Concursos Públicos

PC/SP – Agepol – Comentários à prova de Atualidades

Olá pessoal,

Na segunda-feira não estava bem de saúde, por isso não participei da correção da prova ao vivo realizada pelo Estratégia Concursos. Seguem os meus comentários às questões da prova.

Foi uma prova equilibrada com questões de padrão fácil, médio e difícil com três questões de maior dificuldade, daquelas que o examinador coloca para todo mundo errar, cobrando fatos ou conhecimento de menor relevância e/ou de baixa divulgação pela mídia nacional e internacional. Não vislumbrei possibilidades de recursos.

Agradeço mais uma vez aos elogios dos nossos alunos e as muitas mensagens que recebi informando que gabaritaram ou tiveram um excelente desempenho na disciplina. Quem fez o nosso curso completo e estudou adequadamente foi bem na prova.

Sucesso no concurso!

Grande Abraço,

Prof. Leandro Signori

 

  1. Acionistas da distribuidora de energia aceitaram a proposta da italiana Enel para compra do controle da companhia e venderam R$ 5,5 bilhões em ações da empresa em leilão nesta segunda-feira [04 de junho]. Foram negociadas 122,7 milhões de ações, cerca de 73% de um total de 167 milhões de papéis. Com o negócio, a Enel se torna a maior distribuidora de eletricidade do Brasil, superando a CPFL, controlada pela chinesa State Grid. Segundo a Enel, a operação adiciona 7 milhões de unidades consumidoras à sua base de clientes.

(Folha de S. Paulo, 04.06.18. Disponível em: https://goo.gl/2UiYCb. Adaptado)

A notícia se refere à venda do controle da empresa

(A) Eletrobrás.

(B) Furnas.

(C) Bandeirante Energia.

(D) Light.

(E) Eletropaulo.

COMENTÁRIOS:

A notícia se refere à venda do controle da empresa Eletropaulo. Acionistas da distribuidora de energia Eletropaulo aceitaram a proposta da empresa estatal italiana Enel para compra do controle da companhia e venderam R$ 5,5 bilhões em ações da empresa em leilão. Com o negócio, a Enel se torna a maior distribuidora de eletricidade do Brasil. A empresa tem operações de distribuição no Rio de Janeiro, Goiás e Ceará.

Gabarito: E

 

  1. O primeiro-ministro da Jordânia, Hani Mulki, ofereceu nesta segunda-feira [04 de junho] sua demissão do cargo ao rei Abdullah, em uma tentativa de diminuir uma onda de protestos que atingiu o país na última semana. Os atos aumentaram no último fim de semana, quando milhares de jordanianos tomaram as ruas da capital Amã e de outras cidades importantes do país.

(Folha de S. Paulo, 04.06.18. Disponível em: https://goo.gl/wVSTUs. Adaptado)

Os protestos tiveram como alvo

(A) a falta de apoio do rei jordaniano à luta palestina por um Estado nacional.

(B) a política repressiva e autoritária imposta pela monarquia jordaniana.

(C) o alinhamento do governo jordaniano com a política externa norte-americana.

(D) um projeto de lei que previa um aumento significativo do imposto de renda.

(E) o envolvimento do país em conflitos regionais como a guerra civil da Síria.

COMENTÁRIOS:

O FMI aprovou em 2016 uma linha de crédito de 723 milhões de dólares para Jordânia a ser desembolsado em um período de três anos. Em troca, a Jordânia se comprometeu a colocar em andamento reformas estruturais e a reduzir progressivamente sua dívida pública a 77% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021, frente aos 94% de 2015.

A saída do primeiro-ministro Hani Mulki ocorreu após manifestações populares contra o aumento de preços e um projeto de lei de elevação de impostos apresentado pelo governo do premier, no âmbito com o acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI)

Gabarito: D

 

  1. Em sua assembleia anual, iniciada nesta segunda-feira [4 de junho], a OEA (Organização dos Estados Americanos) pode votar pela suspensão da Venezuela da entidade.

(Folha de S. Paulo, 04.06.18. Disponível em: https://goo.gl/Au3nQT. Adaptado)

Assinale a alternativa que apresenta os argumentos utilizados pelos países que apoiam a suspensão.

