Olá meus amigos, tudo bem?
Eu sou Igor Maciel, professor do curso de Discursivas para Procuradorias do Estratégia Carreiras Jurídicas e hoje queria conversar com vocês sobre a preparação para esta etapa dos concursos de advocacia pública.
Muitos alunos me enviam mensagens com dúvidas muito parecidas e queria hoje tentar sanar a maioria delas. Quais as maiores dores de quem está estudando para uma prova discursiva de procuradorias?
Se sim, não esqueça de se inscrever no nosso evento de análise dos possíveis recursos contra a prova objetiva neste link:
Aula – Recursos contra a Prova Objetiva da PGM Curitiba? Como estudar para a prova discursiva?
Também não esqueça de baixar o nosso Resumo de Direito Urbanístico.
Voltando ao nosso texto. Penso que podemos elencar as dúvidas da seguinte forma:
Muitos alunos possuem esta síndrome de inferioridade e realmente acreditam que apenas foram aprovados na 1ª fase do concurso em razão do acaso ou de uma sorte aleatória que levou o Examinador a cobrar apenas o candidato estudou.
Não é bem assim.
Respire fundo.
Você não é uma fraude.
Pense quantas pessoas queriam estar no seu lugar exatamente agora, com o nível de conhecimento e o volume de conteúdo que você acumulou para estar aqui.
Quantas pessoas não queriam esta “sorte” exatamente agora? Afinal, a imensa maioria dos candidatos sequer atingiu a nota de corte para a segunda fase.
Entendo que este é outro erro comum. Não vai dar tempo de estudar tudo entre a data da prova objetiva e a data marcada para a prova discursiva. O tempo será muito curto e, infelizmente, não é hora de tentar cobrir todo o edital novamente.
É hora, isto sim, de revisar os temas que você acredita que são quentes para a sua procuradoria.
A prova prática é um excelente momento para o Examinador da banca verificar se você possui a cabeça de advogado público e se você se comportar e defende as principais teses favoráveis à Fazenda Pública.
O Examinador quer saber se você está preparado para ser advogado público. Assim, o momento será de revisar com profundidade os principais conteúdos da atuação prática do concurso que você está prestando.
Como assim, professor?
Quero ser Procurador do Município de Curitiba.
Ok. Quais as matérias afetas ao dia a dia destes profissionais dentro do edital?
Por exemplo, em Tributário, priorizarei o estudo do ISSQN (de competência municipal) ou do Imposto de Renda (de competência federal)?
Naturalmente, nem tudo é tão simples assim, mas o estudo poderá ser afunilado se adotarmos algumas premissas como esta.
Falso.
A elaboração de uma peça prática em um concurso é consideravelmente diversa da elaboração de uma peça em um Tribunal.
Enquanto no Tribunal, você deverá utilizar argumentos para convencer um julgador de que o seu cliente tem razão, em um concurso você precisa convencer um examinador de que você possui domínio daquele determinado tema.
São coisas completamente distintas.
No concurso, de nada adianta você desenvolver uma ultra tese vencedora para o seu “cliente” se esta não estiver no espelho de respostas do Examinador.
Apesar de a prova ser subjetiva, a sua correção é “objetivada” por um espelho, em uma espécie de “cara – crachá”.
Você precisa no concurso procurar elaborar suas respostas para facilitar a compreensão do Examinador, isto sim.
Na verdade, não.
O espelho não exige que o candidato transcreva cada dispositivo legal a que fizer referência. De forma objetiva, o espelho exigirá que o candidato domine o conteúdo discutido e faça a respectiva referência ao dispositivo normativo.
A transcrição do artigo apenas irá gerar a perda das linhas, uma vez que este item certamente não estará no espelho. Assim, não transcreva jamais os dispositivos de lei na íntegra.
Nós perdemos o hábito de escrever com papel e caneta. Isto é um fato.
Em um mundo cada vez mais digital, a escrita de um texto com caneta e papel é cada vez mais rara.
Contudo, no dia da sua prova, você precisará escrever com papel e caneta. Não tem jeito.
Você precisa treinar sua redação à caneta tanto quanto se dedicar ao estudo dos temas quentes de procuradorias.
É fundamental que você escreva e que você possa ajustar a redação (qualidade de letra, espaçamento do texto, recuos…) ao padrão esperado pelo examinador.
De fato, o Código de Processo Civil não exige nos requisitos da Petição Inicial, por exemplo, que a peça seja dividida em tópicos.
Contudo, você precisa escrever um texto com foco na leitura do Examinador.
Como posso facilitar a leitura do meu texto pelo Examinador para que ele possa encontrar mais facilmente os itens do espelho no meu texto?
Exatamente.
Quanto mais tópicos e subtópicos a sua peça tiver, mais fácil será para o Examinador atribuir pontos para você.
De forma alguma.
Costumo brincar que o rascunho do texto ficou lá no ensino fundamental. Simplesmente você não terá tempo para escrever seu texto em rascunho e depois passar a limpo.
Aqui é jogo de gente grande.
Utilize o rascunho da prova para fazer um esqueleto da peça com os apontamentos base que serão desenvolvidos.
Depois, parta para a escrita diretamente.
E aí pessoal, gostaram do nosso texto?
Algumas dicas finais:
1- Escrevam parágrafos curtos (entre 4 e 5 linhas, no máximo) para facilitar a leitura do Examinador.
2- Atenção aos borrões. Evite, mas se acontecer, passe um traço simples sobre a palavra e escreva-a corretamente ao lado.
3- Pense com a cabeça de Procurador. Defenda a Fazenda Pública com unhas e dentes na peça processual. Combinado?
Quaisquer dúvidas, críticas ou sugestões, estou à disposição dos senhores.
Grande abraço,
Igor Maciel
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