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Português- Provas Comentadas AgeTel e Papiloscopista – PC SP

Olá, pessoal, boa tarde!

Segue o comentário da prova de AGETEL- PC SP, aplicada pela Vunesp no último domingo. Acompanhem!

A correção da prova de Agetel e de Papiloscopista foi feita em vídeo, veja:

 

 

Leia o texto, para responder às questões de números 01 a 10.

 

Escravos no século XXI

 

 

Esses retratos, junto com muitos outros, formam uma galeria que o país não gosta de ver. São vários Antônios, vários Franciscos, vários Josés que dão carne e osso a um grande drama brasileiro: o trabalho em condições análogas às de escravidão. Sim, todas essas pessoas foram escravizadas – em pleno século XXI.

Quando os livros escolares informam que a escravidão foi abolida no Brasil em 13 de maio de 1888, há exatos 130 anos, fica faltando dizer que se encerrou a escravidão negra – e que, ainda hoje, a escravidão persiste, só que agora é multiétnica.

Estima-se que atualmente 160 000 brasileiros trabalhem e vivam no país em condições semelhantes às de escravidão – ou seja, estão submetidos a trabalho forçado, servidão por meio de dívidas, jornadas exaustivas e circunstâncias degradantes (em relação a moradia e alimentação, por exemplo). Comparada aos milhões de africanos trazidos para o país para trabalhar como escravos, a cifra atual poderia indicar alguma melhora, mas abrigar 160 000 pessoas escravizadas é um escândalo humano de proporções épicas. Em 1995, o governo federal reconheceu oficialmente a continuidade daquele crime inclassificável – e criou uma comissão destinada a fiscalizar o trabalho escravo. O pior é que, em vez de melhorar, a situação está ficando mais grave.

(Jennifer Ann Thomas, Veja, 09 de maio de 2018. Adaptado)

 

  1. 01. É correto afirmar que o segundo parágrafo do texto

(A) critica a omissão do Estado e da sociedade, que se calam diante de fatos tão graves.

(B) aponta a necessidade de subsistência como fator motivador do trabalho escravo.

(C) mostra ações de intolerância de patrões, as quais não têm registro na história do país.

(D) expõe fatos que justificam a afirmação de que ainda se escravizam pessoas no Brasil.

(E) apresenta argumentos que fundamentam a abolição da escravidão, ocorrida em 1888.

Comentários:

O segundo parágrafo menciona condições de trabalho tão degradantes, que justificam a afirmativa de que ainda há pessoas em trabalho “escravo”.

Enredadas em dívidas impagáveis, manipuladas pelos patrões e submetidas a situações deploráveis no trabalho, elas chegaram a beber a mesma água que os porcos, e algumas sofreram a humilhação máxima de ser espancadas, para não falar de constantes ameaças de morte.

Gabarito letra D.

 

  1. 02. A afirmação de que, atualmente, a escravidão é multiétnica equivale a dizer que ela

(A) se restringe a etnias desconhecidas.

(B) não respeita a cultura dos povos.

(C) atinge várias raças e culturas.

(D) se restringe a migrantes de algumas regiões.

(E) expressa variadas formas de crueldade.

Comentários:

Questão direta: Multi (várias/muitas) + étnico (relativo a raças e culturas). Então, a afirmação mostra que a escravidão não se restringe aos negros, mas a diversas raças e culturas. Gabarito letra C.

 

  1. Com a expressão em destaque na passagem “…abrigar 160 000 pessoas escravizadas é um escândalo humano de proporções épicas.”, a autora está afirmando, mediante o emprego de palavras em sentido

(A) figurado, que a dimensão do escândalo é grandiosa.

(B) próprio, que a dimensão do escândalo é terrível.

(C) figurado, que a dimensão do escândalo é comovente.

(D) figurado, que a dimensão do escândalo é insana.

(E) próprio, que a dimensão do escândalo é verídica.

Comentários:

Os poemas e as narrativas épicas trazem grandes heróis em grandes batalhas e aventuras históricas ou mitológicas. Então, figurativamente, “proporções épicas” sugere a ideia de grandiosidade. Gabarito letra A.

 

  1. É correto concluir que, em relação às ações oficiais de vigilância do trabalho escravo no Brasil, a autora demonstra ter sentimento de

(A) confiança.

(B) esperança.

(C) neutralidade.

(D) pessimismo.

(E) descaso.

Comentários:

A autora não acredita no sucesso das ações oficiais, pois não houve melhora, a situação está pior segundo ela. Veja:

O pior é que, em vez de melhorar, a situação está ficando mais grave.

Portanto, seu sentimento é de pessimismo. Gabarito letra D.

 

Para responder às questões de números 05 e 06, considere a seguinte passagem que inicia o quarto parágrafo:

 

Estima-se que atualmente 160 000 brasileiros trabalhem e vivam no país em condições semelhantes às de escravidão – ou seja, estão submetidos a trabalho forçado, servidão por meio de dívidas, jornadas exaustivas e circunstâncias degradantes (em relação a moradia e alimentação, por exemplo).

 

  1. É correto afirmar que essa passagem

(A) destaca a quantidade de escravizados atuais, equiparando-a à quantidade dos retratados na galeria de fotos.

(B) repete informações anteriormente expressas, inclusive a que se refere à quantidade de pessoas vivendo como escravas.

(C) retoma algumas informações anteriormente expressas, introduzindo um dado novo, referente ao número de escravizados.

(D) traz informações novas acerca das condições de trabalho escravo, evitando repetir fatos anteriormente mencionados.

(E) contradiz os dados expostos na sequência, evitando fazer comparações com a quantidade de escravos africanos.

Comentários:

A passagem acima retoma algumas informações anteriores, como as condições deploráveis em que se encontram os brasileiros “escravizados”. Veja que essas informações aparecem no segundo parágrafo:

Quando os livros escolares informam que a escravidão foi abolida no Brasil em 13 de maio de 1888, há exatos 130 anos, fica faltando dizer que se encerrou a escravidão negra – e que, ainda hoje, a escravidão persiste, só que agora é multiétnica.

Depois, são retomados e autora acrescenta uma informação nova: o número de escravizados: 160 mil.

Vejamos as demais:

(A) Incorreto. Não equipara ao número de pessoas nas fotos, que não é sequer informado.

(B) Incorreto. A quantidade não tinha sido mencionada ainda.

(D) Incorreto. Não evita repetir, há repetição sim.

(E) Incorreto. Não contradiz, apenas comprova com um número objetivo. Gabarito letra C.

 

  1. A expressão “ou seja”, em destaque na passagem, introduz, em relação ao trecho que a antecede,

(A) uma contradição.

(B) um esclarecimento.

(C) uma alternativa.

(D) uma correção.

(E) um testemunho.

Comentários:

“Ou seja” é uma expressão denotativa de explicação, assim como “isto é”, “a saber”, “quais sejam”. Portanto, introduz um esclarecimento.

Anotem também expressões retificativas, que introduzem correção: “ou melhor”, “digo”, “aliás”. Gabarito letra B.

 

  1. Assinale a alternativa que substitui a expressão em destaque na passagem “ … ainda hoje, a escravidão persiste, só que agora é multiétnica.”, preservando a relação de sentido do original.