(A) A atual dificuldade venezuelana em conter o avanço do tráfico de drogas no interior das suas fronteiras e o aumento do crime organizado.

(B) A profunda crise econômica que assola o país e a fuga de venezuelanos para os países vizinhos, agravando a crise migratória na região.

(C) O desrespeito à Carta Democrática Interamericana e a falta de legitimidade das eleições presidenciais realizadas no mês de maio.

(D) A situação extrema de pobreza no país e o aumento da mortalidade infantil e da disseminação de doenças tropicais.

(E) A presença, no interior da oposição venezuelana, de grupos antidemocráticos e as sucessivas tentativas de golpe contra o presidente.

COMENTÁRIOS:

A Venezuela é questionada por diversos países e pelo Secretário Geral da (Organização dos Estados Americanos) OEA em função da situação da democracia no país. Para esses atores políticos a democracia está violada no país e a eleição que reelegeu o presidente Nicolás Maduro, em maio de 2018, foi ilegítima, pois não teria sido um processo eleitoral livre. Na Assembleia da organização, realizada em junho de 2018, foi aprovada uma resolução que pode levar a expulsão da Venezuela da OEA.

Pela Carta Democrática Interamericana, para um país ser membro da OEA ele deve ser uma democracia. Diante das muitas críticas que vem sofrendo e de movimentações para punir o país no âmbito da organização, a Venezuela solicitou a sua saída da entidade regional em abril de 2017. Pelo regulamento da organização a saída não é imediata e será efetivada em abril de 2019.

Gabarito: C

 

  1. O governo foi destituído por votação parlamentar nesta sexta-feira [1o de junho] devido a um vultoso escândalo de corrupção semelhante àquele investigado no Brasil pela Operação Lava Jato. Deputados aprovaram pela maioria absoluta de 180 votos, em uma Câmara de 350 cadeiras, a moção de censura contra o premiê do conservador Partido Popular. Diversas figuras de sua sigla, incluindo o ex-tesoureiro, estavam ligadas a um esquema de venda de contratos públicos. A moção fora apresentada na véspera pelo líder opositor.

(Folha de S. Paulo, 01.06.18. Disponível em: https://goo.gl/uDrwyb. Adaptado)

A notícia trata da destituição do governo

(A) espanhol.

(B) inglês.

(C) português.

(D) francês.

(E) italiano.

COMENTÁRIOS:

A notícia trata da destituição de Mariano Rajoy do cargo de primeiro-ministro da Espanha. Deputados aprovaram pela maioria absoluta de 180 votos, em uma Câmara de 350 cadeiras, a moção de censura contra o premiê, que levou a sua queda.

A moção foi aprovada devido a um rumoroso caso de corrupção em que está envolvido o Partido Popular (PP), sigla de Rajoy. No seu lugar, assumiu Pedro Sánchez, do então opositor Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE).

Gabarito: A

 

  1. Por unanimidade, o Banco Central manteve os juros básicos da economia em 6,5% ao ano, ao mesmo tempo em que sinalizou o fim do ciclo de cortes no juro iniciado em outubro de 2016.

(Folha de S. Paulo, 17.05.18. Disponível em: https://goo.gl/x3xnz4. Adaptado)

Uma das razões para a manutenção dos juros básicos no Brasil é

(A) a crescente geração de emprego.

(B) a tendência de valorização do dólar.

(C) o aumento expressivo da inadimplência.

(D) o cenário de recessão econômica.

(E) a perspectiva de espiral inflacionária.

COMENTÁRIOS:

A taxa básica de juros foi reduzida sucessivamente pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) por um ciclo de 12 cortes, de outubro de 2016 a março de 2018. Na reunião de maio de 2018, o Copom decidiu manter a taxa Selic em 6,5%. A decisão teve como base a alta do dólar, que tem causado uma forte desvalorização do real frente a essa moeda.

A definição da taxa de juros pelo Copom do Banco Central tem como foco o cumprimento da meta de inflação, fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para 2018, a meta central de inflação é de 4,5%, mas o sistema permite uma margem de tolerância e a meta não será, formalmente, considerada descumprida caso fique entre 3,0% e 6,0%.

