PEC 241 e os concursos públicos. Independentemente de análises partidárias ou “isentas”, de otimismo e pessimismo, como a PEC vai afetar a vida do estudante para concursos?
Recebi muitas perguntas sobre o tema. Muita gente preocupada. Alguns já até mesmo demonstrando um certo desânimo.
É uma notícia ruim, com certeza. As coisas não vão melhorar para o seu lado. Mas até que ponto vão piorar? Como você deve reagir a essa novidade? Abordo essas questões no vídeo abaixo:
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Diogo, obrigado pela análise. Gostaria de aproveitar e perguntar sua opinião sobre um outro assunto que já foi noticiado pela mídia - embora com menos repercussão - que é a questão da redução da salário inicial no serviço público ( a notícia falava só em âmbito federal, e a medida se restringe aos novos entrantes apenas). Como você vê a possibilidade disso acontecer e, se acontecer, de que forma aconteceria? Em outras palavras, seria uma medida geral? Abrangeria todos os poderes ou seria algo mais restrito ao executivo? Afetaria todas as carreiras, ou seria mais amargo com carreiras fracas, e mais ameno com carreiras fortes? Sei que nesse momento tudo são cenários, mas dada a análise que fez da pec241, gostaria de ouvir sua opinião sobre o tema. Desde já, obrigado.
Thiago
Prezado professor,
A Universidade Federal de Alagoas - UFAL fez um estudo e, em sua nota de repúdio, colocou um exemplo da repercussão dessa PEC 241. A nota é assinada ela Reitora da universidade. Veja um trecho: Para as Universidades Federais, a PEC significa seu total sucateamento. No caso da Ufal, a Proginst constatou que se o mecanismo da PEC tivesse sido aplicado nos últimos 10 anos, de 2006 a 2016, o orçamento para esse ano seria de R$30.237.262,10. O orçamento real de 2016 é de R$155.455.700,00, portanto, uma diferença de mais de 125 milhões de reais. Se o mecanismo da PEC fosse aplicado em 2006, a expansão da Ufal e sua interiorização estariam completamente inviabilizadas.Nota completa (http://www.ufal.edu.br/noticias/2016/10/reitoria-da-ufal-lanca-nota-posicionando-se-contra-a-pec-241)
Teve um governo que investiu no serviço público, contratou servidores e atualizou planos de cargos e salários como parte de uma política de modernização e eficiência da máquina pública, e de quebra, fez vários cursinhos ganharem dinheiro com candidatos, o que não impediu notas de repúdios acerca de falas descontextualizadas e imagem de famigerado boneco inflável nos fundos de uma transmissão ao vivo.
É lógico que os cursinhos vão defender os concursos públicos, falar que tudo vai ficar bem, "não se preocupe se vai ter ou não, apenas compre o material e estude"... na prática a história é outra! Estamos cansados de saber que a reposição inflacionária é prevista pela constituição, mas ela é cumprida? Não! Imagine isso por 20 anos... com meras reposições salariais.
O servidor vai chorar sangue.