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EMPREGO DO PRONOME RELATIVO CUJO: Descubra a maneira correta de usá-lo

Conheça as diferentes maneiras de usar o pronome cujo, suas variações e como fazer sua aplicação da maneira correta.

O pronome relativo “cujo”

Tratando-se de pronome relativo, segundo as gramáticas, são as palavras que se referem ao termo anterior que permite a união de duas orações em uma frase só.

USO DO PRONOME “CUJO”

E assim o pronome relativo tem sua função de unir orações, todavia, diferente dos demais pronomes relativos, o pronome cujo tem expressa relação de posse, em que o antecedente do pronome é o “possuidor” e o subsequente, “a coisa possuída”.

Exemplo:

1 ª Oração: “A menina é inteligente”.

2ª Oração: “A boneca da menina foi roubada”.

 Usando o relativo “cujo” para ligar as orações, temos:

“A menina, cuja boneca foi roubada, é inteligente”.

1ª – > Perceba que no exemplo acima o pronome cujo concordou com o gênero feminino, dessa forma o pronome “Cujo” é variável, isto é, concorda em gênero e número com a coisa possuída

Contamos também com mais duas informações importantes:

2ª – > Não se usa artigo depois do pronome cujo.

 Assim, dizemos/escrevemos:A loja, cuja dona é mineira”, e não “A loja, cuja (a) dona é mineira”.

3ª – > Pode haver preposição antes do pronome cujo.

Para que isso ocorra, é necessário que a regência do verbo da segunda oração exija essa preposição, por exemplo:

Ex.1: “Ele compra no pão de cuja padaria ninguém gosta”.

 O verbo gostar da segunda oração rege a preposição “de”: uma pessoa gosta “de” algo

ou de alguém.

Por isso, houve o emprego da preposição “de” antes de cujo.

Ex.2: Esta é a advogada em cuja competência todos acreditam.

Acreditamos em alguma coisa, logo, todos acreditam na competência da advogada.

-> Vejamos alguns verbos que exigem preposição:

  • Obedecer, assistir, agradar, aspirar – exigem a preposição A.
  • Acreditar, crer, confiar, pensar, morar – exigem a preposição EM
  • Discordar, duvidar, desconfiar, gostar, depender – exigem a preposição DE
  • Contribuir – exige a preposição PARA ou COM (*)
  • Ansiar – exige a preposição POR
  • Simpatizar, antipatizar, concordar, deparar – exigem a preposição COM

Observem estes exemplos com o emprego do pronome “cujo” antecedido de preposição:

  • A associação a cujos preceitos obedecemos fica na Avenida Paulista.
  • O filme, a cujo começo não assistimos, saiu de cartaz.
  • Marilene, a cujo namorado o perfume não agradou, resolveu mudar a fragrância.
  • O ministério, a cujo cargo aspiramos, está em polvorosa.
  • A enfermeira, em cuja habilidade confio, entrará em férias amanhã.
  • Você, em cuja capacidade creio, é a pessoa indicada para o cargo.
  • O hotel, em cujo quarto Marion morou no verão passado, foi demolido.
  • O professor de cujas experiências discordo está lecionando na cidade.
  • A inflação, de cujos resultados duvidamos, está galopando.
  • O rapaz, de cuja fala tanto desconfiei, referia-se ao passeio no parque.
  • O autor, de cujos livros românticos gosto, está lançando um livro de suspense.
  • A casa, de cuja escritura você depende, fica muito bem localizada.
  • A instituição de caridade, para cujas obras você contribuiu espontaneamente, fez bom uso da doação.
  • O jogo, por cujo resultado ansiamos, está na iminência de acabar.
  • O compositor com cujas melodias você simpatiza é bem versátil.
  • João, com cujos modos antipatizei na festa de formatura, chamou a atenção de todos.
  • A casa da gerente, com cuja reforma deparei, foi vendida há pouco tempo.

Gravem estas regras do pronome “cujo”

 Quando pairar dúvidas acerca do uso do pronome cujo, siga as seguintes estratégias com as informações já citadas anteriormente:

1 – O pronome relativo cujo vem entre dois substantivos, dando-lhes uma relação de posse.

Observe como o cujo é apresentado em questões:

  • Foi uma sentença estranha, cuja acabou por provocar grande descontentamento – > (errado, o “cuja” não está entre dois substantivos, mas sim, após, há um verbo)
  • O passado, em cujo nos moldamos, é como a argila… (errado, o “cujo” não está entre dois substantivos)

Veja que o erro ocorreu nas duas frases acima por não haver o segundo substantivo.

Para corrigi-las, façamos a inserção do segundo substantivo.

Observe:

  • Foi uma sentença estranha, cuja decisão acabou por provocar grande descontentamento.
  • O passado, em cujas experiências nos moldamos, é como a argila…

2 – Nunca use artigo após o pronome cujo.

Confira exemplos com esse equívoco:

  • Encerrou-se um processo cujo o mérito sequer foi avaliado. (o correto é “cujo mérito”)
  • Comprei o livro de cujo o autor você comentou em sua palestra. (o correto é “cujo autor”)

3 – O pronome relativo cujo (e variações) concorda com a palavra imediatamente posterior.

Exemplos:

  • Li uma obra cuja história é bonita.
  • Li uns manuais cujos conceitos contêm importante mensagem.

4 – O pronome relativo cujo poderá vir preposicionado, o que dependerá da palavra posterior.

Caso a palavra posterior cumpra função preposicionada, a preposição será anteposta ao cujo.

  • Não se apaga da memória a cidade em cujas ruas brincávamos. (brincávamos EM algum lugar; nas ruas)
  • Ele só aceitou as ideias de cujo autor não desconfiava. (não desconfiava DE alguém; do autor)

Considerações Finais – Pronome “cujo”

O uso do pronome cujo, igualmente a muitos outros assuntos ligados à gramática, encontra-se subordinado a regras específicas. Apesar de não ser um pronome tão recorrente na oralidade, o uso de cujo na escrita é notório, bem como a cobrança de suas regras em concursos públicos.

Por essa razão, é importante estar por dentro de suas características.

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