Fala, galera! Meu nome é Vitor Henrique de Oliveira, no momento sou servidor da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) enquanto aguardo nomeações do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e do ISS – Guarulhos, e venho aqui para compartilhar um pouco da minha experiência vivida nessa jornada até as mencionadas aprovações.
Desde o meu período de universitário sempre mantive os concursos públicos como uma alternativa, mas só me decidi mesmo por eles no meu último período da faculdade. Na época, eu havia acabado de iniciar um estágio em uma empresa de nível nacional, na qual eu tinha inclusive oportunidades de crescimento, porém logo no terceiro mês percebi que não era o que eu queria. Paralelamente a isso surgiu o edital do último concurso do INSS e foi quando eu tomei uma decisão: abandonar o estágio com uma bolsa que fazia diferença para mim e focar 100% no edital que estava na praça. E foi assim, abrindo mão de uma oportunidade de estágio que muitos gostariam de ter e dedicando todo o meu tempo disponível que, já no meu primeiro concurso, eu consegui a minha primeira… reprovação, obviamente rs. Claro, concurso não é igual prova de escola ou faculdade e eu era no máximo um estudante, mas estava longe de ser um concurseiro.
Passada essa primeira experiência, já com diploma em mãos, passei de universitário promissor para um desempregado e, como fechei uma boa porta de entrada na iniciativa privada em prol do serviço público, resolvi que daria meu melhor por essa minha escolha.
A primeira coisa para podermos fazer algo bem feito é termos conhecimento daquilo que pretendemos fazer. Assim, tirei uma semana para pesquisar sobre concursos, incluindo oportunidades, técnicas de estudos e todas informações possíveis. Depois de uma semana assistindo vídeos do Estratégia, minha mentalidade de estudante já dava lugar à de concurseiro e então, finalmente, comecei a encarar os concursos da maneira correta.
Nessa altura, o edital para Técnico Administrativo da Anvisa estava prestes a ser publicado e, como recomendavam os professores, comecei a estudar seguindo o pré-edital. Montei minha própria planilha, de acordo com o método de Ciclos de Estudos (baseado em estudos científicos que traçaram a chamada curva do esquecimento), com revisões de 24hrs/7 dias/30 dias. Foi totalmente diferente do estudo para o INSS, no qual eu basicamente escolhia uma matéria e lia todo o conteúdo por semanas, sem fazer revisões, até esgotá-lo e então, escolhia outra matéria (e eu ainda achava que ia passar, acreditam? rs). Pois bem, 455 horas LÍQUIDAS de estudo de maneira correta depois, dentre mais de 60 mil inscritos, consegui uma vaga ao ficar em 6º lugar.
A sensação da aprovação, depois de tanto esforço, é inexplicável, sequer tentarei descrevê-la – se quando você passar vai saber do que estou falando.
Entretanto, desde o início eu tinha em mente algo maior, buscar um cargo de nível superior, um cargo de Auditor. Depois de alguns dias de comemoração e descanso, retornei aos estudos, dessa vez com o edital da famigerada Receita Federal em mãos. Paralelamente aos estudos, eu ministrava aulas particulares em casa, aulas de inglês em um colégio e ainda tentava controlar a ansiedade pela nomeação (coisa que atrapalha consideravelmente o emocional e, consequentemente, os estudos). Sete meses depois, consegui praticamente finalizar todo o edital da Receita e não havia sinal algum de concurso da área fiscal. Como dizem (corretamente) que concurseiro não é quem estuda mas sim quem faz concursos, resolvi escolher um edital aberto para poder ganhar mais experiência.
