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ISS BH: Resumo de Elasticidades para a prova

No artigo de hoje (ISS BH: Resumo de Elasticidades) será apresentado um resumo dos principais pontos que você precisa saber para a prova conforme o divulgado no edital. Vamos lá?

ISS BH: Resumo de Elasticidades

Hoje vamos fazer um guia de um dos assuntos mais importantes de economia para o concurso de Auditor Fiscal da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte. O objetivo é gabaritar essa prova, ok?

Conceitos Iniciais – ISS BH: Resumo de Elasticidades para a prova

Existem fatores cuja variação pode afetar a oferta e a demanda. No entanto, deve-se atentar à intensidade com que esses fatores as influenciam.

Desta forma, se houver aumento do preço da cerveja importada, em quanto sua demanda será reduzida?

De outro modo, e se o preço dos medicamentos para pressão alta subirem, haverá uma redução substancial das vendas?

Assim, para medir essa sensibilidade com que esses fatores afetam o comportamento dos consumidores, usaremos o conceito de elasticidade.

Elasticidade-preço da Demanda – ISS BH: Resumo de Elasticidades para a prova

A elasticidade-preço da demanda (EPD) mensura o quanto a quantidade demandada reage a uma variação no preço.

Desta forma, a demanda é dita elástica quando uma pequena variação do preço causa uma grande variação da quantidade demandada.

Em contrapartida, a demanda é inelástica se essa resposta da quantidade demandada à variação no preço é pequena.

De antemão, quais fatores por exemplo podem influenciar a elasticidade-preço da demanda de um bem ?

1. Disponibilidade de substitutos próximos: Bens com substitutos próximos, como a manteiga e a margarina, tendem a ter demanda mais elástica porque é mais fácil para os consumidores trocarem um pelo outro.

2. Bens necessários x bens de luxo (supérfluos): Os bens necessários, como a insulina para os diabéticos, tendem a ter demanda inelástica. Por outro lado, os bens de luxo, como um whisky 12 anos, tendem a ter demanda mais elástica.

3. Importância relativa do bem no orçamento: Quanto maior o peso do bem no orçamento, maior é a elasticidade-preço da demanda: Quanto mais o consumidor gasta com um certo bem, mais afetadas serão suas decisões quando se depara a uma variação nos preços desse bem.

Por outro lado, se o preço da pasta de dente subir, você não está nem aí com isso, afinal não é isso que vai comprometer as suas contas.

4. Horizonte de tempo: A demanda de bens no longo prazo tende a ser mais elástica em relação ao curto prazo. Por exemplo, quando há um aumento no preço da gasolina, o consumo imediato cai pouco; porém, ao longo do tempo, as pessoas vão comprando mais carros do tipo flex (gasolina e álcool) com o objetivo de economizar no combustível usando etanol.

5. Quanto maior o número de possibilidades de usos de uma mercadoria, tanto maior será sua elasticidade: se um produto possui muitos usos, então, será natural que o número de substitutos que ele possui também seja alto, pois em cada uso que ele possui haverá substitutos.

Elasticidade-renda da Demanda – ISS BH: Resumo de Elasticidades para a prova

A elasticidade-renda da demanda mede o quanto a quantidade demandada varia conforme a renda do consumidor varia. Analogamente à elasticidade-preço da demanda, calcula-se da seguinte forma:

Elasticidade-renda da demanda

Em regra, a elasticidade-renda da demanda é um valor positivo.

Elasticidade-renda da Demanda – Tipos de Bens

Em síntese, um aumento da renda do consumidor leva a um aumento da demanda.

Dessa forma, essa variação de renda e quantidade no mesmo sentido faz com que o numerador e o denominador da equação acima tenham sinais iguais, o que resulta em um valor positivo para a elasticidade-renda da demanda. Essa regra é válida para os bens normais.

Contudo, temos uma exceção, os bens inferiores. Aqueles em que um aumento da renda leva a uma redução do consumo, como a passagem de ônibus e a carne de segunda.

Logo, neste caso há uma relação inversa entre renda e quantidade demandada, resultando em um valor negativo para a elasticidade-renda.

Da mesma forma, entre os bens normais, temos dois tipos de bens que podem ser classificados segundo o valor de sua elasticidade. São os bens necessários e os bens de luxo.

