Oficial de Chancelaria – resolução de raciocínio lógico-matemático
Caro aluno,
Segue abaixo a resolução das questões de Raciocínio Lógico-Matemático das provas de Oficial de Chancelaria do Ministério de Relações Exteriores, realizadas neste final de semana. A prova veio dentro do esperado. Foram tópicos que trabalhamos bastante ao longo do nosso curso. Creio que você deve ter conseguido um ótimo desempenho!!!
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FGV – MRE – 2016) João olhou as dez bolas que havia em um saco e afirmou: “Todas as bolas desse saco são pretas”. Sabe-se que a afirmativa de João é falsa. É correto concluir que:
(A) nenhuma bola desse saco é preta;
(B) pelo menos nove bolas desse saco são pretas;
(C) pelo menos uma bola desse saco é preta;
(D) pelo menos uma bola desse saco não é preta;
(E) nenhuma bola desse saco é branca.
RESOLUÇÃO:
Para ser mentira que todas as bolas são pretas, basta encontrar uma bola que NÃO seja preta. Assim, podemos concluir que:
“alguma bola não é preta”
ou
“existe bola que não é preta”
ou
“pelo menos uma bola não é preta”
Temos esta última opção na alternativa D.
Resposta: D
FGV – MRE – 2016) Em um supermercado uma embalagem com certa quantidade de frios fatiados estava com a etiqueta abaixo sem a informação R$/kg.
ETIQUETA: R$3,66 para 0,160kg.
O preço aproximado de 1,0kg desse produto é:
(A) R$20,50;
(B) R$21,10;
(C) R$21,80;
(D) R$22,30;
(E) R$22,90.
RESOLUÇÃO:
Podemos montar a seguinte regra de três:
0,160 kg ————- 3,66 reais
1,0 kg ————— N reais
0,160 x N = 1,0 x 3,66
N = 3,66 / 0,16
N = 366 / 16
N = 183 / 8
N = 91,5 / 4
N = 22,875 reais por quilograma
Resposta: E
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FGV – MRE – 2016) Considere a sentença: “Corro e não fico cansado”. Uma sentença logicamente equivalente à negação da sentença dada é:
(A) Se corro então fico cansado.
(B) Se não corro então não fico cansado.
(C) Não corro e fico cansado.
(D) Corro e fico cansado.
(E) Não corro ou não fico cansado.
RESOLUÇÃO:
No enunciado temos uma conjunção “p e ~q” onde p = corro e ~q = não fico cansado. Sabemos que “p e ~q” é a negação da condicional pàq. Portanto, uma forma de escrever a negação de “p e ~q” é justamente escrever a condicional p–>q, onde:
q = fico cansado
Assim, p–>q seria:
Se corro, então fico cansado
Resposta: A
FGV – MRE – 2016) Em certo ano, o dia 31 de dezembro caiu em um domingo e, em um reino distante, o rei fez o seguinte pronunciamento: “Como as segundas-feiras são dias horríveis, elas estão abolidas a partir de hoje. Assim, em nosso reino, cada semana terá apenas 6 dias, de terça-feira a domingo. Portanto, como hoje é domingo, amanhã, o primeiro dia do ano novo, será terça-feira.” O ano novo não foi bissexto. Então, nesse reino distante, o dia de Natal (25 de dezembro) desse ano caiu em:
(A) uma terça-feira;
(B) uma quarta-feira;
(C) uma quinta-feira;
(D) uma sexta-feira;
(E) um sábado.
RESOLUÇÃO:
Veja que agora temos semanas de 6 dias, sendo que o primeiro dia do ano (1º de janeiro) é uma terça-feira.
O ano tem 365 dias, pois não é bissexto. Substituindo os dias posteriores ao natal (26, 27, 28, 29, 30 e 31 de dezembro), ficamos com 365 – 6 = 359 dias.
Dividindo esses 359 dias por 6, obtemos o resultado 59 e o resto 5. Isto significa que, de 1º de janeiro a 25 de dezembro, teremos 59 semanas completas de seis dias cada (começando sempre em uma terça, assim como 1º de janeiro, e terminando no domingo seguinte), e mais 5 dias: terça, quarta, quinta, sexta, SÁBADO.
Portanto, o dia 25 de dezembro é um sábado.