O concurso para Analista Administrativo do TST estava aberto, com um período de três meses até a prova. Apesar de ter que pegar algumas das principais matérias do zero, como Direito do Trabalho e AFO, vi que se eu “apertasse o passo” conseguiria terminar o edital até a prova e resolvi encará-la. Me esforcei como nunca durante esses três meses, fiz esquemas e mapas mentais das matérias que eram importante e novas para mim, consegui gabaritar Direito do Trabalho e fiquei em 3º lugar na prova objetiva. Porém, não tive tempo de me preparar para a prova discursiva, fui confiando apenas nas boas notas que eu tirara anos atrás, nas redações do ensino médio, achando que isso seria suficiente e, assim, acabei caindo para o 22º lugar, ficando no cadastro de reserva.
Como esse artigo já está ficando muito longo, tentarei ser mais breve rs. Resumidamente, após a prova do TST, fui nomeado para o cargo da Anvisa. Um novo desafio se iniciou: trabalhar e estudar ao mesmo tempo. Com muita força de vontade, dedicação, disciplina (e algumas fraquejadas, obviamente) e também muitas concessões, consegui criar uma rotina na qual eu aproveitava basicamente todo o meu tempo livre na semana e alguns dias dos fins de semana para estudar. Estudando no horário de almoço, no ônibus para o trabalho e em qualquer outro intervalo que me sobrasse, encarei a Sefaz-GO sem tempo suficiente de terminar o edital, priorizando as matérias mais importantes e fiquei de fora do cadastro de reserva por UMA questão apenas – e das vagas por apenas três. Logo em seguida veio a Sefaz-SC, mais uma correria contra um edital ainda maior, o qual consegui cobrir um percentual ainda menor que o de Goiás e, em uma prova de 260 questões, posso dizer que novamente “bati na trave”, ficando a 5 questões das vagas.
Ninguém é de ferro e, mesmo tendo mais uma prova pela frente, dessa vez da Sefaz-RS, depois de um ritmo muito forte de estudos, pouco descanso, e quase aprovações, não consegui dar o meu máximo para a prova gaúcha, ficando ainda mais distante das vagas.
Percebi que eu já tinha uma boa experiência de provas e o que me faltava era apenas tempo suficiente para me preparar suficientemente bem (as provas de GO e SC foram bem próximas e, talvez se eu tivesse me concentrado apenas na de SC estaria aprovado, já imaginaram?! tsc). Resolvi, em vez de continuar fazendo todas as provas da área fiscal que aparecessem, focar em uma cujo prazo fosse suficiente para ver bem, com qualidade e calma, todo o conteúdo, mesmo com minha rotina de estudos e trabalho. Assim, escolhi a prova do ISS – Guarulhos para Auditor.
Dito e feito. Com tempo suficiente de preparação, consegui me sair até melhor do que imaginava. Atingindo pouco mais de 94% de acertos, consegui a aprovação em 2º lugar.
Enfim, sei que já me delonguei demais aqui, mas acontece que depois de mais de 2.800 horas líquidas registradas de estudos, temos inúmeras experiências e aprendizados que vêm com elas para compartilhar e tentar ajudá-los nessa jornada, que a princípio pode parecer bastante ingrata mas que no fim, vale muuuito a pena! Se reler o texto, vai ver que, não à toa, citei concessões que fiz, reprovações que me deram lições, técnicas de estudos que utilizei, revisões, técnicas de resumos e várias outras coisas que, invariavelmente, fazem parte da vida de um concurseiro para que você saiba o que te aguarda (se for iniciante) ou para que saiba que não está sozinho (se já estiver meio dessa batalha).
Caso queiram um acompanhamento individualizado, no qual podemos dividir cada uma dessas experiências e aprendizados com minúscias, a fim de ajudar você a conquistar sua aprovação da maneira menos difícil possível, entrem em contato com nossa consultoria de coaching e eu (ou qualquer outro coach da nossa equipe) terei o prazer de auxiliá-lo na sua jornada.
Coaching: https://www.estrategiaconcursos.com.br/cursosPorConcurso/coaching-382/
Nos vemos por aí! ;)
Vítor Henrique
Insta: @_henrique.vitor
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