Os impactos da saída da ESAF na Contabilidade!
Contabilidade sem ESAF! E agora?
Avião sem asas, chuteiras sem travas e, pasmem, AFRFB sem ESAF! A notícia pegou toda a nação concurseira fiscal de calças curtas! Acredito que todos nós estejamos atônitos.
Eu sempre disse aos meus alunos que estudar apenas para RFB não era muito sadio. Penso que concurseiro fiscal tem que prestar os concursos da área fiscal, o que inclui ICMSs e ISSs de interesse.
Por exemplo, ICMS SC, ICMS GO, ICMS RS, excelentes oportunidades do ano de 2018. Quem passou pelo período de escassez da área fiscal, não pode deixar essas oportunidades passarem.
Penso que a mudança da banca, na teoria, desfavorece em partes quem se especializou exclusivamente na ESAF. Mas, não é algo irreversível. O que nos resta? O que eu, Gabriel, faria nesta situação se quisesse invariavelmente me tornar um Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil?
Penso que o próximo concurso de AFRFB e ATRFB seja organizado por uma grande banca! Por grandes bancas (sem menosprezar as outras) entendemos aquelas já tradicionais. Cito:
Bancas Tradicionais:
– Fundação Getúlio Vargas
– Fundação Carlos Chagas
– CESPE
Destas, sabemos que o panorama é o seguinte:
– Fundação Getúlio Vargas: Faz alguns concursos da área fiscal. Fez os cinco primeiros ICMS RJ (2007, 2008, 2009, 2010 e 2011), sempre sobrando vaga. Fez também o ISS Cuiabá, ISS Recife e, mais recentemente, SEFIN RO.
– Fundação Carlos Chagas: Banca bem tradicional na área fiscal. Organizando ICMS SC, ICMS GO, além do já tradicional ICMS SP. Fora isso, fará o ISS Manaus, ICMS BA. É uma fortíssima candidata.
– CESPE: Menos tradicional na área fiscal, está organizando o ICMS RS e fez também a CAGE (prova de nível razoável).
Pois bem! Sabemos que, com o treino difícil, o jogo fica fácil! Quem me ensinou isso no mundo dos concursos foi o Demétrio, saudoso Deme, primeiro colocado no AFRFB 2005, com quase 90% da prova. O cara era um monstro e jogava nos mais difíceis terrenos. Então, a palavra chave agora é resiliência.
O que podemos esperar da próxima prova da Receita?
Farei aqui uma análise por bancas:
a) Sendo a FCC
As provas da FCC são um pouco mais previsíveis! A banca vem, nos seus últimos anos, cobrando questões diferentes sobre os mesmos temas. A parte mais cobrada pela FCC é Recuperabilidade, Intangível, Provisões, Investimentos (Mais Valia, Goodwill, Compra Vantajosa), Instrumentos Financeiros, Arrendamento, Custos de Transação, Estoques, DFC, Análise (Índices de Liquidez e Endividamento), Distribuição de dividendos e do lucro. A ESAF, de certa forma, já gostava desses assuntos também.
Quem já estuda com nossos cursos não tem problema algum com esses temas.
Veja o artigo que o mestre Julio Cardozo escreveu sobre os temas preferidos da FCC:
RAIO X BANCA FCC – CONFIRA AQUI – PROFESSOR JULIO CARDOZO
Nível das provas da FCC: Médio para difícil, mas mapeável e possível! Nivela por cima. Ótima banca para quem estudou realmente.
b) Sendo a FGV:
Sendo a FGV, meus amigos, aí a criança chora e a mãe não vê! Prova dificílima! Muito pesada! Nível Júpiter! Nasa! Se tem uma palavra para descrever a prova de Contabilidade da FGV é INSANA!
Tanto que das provas mais difíceis de Contabilidade de todos os tempos, a FGV vem capitaneando, deve ter pelo menos umas 3 no top five. Quem quiser ver o tamanho da encrenca, dê uma olhada na prova da SEFIN RO 2018.
Em nosso curso, como queremos nivelar por cima, vamos inserir as questões mais cascudas desta banca! Então, meus amigos, temos de estudar (e muito!).
RAIO X BANCA FGV – CONFIRA AQUI – PROFESSOR JULIO CARDOZO
c) Sendo o CESPE:
O CESPE tem variados bastante nas suas provas! Por exemplo, na CAGE RS, tivemos uma prova de Contabilidade Geral tranquila e as provas de análise e custos foram complicadíssimas.
Mas é uma boa banca para quem estudou toda a matéria. O CESPE vem intercalando provas fáceis, médias e difíceis. Banca de certa forma imprevisível, mas possível.
RAIO X BANCA CESPE – CONFIRA AQUI – PROFESSOR JULIO CARDOZO
Então, é isso o que podemos esperar das bancas!
O que esperar do próximo AFRFB, independentemente da banca?
Já estamos frisando isso há certo tempo:
1 – Cobrança cada vez mais intensa de CPCs. Mesmo se fosse a ESAF isso já seria esperado.
2 – Questões com cálculos que exigem velocidade. A FCC é bastante assim. Tem questões que exigem cálculos cheios de detalhes para que você faça em pouco tempo. O CESPE um pouco menos.
3 – Um tendência a colocar algumas questões BEM complicadas apenas para confundir mesmo o candidato. O negócio é manter a calma e treinar com o número maior de questões possíveis.
4 – Assuntos que podem ser esperados, independente da banca:
– Lançamentos contábeis, duplicatas descontadas
– Balanço patrimonial (principalmente classificação de contas e PL)
– Critérios de avaliação do ativo e seus derivados (recuperabilidade, provisão, intangível, AVP, arrendamento, custo de transação)
– DFC (principalmente achar o fluxo operacional no método indireto)
– Distribuição do lucro (apurar o lucro e distribuir no PL)
– Instrumentos Financeiros (de acordo com o novo CPC 48)
– Estrutura Conceitual Básica (principalmente características qualitativas).
– Operações com mercadorias e apuração do lucro bruto
Esses aí são certos! Podem apostar.
É isso, pessoal! De qualquer forma, contem com a ajuda da nossa equipe!
Vamos acompanhar.
Um abraço
Gabriel Rabelo