Economia para Petrobrás – Destaques dos principais pontos
No artigo de hoje: Economia para Petrobrás – destaques dos principais pontos, será apresentado um resumo dos principais pontos que você precisa saber para a prova conforme análise da Vunesp.
Hoje vamos fazer um resumo dos principais pontos de economia para o cargo de economista da Petrobras. O objetivo é gabaritar essa prova, ok?
Petrobrás: Economia – Elasticidade renda da demanda
Diferente da elasticidade-preço da demanda, em que seu valor é, em regra, negativo, aqui a regra geral é o oposto. Ou seja, em regra, um aumento da renda do consumidor leva a um aumento da demanda.
Essa variação de renda e quantidade no mesmo sentido faz com que o numerador e o denominador da equação acima tenham sinais iguais, o que resulta em um valor positivo para a elasticidade-renda da demanda. Essa regra é válida para os bens normais.
Contudo, temos uma exceção, os bens inferiores. Aqueles em que um aumento da renda leva a uma redução do consumo, como a passagem de ônibus e a carne de segunda.
Essa relação inversa entre renda e quantidade demandada faz com que tenhamos numerador e denominador com sinais diferentes na equação, resultando em um valor negativo para a elasticidade da renda.
Dentre os bens normais, tem-se dois tipos de bens que podem ser classificados segundo o valor de sua elasticidade. São os bens necessários e os bens de luxo.
Os bens necessários, como alimentos, tendem a apresentar baixa elasticidade-renda porque os consumidores sempre decidem comprar alguma quantidade deles mesmo quando a renda é baixa e o valor da elasticidade-renda é inferior a um.
Já os bens de luxo (ou supérfluos), como roupas de grife e carros importados, tendem a apresentar uma alta elasticidade-renda, afinal os consumidores podem muito bem passar sem eles se houver uma redução em sua renda e o valor da elasticidade-renda é superior a um.
Por fim, temos ainda os bens de consumo saciado, que são aqueles em que o consumo não varia em relação à renda e a variação é nula, consequentemente a elasticidade também será.
Petrobrás: Economia – Concorrência Perfeita e Concorrência Monopolística
A estrutura de Concorrência Perfeita possui as seguintes características
- homogeneidade de produtos
- grande número de vendedores e compradores
- livre barreiras à entrada e saída
- tomadora de preços
- Elasticidade-preço da oferta é determinada pela inclinação das curvas de custo marginal das firmas individuais
- Curva do mercado: negativamente inclinada
- Curva de demanda individual: horizontal (infinitamente elástica)
- O lucro econômico de longo prazo é zero e o custo médio de produção seja mínimo.
Condição de maximização de lucro:
Rmg = Cmg (no trecho ascendente) = preço
Ainda, acrescenta-se que o lucro por unidade de produto é dado pela diferença entre o preço e o custo total médio.
Por fim, pode-se dizer também que o ponto de break even, para uma firma competitiva, ocorre no nível de produção para o qual o custo marginal é igual ao custo médio.
Por outro lado, têm-se as seguintes características da concorrência Monopolística:
- Muitos produtores
- Produtos heterogêneos (diferenciados entre si)
- Curva demanda é elástica.
- Cada empresa é a única produtora de seu produto (exerce poder de mercado)
- curva de demanda é descendente e, como resultado, o preço é maior que o custo marginal.
Assim, neste modelo, as curvas de demanda de produtos em concorrência monopolística são bastante elásticas.
Também, afirma-se que a concorrência monopolística é um híbrido entre o monopólio e a competição perfeita.
Assim como no monopólio, a curva de demanda é descendente e, como resultado, o preço é maior que o custo marginal.
Petrobrás: Economia – Monopólio, Índice de Lerner e Regulação do Monopolista
No tocando ao regime monopolista, enunciam-se as seguintes características:
- Curva de Demanda: quanto MAIS ELÁSTICA > MENOR o poder do monopolista
- A longo prazo, os mercados monopolistas e oligopolistas apresentam lucros extraordinários.
