ISS/Londrina: Comentários à prova de Português
Olá, pessoal!
Seguem os comentários à prova de Língua Portuguesa, aplicada para os candidatos ao cargo de Auditor-Fiscal de Tributos (embora a prova estivesse com muitas falhas na formatação – muitas palavras/expressões não estavam destacadas – , não vislumbrei possibilidade de interpor recurso)
- C
A locução “de acordo com” exprime ideia de conformidade, tal como ocorre com o termo “conforme”. No contexto, é possível fazer a substituição daquela por este, sem que haja prejuízo à correção gramatical.
- C
A expressão “de acordo”, consoante a explicação do item anterior, expressa matiz semântico de conformidade.
- E
O conector “contudo” expressa ideia de adversidade, e não de adição.
- E
Expressando valor de adversidade, oposição, o conector “contudo” pode ser substituído, por exemplo, pelos nexos textuais “porém”, “todavia”, (…).
- C
A preposição “para” expressa valor de finalidade, sendo equivalente a “a fim de”: A fim de abrandar a pena.
- C
Com efeito, o pronome “nossas” transmite ideia de posse, sendo classificado como pronome possessivo. Trata-se, no contexto, de um determinante para o substantivo “ações”, tornando correta a afirmação da banca.
- E
Certamente, o pronome “esse” é demonstrativo, funcionando como importante elemento de coesão textual. Entretanto, de acordo com o contexto, a forma pronominal em destaque retoma não o verbo ‘conseguir’, mas sim o período anterior: “Distinguir melhor o que é certo do que é errado”.
- C
O termo “eu” é um pronome pessoal do caso reto, tornando correta a afirmação da banca.
- E
No contexto, o pronome “nos” é oblíquo, funcionando como complemento na oração.
- E
Com certeza, o termo “que” é um pronome relativo; entretanto, no contexto, retoma o substantivo “deveres”, tornando errada a afirmação do examinador.
- E
No texto, o autor afirma exatamente o contrário (2º parágrafo): “(…) no cenário profundamente antiético, um disparate tem chamado à atenção. Para aquele momento em que, descoberto em roubalheiras, não dá mais para negar o óbvio, o submundo da política nacional tem utilizado uma péssima desculpa. Para abrandar a pena, quem sabe, se livrar dela, com cara coitado, inocente injustiçado, diz por aí, para quem quiser ouvir: “… mas não fui só eu”.
- E
O autor não afirmou que o indivíduo é instruído sobre as formas de se isentar de seus atos. Pelo contrário, o autor do texto apenas menciona que a desculpa “mas não fui só eu” também é usada pelas crianças. Essa busca pela isenção, inclusive, sempre foi censurada nas escolas: “O argumento não é novo. Ouvimos de crianças em formação. Na escola onde estudei, a resposta, por si só, sempre mereceu a censura não raro maior do que a falta praticada”.
- C
No quinto parágrafo, o autor expressa sua opinião acerca da pobreza ética, tornando válida a afirmação do examinador: “A pobreza ética atual, contudo, não significa que estamos incapacitados para uma experiência melhor. Não é um dado antropológico do brasileiro, feito uma segunda natureza irreversível”.
- E
De acordo com o texto, a falta de ética persiste no Brasil. Entretanto, na superfície textual, o autor afirma que não há bons exemplos de conduta ética, tal como ratifica o excerto “O que nos faltam são boas lições de ética, o debate e aprendizado profundo sobre o que isso quer dizer” (6º parágrafo).
- C
No sexto parágrafo, o autor assevera que “a formação ética, aliás, constitui elemento central da educação básica, conforme as Diretrizes Curriculares Nacionais”. Portanto, a afirmação está correta.
- C
No contexto, os verbos “roubar” e “falar”, destacados em “Roubar e falar (…) é sem-vergonhice”, estão substantivados, ou seja, funcionam como um nome e exercem a função de sujeito (integram a estrutura de sujeito oracional):
Roubar e falar (…) é sem-vergonhice
ISSO (…) é sem-vergonhice
- C
A forma verbal “estudei” está flexionada no pretérito perfeito do indicativo, validando a afirmação do examinador.
- E
De fato, a forma verbal “precisamos” está no presente do indicativo. Entretanto, essa estrutura apresenta o sujeito desinencial “nós”, identificável por meio da desinência número-pessoal “mos”.
- E
Em “os que não se perderam ainda”, temos a voz reflexiva, e não ativa.
- C
A forma verbal “define” é transitiva direta, tendo como complemento direto o sintagma “a vida democrática”.
Um abraço e sucesso a todos!