Aprenda a fazer uma boa preparação com foco na banca Cebraspe para a PC RO.
Já foi noticiado que o Cebraspe foi contratado para organizar o concurso público da Polícia Civil de Rondônia (PC RO). Desta forma, não há que se perder mais tempo: quem quiser agarrar uma das 270 vagas já deve começar a preparação direcionada para enfrentar uma das bancas mais sagazes e desafiadoras dos concursos.
Um dos maiores consensos sobre estudar para concurso consiste em conhecer a fundo a banca examinadora que irá preparar a sua prova, a fim de alcançar um bom resultado. Portanto, é preciso conhecer não somente o estilo de cobrança da banca nas mais diversas disciplinas, como também se familiarizar com suas artimanhas e pegadinhas favoritas.
E a banca de que estamos falando é uma velha conhecida na arte de fazer pegadinhas: o Cebraspe. Neste artigo falaremos os principais pontos que você deve saber – entre eles a clássica abordagem de “certo” ou “errado” – se quiser ter um excelente resultado na PC RO e se preparar adequadamente para o Cebraspe, a antiga banca Cespe!
PC RO
A abordagem de questões “Certo ou Errado” do Cebraspe é provavelmente o aspecto que mais amedronta os concurseiros. Não pensem, contudo, que é por acaso: são muitas dúvidas envolvidas, como, por exemplo, se devemos deixar questões em branco, quantas questões deixar em branco, quando marcar uma questão, etc.
Destaque-se que é importante verificar no edital qual é o critério utilizado: se múltipla escolha ou certo ou errado e, neste último caso, qual o critério da pontuação. A dica principal no clássico estilo certo/errado, em que uma questão errada anula uma certa, é ter ponderação na escolha e confiar em sua preparação.
A primeira coisa que você deve considerar é que, se você for conservador demais e deixar muitas questões em branco, você acaba se distanciando da chance de obter uma boa nota. Por outro lado, se tomar muitos riscos e marcar até aquilo que não tem confiança alguma, maior a chance de você ter descontados pontos importantes e também ficar de fora.
Por isso, a recomendação que daremos é:
O 1º e 3º pontos não são novidades, a polêmica é mesmo em relação ao 2º ponto. Muitas pessoas não se sentem confortáveis marcando algo que não têm absoluta certeza e que pode significar um desconto na nota final caso erre a questão.
Contudo, a ideia norteadora desta orientação é que se você está bem preparado, deu a devida importância a cada disciplina e realizou bastantes questões da banca, é muito mais provável que sua intuição se revele acertada para as questões nas quais tem razoável segurança. Desta forma, você também acaba reduzindo o número de questões em branco ao fim de sua prova.
Um alerta para uma situação que pode acontecer é o seguinte: caso tenha marcado uma questão equivocadamente e sabe com certeza que terá descontado um ponto, isto é, você marcou, por exemplo, errado, quando a assertiva era correta, o ideal a fazer é assinalar ambas as respostas no gabarito.
Assim, se você já vai perder essa questão de qualquer maneira, é preferível por óbvio deixar de ganhar um ponto, que é o que acontece quando você assinala ambas, do que perder a questão e ainda ter descontado um ponto.
Uma técnica útil para resolver essas questões é a técnica do chute direcionado ou 50/50. A origem desta técnica reside no fato de que as bancas organizam as respostas da prova de modo equilibrado, ou seja, sempre haverá algo em torno de 50% de respostas “certas” e 50% de questões “erradas”.
Isto ocorre para não haver distorções como, por exemplo, a imensa maioria das questões terem assertivas certas e alguém vir a chutar tudo “certo” e acabar se beneficiado pelo mero acaso. Com esse conhecimento em mãos, você pode fazer um chute direcionado, a depender de quantas questões marcou como certo ou errado.
Deste modo, supondo que tenha marcado 60 questões como “errado” e 40 questões como “certo” em uma prova de 120 questões – todas elas com certeza ou razoável segurança – você pode presumir que as 20 questões remanescentes provavelmente serão certas em sua maioria.
Assim, é muito mais confiável marcar “correto” em todas estas questões que você não sabe, do que chutar sem nenhum critério ou mesmo deixar em branco.
Sun Tzu, o famoso general Chinês, já dizia: “se você conhece o inimigo como a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas”. Conquanto a banca examinadora não seja propriamente seu inimigo, você terá muito mais sucesso no concurso da PC RO conhecendo de antemão as particularidades e estilo de abordagem do Cebraspe.
Assim, você verá que quanto mais você se familiariza com as características da banca, mais seguro e confiante se sente para encarar suas provas.
