Minha história de aprovação
Para começar, preciso falar rapidamente da história do meu pai. Ele abandonou a faculdade para trabalhar e poder ganhar o dinheiro. Então, largou o curso de ciências contábeis e foi para o interior do Ceará ser bancário.
Ele mudava de cidade frequentemente e, durante o ano da alfabetização, (hoje primeiro ano) passei por vários colégios, dentre elas uma escola pública no interior do Ceará – Mombaça. Uma das consequências disso foi que ao final do ano e eu não sabia ler nem escrever. Tanto minha mãe como meu pai fizeram um esforço para que eu não ficasse para trás, estavam sempre acompanhando de perto, e consegui acompanhar a turma.
Quando me mudei para Fortaleza, aos 12 anos, senti o ritmo mais “pesado” da escola. Comecei o ano tirando notas baixas, sofrendo para aprender as matérias, aquele negócio de aluno sofredor mesmo. Tinha moleza para meu lado não. Sempre fui aquele aluno “burrinho esforçado”.
Concluí o segundo grau e, com muito esforço, passei no vestibular para odontologia, terminei minha graduação e comecei a trabalhar. Até que, depois de 9 meses trabalhando como dentista, eu “ouvi” falar do MUNDO DOS CONCURSOS.
O salário que ganhava na época não era ruim, não tinha do que reclamar da minha remuneração para um recém-formado. Mas tinham algumas coisas que ficavam martelando na minha cabeça:
- A relação de trabalho era precária e não tinha garantias
- Tinha medo de ser demitido;
- Viaja toda semana 700 km para trabalhar;
- O salário atrasou alguns meses;
- E queria uma remuneração melhor também.
Mas, sim, como fiquei sabendo do mundo dos concursos?
Olha só como são as coisas da vida. Havia me formado há um ano e sobrara um dinheiro da comissão de formatura da faculdade. O que decidimos fazer com essa grana? Um churrasco, vê só que maravilha. Durante essa confraternização, um amigo (Evandro, hoje é Auditor Fiscal do Trabalho) comentou que estava estudando para concurso. Acreditem, minha pergunta foi assim: “Como é isso de estudar para concurso”?
Ele começou a me explicar como funcionava o mundo dos concursos – que muitos cargos tinham boas remunerações, estabilidade e vários outros benefícios. Mas que precisava de algo importante: estudar!! Quando ele me disse tudo aquilo, eu comecei a desejar demais aquela vida. “É isso que quero, eu pensei”.
Lembram do burrinho esforçado né? Aí eu disse, “OPA! Não sou inteligente, mas tenho disposição. Se alguém me disser o que preciso estudar, eu faço esse negócio”. Eu ainda não sabia de um detalhe importante: estudar para concurso era diferente de estudar para as provas do colégio e da faculdade.
Tanto é que muitas vezes o melhor aluno da faculdade não consegue aprovação em concurso. Já aquele que nem era tão bom durante a graduação, consegue a aprovação. Mas, enfim, depois daquele dia, eu pensei bastante sobre o assunto, conversei com meus pais e expliquei toda a situação para eles – que estava pensando em largar a profissão para começar a estudar para concurso.
Foi uma decisão fácil?
Não! Foi uma decisão difícil e a grande maioria das pessoas diziam que estava ficando doido, por ter feito faculdade, estudado e depois abandonar tudo. Mas decidi: vou estudar para concurso. Tenha isto em mente: decisões mudam as nossas vidas.
Aí, meu amigo, começaram minhas dificuldades.
E não foram poucas! No início, os meus principais obstáculos foram a compreensão das matérias, o tamanho delas, os materiais disponíveis para estudar e como organizar tudo aquilo. Em suma, não sabia por onde começar.
Os desafios
Meu primeiro desafio: a minha formação – Odontologia – era totalmente diferente das disciplinas que seria preciso estudar: direito administrativo, constitucional, tributário, Contabilidade etc. Enfim, vários assuntos que nunca tinha ouvido falar na vida.
Lembro como se fosse hoje do meu primeiro dia de estudos. Matéria: direito administrativo. Livro do Professor Marcelo Alexandrino. Passei 40 minutos na primeira página e não tinha entendido quase nada. Palavras como jurisprudência (para quem já estuda sabe que isso é básico), suprema corte, discricionário e vinculado, para mim era tudo grego. Quase desisti antes de começar.