(A) desde que

(B) pois

(C) como

(D) até

(E) mas

Comentários:

O sentido é de oposição, então devemos usar uma conjunção adversativa:

A escravidão persiste, mas não é negra, é multiétnica. Gabarito letra E.

 

  1. Assinale a alternativa em que as palavras estão acentuadas obedecendo à mesma regra que determina a acentuação, respectivamente, das palavras “vários” e “análogas”.

(A) Antônios; multiétnica.

(B) Dívidas; há.

(C) Deploráveis; inclassificável.

(D) País; máxima.

(E) Josés; água.

Comentários:

Vá-rios e An-tô-nios são paroxítonas terminadas em ditongo. Multiétnica e Análogas são proparoxítonas e todas as proparoxítonas são acentuadas. Gabarito letra A.

Vejamos as regras gerais que justificam as demais:

(B) Dívidas (proparoxítona); há (monossílabo tônico terminado em A(s), E(s), O(s)).

(C) Deploráveis (paroxítona terminada em ditongo); inclassificável. (regra geral da paroxítona)

(D) País (regra do hiato); máxima. (proparoxítona)

(E) Josés (regra geral das oxítonas – terminação em A(s), E(s), O(s), Em, Ens; água (paroxítona terminada em ditongo).

 

 

  1. Assinale a alternativa que reescreve livremente trecho do texto de acordo com a norma-padrão de regência nominal e verbal.

(A) Esses retratos, de lado a muitos outros, formam a galeria de uma realidade na qual o país não aprecia.

(B) Esses retratos, juntamente a muitos outros, formam a galeria de uma realidade que o país não gosta.

(C) Esses retratos, ao lado de muitos outros, formam a galeria de uma realidade de que o país não gosta.

(D) Esses retratos, em companhia de muitos outros, formam a galeria de uma realidade que o país sente aversão.

(E) Esses retratos, na companhia a muitos outros, formam a galeria de uma realidade em que o país tem horror.

Comentários:

Regra básica de regência: devemos a preposição correta exigida pelo complemento do nome ou do verbo. Se houver um pronome relativo e algum termo pedir preposição, a preposição virá antes do pronome relativo. Façamos as correções:

(A) Esses retratos, de lado a muitos outros, formam a galeria de uma realidade A QUAL o país não aprecia. (APRECIAR NÃO PEDE PREPOSIÇÃO, É VTD)

(B) Esses retratos, juntamente a muitos outros, formam a galeria de uma realidade DE que o país não gosta. (GOSTAR DE)

(C) Esses retratos, ao lado de muitos outros, formam a galeria de uma realidade de que o país não gosta. (GOSTAR DE)

(D) Esses retratos, em companhia de muitos outros, formam a galeria de uma realidade A que o país sente aversão. (SENTIR AVERSÃO A ALGO)

(E) Esses retratos, na companhia a muitos outros, formam a galeria de uma realidade A que o país tem horror.   (TER HORROR A ALGO)

 

Gabarito letra C.

  1. Na passagem “… fica faltando dizer que se encerrou a escravidão negra…”, o pronome “se” é empregado indicando que o sujeito é paciente da ação verbal, como ocorre também em:

(A) Ali se trabalha como escravo, em péssimas condições.

(B) Lamentavelmente, ainda hoje se escravizam pessoas.

(C) Os homens não se deixam escravizar e buscam seus direitos.

(D) Todos se sentem submetidos a condições degradantes.

(E) Querem saber se serão pagos pelo trabalho prestado.

Comentários:

O SE apassivador ocorre em “ainda hoje se escravizam pessoas” (pessoas são escravizadas)

(A) Ali se trabalha como escravo, em péssimas condições.

VTI+SE (PIS – sujeito indeterminado)

(C) Os homens não se deixam escravizar e buscam seus direitos.

O “SE” tem sentido reflexivo.

(D) Todos se sentem submetidos a condições degradantes.

O “SE” é parte integrante do verbo pronominal.

(E) Querem saber se serão pagos pelo trabalho prestado.

O “SE” é conjunção integrante e introduz oração subordinada substantiva objetiva direta:

(E) Querem saber [se serão pagos pelo trabalho prestado.]

Querem saber [ISTO.]

Gabarito letra B.

 

  1. A alternativa em que todas as palavras estão corretamente grafadas é:

(A) A justiça não admite privilégios que sejam empecilhos à aplicação da lei.

(B) Durante a viajem, foi preciso fazer a converção da moeda.

(C) O excesso de zelo levou o rapaz a amenisar a versão dos fatos.

(D) Eles fazem juz a um prêmio por sua grande dedicação aos desassistidos.

(E) A pretenção do acusado não foi acatada: ele queria tratamento de excessão.

Comentários:

Anotem aí a grafia correta: Conversão, amenizar, jus (direito), pretensão e exceção.

Privilégios e Empecilhos foram grafados corretamente. Gabarito letra A.

 

Leia a tira, para responder às questões de números 12 e 13.

 

 

  1. O comentário do garoto Calvin, no último quadrinho, sugere que

(A) tanto o garoto quanto o tigre apreciam tarefas que desafiam a criatividade.

(B) o tigre é a garantia de que o garoto cumpra suas tarefas com precisão.

(C) o tigre costuma lhe dar respostas apreciadas pelos professores.

(D) ele está certo de que sua nota corresponderá à originalidade da resposta.

(E) ele não confia em que a resposta do tigre esteja correta.

Comentários:

A interpretação evidente é de que o garoto não confia na resposta do tigre, mas espera que, pelo menos, ganhe um ponto de originalidade. Gabarito letra E.

Vejamos o problema das restantes:

(A) Incorreto. Não foi dito isso no texto.

(B) Incorreto. Não é, o tigre não sabe a resposta.

(C) Incorreto. O tigre não dá a resposta correta, que os professores apreciariam.

(D) Incorreto. Não está certo, há dúvida, como se sugere em “talvez”.

  1. Assinale a alternativa que dá outra redação a uma das falas da tira, mantendo-a de acordo com a norma-padrão.

(A) Seria bom se eu obtivesse um ponto por originalidade.

(B) Será bom se eu obter um ponto por originalidade.

(C) Um pronome é um nome favorável à todos os nomes.

(D) Careço sua ajuda na minha tarefa. Do que se trata um pronome?

(E) Preciso de ajuda para mim concluir a tarefa. Um pronome, o que é?

Comentários:

Questão direta de correlação verbal. Devemos usar como padrão a nossa correlação clássica:

Se eu pudesse, viajaria (imperfeito do subjuntivo com futuro do pretérito)

Essa correlação se repete em: Seria bom se eu obtivesse um ponto por originalidade.

Ajustando as demais, teríamos:

(B) Será bom se eu OBTIVER um ponto por originalidade.

(C) Um pronome é um nome favorável A todos os nomes. (NÃO HÁ CRASE, POIS NÃO HÁ ARTIGO, APENAS PREPOSIÇÃO. Além disso, ‘nomes’ é palavra masculina)

(D) Careço DE sua ajuda na minha tarefa. (FALTOU A PREPOSIÇÃO DE, DO VERBO TRANSITIVO INDIRETO)

(E) Preciso de ajuda para EU concluir a tarefa. (MIM não pode ser sujeito)

Gabarito letra A.

 

Leia o texto, para responder às questões de números 14 a 23.

