Motivação: Sobre Labaredas e Faíscas
Ninguém deve ter que te motivar a estudar quando o interesse no resultado é todo SEU!
Lembre-se: Inspiração é externa! Motivação é interna!
Quando somos crianças, não temos nenhuma autoresponsabilidade. Podemos, tranquilamente, enfiar um garfo na tomada! Quem é responsável por evitar coisas do tipo são os pais. Eles são nossos responsáveis (não é assim que são chamados quando somos pequenos?). Quando somos adolescentes, os pais pegam no pé para que a gente estude e tire boas notas. Essa fase é estranha, já que queremos a liberdade, mas nem sempre estamos suficientemente preparados para assumir as responsabilidades correlatas.
O modelo escolar nos acostuma mal. Os professores vigiam os alunos e cobram boas notas. Controlam as conversinhas paralelas. Parece até que os alunos estão fazendo um favor ao estudar. Sempre achei essa dinâmica esquisita quando estava no colégio. A responsabilidade parecia ficar com o professor. Nessa época o povo já se iludia. A realidade só batia na disputa por uma vaga em uma boa universidade.
Quando entramos na faculdade, a coisa começa a mudar de figura. Os professores não são preocupados com você, que passa a ser – muitas vezes, pela primeira vez – problema SEU. Daí você já começa a ser mais aplicado. Parece mágica. Afinal, as consequências serão só suas.
O problema é que a gente costuma desenvolver pouco essa autoresponsabilidade ao longo da vida. Muitos fatores influenciam a consecução de nossas metas e quando as coisas não saem como gostaríamos, culpamos os outros. Fazemos isso até sem notar. Podemos nem falar. Mas pensamos que a culpa é da vida, do destino, do outro. Às vezes é. Muitas vezes, não é (pelo menos não totalmente).
Quer um exemplo? Você se dedica a um relacionamento amoroso. Investe nele… e dá muito errado. Vamos supor que a pessoa passe a te tratar mal do nada. A responsabilidade é sua? Não. É do outro que tem lá seus problemas e não te valoriza. Já se você permanece nesse relacionamento, a RESPONSABILIDADE por não cuidar de você é SUA.
Todo ser humano tem o instinto de proteção do próprio ego. Normal e esperado. Contudo, precisamos nos tornar cada vez mais autoconscientes para conseguirmos ser cada vez mais autoresponsáveis. Em outras palavras, precisamos vigiar nossas ações para perceber quando agimos às cegas. Precisamos questionar o porquê agimos como agimos.
Finalmente, chegamos ao cerne da história que quero destacar hoje. Estudar para concurso demanda uma descomunal força interior. Veja bem. Essa força é SUA. Ela mora dentro de você. Pode ser uma labareda ou uma faísca. Mas ela é SUA. A gente chama essa força de MOTIVAÇÃO.
O povo concurseiro que você segue no instagram, os professores, seus amigos, familiares e coach TE INSPIRAM e TE ENSINAM. A gente faz a faísca virar labareda. Lembre-se: SUA FAÍSCA. SUA LABAREDA. Eu só jogo a gasolina.
Você segue a Pugliesi no instagram para ela te deixar magro e sarado? Não! Você segue para se inspirar. Quem malha é você. Mais importante: Quem reúne forças para ir à academia malhar é você (essa força é a SUA MOTIVAÇÃO, sua FORÇA INTERIOR).
Quem buscou a inspiração? Você! Ela caiu no seu colo? Não! Você foi atrás dela! Movido pelo quê? Pela motivação de se melhorar. Partiu de você, entende? Percebeu como a inspiração é EXTERNA e a motivação é INTERNA?
Sabe o que acontece quando gente confunde INSPIRAÇÃO E MOTIVAÇÃO? Transferimos responsabilidade e criamos dependência dos outros. Pronto! A barraca das desculpas está aberta para negócios! Gente, nada disso é legal.
O bom coach torna sua caminhada mais fácil, te inspira e te ensina. Mas não te motiva. Ensina você a se motivar. Caso contrário, você vai se tornar dependente dele e quando o curso acabar, vai parar de estudar. Já malhou com personal? Enquanto tem personal aparece na academia. Depois que a grana aperta e você dispensa o profissional, começa a faltar alucinadamente. Isso ocorre porque a fonte de inspiração secou sem que sua motivação fosse trabalhada de fato. Você não aprendeu a se motivar e a buscar novas e diversificadas fontes de inspiração. Ficou dependente. Isso sempre acaba mal.
Meu objetivo no meu curso de Coaching e nos artigos é INSPIRAR e MUDAR SEU MINDSET de modo a torná-lo capaz de se motivar. Não estarei ao lado do meu coachee o dia todo. Assim, não posso inspirá-lo milhares de vezes ao dia. O que fazer então para fomentar motivação permanente?
Pense: Quando tempo a inspiração dura em você? Você viu uma frase legal e ficou animado. Começou a estudar. Quanto tempo decorre entre o início do estudo e o momento em que a frase perde força na sua cabeça e você volta para a frente da TV? A resposta varia de pessoa para pessoa. O efeito acabou e você vai precisar de outra dose. Percebe que isso pode ocorrer várias vezes ao dia?
Conclusão: Você precisa saber o que te inspira e o que transforma sua chama em labareda. Às vezes, é um livro. O danado é tão bom e você se sente tão compreendido pelo autor que deixa do lado. Todo dia lê e relê um pouquinho. O livro não tem fim para você. Ele é fonte inesgotável de inspiração. Problema resolvido. Às vezes são alguns artigos. Às vezes é uma conta de instagram. Às vezes é alguém que você ama. Se tiver um coach, ele certamente é uma fonte. Você pode ter várias. Deve, na verdade. Isso porque uma fonte pode secar a qualquer momento e porque você terá mais gente jogando água do que gasolina na sua faísca.
Se você sabe identificar suas fontes e tem fácil acesso a elas, poderá manter a chama acessa dentro de você. Repare: o trabalho de conhecer as fontes é seu. Sabe que outro trabalho é seu? Refletir sobre o que as fontes te passam. Caso contrário, a inspiração vai durar pouquinho. Minutos. Você tem que refletir para reter o máximo de cada dose de inspiração. Sem reflexão o impacto da inspiração é superficial e não gerará mudança de mindset. Será só “fogo de palha”.
Depois de muita inspiração você pensará diferente. Será outra pessoa e vai precisar de menos doses diárias de inspiração. Será cada vez mais LIVRE. Sua motivação não será uma faísca que ameaça apagar a todo momento. Será labareda. Farei de tudo para que isso aconteça. Você pode até não se sentir 100% confortável com tudo o que escrevo.Quando alguém sacode o barco, ou seja, quando nos faz refletir sobre condutas quase cristalizadas dentro da gente, primeiro a gente fica tenso, depois a gente fica agradecido. Mudar dá medo, mas quase sempre é necessário.
A vida te leva. Se você quer algo diferente do cai no colo, vai nadar contra a maré. Vale a pena? Sim! É fácil? Preciso nem responder.
Para pensar, galera.
Bons estudos!
Gabi
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Olá Gabriela Não preciso nem expressar o meu pensamento nè? VOCÊ SEMPRE ESTÁ COBERTA DE RAZÃO. Obrigada por esses artigos e essa força motriz que nos anima. Para quando o livro? Parabéns! Beijos. Sheila.