Não tinham tantas opções como hoje nem a informação era tão difundida. Então, boa parte das matérias eram estudadas por livros grandes, sem esquematizações e sem questões comentadas. Não tinham PDFs específicos para concursos e bancas.
Não tinha a “moleza” que temos hoje de ter milhares de questões comentadas das mais diversas bancas, mapas mentais, resumos, mentoria, dicas de professores em YouTube, Instagram e planos de estudos personalizados feitos por quem já trilhara o mesmo caminho.
Também não tínhamos diversos cursos com videoaulas online, podcast etc. Então, estudei por livros, lei seca e fiz cursos presenciais no hoje Curso Prime em Fortaleza e no LGF, na época telepresencial.
E quando vi o tamanho de cada matéria? “Minha nossa senhora”! Eram gigantes os conteúdos. Os livros não eram focados em um concurso nem eram voltados para uma banca específica, então estudávamos muitas vezes bem mais do que era necessário.
Quando estudava um assunto novo, já havia esquecido boa parte do que estudara nos dias anteriores. Nessa época, não tinha a mínima ideia de organizar revisões. Ia para as questões, mas os índices de acerto não eram bons. Errava muitas e, na maioria das vezes, não tinha comentário do professor para saber o motivo do erro. Logo o tempo perdido tentando entender tudo era grande.
E detalhe básico: minha vida tinha piorado, pois não tinha mais tempo para nada: família, lazer, namorada. Enfim, não era fácil lidar com tudo aquilo. Novamente, quase desistia com muito pouco tempo de estudo. Mas fui seguindo.
Primeiro concurso que fiz: TRE do Maranhão.
Qual foi o resultado? Não cheguei nem perto. E quando vem esses resultados negativos o que pensamos? “Como pode, estudei tanto, me dediquei tanto. E não fiquei nem perto. Isso não é para mim. Só passam os inteligentes. Eu não consigo aprender”.
Você algumas vezes começa a duvidar da sua capacidade. Mas eu não desisti. O que eu fiz? Fui ver o que tinha dado errado. E como podia melhorar aquilo.
Conversei com aquele meu amigo, que já estava mais avançado nos estudos, teve inclusive a redação corrigida nesse mesmo concurso do TRE/MA. Ele me falou de algumas técnicas de estudo, relativas a questões, revisões e outras coisas mais. Quando fui perceber, o que me faltava era técnica e estratégia de estudo. Comecei a registrar tudo que dava certo e tudo que dava errado. Quando eu quebrava a cara com algo, eu mudava aquilo. E o que estava dando certo eu matinha.
Primeira Aprovação
Depois de um tempo, errando, aprendendo, ajustando, consegui minha primeira aprovação: Analista Tributário da Receita. Essa primeira vitória foi em 2006, mas não foi minha grande luta. Aguarda aí que ela vem agora pela frente.
Após a posse como Analista, tentei retomar os estudos algumas vezes visando o concurso de Auditor, mas não conseguia manter um ritmo de estudos sustentável. Morava em uma cidade a 115 km de Fortaleza – Itapipoca. Passava a semana no trabalho e sábado e domingo retornava para casa. Essa quebra de rotina me atrapalhava muito para não conseguir estudar. Além disso, faltava motivação, pois já tinha uma vida relativamente boa.
Três anos depois, conversando com outro amigo, Paulo (que hoje também é Auditor da Receita), em um final de semana de férias na praia de Fontainha/CE, decidi novamente: vou estudar valendo!
Eu sabia que era capaz de passar em um cargo melhor e decidi que não tinha mais desculpas. Ou seja, 3 anos depois da primeira posse (2006), em julho de 2009, consegui de fato voltar a estudar. O concurso da Receita já estava autorizado desde abril daquele ano.
A retomada em 2009
Retomei mais precisamente no início de Agosto e o que me ajudou criar o hábito de estudar novamente foi o fato de assistir a aulas de resolução de exercícios no final de semana: sábado e domingo.
