário Prático de Regência, “atender” no sentido de conceder audiência é transitivo DIRETO (como ocorre na questão), sendo este o sentido que mais se aproxima do utilizado no texto. Assim sendo, a banca provavelmente considerou erro de regência no verbo SER, que não pede uma circunstância de lugar, mas foi complementado pelo advérbio , então a forma correta seria: “Estará aí daquela falta de empatia…” (eu vou A algum lugar, Estou em algum lugar, mas não “sou” em algum lugar, entende?). Gabarito letra C.

 

08 No poema citado pelo autor do texto, a expressão grifada, que me paralisa o trabalho (linha 10), significa que Drummond

(A) se desconcentrava ao relembrar a terra natal.

(B) era levado à depressão por suas memórias.

(C) queixava-se de nunca ter se apaixonado.

(D) não tinha esperança de ser promovido.

(E) considerava impossível amar o trabalho.

Comentários:

Vejam que o autor logo em seguida ao termo grifado, menciona a origem da vontade de amar que o paralisa:

A vontade de amar que me paralisa o trabalho,

vem de Itabira, de suas noites brancas,

sem mulheres e sem horizontes.

E o hábito de sofrer, que tanto me diverte,

é doce herança Itabirana.

Então, podemos inferir que a saudade de sua terra natal, Itabira, deixava-o disperso, impedindo-o de trabalhar. Gabarito letra A.

 

09 De acordo com o autor, o trabalho

(A) é sempre rotineiro e solitário.

(B) pode oprimir o trabalhador.

(C) se opõe aos sentimentos.

(D) não dignifica o homem.

(E) resta a quem não tem posses.

Comentários:

Questão literal, o autor sugere em uma de suas perguntas que o trabalho pod ter um aspecto opressor, indagando inclusive se não poderia ser o trabalho oposto ao amor:

Será que Drummond tem razão? Será que amar, ou então qualquer tipo de vivência emocional, é o oposto do trabalho, visto na sua acepção mais opressora?

Gabarito letra B.

 

10 A leitura do texto Burocracia e poesia permite-nos concluir que

(A) aquele que exerce tarefas burocráticas tem talento para a literatura.

(B) bancários, funcionários públicos e escriturários querem ser poetas.

(C) o funcionário público não tem empatia pelas pessoas que atende.

(D) a poesia pode preencher o vazio causado pela rotina do trabalho.

(E) uma característica dos que atuam no serviço público é a tristeza.

Comentários:

Vamos focar no texto, que é nosso objeto de análise. Em suma, o autor sugere que o funcionalismo, em sua atividade monótona, rotineira, com o agravante de uma enorme saudade que Drummond sentia de sua terra natal, causava no escritor um vazio, que ele preenchia ou tentava preencher com sua poesia. De forma nenhuma isso nos permite inferir que bancários ou burocratas em geral têm talento para a literatura, nem que o serviço público tem como marca a tristeza. Gabarito letra D.

 

É isso, pessoal!

Grande abraço

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Veja os comentários
  • Tem que recorrer.Duas questões que no gabarito apontam como corretas e estão incorretas.
    Géssica Maria Santos pwreira em 09/05/18 às 13:05
  • Outra tb que tá mostrando erro é a substituição do aí marquei que poderia ser substituido pelo pronome demonstrativo esta e no gabarito tá dizendo que seria substituido pelo pronome indefinido outra
    Raphaella em 08/05/18 às 10:58
  • olha na questão sobre o pronome tb vi que o se da ultima opção é conjunção e n pronome porem no gabarito tá falando que a opção C em que o pronome obliquo me deixa de ser pronome e agora ?
    Raphaella em 08/05/18 às 10:54