Olá, tudo bem? Dizer que você é único (a) é para chamar sua atenção de que o melhor método de estudo é o seu, já que hoje, com o mundo dos concursos a todo vapor, muitas são as informações sobre como estudar, sobre o que é certo e o que é errado. No entanto, sabemos que não existe uma fórmula mágica, embora esse seja o desejo.
Então, vamos falar um pouco sobre a necessidade do autoconhecimento, sobre regras e princípios e sobre o melhor método de estudo.
Ao iniciar a vida no mundo dos concursos, por vezes ouvimos coisas como “nunca faça isso” e “sempre faça aquilo”, mas não nos adaptamos a nada, nos parecendo melhor “sempre fazer isso” e “nunca fazer aquilo”. O problema é ainda maior quando as pessoas que falam são teoricamente mais experientes no universo concurseiro e isso nos cria dúvida e, por vezes, ansiedade.
Ocorre que, aceitando a sua forma de estudar, dará certo. E por quê? Porque a sua forma é sua e ninguém te conhece melhor do que você mesmo, ninguém sabe melhor do que você como você aprende, o que dá certo para você e o que não dá.
Usando um exemplo para ficar mais claro: alguns afirmam que não se pode estudar de madrugada, mas algumas pessoas só conseguem estudar nesse horário, até por não terem outro. É preciso, então, que cada um encontre, dentro de suas possibilidades reais, o melhor horário para o seu estudo.
Fazendo uma certa analogia, podemos dizer que estudar para concursos tem muito mais a ver com princípios do que com regras, sendo que estas são aplicadas no modelo do tudo ou nada, ou seja, se a regra é válida, tem que ser feito exatamente como ela determina.
Em outro cenário, os princípios são aplicados conforme a ponderação, apresentam uma dimensão de peso e de medida com base no caso concreto, ordenam que se realize na medida do possível, dentro das possibilidades reais existentes.
Quando você estabelece uma regra, mantendo o exemplo de não estudar de madrugada, quem não tem outro horário não poderá estudar, porque estará fadado ao fracasso, certo? E sabemos que isso não é verdade, por mais que a maioria não estude de madrugada e ache isso realmente ruim.
Considerando que grande parte das mães já disse, você já deve ter escutado um dia que a maioria não é você, certo?
O que deve ser feito, então?
Primeiro, é preciso que você se conheça. Ter autoconhecimento é o ponto de partida para qualquer projeto bem-sucedido e faz com que você tenha uma visão mais sistêmica sobre os seus estudos, conseguindo traçar planos e metas realmente alinhados com o seu perfil, além de perceber melhor o ambiente em que está pisando.
Entender que pessoas são diferentes e que não há um modelo ideal contribui para o autoconhecimento, possibilitando que você identifique as suas diferenças (ou compatibilidades) em relação a pontos tidos como essenciais no universo concurseiro, mas que para você pode não ser.
Se conhecer, conhecer a sua forma de estudar, te faz alcançar maior coerência no trajeto e aumenta as chances de êxito, já que o conhecimento do método do outro passa a servir apenas como exemplo, como um norte, mas não como ditador de regras.
O destaque aqui é para a necessidade de observar princípios básicos de um estudo eficiente, como, por exemplo, ter disciplina, fazer exercícios e cumprir as revisões. Aqui sim é geral, serve a todos, mas apenas balizam o seu caminho, ou seja, embora não persistam regras, é preciso seguir os princípios.
Os princípios dão o norte, estabelecem os limites, mas a ponderação tem que ser a sua, descobrir o melhor método de estudo para você, como você melhor estuda, o horário em que você se sente melhor estudando, como fazer exercícios e revisões, isso depende de cada um. O que não dá é para não fazer. Por isso, para te ajudar, falaremos de três desses princípios.