Ou seja, na semana, morava e trabalhava em Itapipoca e no final de semana ia para Fortaleza para assistir a aulas de exercícios. Nessa fase dos estudos, eu já compreendia as matérias, já tinha uma boa noção de como era estudar para concurso. Aqui minha briga passou a ser outra: lutar contra o tempo, pois a prova já estava muito próxima. E eu realmente dei minha vida por esse concurso.
Em setembro de 2009, mais precisamente no dia 21, pouco mais de um mês depois de voltar a estudar o edital foi publicado. Prova dia 12 de dezembro. Nessa hora o coração bate forte!
Reta Final (Pós publicação do edital)
Hora de fazer um planejamento de estudos forte para menos de 3 meses. Nesse mesmo dia, busquei marcar férias, licença TRE (folga) e tudo que tinha disponível para ter mais tempo para a preparação.
Separei todos os materiais, fiz meu plano de estudos e comecei a missão. Joguei duro até o dia da prova, estudando quase 100% do tempo (quando não estava estudando era dormindo ou comendo). Foram noites e noites dormindo pouco!
Fiz tudo que estava ao meu alcance e fui para a prova. Pela conferência do gabarito, estava em uma situação que não tinha como saber se seria possível ir para a segunda fase. Aproximadamente 1 mês depois da primeira fase, dia 15 de janeiro, saiu o resultado. Fiquei em aproximadamente 930º, pude ir para a segunda fase fazer a prova discursiva.
O concurso tinha 450 vagas e havia a possibilidade de serem nomeados 50% a mais, o que resultaria na chamada de mais ou menos 680 candidatos. Ou seja, na segunda fase eu precisava passar pelo menos 250 candidatos e torcer para nomearem os 50% a mais.
A data da 2ª fase foi 24 de janeiro. Foram 9 dias novamente fazendo preparação de louco, dormindo poucas horas por dia.
Fui para a prova, 6 questões discursivas, confiante e sabendo que tinha feito tudo que estava ao meu alcance. O resultado saiu e foi surpreendente. Fui bem em 5 das 6 provas, tirando nota máximas em algumas delas, inclusive. Porém, em Administração Pública o examinador me deu zero!
Consegui ainda subir mais de 100 posições na classificação, mas não foi suficiente para ficar entre os 680 que foram nomeados. Foi um dos dias mais tristes da minha vida.
A frustração
Eu não conseguia entender como, mesmo diante de tanto esforço, de tanta dedicação, de várias noites de sono perdidas, não tinha conseguido aquela aprovação. Eu me achava burro e incapaz, além de injustiçado.
Depois, pensando com mais calma, eu percebi qual tinha sido meu grande erro. Foi simplesmente não ter me preparado com antecedência, de forma que desse tempo acumular a quantidade de conhecimento necessária para ser aprovado.
Na verdade, tinha obtido um resultado, tendo em vista o tempo que me dediquei para a prova. Mas, mesmo assim, passei todo o ano de 2010 de “ressaca” daquela prova. Não consegui estudar mais nada.
A segunda retomada (2011)
Somente em 2011 voltei novamente para os estudos. Daquela vez, fiz uma programação de médio/longo prazo, estudando as matérias no meu ritmo, aproximadamente 3h por dia.
Fui preparando material de revisão de todas, deixando tudo pronto para o dia que surgisse uma nova oportunidade. Quando eu me considerava uns 80-90% “pronto”, surgiu o edital (21/03/2012) do Analista de Comércio Exterior (ACE), cargo da Secretaria de Comércio Exterior.
Como as matérias eram muito parecidas com as da Receita Federal (e o concurso ainda não estava autorizado), resolvi focar os estudos por 2 meses nesse edital, que teve prova da primeira fase dia 27 de maio.
Aí, meu amigo, em pós-edital entro no modo turbo (estudar o máximo que conseguir todos os dias até a prova). Conseguia estudar aproximadamente 9h/dia quando não estava trabalhando e entre 5 e 6h em dias que trabalhava.
Dia 25 de maio, 2 dias antes da prova do Mdic, saiu a autorização do concurso da RFB. Ou seja, a partir dali o edital poderia ser publicado a qualquer dia. E, após o edital, temos aproximadamente 60 dias para a prova. Não queria mais dar sorte ao azar.