Resposta: E
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FGV – MRE – 2016) Em uma urna há quinze bolas iguais numeradas de 1 a 15. Retiram-se aleatoriamente, em sequência e sem reposição, duas bolas da urna. A probabilidade de que o número da segunda bola retirada da urna seja par é:
(A) 1/2
(B) 3/7
(C) 4/7
(D) 7/15
(E) 8/15
RESOLUÇÃO:
Temos duas situações que nos interessam: aquela onde o 1º número é par e o 2º também, e aquela onde o 1º número é ímpar e o 2º é par. Vejamos a probabilidade de cada uma delas:
– 1º número par e o 2º também:
Temos 7 números pares de 1 a 15, em um total de 15 números. A chance de o primeiro ser par é de 7 em 15, ou 7/15. A chance de o segundo ser par também é de 6 em 14 números restantes, ou seja, 6/14 = 3/7. Assim, a chance de o 1º ser par e o 2º ser par também é de 7/15 x 3/7 = 3/15 = 1/5.
– 1º número ser ímpar e o 2º ser par:
Temos 8 números ímpares de 1 a 15, em um total de 15 números. A chance de o primeiro ser ímpar é de 8 em 15, ou 8/15. A chance de o segundo ser par é de 7 em 14 números restantes, ou seja, 7/14 = 1/2. A probabilidade de o 1º ser ímpar e o 2º ser par é de 8/15 x 1/2 = 4/15.
Como os casos são mutuamente excludentes, devemos somar suas probabilidades: 1/5 + 4/15 = 3/15 + 4/15 = 7/15.
Resposta: D
FGV – MRE – 2016) Lucas é artesão, fabrica vassouras e, certo dia, levou 40 vassouras para vender na feira. Ele começou vendendo cada vassoura por 12 reais e, perto do final, baixou o preço para a metade, terminando o dia com todo o seu estoque vendido, arrecadando 336 reais. O número de vassouras que Lucas vendeu pelo preço mais alto foi:
(A) 12;
(B) 14;
(C) 15;
(D) 16;
(E) 18.
RESOLUÇÃO:
Seja N o número de vassouras vendidas por 12 reais. Como o total é de 40 vassouras, então aquelas vendidas pela metade do preço (6 reais) são as 40 – N vassouras restantes. O total arrecadado (336 reais) é dado pelas multiplicações dos preços pelas respectivas quantidades vendidas, ou seja:
336 = 12xN + 6x(40 – N)
336 = 12N + 240 – 6N
336 – 240 = 6N
96 = 6N
N = 96 / 6 = 48 / 3 = 16
Portanto, Lucas vendeu 16 vassouras pelo preço mais alto (12 reais).
Resposta: D
FGV – MRE – 2016) Considere três caixas A, B e C. Na caixa A há dez bolas brancas, na caixa B há doze bolas pretas e na caixa C há oito bolas azuis. Inicialmente, retiram-se seis bolas da caixa A, que são colocadas na caixa B. A seguir, retiram-se aleatoriamente oito bolas da caixa B, que são colocadas na caixa C. Por último, retiram-se aleatoriamente seis bolas da caixa C, que são colocadas na caixa A. Ao final desse processo, é correto concluir que:
(A) na caixa A há, no mínimo, quatro bolas azuis;
(B) na caixa A há, no máximo, oito bolas brancas;
(C) na caixa B há, no máximo, dez bolas pretas;
(D) na caixa B há, no mínimo, quatro bolas brancas;
(E) na caixa C há, no máximo, quatro bolas azuis.
RESOLUÇÃO:
Vamos reconstituir os passos do enunciado, analisando as possibilidades existentes. Inicialmente temos na caixa A dez bolas brancas, na caixa B doze bolas pretas e na caixa C oito bolas azuis.
Retirando seis bolas da caixa A e colocando em B, ficamos com:
A = 4 brancas
B = 12 pretas + 6 brancas
C = 8 azuis
A seguir, retiram-se aleatoriamente oito bolas da caixa B, que são colocadas na caixa C. Veja que essas 8 bolas podem ser 2 pretas e 6 brancas, 3 pretas e 5 brancas, 4 pretas e 4 brancas, etc, ou até mesmo 8 pretas.
Por último, retiram-se aleatoriamente seis bolas da caixa C, que são colocadas na caixa A. Note que as cores das bolas que vão de C para A dependem do passo anterior (passagem de B para C).
Vejamos as alternativas de resposta:
(A) na caixa A há, no mínimo, quatro bolas azuis; –> ERRADO. É possível que as bolas que as 6 passaram de C para A na etapa final tenham vindo de B, não sendo nenhuma delas azul.
(B) na caixa A há, no máximo, oito bolas brancas; –> ERRADO. Veja que A pode receber de volta até mesmo as 6 bolas brancas que haviam saído dela inicialmente, podendo retornar a 10 bolas brancas. Basta que as 6 brancas que foram de A para B passem de B para C e depois de C para A.
