Do Banrisul até a SEFAZ SC: Minha história no mundo dos concursos
Olá, pessoal!
Meu nome é Ricardo Bourscheid, sou um dos novos integrantes da equipe de coaches do Estratégia Concursos e hoje estarei me apresentando para vocês e falando um pouco de minha trajetória no mundo dos concursos, que culminou com minha aprovação em 5º lugar para Auditor Fiscal da SEFAZ SC em 2019.
O primeiro concurso que prestei foi para Escriturário do Banco do Brasil, no longínquo ano de 2008. Sem experiência alguma no mundo dos concursos e tendo “estudado” por 1 semana, até acabei sendo aprovado nesse primeiro certame, mas fiquei longe de figurar entre as vagas.
Dois anos e meio mais tarde, em 2010, quando já cursava administração, decidi estudar para o Banco do Estado do Rio Grande do Sul. Dessa vez, eu sabia que apenas realizar a inscrição e ir apenas fazer a prova não fariam nada pela minha aprovação.
A “derrota” no concurso anterior foi o motor da minha preparação para este concurso. Eu sabia que era preciso mais que poucas horas de estudo para ser aprovado e também sabia que passar, mas não estar entre os primeiros, não iria me colocar no cargo que eu almejava. Por isso, comprei uma apostila de banca de revista e baixei mais alguns materiais gratuitos da internet, o que era mais do que suficiente considerando a época e o cargo, e estudei esse material diligentemente durante 1 mês. O resultado? 2º lugar regional e 17º lugar geral em um concurso que teve mais de 117 mil inscritos.
Essa aprovação foi muito importante para minha vida profissional e de concurseiro, especialmente por três motivos:
1) Mostrou-me que concursos não eram uma “fraude” ou “máquina de dinheiro público” e que, com dedicação, era possível, sim, alcançar a aprovação.
2) Trabalhar no Banrisul, além de ter me proporcionado crescimento profissional, possibilitou que eu tivesse condições financeiras (o salário era razoavelmente bom) e tempo (carga horária de 6h por dia) para estudar para as provas da faculdade e, mais tarde, para estudar para um concurso de uma área que eu realmente queria; agora não mais por necessidade, mas pela busca de satisfação profissional.
3) Ficar entre os primeiros nesse concurso colocou uma semente na minha cabeça, que iria brotar alguns anos mais tarde: se eu pude passar nesse concurso (e passar muito bem colocado), eu poderia passar em outros também! Esse concurso seria uma escada para aprovações ainda mais importantes no futuro.
Em 2013, logo após formado, prestei processo seletivo interno para Gerente de Negócios do Banrisul. Resultado: aprovado nas provas, mas reprovado na análise de perfil, por falta de habilidade e experiência em negócios. Embora na época tivesse ficado “p da vida” com os avaliadores, hoje gostaria de agradecê-los, rs. Essa reprovação foi o empurrão que faltava para voltar a estudar para concursos, dessa vez para uma carreira que eu realmente esperava me satisfaria por completo e que meus esforços estariam sendo vertidos diretamente para a sociedade.
Então, em outubro de 2013, comecei a estudar para a Analista da Receita Federal, tendo por base o último edital publicado, já que não havia previsão para um novo certame em breve.
Embora o concurso cobrasse disciplinas como matemática e contabilidade, que eu estava familiarizado por minha formação em administração, também eram cobradas muitas disciplinas de direito, cujo contato prévio, no meu caso, era ínfimo. Além disso, sem nunca ter estudado para um concurso desse porte (com menos inscritos, em torno de 14 mil, mas muito mais difícil), faltava a mim o conhecimento e aplicação de técnicas de estudo realmente efetivas, que pudessem me colocar à frente de milhares de outros candidatos muito bem preparados.
Para se ter uma ideia, a primeira disciplina que estudei foi Direito Administrativo, como? Comprei o livro Direito Administrativo Descomplicado (Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo) e li ele do começo ao fim, como se fosse um livro de literatura! Naquela época, parecia certo, mas hoje vejo o quão primitivo era meu método de estudo.