 

Frei Caneca e a Virgem Maria

 

No dia 13 de janeiro de 1825, um condenado caminhava com passos firmes na direção da forca, no centro do Recife. Era o frei Joaquim do Amor Divino Caneca, o lendário Frei Caneca, lutador incansável pela independência do Brasil. Ele tinha participado da revolta da Confederação do Equador, sufocada pelo governo de Pernambuco. Vestia o hábito da Irmandade da Madre de Deus. Sob o olhar curioso da multidão, foi submetido ao degradante ritual da desautoração*, perdendo os direitos eclesiásticos, para que pudesse enfrentar o suplício da forca.

Impassível e altivo, deixou que os monges despissem suas vestes sagradas. Permaneceu firme quando recebeu na tonsura** o golpe simbólico da excomunhão. O carrasco já se preparava para o gesto fatal, quando recuou, com o rosto pálido, dizendo que a Virgem Maria estava junto ao condenado. Veio então o ajudante do carrasco, que também se recusou a executar Frei Caneca, diante da visão da Virgem Maria. Aí foram buscar dois escravos. E esses, mesmo duramente açoitados, negaram-se a participar da execução. O juiz mandou trazer dois presos da cadeia pública e lhes ofereceu a liberdade em troca da execução de Frei Caneca. E eles igualmente se negaram, alegando a visão da Virgem Maria.

Mas era preciso matar Frei Caneca de qualquer jeito, como exemplo para desencorajar futuros conspiradores. O juiz então ordenou que ele fosse fuzilado. Percebendo que os soldados tremiam com as armas na mão, Frei Caneca procurou exortá-los:

– Vamos, meus amigos. Não me façam sofrer muito. Virgem Maria há de compreender os vossos temores. Tenham fé, ela já os perdoou.

E os tiros provocaram um arrepio na multidão silenciosa.

(Eloy Terra. 500 anos: Crônicas pitorescas da história do Brasil. Adaptado)

*Desautoração: privação da dignidade do cargo, como medida punitiva.

**Tonsura: corte redondo dos cabelos no topo da cabeça dos clérigos.

 

  1. É correto afirmar que o texto trata de um episódio histórico

(A) rotineiro, ocorrido em circunstâncias previsíveis.

(B) vergonhoso, destacando a crueldade do carrasco.

(C) incomum, expondo contradições da lei.

(D) invulgar, com críticas ao registro da ocorrência.

(E) notável, contendo manifestações de religiosidade.

Comentários:

Questão direta. Temos um relato fantástico, incrível, com forte manifestação de religiosidade, pela aparição da Virgem Maria. Gabarito letra E.

 

  1. Considerando-se as características do texto, é correto afirmar que se trata do tipo

(A) descritivo, com caracterização de ambiente.

(B) narrativo, com exposição de fatos.

(C) dissertativo, com pontos de vista de personagens.

(D) narrativo, com apresentação de uma tese.

(E) dissertativo, com discussão de ideias.

Comentários:

O texto conta uma história, narra fatos em sequência. Trata-se de uma narração com exposição de fatos (os acontecimentos da execução do Frei Caneca). Gabarito letra B.

 

  1. Assinale a alternativa em que a nova ordem das palavras no enunciado e a pontuação nele adotada mantêm a correção e o sentido do enunciado original.

(A) Aí, foram buscar dois escravos, mesmo duramente açoitados, e esses, negaram-se a participar da execução.

(B) O carrasco recuou, quando já se preparava para o gesto fatal dizendo que a Virgem Maria estava junto ao condenado, com o rosto pálido.

(C) Mas, como exemplo para desencorajar futuros conspiradores, era preciso matar Frei Caneca, de qualquer jeito.

(D) Então o ajudante do carrasco veio, que também diante da visão da Virgem Maria se recusou, a executar Frei Caneca.

(E) O juiz mandou, trazer em troca, da execução de Frei Caneca, dois presos da cadeia pública e lhes ofereceu a liberdade.

Comentários:

Em questões desse tipo, temos que imediatamente buscar os erros básicos de pontuação (separação de sujeito, verbo, complemento e ausência de vírgulas em intercalações).

(A) … e esses, negaram-se a participar da execução…

Incorreto. A vírgula separou o sujeito do verbo.

(B) O carrasco recuou, quando já se preparava para o gesto fatal, dizendo que a Virgem Maria estava junto ao condenado, com o rosto pálido.

Faltou a vírgula após “fatal”, separando a oração “dizendo que…”. Além disso, a ordem usada causa ambiguidade: não sabemos de quem era o rosto pálido, do condenado ou da Virgem.

(C) Correto.

(D) … se recusou, a executar Frei Caneca.

Incorreto. A vírgula separou o verbo do seu complemento.

(E) O juiz mandou, trazer em troca…

Incorreto. A vírgula separou o verbo do seu complemento.

Gabarito letra C.

 

  1. Assinale a alternativa que expressa adequadamente o sentido contextual das palavras “impassível” e “altivo”, em destaque no início do segundo parágrafo.

(A) Calmo e cheio de esperança.

(B) Emudecido e cheio de si.

(C) Imperturbável e cheio de brio.

(D) Importunado e cheio de orgulho.

(E) Intranquilo e cheio de desconfiança.

Comentários:

Impassível significa “inabalável, imperturbável”. Altivo significa “orgulhoso, cheio de brio”. Gabarito letra C.

 

  1. A frase em que a palavra destacada está empregada em sentido conotativo (figurado) é:

(A) Impassível e altivo, deixou que os monges despissem suas vestes sagradas.

(B) Mas era preciso matar Frei Caneca de qualquer jeito, como exemplo para desencorajar futuros conspiradores.

(C) E esses, mesmo duramente açoitados, negaram-se a participar da execução.

(D) Ele tinha participado da revolta da Confederação do Equador, sufocada pelo governo de Pernambuco.

(E) Vestia o hábito da Irmandade da Madre de Deus.

Comentários:

O sentido figurado está em “sufocada”, pois não podemos ler literalmente esta palavra, já que uma revolta não tem pulmão ou a capacidade de respirar. Trata-se de uma metáfora com sentido de abafada, comprimida, esmagada, privada dos elementos necessários a sua sobrevivência. Gabarito letra D.

 

  1. Assinale a alternativa em que, segundo a norma-padrão, o pronome, na expressão destacada, pode ser colocado também depois do verbo.

(A) E eles igualmente se negaram, alegando a visão da Virgem Maria.

(B) Não me façam sofrer muito.

(C) O carrasco se preparava para o gesto fatal.

(D) Tenham fé, ela já os perdoou.

(E) Veio então o ajudante do carrasco, que também se recusou a executar Frei Caneca.

Comentários:

(A) E eles igualmente se negaram, alegando a visão da Virgem Maria.

O pronome deve permanecer em próclise, antes do verbo, porque o advérbio “igualmente” é palavra atrativa.

(B) Não me façam sofrer muito.

O pronome deve permanecer em próclise, antes do verbo, porque o advérbio “não” é palavra negativa e, portanto, atrativa.

(C) O carrasco se preparava para o gesto fatal.

Aqui, não há palavra atrativa, nem proibição para ênclise. Portanto, o pronome pode ser deslocado.

(D) Tenham fé, ela já os perdoou.

O pronome deve permanecer em próclise, antes do verbo, porque o advérbio “já” é palavra atrativa.