(C) na caixa B há, no máximo, dez bolas pretas; –> CORRETO. Precisamos tirar 8 bolas de B para C. Como só vieram 6 bolas brancas de A para B, entre as 8 bolas que vão de B para C deve ter pelo menos 2 pretas, o que reduziria a quantidade de bolas pretas em B de 12 para 10. Este é o máximo de bolas pretas que podemos ter em B após a transferência.
(D) na caixa B há, no mínimo, quatro bolas brancas; –> ERRADO, é possível que todas as 6 brancas que vieram de A para B permaneçam em B.
(E) na caixa C há, no máximo, quatro bolas azuis. –> ERRADO, é possível que todas as bolas azuis de C permaneçam lá, e que as 6 bolas transferidas de C para A sejam parte daquelas vindas de B para C.
Resposta: C
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FGV – MRE – 2016) Uma turma do curso de Relações Internacionais tem 28 alunos e todos falam inglês. Sabe-se que 17 alunos falam espanhol e que 15 alunos falam francês. O número mínimo de estudantes dessa turma que falam esses três idiomas é:
(A) 4;
(B) 5;
(C) 6;
(D) 7;
(E) 8.
RESOLUÇÃO:
Como todos falam inglês, só precisamos trabalhar com 2 conjuntos: os que falam espanhol e os que falam francês. Sabemos que:
n(espanhol) = 17
n(francês) = 15
Lembrando que:
n(espanhol ou francês) = n(espanhol) + n(francês) – n(espanhol e francês)
n(espanhol ou francês) = 17 + 15 – n(espanhol e francês)
n(espanhol ou francês) = 32 – n(espanhol e francês)
Como o total de alunos é de 28, precisamos que n(espanhol e francês) seja no mínimo igual a 4, para ficarmos com:
n(espanhol ou francês) = 32 – 4 = 28
Assim, a quantidade mínima de alunos que falam espanhol e francês (e, portanto, falam 3 idiomas, afinal todos falam inglês) é igual a 4.
Resposta: A
FGV – MRE – 2016) Em uma reunião, as únicas pessoas presentes são políticos de três partidos: PA, PB e PC. Para cada três políticos do partido PA há dois políticos do partido PB e, para cada cinco políticos do partido PB, há quatro políticos do partido PC. Nessa reunião, a razão entre o número de políticos do partido PB e o número total de políticos é:
(A) 10/33
(B) 11/34
(C) 12/35
(D) 13/36
(E) 14/37
RESOLUÇÃO:
Para cada três políticos do partido PA há dois políticos do partido PB:
PA —————- 3
PB —————- 2
2PA = 3PB
PA = 3PB/2
Para cada cinco políticos do partido PB, há quatro políticos do partido PC:
PB ————- 5
PC ————- 4
4PB = 5PC
PC = 4PB/5
O total de políticos é:
Total = PA + PB + PC
Total = 3PB/2 + PB + 4PB/5
Total = 15PB/10 + 10PB/10 + 8PB/10
Total = 33PB/10
Nessa reunião, a razão entre o número de políticos do partido PB e o número total de políticos é:
Razão = PB / Total
Razão = PB / (33PB/10)
Razão = 1 / (33/10)
Razão = 10/33
Resposta: A
FGV – MRE – 2016) André, Beatriz e Carlos são adultos, Laura e Júlio são crianças e todos vão viajar em um automóvel com 5 lugares, sendo 2 na frente e 3 atrás. Dos adultos, somente Carlos não sabe dirigir. As crianças viajarão atrás, mas Júlio faz questão de ficar em uma janela. O número de maneiras diferentes pelas quais essas pessoas podem ocupar os cinco lugares do automóvel é:
(A) 12;
(B) 16;
(C) 18;
(D) 20;
(E) 24.
RESOLUÇÃO:
Temos 2 opções para o banco do motorista (André ou Beatriz), sobrando 2 opções para o banco do carona (um dos adultos restantes, Carlos e André ou Beatriz, conforme a escolha do motorista).
No banco de trás, temos 3 pessoas para distribuir (o adulto que sobrou e 2 crianças). Temos 2 opções de lugar para Júlio (uma das janelas), sobrando então 2 opções para o adulto restante e 1 opção para a criança restante.
Multiplicando as possibilidades citadas ao longo desta resolução, temos 2 x 2 x 2 x 2 x 1 = 16 formas de distribuir as pessoas.
Resposta: B
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Prof. Arthur Lima