O assunto mais falado dos últimos dias foi o pedido de demissão do então Ministro da Justiça, Sérgio Moro, conhecido e admirado pela população principalmente quanto à sua atuação enquanto juiz no combate à corrupção, do cargo de confiança que exercia junto ao Poder Executivo.
O motivo crucial para o pedido do então Ministro foi a demissão do então Diretor-Geral da Polícia Federal Maurício Valeixo, homem de confiança do Ministro da Justiça, pelo Presidente da República.
A oficialização da demissão teria, segundo Moro, ocorrido sem sua ciência ou concordância, mas com a utilização de seu nome no documento publicado no Diário Oficial. A demissão ainda não teria fundamento concreto e quebraria a carta branca na indicação de membros que o Presidente havia lhe dado.
Moro afirmou, ainda, que Bolsonaro estaria agindo de maneira a querer interferir de forma política a atuação da Polícia Federal, o que feriria a autonomia institucional e a liberdade de atuação do órgão. Segundo ele, o Presidente pediu acesso a investigações sigilosas e tem “preocupação com inquéritos em curso no Supremo Tribunal Federal (STF)”.
No decorrer do discurso, o então Ministro também confessou ter condicionado sua aceitação ao cargo no Executivo à garanta de uma pensão para sua família, caso viesse a lhe ocorrer algo em decorrência do trabalho.
Em resposta, o Presidente Jair Bolsonaro disse que Moro em verdade havia pedido que adiasse a demissão do Diretor-Geral da Polícia Federal até sua indicação para uma das cadeiras que vagassem no Supremo Tribunal Federal no final do ano, que lhe serviria de “moeda de troca”.
O Presidente ainda reforçou seu poder e liberdade de nomeação do Diretor-Geral da Polícia Federal e que sua interferência na instituição dizia respeito a casos que envolviam sua vida e reputação enquanto Chefe da Nação.
Em razão das graves acusações proferidas de ambos os lados relacionadas a crimes funcionais, o Procurador Geral da República, Augusto Aras pediu ao Supremo Tribunal Federal abertura de uma investigação para avaliar a eventual prática de ilícitos pelo Presidente da República e também por Sérgio Moro.
Mas quais seriam supostamente os crimes cometidos por cada um deles? É disso que o professor Michael Procópio tratará na transmissão de hoje, sexta-feira, 01 de maio, a partir das 19 horas, diretamente doo canal do Estratégia no Youtube.
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