(E) Veio então o ajudante do carrasco, que também se recusou a executar Frei Caneca.

O pronome deve permanecer em próclise, antes do verbo, porque o advérbio “também” é palavra atrativa.

Gabarito letra C.

  1. Assinale a alternativa que substitui a conjunção destacada na passagem “Aí foram buscar dois escravos. E esses, mesmo duramente açoitados, negaram-se a participar da execução.”, preservando a relação de sentido

do original.

(A) embora

(B) pois

(C) caso

(D) porém

(E) portanto

Comentários:

“Mesmo” tem valor concessivo, então só poderíamos trocar pela conjunção concessiva “embora”:

E esses, mesmo duramente açoitados (embora tenham sido duramente açoitados)

Gabarito letra A.

 

  1. A alternativa que reescreve o trecho “O juiz então ordenou que ele fosse fuzilado.”, de acordo com a norma-padrão de emprego e colocação de pronome, é:

(A) O juiz então ordenou que fuzilassem ele.

(B) O juiz então ordenou que o fuzilassem.

(C) O juiz então ordenou que fuzilassem-lhe.

(D) O juiz então ordenou que fuzilassem-o.

(E) O juiz então ordenou que lhe fuzilassem.

Comentários:

Fuzilar é verbo transitivo direto, então não poderia ter como complemento o pronome LHE (que só funciona como objeto indireto). Além disso, pronome reto não pode ser complemento. Assim, eliminamos: A (ele), C (-lhe) e E (-lhe). Na letra D, o pronome deveria vir antes do verbo, pois o “que”, conjunção subordinativa integrante, atrai próclise. Gabarito letra B.

 

  1. Observe a relação temporal entre as situações expressas pelos verbos destacados nos seguintes trechos: (I) No dia 13 de janeiro de 1825, um condenado caminhava com passos firmes na direção da forca, no centro do Recife. (II) Ele tinha participado da revolta da Confederação do Equador. (III) Vestia o hábito da Irmandade da Madre de Deus.

É correto concluir que

(A) as situações expressas nos trechos II e III são anteriores à expressa no trecho I.

(B) a situação expressa no trecho II é simultânea à expressa no trecho III.

(C) a situação expressa no trecho I é posterior à expressa no trecho III.

(D) as situações expressas nos trechos I e II são concomitantes.

(E) a situação expressa no trecho II é anterior à expressa no trecho I.

Comentários:

O Frei tinha participado da revolta antes do momento da forca, já que a forca é justamente a consequência, evento posterior, da sua participação. Então II é anterior a I. Gabarito letra E.

 

  1. Assinale a alternativa que expressa com regência correta, nos colchetes, ideia em oposição à do texto original.

(A) estava junto ao condenado [estava distante ao condenado].

(B) pudesse enfrentar o suplício [pudesse encarar ao suplício].

(C) passos firmes na direção da forca [passos firmes no rumo da forca].

(D) se recusou a executar Frei Caneca [concordou em executar Frei Caneca].

(E) negaram-se a participar [hesitaram de].

Comentários:

Podemos eliminar as alternativas por dois critérios: ou a regência está incorreta, ou o sentido não está em oposição. Vejamos:

(A) estava junto ao condenado [estava distante DO condenado].

A regência está incorreta.

(B) pudesse enfrentar o suplício [pudesse encarar O suplício].

A regência está incorreta.

(C) passos firmes na direção da forca [passos firmes no rumo da forca].

A regência está correta, mas o sentido é o mesmo, não é oposto.

(D) se recusou a executar Frei Caneca [concordou em executar Frei Caneca].

A regência está correta, e o sentido é oposto.

(E) negaram-se a participar [hesitaram de].

O sentido não é oposto e Hesitar não pede preposição. Gabarito letra D.

 

Leia o texto, para responder às questões de números 24 a 29.

 

O exorcismo

 

Rosário, a feiticeira andaluza, estava há muitos anos lutando contra os demônios. O pior dos satanases tinha sido seu sogro. Aquele malvado tinha morrido estendido na cama, na noite em que blasfemou*, e o crucifixo de bronze soltou-se da parede e quebrou-lhe o crânio.

Rosário se ofereceu para desendemoniar-nos. Jogou no lixo a nossa bela máscara mexicana de Lúcifer e esparramou uma fumaçarada de arruda, manjerona e louro bendito. Depois pregou na porta uma ferradura com as pontas para fora, pendurou alguns alhos e derramou, aqui e acolá, punhadinhos de sal e montões de fé.

– Ao mau tempo, cara boa, e para a fome, viola – disse.

E disse que dali para a frente era conosco, porque a sorte não ajuda quem não a ajuda a ajudar.

(Eduardo Galeano, O livro dos abraços. Adaptado)

*Proferiu palavras ofensivas à divindade.

 

Para responder às questões de números 24 e 25, considere a passagem final do texto: “E disse que dali para a frente era conosco, porque a sorte não ajuda quem não a ajuda a ajudar.”

 

  1. É correto concluir, a partir da recomendação da feiticeira, que

(A) a sorte não alcança quem nada faz.

(B) a feitiçaria não tem limites para quem tem sorte.

(C) as coisas acontecem no tempo certo, basta aguardar.

(D) a sorte independe de autoajuda.

(E) o futuro depende muito da sorte de cada um.

Comentários:

Se você precisa ajudar a sorte a ajuda-lo, é sinal que ela não vai ajudar se você não fizer nada por ela. Então, podemos concluir apenas que “a sorte não alcança quem nada faz.”

Gabarito letra A.

 

  1. É correto afirmar que o termo “a”, no trecho “não a ajuda”, é

(A) um pronome, que se refere à palavra “conosco”.

(B) um pronome, que se refere à palavra “sorte”.

(C) uma preposição, exigida pelo substantivo “ajuda”.

(D) um artigo, que identifica o gênero da palavra “ajuda”.

(E) uma preposição, exigida pelo verbo “ajudar”.

Comentários:

O “a” é pronome oblíquo átono e retoma “sorte”:

a sorte não ajuda quem não a ajuda (a sorte) a ajudar Gabarito letra B.

 

  1. Na passagem “blasfemou, e o crucifixo de bronze soltou-se da parede e quebrou-lhe o crânio”, o trecho destacado expressa, em relação à ação de blasfemar, ideia de

(A) condição.

(B) proporção.

(C) oposição.

(D) modo.

(E) consequência.

Comentários:

O personagem blasfemou contra a divindade e imediatamente o crucifixo soltou-se da parte e o matou. Veja que foi um “castigo divino imediato”, há uma clara relação de causa e consequência, sendo a morte a consequência da blasfêmia. Gabarito letra E.

 

  1. As palavras do texto que se associam por compartilharem um núcleo comum de sentido são:

(A) demônios, satanases e Lúcifer.

(B) feiticeira, malvado e viola.

(C) desendemoniar-nos, ferradura e fome.

(D) blasfemou, crânio e máscara.

(E) andaluza, sogro e arruda.

Comentários:

Palavras que se associam por compartilharem um núcleo comum de sentido são, em outras palavras, pertencentes a um mesmo “campo semântico”.

demônios, satanases e Lúcifer compartilham um núcleo em comum, que é o fato de fazerem referência a divindades ‘malignas”.

Observe que nenhuma outra opção traz palavras que dividam um sentido comum. Gabarito letra A.