Embora tendo tido esse início, algo que sempre me acompanhou durante minha vida foi observar meus hábitos e buscar uma forma de melhorar o que fazia. Assim, passei a estabelecer metas de estudo, primeiro em páginas por dia, depois em horas por dia. Depois, construí minhas próprias planilhas de controle de desempenho, passei a fazer grifos mais precisos, resumos mais objetivos, estudar no sistema de ciclos. Todas essas mudanças alavancaram meu desempenho e preparam o solo para as futuras aprovações.
Como o concurso para Analista não saiu (até hoje!), decidi prestar um concurso análogo a nível estadual e cujo edital havia sido publicado no início de 2014: Técnico Tributário da Receita Estadual do Rio Grande do Sul. Importante notar que, embora com a denominação “Técnico”, esse cargo possui como requisito ensino superior e paga uma remuneração muito boa (na casa dos R$ 10.000,00 brutos).
Do edital até a prova (que aconteceu em junho de 2014), foram aproximadamente 3 meses). A vontade de passar, a disciplina e as mudanças que implementei na minha forma de estudar renderam a aprovação: 11º lugar, dentro, portanto, das 100 vagas oferecidas.
Dois meses mais tarde, também fiz a prova para o cargo de Auditor Fiscal da SEFAZ RS. Apesar de exausto pelo concurso anterior e sem ter estudado 5 das disciplinas exigidas em prova (direito civil, penal, empresarial, TI e contabilidade), consegui ser aprovado, mas fora das vagas em edital.
Desde outubro de 2013 até minha última aprovação em 2019, havia parado de estudar pouquíssimos meses (para viajar, para resolver problemas pessoais, para assumir na SEFAZ RS). Essa continuidade dos estudos e fé inabalável de que algo melhor estaria por vir estavam na raiz do resultado que logo mais obteria.
Nesses anos, dedicava meu tempo estudando disciplinas comuns a dois concursos fiscais de meu interesse: Auditor da SEFAZ RS e Auditor da Receita Federal. Mas, com a situação das finanças do Estado do RS um pouco difícil, ainda sem notícias de um concurso para Receita Federal, e com a carreira de AFRE SC em destaque, resolvi apostar todas as minhas fichas nesse concurso. Eu estava estudando há 5 anos e a vontade de encerrar essa maratona com uma vitória era inexplicável!
Após a decisão de prestar esse concurso e antes de efetivamente sentar na cadeira e estudar o máximo possível, tirei uma semana para planejar meus estudos. Eu estava trabalhando na SEFAZ RS e não tiraria mais de 10 dias de férias no período. Assim, meu estudo deveria ser todo guiado pela máxima do custo-benefício. Durante muito tempo, nos anos anteriores, estudei para “aprender” os conteúdos, agora, no entendo, meu tempo deveria ser todo direcionado a tirar o máximo de nota possível na prova.
Chegado o fim de semana de aplicação das provas, apesar de tentar manter minha cabeça sob controle e ir para a prova confiante, nunca me senti tão ansioso, com isso veio dor de cabeça, dor de barriga e pouquíssimas horas de sono entre as provas. Ocorre que, mesmo diante de tudo isso, meu desempenho foi excepcional, especialmente porque a qualidade de minha preparação minimizou minha dependência da sorte e do risco desses fatores realmente me prejudicarem a ponto de não passar bem colocado na prova.
Quando o resultado oficial da prova saiu, em 4 de janeiro de 2019, fui surpreendido por ter ficado em 5º lugar, com um percentual de acertos que beirou os 90%, tendo gabaritado 2 disciplinas (Direito Constitucional e Auditoria) e errado apenas 1 questão em outras duas (Legislação Tributária Estadual I e Direito Tributário).
Atualmente, enquanto aguardo minha nomeação como Auditor Fiscal da SEFAZ SC, exerço o cargo de Técnico Tributário na Delegacia da Receita Estadual do Santo Ângelo, RS, trabalhando na área de contencioso judicial e cobrança de créditos tributários. Também sou professor de inglês e português na plataforma Italki e, agora, integro a equipe do Estratégia Concursos.
Conte comigo para conseguir levar seus estudos a outro patamar e chegar mais perto da aprovação. Tenho certeza que unindo minha experiência em estudar para concursos e sua determinação e disciplina, você poderá ir muito mais longe e em menos tempo do que o habitual.
Estudar para concursos é uma tarefa que exige persistência, disciplina, foco e muita renúncia, mas a visão do lado de cá é, com toda certeza, recompensadora!