A forma de estudar é mais do que pessoal, tem muito a ver com a forma com que iniciamos a nossa vida acadêmica, como eram os estudos das regras de tabuada e de separação de sílaba, por exemplo, mas também tem a ver com a nossa personalidade.
São tantas as formas de estudar, que, qualquer tentativa de embrulhar uma única forma em um pacote, será mera falácia.
Você pode estudar fazendo resumos, pode estudar grifando o que achar mais importante, lendo e depois fazendo exercícios sobre o tema, vendo aulas, entre outras formas. E talvez aqui esteja a parte mais importante de encontrar quem você é no mundo dos estudos, porque será a sua forma de estudar que dará a direção para o resto.
Há quem diga, por exemplo, que não se pode usar marca-texto, porque isso não seria estudar, mas se enganar. No entanto, muitos estudam marcando e escrevendo apenas o que acham importante e chegam ao objetivo final tanto quanto aqueles que só gostam de estudar resumindo com suas palavras e não grifam nada.
Outro ponto importante a ser descoberto é a sua forma de revisar, já que o esquecimento faz parte do processo de aprendizagem, sendo tendência esquecermos assuntos estudados há mais tempo, e a revisão nada mais é do que revisitar o assunto já estudado para mostrar ao cérebro que ele é importante. Mas como revisar?
Podemos traçar métodos de revisão, como 24h/7d/30d, revisão semanal, revisão por tema, revisão por exercícios, etc., mas cabe a cada um descobrir qual o melhor método de estudo para a sua forma de aprender. Por vezes, não será nenhum modelo específico, mas a mistura de modelos. Então, não existe uma regra de “revise pelo modelo X”, mas o princípio do “revisar é essencial”. Revise como quiser, mas revise.
Algumas pessoas não conseguem se adaptar ao método de revisão 24/7/30, porque acham que traz ansiedade, porque não gostam da organização do método ou por outros motivos, então revisam de outra forma. Não significa em hipótese alguma que o método 24/7/30 não funcione, pelo contrário, ele é muito usado e funciona para muitos, mas não para todos.
O Estratégia tem diversos vídeos e artigos gratuitos ensinando como fazer revisões e que estão disponíveis para você extrair deles o melhor método de estudo, o seu, como por exemplo:
https://www.youtube.com/watch?v=qeNUXodg1iE
Você consegue imaginar um time jogando em um campeonato sem antes ter treinado? Pois é. Os exercícios são os nossos treinos, nos fazem conhecer a banca do concurso, entender como as questões são elaboradas, testar o tempo de prova, identificar erros nas alternativas, etc.
E como fazer os exercícios? Essa parece ser uma pergunta mais simples, mas a verdade é que existem várias formas de exercitar as questões, como, por exemplo, fazer as questões de provas anteriores de forma simples, na forma que estão lá, ou fazer F ou V com todas as alternativas, justificando as falsas. O importante aqui é aprender a olhar para as questões com os seus olhos e identificar o que está errado rapidamente.
Como falamos até aqui, você é único (a) e o melhor método de estudo é aquele que te traduz. O do colega que passou em primeiro lugar no concurso X pode ser ótimo, mas se não for um método com o qual você se identifica, não será bom para você. Ao contrário, poderá te prejudicar. Não é o seu método.
É preciso tomar cuidado com informações que nos trazem o “tudo ou nada”, porque as pessoas são diferentes e aprendem de formas também diferentes. Cada um tem uma percepção sobre uma determinada matéria. Alguns com maior facilidade em matérias de exatas, outros em matérias de humanas. Alguns levam meses para passar em um determinado concurso, outros levam anos. E está tudo bem.
Encerramos este artigo desejando que você entenda que somos diferentes, que temos limites diferentes e que, não desistindo, é possível chegar à aprovação, que depende do seu autoconhecimento e não de um modelo pré-fixado de como estudar.
Abraços.
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Excelente texto! Me ajudou e tenho certeza que ajudará muitos!
Melhor texto que já li no blog!!