 

  1. Na pronúncia, as palavras “mau” e “porque”, destacadas nos dois últimos parágrafos do texto, muitas vezes não se distinguem de “mal” e “por que”, o que acaba por refletir-se em emprego inadequado delas, na escrita. Assinale a alternativa em que essas palavras estão corretamente empregadas no contexto.

(A) O que o funcionário, até então, mau sabia é o motivo porque seu nome foi posto na lista dos não promovidos.

(B) A polícia descobriu os meios por que atuam as quadrilhas que assaltam à luz do dia, mau disfarçando o que fazem.

(C) Uma informação mal interpretada causa grandes problemas, porque gera resposta e ações inadequadas.

(D) As peças foram devolvidas por que acusaram mal funcionamento e provocaram acidentes.

(E) Ainda não se descobriu porque o projeto foi devolvido ao setor de planejamento; suspeita-se que tenha sido mau feito.

Comentários:

Relembremos o básico. “MaL” com L é advérbio, então vai acompanhar algum adjetivo ou verbo, com sentido oposto ao de “bem”.

MaU com U é adjetivo, oposto de bom, e vai estar ligado a um substantivo, a que dará essa caracterização de “ruim”.

O “porque” junto, sem acento, é conjunção (explicativa ou causal). Separado, o “por que” poderá ser usado em interrogativas (=por qual motivo) ou para substituir “pelo qual, pela qual, pelos quais, pelas quais…”

Vejamos:

(A) O que o funcionário, até então, MaL sabia é o motivo porque seu nome foi posto na lista dos não promovidos. (Mal modifica verbo, é advérbio)

(B) A polícia descobriu os meios por que (pelos quais) atuam as quadrilhas que assaltam à luz do dia, MaL disfarçando o que fazem. (Mal modifica verbo, é advérbio)

(C) Uma informação mal interpretada causa grandes problemas, porque gera resposta e ações inadequadas. (Perfeita!)

(D) As peças foram devolvidas por que acusaram MaU funcionamento e provocaram acidentes. (MaU modifica substantivo, é adjetivo)

(E) Ainda não se descobriu por que (por qual motivo) o projeto foi devolvido ao setor de planejamento; suspeita-se que tenha sido MaL feito. (Mal modifica verbo, é advérbio)

Gabarito letra C.

 

  1. A criação da palavra “fumaçarada” associa fumaçada e fumarada, formadas a partir de fumaça. É correto afirmar que a palavra criada produz efeito estilístico compatível com a ideia de

(A) aumentativo, grande quantidade.

(B) comparativo, grande quantidade.

(C) diminutivo, pequena intensidade.

(D) aumentativo, média intensidade.

(E) diminutivo, pouca qualidade.

Comentários:

Essa terminação ‘ada’ sugere ideia aumentativa, de grande quantidade, abundância: Mulherada (muitas mulheres), Criançada (muitas crianças), “Fumaçarada” (muita fumaça). Gabarito letra A.

 

  1. Assinale a alternativa que preenche as lacunas do enunciado a seguir, de acordo com a norma-padrão de concordância.

__________ as proporções do acidente, ________________ as vias da redondeza, ficando ____________ às pessoas trafegar pelo local, pois ainda ___________ focos de incêndio ________ .

(A) Dado … foi interditado … proibidas … havia … disperso

(B) Dado … foram interditadas … proibidas … haviam … disperso

(C) Dadas … foram interditadas … proibido … havia … dispersos

(D) Dadas … foi interditado … proibido … haviam … dispersos

(E) Dado …foram interditadas … proibido … haviadisperso

Comentários:

Na primeira lacuna, termos “Dadas”, concordando com “proporções”. Em seguida, usaremos “foram interditadas”, locução passiva concordando com “vias”. Depois, teremos: trafegar pelo local ficou “proibido” às pessoas. Na quarta lacuna, temos verbo “haver” impessoal, no sentido de ‘existia”; logo, usaremos: “havia”. Por fim, usaremos “dispersos”, concordando com “focos”. Gabarito letra C.

 

Prova Papiloscopista

 

 

  1. 01. Na história, a referência do personagem à “calça rancheira” funciona como

(A) um indicativo de que ele seja ainda muito mais moderno do que disse.

(B) um flagrante de que ele atribui a si mesmo uma qualidade que não tem.

(C) uma alusão ao seu caráter de modéstia quando afirma que é moderno.

(D) uma crítica que ele faz à sua interlocutora, que vê como retrógrada.

(E) uma sugestão de que ele e sua interlocutora não entendem a modernidade.

Comentários:

A calça rancheira é uma peça de vestuário antiga, usada a partir dos anos 50. Então, evidentemente o idoso da tirinha não é mesmo ‘ultra-moderno’, razão por que podemos concluir que ele atribui a si mesmo uma qualidade que não tem (a de ser moderno). Gabarito letra B.

 

  1. 02. No primeiro quadrinho, a expressão “estou super antenada” reporta ao sentido de

(A) usar informações sigilosas.

(B) usar equipamentos eletrônicos.

(C) informar-se acriticamente.

(D) estar bem informada.

(E) abolir a tecnologia.

Comentários:

Estar “antenado” é forma figurada para “estar informado”, já que a antena é um dispositivo que recebe informações. Gabarito letra D.

 

  1. Na fala do personagem no segundo quadrinho “Apesar da aparência, sou um homem ultramoderno!”, a expressão destacada estabelece entre as informações relação de sentido de

(A) comparação.

(B) finalidade.

(C) consequência.

(D) conclusão.

(E) concessão.

Comentários:

“Apesar de” é uma locução prepositiva com valor de concessão. Gabarito letra E.

 

Leia o texto para responder às questões de números 04 a 11.

 

Mal-estar

 

Causa inquietude a situação do mercado de trabalho desde o final do ano passado, conforme observada nas pesquisas mais recentes do IBGE. Os números decepcionantes acentuam as dúvidas em torno da força e da persistência da retomada do crescimento econômico.

A atividade no início deste ano se mostra, em geral, fraca. Em abril, os índices de confiança de consumidores e empresas ou ficaram estagnados ou regrediram. Compreende-se a reticência, dados os indicadores do mundo do emprego.

O poder de compra dos salários começou a se recuperar no ano passado, mas a melhora perde ritmo. No primeiro trimestre, o rendimento médio do país não passou de R$ 2.169 mensais – o mesmo valor do mesmo período de 2017, considerada a inflação.

Descontados efeitos sazonais, a taxa de desocupação não cai desde setembro do ano passado.

A oferta de empregos permanece precária, baseada em vagas sem carteira assinada e trabalho por conta própria, na maior parte dos casos, informal e mal remunerado.

As taxas de juros bancárias estão em níveis semelhantes ou superiores aos verificados no final de 2017. A tímida evolução dos rendimentos pode ter influência da estagnação do salário-mínimo. O desempenho da agricultura, ainda bom, não iguala os resultados extraordinários do início do ano passado.

A construção civil não conseguiu se recuperar e ainda desemprega. Os investimentos no setor deixaram de cair apenas no final do ano passado. Não há dados mais recentes, mas sabe-se que faltam novos canteiros de obras devido, em grande parte, à penúria orçamentária em todos os níveis de governo.

Os indicadores de confiança econômica detectaram ligeiro aumento do pessimismo em relação aos próximos meses.