- único produtor (vendedor)
- barreiras à entrada
- maximização de lucros: Rmg = Cmg
- funcionamento: opera na parte elástica da demanda
- markup > 1
- firma produz um produto para o qual não existe substituto próximo.
- curva de demanda do mercado = curva da receita média
- não existem substitutos próximos
- monopolista não tem curva de oferta
- curva de demanda: quanto mais elástica, menor será o poder do monopolista
Também, cita-se o Índice de Lerner (L), formalizado em 1934 por Abba Lerner, que mensura o poder de mercado exercido por uma empresa e é definido por:
Onde:
P é o preço de mercado estabelecido pela empresa
CMg é o custo marginal da empresa
O índice varia de 1 a -1 e 0, com números mais altos implicando maior poder de mercado.
Para uma empresa perfeitamente competitiva (onde P = CMg), e onde o L = 0; essa empresa não tem poder de mercado.
Quando CMg = 0, o índice de Lerner é igual a um, indicando a presença de poder de monopólio.
O monopolista produz no ponto ótimo (RMg = Cmg) e não no nível competitivo, de eficiência de Pareto (P = Cmg). No entanto, forçar o monopólio a produzir nesse preço competitivo pode não ser possível porque incorrerá em prejuízo.
A regulação ótima é aquela em que o P = custo total médio ou acima deste.
O monopolista produz RMg = CMg e não no nível de eficiência de Pareto P=CMg.
Petrobrás: Economia – Bens Públicos
As características dos bens variam de acordo com algumas classificações:
São essas características:
Rivalidade: O consumo de um bem por uma pessoa reduz a quantidade disponível para consumo de outra pessoa
Não rivalidade: O consumo de uma pessoa não reduz o consumo de outra. Exemplo: Segurança nacional.
Não excludibilidade ou não excludência: não existe mecanismo eficiente de impedir que outro indivíduo ou um grupo de indivíduos consuma um bem ou serviço.
Exclusividade: possibilidade de se impedir alguém de ter acesso a um determinado bem ou serviço.
Os bens públicos só são providos de forma ótima pelo governo, ou por meio de alguma atuação governamental;
De acordo com a classificação tradicional de Musgrave, a função alocativa decorre da existência de bens públicos e o custo marginal de prover o bem público é zero.
Petrobrás: Economia – Déficit Público
O déficit primário ou fiscal (Necessidade de Financiamento do Setor Público – conceito primário) é medido pelo déficit total, excluindo a correção monetária e cambial da dívida e os pagamentos de juros de dívidas contraídas anteriormente.
De fato, é a diferença entre os gastos públicos e a arrecadação tributária no exercício, independente de juros e correções da dívida passada.
Assim, pode-se então concluir que o déficit primário significa gastos não financeiros menos receitas não financeiras.
Pode ser conceituado também como: déficit primário = déficit nominal – pagamento de juros nominais.
O déficit nominal ou total (Necessidade de Financiamento do Setor Público – conceito nominal) engloba qualquer necessidade de novos financiamentos para fazer frente a qualquer despesa. Pode-se então concluir que o déficit nominal significa: gastos totais menos receitas totais.
Por fim, o déficit operacional (Necessidade de Financiamento do Setor Público – conceito operacional) é medido pelo déficit primário acrescido dos pagamentos de juros da dívida passada.
Em outras palavras, é o déficit nominal, excluindo a correção monetária e cambial.
Assim, as cláusulas de correção monetária (devido à inflação) fazem com que qualquer aumento da inflação eleve as NFSP, sem que isso signifique maiores gastos. Nos períodos de inflação elevada, era o conceito para se medir o déficit público.
Pode-se, então, concluir que o déficit operacional significa: déficit operacional = déficit primário + pagamentos de juros reais.
Espero que tenham gostado do artigo!
Um abraço e bons estudos!
Felipe Rocha
@ffazro
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