Quando as estimativas para a inflação estão em linha com as metas predeterminadas pelo CMN, o BC reduz os juros. Por outro lado, quando a inflação está alta ou as estimativas indicam que ela vai subir, o BC eleva a Selic. O objetivo é que os juros cobrados pelos bancos também subam, ou seja, que o crédito fique mais caro e, com isso, freie o consumo, fazendo a inflação cair. Essa medida, porém, afeta a economia e gera desemprego.

O aumento do dólar pode encarecer produtos e serviços importados consumidos no Brasil e pressionar a inflação. Como a desvalorização do real frente ao dólar, ocorrida antes da reunião de maio de 2018, também pressiona os preços, o Copom avaliou que era preciso agir para impedir isso e decidiu por não fazer um novo corte da taxa Selic, como era esperado por analistas do mercado financeiro, mas pela sua manutenção no mesmo patamar deliberado na reunião de fevereiro de 2018, ou seja, de 6,5%.

Gabarito: B

 

  1. A Liga Jurídica Estadual do Rio de Janeiro puniu a Atlética de Direito da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (Puc-Rio) depois de denúncias envolvendo alunos da faculdade de direito durante os Jogos Jurídicos Estaduais de 2018, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio. A polícia investiga o caso.

(G1, 04.06.18. Disponível em: https://goo.gl/rVdCjV. Adaptado)

Os estudantes da Puc-Rio foram denunciados por

(A) racismo.

(B) machismo.

(C) intolerância religiosa.

(D) homofobia.

(E) xenofobia.

COMENTÁRIOS:

Os estudantes da Puc-Rio foram denunciados por atos racistas. Torcida da PUC-Rio teria atirado casca de banana contra aluno negro e imitado macacos para ofender torcedores negros. Gabarito: A

 

  1. A paralisação dos caminhoneiros vem perdendo força e dá claros sinais de que está próxima do fim. A Polícia Federal Rodoviária (PRF) notificou nesta quinta-feira, 31 de maio, uma grande redução dos pontos de concentração nas rodovias federais. Em todos os Estados, a vida começa a voltar ao ritmo normal.

(Exame, 31.05.18. Disponível em: https://goo.gl/JsGcc2. Adaptado)

A paralisação dos caminhoneiros evidenciou

(A) a força do transporte aéreo de cargas na reposição dos estoques.

(B) a perda de importância dos derivados de petróleo no abastecimento.

(C) a dependência da economia brasileira em relação ao rodoviarismo.

(D) a relevância e a extensão da malha ferroviária no Brasil.

(E) o investimento crescente do Brasil no transporte fluvial.

COMENTÁRIOS:

A paralisação dos caminhoneiros evidenciou a dependência da economia brasileira em relação ao transporte rodoviário de cargas, denominada de rodoviarismo. Pela via rodoviária são transportadas grande parte das cargas e de passageiros no Brasil.

O modal rodoviário apresenta vantagens em curtas distâncias, mas é ruim em longas distâncias, quando o custo passa a ser muito elevado. Para um país de dimensões continentais com o Brasil, isso é péssimo. Outros tipos de transportes que apresentam melhor custo-benefício em longas distâncias foram colocados em segundo plano, como as ferrovias e as hidrovias. A dependência de um único modal não é ruim só para a economia, mas também é prejudicial para o abastecimento interno em casos de paralisação, como ocorreu na greve dos caminhoneiros, ou em possíveis outros casos extremos que possam vir a prejudicar a fluidez nas estradas.

Gabarito: C

 

  1. O Fundo Monetário Internacional (FMI) avalia como avançadas as negociações para um acordo com a Argentina, que solicitou uma linha de crédito “stand-by” para combater uma recente adversidade no país e seguir adiante com as reformas econômicas do governo do presidente Mauricio Macri.

(Valor, 04.06.18. Disponível em: https://goo.gl/QLCfJU. Adaptado)

Um dos problemas enfrentados pela economia argentina no primeiro semestre de 2018 teve origem

(A) no forte aumento dos juros.

(B) na crise cambial.

(C) no calote da dívida externa.

(D) na valorização do Peso.

(E) na crise deflacionária.

COMENTÁRIOS:

A Argentina está em meio à uma turbulência financeira. Inicialmente, a crise provocou uma forte desvalorização da moeda, e posteriormente, houve uma acentuada elevação dos juros. A origem do problema está, portanto, na crise cambial, isto é, na desvalorização de sua moeda. Chama-se taxa de câmbio a relação entre moedas de dois países que se expressa no preço de uma moeda estrangeira (medido em unidades ou frações da moeda nacional).