Ressalte-se que ainda existe crescimento, com taxa esperada entre 2,5% e 3% neste ano. De todo modo, neste momento é inegável o mal-estar na recuperação econômica.

(Folha de S.Paulo, 30.04.2018. Adaptado)

 

  1. Ao discutir as condições do trabalho atual, o texto deixa evidente que

(A) houve aumento expressivo no rendimento médio do país, o que deveria impulsionar a retomada do crescimento.

(B) existe um cenário de desconfiança generalizado no país devido à débil recuperação da economia.

(C) ocorre uma mudança lenta na recuperação da economia, o que tem aumentado o ritmo de contratações.

(D) falta ousadia para a construção civil empregar mais, ainda que haja muito investimento no setor.

(E) há resultados extraordinários na agricultura, o que não justifica as taxas de juros bancárias.

Comentários:

(A) Incorreto. Não houve, os números são tímidos.

(B) Correto. Existe um cenário de desconfiança generalizado no país devido à débil (fraca) recuperação da economia.

(C) Incorreto. O ritmo de contratações não tem aumentado. Há mais desemprego.

(D) Incorreto. Falta dinheiro para o governo realizar obras.

(E) Incorreto. Os resultados extraordinários na agricultura ocorreram no ano passado.

Gabarito letra B.

 

  1. Nos trechos “Os números decepcionantes acentuam as dúvidas…” (1º parágrafo) e “A tímida evolução dos rendimentos…” (6º parágrafo), os adjetivos destacados reportam à ideia de

(A) retomada econômica vivida pelo país, a qual é repetida e contestada com a frase do 7º parágrafo: “A construção civil não conseguiu se recuperar e ainda desemprega.”

(B) esperança para a economia do país, a qual é resumida e confirmada com a frase que inicia o último parágrafo: “Ressalte-se que ainda existe crescimento…”

(C) viabilidade econômica do país, a qual é reiterada e explicada com a frase do 7o parágrafo: “…devido […] à penúria orçamentária em todos os níveis de governo…”

(D) dificuldades econômicas vividas pelo país, a qual é reiterada e ratificada no final do texto com a frase “… é inegável o mal-estar na recuperação econômica”.

(E) estagnação econômica do país, a qual é retomada e contradita com a frase do 8o parágrafo: “Os indicadores de confiança econômica detectaram ligeiro aumento do pessimismo…”

Comentários:

Tímido (inexpressivo) e Decepcionante referem-se aos indicadores econômicos do Brasil, que apontam para dificuldades econômicas vividas pelo país.

Essa “crise” é mencionada novamente em  “… é inegável o mal-estar na recuperação econômica”.

(A) Incorreto. Não há retomada.

(B) Incorreto. Não há esperança para a economia do país, há pessimismo.

(C) Incorreto. Não há viabilidade econômica do país; segundo o texto, o cenário é decepcionante.

(E) Incorreto. A estagnação não é “contradita”, é confirmada por esse trecho. Gabarito letra D.

 

  1. O parágrafo final do texto permite concluir corretamente que

(A) a taxa de crescimento entre 2,5% e 3% para o ano de 2018 é indicativo de que as previsões pessimistas para a economia em breve mudarão.

(B) a recuperação econômica do país passa por um momento paradoxal, pois existe crescimento auspicioso e, nem assim, desaparece o desalento.

(C) o pessimismo na economia brasileira é um mal passageiro, considerando-se que a previsão de crescimento é a maior da história recente do país.

(D) o mal-estar na recuperação econômica do país tende a dissipar-se rapidamente, considerando-se a previsão de um crescimento significativo.

(E) a recuperação econômica do país vive um momento embaraçoso, para o qual o crescimento previsto para 2018 não tem funcionado como um alento.

Comentários:

Pessoal, o objeto da análise deve ser o “último parágrafo”, somente:

Ressalte-se que ainda existe crescimento, com taxa esperada entre 2,5% e 3% neste ano. De todo modo, neste momento é inegável o mal-estar na recuperação econômica.

Na primeira linha, fala-se da previsão de crescimento (entre 2,5% e 3%), mesmo assim o mal-estar é inegável, o que nos permite presumir que esse crescimento não serve de alento, não consola a visão pessimista do autor. Gabarito letra E.

 

  1. Considere as passagens:
  • “Compreende-se a reticência, dados os indicadores do mundo do emprego.” (2º parágrafo);
  • “Descontados efeitos sazonais, a taxa de desocupação não cai desde setembro do ano passado.” (4º parágrafo);
  • “… faltam novos canteiros de obras devido […] à penúria orçamentária em todos os níveis de governo.” (7º parágrafo).

Os termos em destaque significam, correta e respectivamente:

(A) hesitação; relativos a uma época do ano; miséria.

(B) incredulidade; relativos a um tempo incerto; limitação.

(C) desarmonia; relativos a uma estação do ano; pobreza.

(D) inobservância; relativos a um mês do ano; escassez.

(E) incerteza; relativos a um tempo passado; controle.

Comentários:

Estar “reticente” é estar “incerto, em dúvida, hesitante”. Então, “Reticência” funciona no contexto como sinônimo de “hesitação”. “Efeitos sazonais” são efeitos relativos a uma determinada época e “penúria” é mais do que “pobreza”, é “miséria”, pobreza extrema. Gabarito letra A.

 

  1. Assinale a alternativa que atende à norma-padrão de concordância verbal.

(A) Os indicadores do mundo do emprego permite compreender os índices de confiança de consumidores e empresas.

(B) Na atual conjuntura, aumenta as vagas sem carteira assinada e também o trabalho por conta própria.

(C) A falta de investimentos na construção civil e de criação de novos canteiros de obras reforça a inquietude econômica.

(D) As dúvidas em torno da força e da persistência da retomada do crescimento causa inquietude no país.

(E) Quando se desconta os efeitos sazonais, vê-se que a taxa de desocupação não cai desde setembro do ano passado.

Comentários:

Façamos as correções:

(A) Os indicadores do mundo do emprego permiteM compreender os índices de confiança de consumidores e empresas. (Concorda com “indicadores”)

(B) Na atual conjuntura, aumentaM as vagas sem carteira assinada e também o trabalho por conta própria. (Concorda com “vagas”)

(C) Correto. Concordância feita com “falta”.

(D) As dúvidas em torno da força e da persistência da retomada do crescimento causaM inquietude no país. (Concorda com “dúvidas”)

(E) Quando se descontaM os efeitos sazonais, vê-se que a taxa de desocupação não cai desde setembro do ano passado.  (Concorda com o sujeito passivo “os efeitos sazonais”).

Gabarito letra C.

 

 

  1. Assinale a alternativa correta quanto ao emprego do acento indicativo da crase, de acordo com a norma-padrão.

(A) No que tange à pesquisas do IBGE, vê-se que a situação econômica tem gerado certa inquietude.

(B) Considerada a inflação, o rendimento médio do país não chegou à superar o valor de 2017.

(C) A construção civil não propõe à criação de novos postos de trabalho, por causa da crise.

(D) Segundo as previsões, o crescimento da economia brasileira em 2018 irá à 3%, no máximo.

(E) A oferta de empregos com carteira assinada à população trabalhadora ainda é baixa.