Uma grande dúvida
Fui muito bem na primeira fase do concurso, ficando entre dos 10 primeiros colocados. E então surgiu mais um grande dilema. Tinham 30 dias para a segunda fase do concurso. Eu focava 100% nisso (só 2 matérias – comércio internacional e relações econômicas internacionais) ou voltava minha atenção novamente para a receita.
O salário do ACE era 95% da remuneração de Auditor da RFB. Era um cargo muito bom, estava muito bem classificado e decidi tentar “garantir” a aprovação. Então, foquei mais 30 dias para a segunda fase do concurso.
Cinco dias antes da prova, a ESAF publica um novo resultado da primeira fase e adia a prova por mais uma semana. Seria dia 01 de julho e foi adiada para o dia 08. Eu estava exausto, estudando há 3 meses em ritmo de reta final (modo turbo) e queria voltar minhas atenções para a RFB, que poderia ter o edital publicado a qualquer momento.
Dia de desespero
Nesse dia eu não consegui fazer nada, simplesmente não estudei de tão angustiado que fiquei. Eu já tinha pensando em mudar o plano de estudos no dia seguinte para incluir algumas matérias da receita de volta já naquela semana.
Nesse mesmo dia à noite, o Paulo (aquele amigo de 2009) me mandou uma mensagem que dizia assim: “os verdadeiros campeões aparecem nos momentos mais difíceis”. Essa palavras foram suficientes para minha energia, concentração e determinação me colocarem nos eixos novamente e aguentar aqueles últimos 10 dias focados no concurso.
No final de semana da prova, uma coisa era certa em minha cabeça: depois do dia 08 (prova), iria tirar uns 4 dias de férias para descansar minha mente, pois estava quase estafado.
E assim foi no domingo após a prova, avisei a todos em casa que não me acordassem na segunda, porque queria dormir até tarde. Mas, meu amigo, os “homi” lá de cima não brincam comigo não. Quando acordei no dia 09, o edital da receita já estava publicado, só esperando eu abrir os olhos para me dar um susto.
O dia do descanso justo
Assim que acordei, ao ver o celular, já tinham mais de 10 mensagens dos amigos avisando que o edital estava na praça. Ou seja, adeus mini-férias. Acabaram-se os 3 dias de praia. Só me restou uma coisa: começar um novo mega planejamento para mais uma batalha.
Uma nova reta final
Na segunda-feira mesmo, separei todo o material, organizei meu plano de estudos e comecei na terça mais uma caminhada de reta final.
Durante esse período, fiz milhares de questões, revisei meus materiais infinitamente, estudei jurisprudência (a ESAF pegava pesado nisso), treinei discursiva e devo ter feito uns 2 ou 3 simulados.
Enfim, estava pronto para o grande dia. A minha expectativa era fazer pelo menos 80% dos pontos da prova, era pra isso que eu tinha me preparado e que considerava um percentual bom para garantir a aprovação. No simulados, estava fazendo aproximadamente isso.
O final de semana da prova da Receita é bastante pesado, pois são 3 turnos de provas – sábado a tarde, domingo pela manhã e pela tarde. No final do dia, você está destruído.
Controle emocional no dia da prova
Nesse concurso de 2012, tiveram algumas provas dificílimas, dentre elas Direito Administrativo, Auditoria e Legislação Tributária. Para ilustrar a dificuldade, cito duas situações importantes: 1. foi o único concurso da história da receita que sobraram vagas; 2. dois candidatos que ficariam entre 10 primeiros colocados e número de pontos foram eliminados porque não fizeram a pontuação mínima.
Eu tinha ficado com muito medo da prova da 2 (no domingo pela manhã), por conta de auditoria. O meu receio era não conseguir a pontuação mínima necessária nessa disciplina e ser eliminado do concurso, pois a prova estava bastante estranha. Isso quase me desestabilizou para a prova da tarde.
Porém, coloquei as ideias no lugar e fui para prova pensando em fazer o meu melhor, que tudo que era possível eu já tinha feito. Sempre procurei ter isso em mente na hora da prova: “se a banca quiser, ela vai fazer uma prova muito difícil de forma que eu não saiba quase nada. É só mais uma prova, não vou ficar nervoso”. Isso me ajudava a manter o controle emocional na hora da prova.