Gabarito: B

 

  1. Braço direito de Raúl Castro, Miguel Díaz-Canel foi confirmado como líder de Cuba, colocando fim a quase 60 anos de era Castro. O político recebeu quase 100% dos votos na Assembleia Nacional, que confirmou nesta quinta-feira [19 de abril] a sua eleição para substituir Raúl Castro na presidência do país.

(Terra, 19.04.18. Disponível em: https://goo.gl/dfbYtj. Adaptado)

Entre as principais marcas da eleição do novo presidente de Cuba, é correto assinalar que Díaz-Canel

(A) não pertence à geração que participou da Revolução Cubana de 1959.

(B) é favorável à abertura política e econômica de Cuba.

(C) defende o aprofundamento dos laços entre Cuba e os EUA.

(D) vinculou-se, apenas recentemente, ao Partido Comunista Cubano.

(E) acumulará a presidência e o comando direto do Partido Comunista

COMENTÁRIOS:

O novo presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, não pertence à geração que participou da Revolução Cubana de 1959. Ele será a primeira pessoa de fora da família Castro a comandar o país em quase 60 anos, desde a chegada ao poder do movimento guerrilheiro liderado por Fidel Castro.  Canel não é militar, é um civil, e é um membro antigo do Partido Comunista Cubano. Não exercerá o comando desse partido, que continuará com o ex-presidente Raúl Castro. Ele é vinculado ao ex-presidente e, segundo analistas, seguirá a linha de governo do antecessor. Assim, não se pode afirmar que é favorável à abertura política e econômica de Cuba. Também não se manifestou pelo aprofundamento dos laços entre Cuba e os EUA.

Gabarito: A

 

  1. Na última quinta-feira [26 de abril], um representante do escritório de comércio dos EUA ligou para um negociador do governo brasileiro e avisou: vocês têm 24 horas para aceitar nossa proposta de limitação de exportações. O tamanho das cotas, considerado inaceitável pelo governo brasileiro, vinha sendo discutido entre Brasília e Washington, mas, naquele telefonema, o emissário do governo Donald Trump deixou claro que a negociação havia acabado. O Brasil, levando em conta o total de exportações de aço (acabados e semi), terá de reduzir em 12% em relação ao total de 2017 para ficar dentro do limite de 4,1 milhões de toneladas.

(Folha de S. Paulo, 03.04.18. Disponível em: https://goo.gl/z9FJ5d. Adaptado)

Antes do fim das negociações, o governo norte-americano ameaçava

(A) bloquear a importação de aço e alumínio de origem brasileira.

(B) subsidiar o aumento da produção norte-americana de aço e alumínio.

(C) prejudicar o Brasil por meio de taxas alfandegárias sobre produtos agrícolas.

(D) substituir o aço e o alumínio brasileiros por produtos chineses.

(E) sobretaxar o aço e o alumínio fabricados no Brasil e exportados aos EUA.

COMENTÁRIOS:

Antes do fim das negociações, o governo norte-americano havia aplicado sobretaxas de 25% sobre o aço e 10% sobre o alumínio que o Brasil e outros países exportam para os EUA. As sobretaxas foram suspensas para que houvesse uma negociação entre o Brasil e o governo americano. Como o enunciado informa, em relação ao aço, o Brasil aceitou uma quota de exportação, em vez da sobretaxa em relação ao aço. A quota é menor do que foi exportado de aço no ano de 2017.

O setor de alumínio brasileiro, por sua vez, preferiu a sobretaxa de 10% em vez de quotas de exportação.

Gabarito: E

Leandro Signori

Licenciado em Geografia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Bacharel em Geografia pela Uniceub (Brasília). Como servidor público, foi funcionário da Prefeitura de São Leopoldo (RS), Prefeitura de Porto Alegre (RS), Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) e Ministério da Integração Nacional. É professor de Geografia para o ensino médio na rede particular de ensino. Leciona as disciplinas de Atualidades, Conhecimentos Gerais, Geografia, Realidade Brasileira e História, em cursos on line e presenciais preparatórios para concursos públicos.

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