Comentários:

Vejamos:

  1. a) Não há crase, pois não há artigo. Se houvesse, teríamos “às”.
  2. b) Não há crase antes de verbo.
  3. c) Propor é VTD, não pede preposição; logo, é impossível haver crase.
  4. d) Não há crase antes de 3%, pois não aceita artigo feminino.
  5. e) Temos crase pela fusão de “oferta A + A população”. Gabarito letra E.

 

  1. Assinale a alternativa que atende à norma-padrão de concordância nominal.

(A) Considerado o índice de inflação, o rendimento médio do país não passou de R$ 2.169 mensais – equivalente ao do mesmo período de 2017.

(B) As atividades econômicas no início deste ano têm se mostrado, em geral, fraca, dados os indicadores do mundo do emprego.

(C) Os indicadores de confiança econômica utilizado na pesquisa detectaram ligeiro aumento do pessimismo em relação aos próximos meses.

(D) Bastante dúvidas em torno da força e da persistência da retomada do crescimento econômico se acentuaram com dados do IBGE.

(E) Permanece precária a oferta de empregos, os quais, em muitos casos, caracterizam-se por serem informal e mal remunerado.

Comentários:

A letra A, está perfeita: “Considerado” concorda com ‘índice’, “equivalente” concorda com ‘rendimento’, em mesmo gênero e número.

Façamos as devidas correções:

(B) As atividades econômicas no início deste ano têm se mostrado, em geral, fracaS, dados os indicadores do mundo do emprego. (Concorda com “atividades”)

(C) Os indicadores de confiança econômica utilizadOS na pesquisa detectaram ligeiro aumento do pessimismo em relação aos próximos meses. (Concordância com “indicadores”)

(D) BastanteS dúvidas em torno da força e da persistência da retomada do crescimento econômico se acentuaram com dados do IBGE. (Bastante, diante de substantivo, indicando quantidade vaga, é pronome indefinido e varia normalmente, como “muitos”.

(E) Permanece precária a oferta de empregos, os quais, em muitos casos, caracterizam-se por serem informaIS e mal remuneradoS. (A concordância é feita com “empregos”). Gabarito letra A.

 

  1. Na frase que inicia o 7º parágrafo – A construção civil não conseguiu se recuperar e ainda desemprega. –, além do sentido de adição, a conjunção “e” expressa também sentido de

(A) condição.

(B) consequência.

(C) alternância.

(D) causa.

(E) explicação.

Comentários:

Temos relação de causa e consequência:

A construção civil não consegue se recuperar, como consequência, demite, causa desemprego.

Então, “ainda desemprega” é consequência de falta de recuperação, que é a causa.

Gabarito letra B.

 

Leia a tira para responder às questões de números 12 a 14.

 

 

  1. A leitura do último quadrinho permite concluir que Calvin e Haroldo

(A) têm opiniões divergentes em relação às facilidades proporcionadas pela tecnologia, engrandecidas pelo garoto.

(B) reconhecem que a vida será mais fácil no futuro, já que as pessoas não precisarão sair do conforto de suas casas.

(C) concordam quanto às facilidades da vida no futuro, mas discordam quanto à necessidade de interação humana.

(D) têm ideias pouco precisas em relação ao tempo futuro, a ponto de o tigre dizer que as pessoas não viverão mais.

(E) acreditam que as facilidades do futuro, apesar de esperadas, serão, ao final de contas, irrelevantes para as pessoas.

Comentários:

Calvin acha que a vida é muito incômoda, inconveniente, e vê com animação a ideia de informatizar tudo, inclusive a interação com as pessoas. Já o tigre entende que todos essas atividades que o menino quer ver automatizadas na verdade são o que constitui “viver a vida”. Portanto, eles têm opiniões divergentes e o garoto engrandece as facilidades proporcionadas pela tecnologia.

Pessoal, só uma fala do tigre, no sentido de que as pessoas não vão “viver a vida”. É só isso que ele diz, todas as opções acrescentam informações que não constam no texto, opiniões que pensamentos que não podemos transmitir ao tigre.

Gabarito letra A.

 

  1. No 3º quadrinho, nas três ocorrências, o sentido da preposição “sem” e o das expressões que ela forma são, respectivamente, de

(A) negação e causa.

(B) adição e condição.

(C) ausência e modo.

(D) falta e consequência.

(E) exceção e intensidade.

Comentários:

O “sem” indica ausência. A expressão “sem perda de tempo” e “sem a incômoda interação humana” indicam o modo como viveríamos caso tudo fosse automatizado.

Gabarito letra C.

 

  1. A fala de Calvin no último quadrinho – A vida é muito inconveniente. – significa que o menino a considera

(A) bastante adequada.

(B) eventualmente inoportuna.

(C) muito vantajosa.

(D) demasiadamente incômoda.

(E) provavelmente descomplicada.

Comentários:

Questão direta de sinonímia:

Muito (intensidade) inconveniente (noção de transtorno) equivale a “demasiadamente (intensidade)  incômoda (noção de transtorno)”. Gabarito letra D.

 

Leia o texto para responder às questões de números 15 a 20.

 

O Clube dos Suicidas

 

A senhora – o que foi que tomou mesmo? Comprimidos. Não sabe que comprimidos? Gardenal. Tomou Gardenal. Muitos? Cuidado, não pise no fio do microfone. Dez comprimidos. E o que foi que sentiu? Uma tontura gostosa! Vejam só, uma tontura gostosa! Não é notável? Uma tontura gostosa. E foi por causa de quem? Olha o fio. Do marido. O marido bebia. Batia também? Batia. Voltava bêbado e batia. Quebrava toda a louça. Agora prometeu se regenerar. E ela não vai mais tomar Gardenal. Palmas. Olha o fio. Fica ali, à esquerda. Ali, junto com as outras. Depois recebe o brinde. Aproveito este breve intervalo para anunciar que a moça loira da semana passada – lembram, aquela que tomou ri-do-rato? Morreu. Morreu ontem. A família veio aqui me avisar. Foi uma dura lição, infelizmente ela não poderá aproveitar. Outros o farão. E a senhora? Ah, não foi a senhora, foi a menina. Que idade tem ela? Dez. Tomou querosene? Por que a senhora bateu nela? A senhora não bate mais, ouviu? E tu não toma mais querosene, menina. A propósito, que tal o gosto? Ruim. Não tomou com guaraná? Ontem esteve aqui uma que tomou com guaraná. Diz que melhorou o gosto. Não sei, nunca provei. De qualquer modo, bem-vinda ao nosso Clube. Fica ali, junto com as outras. Cuidado com o fio. Olha um homem! Homem é raro aqui. O que foi que houve? A mulher lhe deixou? Miserável. Ah, não foi a mulher. Perdeu o emprego. Também não é isto. Fala mais alto! Está desenganado. É câncer? Não sabe o que é. Quem foi que desenganou? Os doutores às vezes se enganam. Fica ali à esquerda e aguarde o brinde. E esta moça? Foi Flit? Tu pensas que é barata, minha filha? Vai ali para a esquerda. Olha o fio, olha o fio. E esta senhora, tão velhinha – já me disseram que a senhora quis se enforcar. É verdade? Com o fio do ferro elétrico, quem diria! E dá? Mostra para nós como é que foi. Pode usar o fio do microfone.