Dito isso, é importante examinar alguns aspectos fundamentais para começar a criar essa afinidade e segurança. Nessa linha, cada Banca tem sua preferência em relação aos conteúdos cobrados dentro de cada disciplina e com o Cebraspe não é diferente. Portanto, o primeiro ponto importante ao se preparar para o Cebraspe, se quiser chegar competitivo na prova da PC RO, é saber quais são os seus assuntos preferidos e o que costuma ser mais cobrado por esta banca.
Para isso, uma ferramenta muito bacana que conta com uma análise estatística apurada dentro de cada disciplina é o passo estratégico, nosso material de revisão. Veja no início de cada material o que é mais cobrado dentro, por exemplo, das disciplinas de português, direito administrativo, entre outras.
O intuito aqui não é se ater apenas a esses conteúdos que têm mais elevado grau de incidência, mas ser capaz de direcionar esforços e nortear sua preparação de modo a privilegiar os assuntos preferidos pela banca.
Além disso, essa análise deve passar por uma avaliação da tendência da banca em relação à quantidade de questões e peso das disciplinas. Para isso, é essencial resgatar e examinar as últimas provas da banca na área Policial.
É fundamental também ter uma dimensão apurada do nível de dificuldade cobrado pelo Cebraspe nos mais diversos assuntos. A razão disso é que não vale a pena dedicar muito tempo se aprofundando em um conteúdo, quando aquele nível de complexidade não costuma ser cobrado em prova. A ideia aqui não é se propor a fazer uma preparação superficial, mas modular sua energia e tempo de acordo com a dificuldade trabalhada pela banca examinadora.
Por fim, é crucial conhecer a fundo o estilo de cobrança do Cebraspe para chegar na prova com aquela sensação de familiaridade, habitual de quem está bem preparado.
Fazendo esta análise, você vai perceber que esta banca tem uma abordagem principalmente teórica, até mesmo em matérias como Contabilidade e Economia, que, a princípio, envolvem muitos cálculos.
Assim sendo, ainda que o aluno esteja indo muito bem em questões de maior complexidade envolvendo, por exemplo, Demonstrativo do Resultado do Exercício ou Demonstrativo de Fluxo de Caixa, não deve jamais perder de vista os assuntos teóricos iniciais presentes nas primeiras aulas.
Diferentemente de bancas como a Vunesp, que tem um estilo mais objetivo e puramente literal, o Cebraspe gosta de cobrar conceitos aplicados em casos concretos em detrimento da mera cobrança de definições ou classificações, o que acaba exigindo um maior grau de conhecimento do assunto estudado.
Portanto, é preciso estar mais atento não somente à definição em si de algum instituto jurídico importante, mas também a sua aplicação prática em um caso concreto. Outra característica do Cebraspe é ter forte apego a jurisprudências, assim é fundamental ficar por dentro das novidades jurisprudenciais dos Tribunais Superiores.
A melhor maneira de criar essa familiaridade que temos comentado é realizar questões do Cebraspe de forma massiva, principalmente em período de pós-edital. Crie, ainda, cadernos de erros no processo, de modo a assegurar que você irá retornar aos pontos que errou ou teve dúvida. Também é interessante realizar simulados que se aproximem do estilo desta banca.
Depois da abordagem “Certo/errado” do Cebraspe, um dos pontos que envolvem maior dificuldade em suas provas é o dilema entre Regra Geral e Exceção. Isso acontece quando o examinador traz uma afirmação aberta, não deixando claro se está a tratar da regra, de forma geral, ou se dá a entender que estaria desprezando ou desconsiderando possíveis exceções.
Se a assertiva transmitir a ideia que está tratando da regra geral, deve-se naturalmente marcar correto, contudo, se ela desconsiderou completamente as exceções, deve-se marcar errado. E agora?
Este é um daqueles pontos para os quais não há uma regra definida ou “receita de bolo”. É preciso, novamente, fazer muitas questões da banca para ter essa ideia do que está sendo pedido pelo examinador em cada situação.
Porém, uma coisa é certa: quanto mais você se familiariza com o estilo da banca, mais você entende o que está sendo pedido de você. É justamente essa experiência na sua preparação que te dará a confiança necessária para marcar questões do Cebraspe envolvendo este dilema no concurso da PC RO.
Então é isso, pessoal! Se você chegou até o fim deste artigo, agora você está munido das informações necessárias para fazer uma preparação mais direcionada, além de estar a par das particularidades desta banca examinadora, o que representa sem dúvidas um diferencial competitivo. Façam bom uso dessas dicas, estudem com empenho e planejamento e estou seguro de que chegarão muito mais preparados e confiantes para enfrentar o Cebraspe e assim arrebentar no concurso da PC RO.
Grande abraço e bons estudos!
Diogo Matias
Instagram: @oprimoconcursado
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