Conferindo o gabarito
O dia do gabarito chegou e no momento que a banca divulgou eu estava fazendo um treinamento no TRE/CE para trabalhar nas eleições daquele ano. Recebi o gabarito no celular em uma mensagem de texto.
Daquele momento até o final do treinamento, não consegui entender mais nada do que o instrutor estava falando, só pensando em corrigir aquele gabarito. Não consigo entender como tem gente que não anota ou confere o resultado. hahaha
Assim que terminou o treinamento, saí correndo para checar o resultado. As minhas mãos tremiam na conferência do gabarito. Nas 10 questões de auditoria, começou a vir um erro atrás do outro. O percentual mínimo só foi conseguido na última questão, fiquei no limite nessa matéria. Emoção até o último minuto. Consegui os mínimos necessários.
Quando somei todos os acertos, só tinha ficado com aproximadamente 69% dos pontos. Nesse instante, foi outro banho de água fria, pois aquela nota era muito baixa para ser aprovado. Não tinha ficado perto dos 80% que desejava.
Logo em seguida comecei a falar com alguns amigos que já tinham olhado o resultado há mais tempo e estavam vendo as notas nos fóruns. Eles me informaram que as notas estavam muito baixas e que a maioria das pessoas não estava fazendo os mínimos necessários. Isso reacendeu a chama, minha esperança foi renovada.
Quando saiu o resultado da primeira fase, estava em 14º. Então, próximo passo era a prova discursiva. A essa altura do campeonato, todos apostavam que a banca faria uma prova fácil para a discursiva, pois das 300 vagas, só 253 candidatos tinham conseguido a nota necessária para a segunda fase.
A prova discursiva
Pasmem, a prova dissertativa veio dificílima. Desci no elevador junto com meu amigo Thales, que quase chorando me disse que não conseguiria fazer os 60% dos pontos mínimos exigidos para não ser reprovado. Eu tentei consolá-lo, dizendo que iria dar certo, mas ele me disse que a prova tratava de Auditoria Governamental (e não Auditoria Independente), eu desabei! Fiz a prova de forma desatenta e tratei na questão que valia metade dos pontos da prova sobre o tema errado.
Um filme passou em minha mente: “assim como no último concurso, fugi do tema na redação e terei nota zero. Mais uma vez estou fora, deixei a aprovação escorrer pelas mãos“. De domingo para segunda, não consegui dormir, só pensava nisso. Do dia da segunda fase até o resultado, foram dias de angústia.
O dia do resultado
Toda a angústia e ansiedade para saber se tinha feito os mínimos na segunda fase só acabou no dia 30 de novembro de 2012, quando já estava em Brasília fazendo o curso de formação de Analista de Comércio Exterior.
Foi um dia épico! Acordei às 6h da manhã para ver o resultado e soube que tinha sido aprovado em uma mensagem de WhatsApp no grupo do amigos do MDIC. No mesmo momento, peguei o computador para confirmar, porque não acreditava na mensagem. A minha mão tremia tanto que quase não conseguia ligar o computador.
Quando vi o resultado, desabei em choro, em um misto de alegria, de emoção, de vitória, de sensação de dever cumprido. Foram uns 20min sem conseguir pronunciar uma palavra. Minha mãe me ligou, mas eu não conseguia falar, pois chorava que soluçava.
Um tempinho depois, outro parceiro de estudo para essa prova, o Thales, me ligou e colocou a música do tema da vitória do Ayrton Senna. Novamente as lágrimas voltaram forte.
Enfim, foi um dia histórico. O restante do dia foi só comemoração!
E para encerrar, garanto uma coisa a você: cada minuto do esforço vale a pena! Se fosse preciso, faria tudo novamente, até mais se fosse necessário. Hoje sou muito feliz na Receita Federal e realizado em poder ajudar outros concurseiros a mudar de vida por meio dos estudos!
Conte comigo nessa jornada.
Um forte abraço,
Bruno Bezerra – Professor e Coach do Estratégia Concursos o Bezerra.