(Moacyr Scliar, Os melhores contos, 1996)

 

  1. Considerando o sentido global do texto, o ápice do efeito de humor na história decorre da situação

(A) da mulher, que tomou Gardenal porque vivia sob ameaça do marido.

(B) da menina, que tomou querosene e que passou a entrevistar o apresentador.

(C) da mãe da menina, que pôs guaraná no querosene que a filha ingeriu.

(D) do homem, a quem o apresentador sugere que desconfie dos médicos.

(E) da senhora, a quem o apresentador libera o uso do fio do microfone.

Comentários:

Observem que a todo momento o apresentador alerta: “cuidado com o fio”. Isso não é gratuito. Ao final, ele permite, para nossa surpresa, que a senhora mostre com o fio, antes intocável, como fez para tentar se enforcar. O humor da tira está nesse contraste. Gabarito letra E.

 

  1. Há palavra ou expressão empregada em sentido figurado na passagem:

(A) Foi uma dura lição, infelizmente ela não poderá aproveitar. Outros o farão.

(B) E esta senhora, tão velhinha – já me disseram que a senhora quis se enforcar.

(C) E tu não toma mais querosene, menina. A propósito, que tal o gosto?

(D) Do marido. O marido bebia. Batia também? Batia. Voltava bêbado e batia.

(E) Os doutores às vezes se enganam. Fica ali à esquerda e aguarde o brinde.

Comentários:

Questão bem sutil. Às vezes não notamos como certas palavras são metafóricas em nossa linguagem. A expressão “dura lição” é figurada porque “duro” não se refere literalmente à rigidez de um objeto sólido; tampouco “lição” se refere a um exercício didático de um livro ou curso. A expressão tem sentido figurado de “algo muito doloroso e difícil de aprender”.

Gabarito letra A.

As demais opções trazem exemplos de uso literal, denotativo da linguagem.

 

  1. Observe as passagens:
  • Tomou querosene? […] Ontem esteve aqui uma que tomou com guaraná. Diz que melhorou o gosto. Não sei, nunca provei.
  • Olha um homem! Homem é raro aqui. […] Está desenganado. É câncer? Não sabe o que é. Quem foi que desenganou?

Considerando o emprego e a colocação de pronomes, em conformidade com a norma-padrão, as frases em destaque podem ser assim reescritas, respectivamente:

(A) Não sei, nunca lhe provei. / Quem foi que desenganou você?

(B) Não sei, nunca o provei. / Quem foi que o desenganou?

(C) Não sei, nunca provei-o. / Quem foi que desenganou-lhe?

(D) Não sei, nunca provei ele. / Quem foi que desenganou ele?

(E) Não sei, nunca provei-lhe. / Quem foi que desenganou-lhe?

Comentários:

Nas redações originais, o complemento foi omitido. A banca pede que usemos um pronome adequadamente no lugar dos objetos de “provar” e “desenganar”:

Não sei, nunca provei. (o querosene) – Nunca O provei.

Quem foi que desenganou? (o homem) – que O desenganou.

O pronome fica em próclise em ambos os casos, pois “nunca” e “que” são palavras atrativas.

Além disso, valia lembrar que “lhe” não pode ser objeto direto, “lhe” substitui termo preposicionado e apenas funciona como complemento indireto (OI) ; nem “ele” poderia ser objeto, pois é pronome reto. Gabarito letra B.

 

  1. Nos trechos “Cuidado, não pise no fio do microfone.”, “Fica ali, à esquerda.” e “Mostra para nós como é que foi.”, o apresentador emprega o verbo no imperativo, respectivamente, com as seguintes finalidades:

(A) advertência, solicitação e ordem.

(B) solicitação, pedido e pedido.

(C) pedido, orientação e ordem.

(D) advertência, orientação e pedido.

(E) ordem, solicitação e orientação.

Comentários:

De modo geral, o imperativo indica ordem, pedido, sugestão, conselho, orientação…

Especificamente, temos a seguinte leitura dos verbos no imperativo:

Ao dizer “Cuidado”, o apresentador faz um advertência. Ao dizer “Fica ali, à esquerda”, dá uma orientação, detalha a direção. Por fim, faz um pedido: “mostra para nós como é que foi”. Gabarito letra D.

 

  1. Assinale a alternativa que atende à norma-padrão de regência.

(A) A família da moça que tomou ri-do-rato avisou o apresentador que ela morreu.

(B) A mulher discordava com a atitude do marido, que a agredia quando bebia.

(C) O homem confiou do diagnóstico dos médicos e, assim, nem anseia mais de se curar.

(D) As pessoas que vão ao Clube dão seu depoimento e estão aptas a ganhar um brinde.

(E) O apresentador está convicto que a menina tomou querosene porque apanhou sem razão.

Comentários:

(A) A família da moça que tomou ri-do-rato avisou Ao apresentador que ela morreu.

Avisamos “Alguém” “DE algo” ou Avisamos “Algo” “A alguém”. O verbo pede um complemento preposicionado, outro sem preposição.

(B) A mulher discordava DA a atitude do marido, que a agredia quando bebia. (A regência é “discordar DE”)

(C) O homem confiou NO diagnóstico dos médicos e, assim, nem anseia mais POR se curar.

(A regência é “confiar EM” e “Ansiar POR)

(D) As pessoas que vão ao Clube dão seu depoimento e estão aptas A ganhar um brinde. (Perfeito. O adjetivo “apta” pede preposição A/PARA)

(E) O apresentador está convicto DE que a menina tomou querosene porque apanhou sem razão.

(Perfeito. O adjetivo “convicto” pede preposição DE)

Gabarito letra D.

 

  1. Observe as frases:
  • Dez comprimidos. E o que foi que sentiu? Uma tontura gostosa! Vejam só, uma tontura gostosa! Não é notável?
  • Que idade tem ela? Dez. Tomou querosene?
  • Por que a senhora bateu nela? A senhora não bate mais, ouviu?

No contexto em que estão empregadas, as orações interrogativas revelam as seguintes intenções comunicativas ou reações do entrevistador, respectivamente:

(A) busca de uma informação; espanto; advertência.

(B) crítica; bom humor; confirmação de uma informação.

(C) humor; indignação; confirmação de uma informação.

(D) advertência; busca de uma informação; busca de uma informação.

(E) ironia; confirmação de uma informação; busca de uma informação.

Comentários:

Com a pergunta “Não é notável?”, o apresentador ironiza o fato de a personagem ter tomado Gadernal, pois não acha realmente “notável” uma tentativa de suicídio com remédios.

Com “Tomou querosene?”, o autor faz uma pergunta que já tem uma resposta pré-indicada, então apenas busca confirmação, como se pedisse ‘sim’ ou ‘não’.

A terceira interrogativa já é aberta, não tem uma resposta pressuposta. Então, busca-se uma informação, não só uma “confirmação”. Gabarito letra E.

Coordenação

Ver comentários

  • Ótimo! obrigado a todos por postarem questões comentadas que nos ajudam a estudar com mais clareza e facilidades.

  • Obrigado, prof. Felipe. Nesta questão "As peças foram devolvidas por que acusaram MaU funcionamento e provocaram acidentes.", o "por que" separado está certo? Abraço!!!

  • Agradeço à equipe do Estratégia por compartilhar material de tamanha valia.
    Nós, concurseiros, agradecemos de coração.
    Abraços.

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