Sob o mesmo ponto de vista, os bens necessários, como alimentos, tendem a apresentar baixa elasticidade-renda porque os consumidores sempre decidem comprar alguma quantidade deles mesmo quando a renda é baixa.

Assim, o valor da elasticidade-renda é inferior a um.

Os bens de luxo (ou supérfluos), como roupas de grife e carros importados, tendem a apresentar uma alta elasticidade-renda, afinal os consumidores podem muito bem passar sem eles se houver uma redução em sua renda.

Para este caso teremos o valor da elasticidade-renda superior a um.

Por fim, os bens de consumo saciado, que são aqueles em que o consumo não varia em relação a renda, como a água (eu imagino que você não vai consumir mais água ou menos água se sua renda aumentar ou diminuir). Desta forma, a variação é nula.

Elasticidade-cruzada da Demanda – ISS BH: Resumo de Elasticidades para a prova

A elasticidade-preço cruzada da demanda mede o quanto a quantidade demandada de um bem responde às mudanças no preço de um outro bem. Calcula-se da seguinte maneira:

Elasticidade-cruzada da Demanda

Bens substitutos Primeiro, vamos considerar o caso de bens substitutos, como esse da manteiga e margarina. Percebam que um aumento do preço de um bem aumenta a demanda pelo outro. Essa relação direta entre preço e quantidade resulta em uma elasticidade cruzada positiva.

De outro lado, os bens complementares que são consumidos juntos. Imagine o que aconteceria se a demanda por queijo se o preço da goiabada aumentasse?

Dessa forma, a demanda por queijo diminuiria e, por reflexo, menos goiabada seria vendida. Assim, essa relação inversa entre preço de um bem e quantidade demandada por outro resulta em uma elasticidade cruzada negativa.

Por fim, os bens independentes que não guardam correlação um com o outro. Por fim, mantendo tudo o mais constante (a famosa condição coeteris paribus), o que aconteceria com a demanda por viagens de turismo se o preço do minério de ferro aumentasse ?

Podemos concluir que nada aconteceria, pois não há correlação, afinal não haverá variação no turismo porque não existe relação alguma entre esses dois bens.

Elasticidade-preço da Oferta – ISS BH: Resumo de Elasticidades para a prova

A elasticidade-preço da oferta mede o quanto a quantidade ofertada responde a mudanças no preço.

Assim, diferentemente do que ocorre no caso da demanda, o sinal da elasticidade-preço da oferta é positivo. Isso decorre da lei da oferta, que enuncia que um aumento nos preços leva a um aumento na quantidade ofertada, ou seja, preço e quantidade caminham sempre na mesma direção.

E quais são os fatores que afetam a elasticidade-preço da oferta? Em geral, depende da flexibilidade que os produtores têm para mudar a quantidade produzida em resposta à mudança de preços.

Assim há vários determinantes, mas os dois principais certamente são: a disponibilidade de fatores de produção e o tempo.

Pagamento de Impostos – ISS BH: Resumo de Elasticidades para a prova

Para finalizar este artigo, será analisada uma aplicação interessante da elasticidade-preço da oferta e da demanda na determinação da repartição do ônus tributário entre vendedor e consumidor.

Assim, se o governo instituir um imposto sobre as vendas, quem efetivamente arca ? O vendedor ? O consumidor ?

Na verdade, há uma divisão desse ônus, porém nem sempre essa divisão é igualitária, veremos que ela depende das elasticidades da oferta e da demanda do bem.

  • Regra: os dois pagam impostos.
  • Oferta mais inelástica que demanda: produtor paga mais imposto que o consumidor.
  • Demanda mais inelástica que oferta: consumidor paga mais imposto que o produtor.
  • Oferta totalmente elástica: consumidor arca com tudo.
  • Demanda totalmente elástica: produtor arca com tudo.
  • Oferta totalmente inelástica: produtor arca com tudo.
  • Demanda totalmente inelástica: consumidor arca com tudo.

Espero que tenham gostado do artigo!

Um abraço e bons estudos!

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Felipe Fernando Azevedo da Rocha

Economista Auditor de Finanças da SEFAZ BA. Pós-Graduado em Direito Tributário

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