Olá, pessoal!
Aqui estão os recursos que entendo serem possíveis na prova do IPEA para Comunicação Social e Divulgação Científica.
Avisos importantes:
Espero que os recursos ajudem vocês! :)
A banca indica a letra A como correta. Contudo, não existe nenhum indicativo claro no enunciado que justifique o princípio da soberania no caso apresentado, visto que moralidade e legalidade são princípios explícitos da CF/88 para a Administração Pública no seu artigo 37 (e o IPEA é parte integrante dela, ou seja, deve respeitá-los) e boa-fé e razoabilidade também são princípios presentes no ordenamento jurídico brasileiro.
Tanto a moralidade quanto a legalidade devem ser aplicados e respeitados no âmbito da Comunicação Social.
LEGALIDADE – Todas as atividades de comunicação realizadas pelo IPEA devem estar em conformidade com as leis, regulamentos e políticas pertinentes. Isso inclui leis relacionadas à proteção de dados, direitos autorais, publicidade, entre outras. É importante que todos os profissionais de comunicação estejam cientes das leis que regem suas práticas e que sigam essas leis de forma estrita.
MORALIDADE – comunicação do IPEA deve ser ética e moralmente responsável. Isso significa que as informações comunicadas devem ser precisas, transparentes e imparciais. Os profissionais de comunicação devem evitar distorcer informações, disseminar desinformação ou promover agendas pessoais ou institucionais em detrimento da verdade e do interesse público. Além disso, devem respeitar a privacidade e a dignidade das pessoas envolvidas em suas comunicações.
Dessa forma, entendo ser possível a solicitação de recurso por ANULAÇÃO.
Entendo que a questão extrapola o edital do IPEA porque solicita conhecimentos específicos sobre fontes na área científica, enquanto o edital não inclui esse tipo de exigência.
Portanto, ao cobrar conhecimentos sobre fontes específicas na área científica, como o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), a questão está indo além do escopo do edital do IPEA, que não inclui esse tipo de conhecimento como requisito para o cargo em questão. O que o edital cobra é o conhecimento sobre divulgação científica e jornalismo científico, mas não dados específicos sobre instituições que atuam na área científica como um todo e que poderiam ser fontes em determinados artigos e trabalhos, por exemplo. A cobrança sobre fontes no jornalismo diz respeito a COMO utilizá-las de forma ética no trabalho, mas não sobre QUAIS usar, visto que, dessa forma, trata-se de caso específico dependendo da demanda e tal especificidade não consta no edital.
Assim, a questão não está alinhada com o que é esperado para o concurso do IPEA, pois foge do tema central das responsabilidades e competências exigidas para o profissional no edital. Sugere-se, portanto, anulação da questão.
Entendo a polêmica sobre a questão 40 no sentido de que ela trata claramente sobre o contexto de fake news e disseminação de desinformação em períodos confusos, como a pandemia de COVID-19, no qual há uma “guerra informacional”.
Em situações onde há consenso científico claro sobre um tema, como a eficácia das vacinas contra a Covid-19, dar voz a opiniões que não têm respaldo científico pode criar uma falsa equivalência entre perspectivas válidas e não válidas. Isso pode levar o público a duvidar da validade das vacinas, mesmo quando a ciência mostra claramente seus benefícios.
A letra A foi considerada errada provavelmente porque propõe dar igual peso a todas as opiniões, independentemente de sua validade científica. Nesses casos, é importante distinguir entre opiniões baseadas em evidências científicas sólidas e opiniões que carecem de embasamento científico. Dar igual peso a todas elas pode confundir o público e minar a confiança na informação jornalística (ao veicular uma fake news ou uma informação não confirmada).
Contudo, a letra A é mal redigida: ela não fala sobre veicular fake news (o que a faria mesmo estar errada), mas sim sobre ouvir o outro lado – e esse “outro lado”, de fato, é premissa do Jornalismo, conforme código de ética da FENAJ:
Art. 12. O jornalista deve: I – ressalvadas as especificidades da assessoria de imprensa, ouvir sempre, antes da divulgação dos fatos, o maior número de pessoas e instituições envolvidas em uma cobertura jornalística, principalmente aquelas que são objeto de acusações não suficientemente demonstradas ou verificadas;
O “outro lado” citado pode trazer informações verdadeiras e questionamentos válidos – e existem contextos nos quais sequer há consenso científico sobre determinados temas, como no início da própria pandemia, momento no qual a comunidade científica não tinha ainda normas padronizadas sobre o combate à doença.
Dessa forma, a afirmação da letra A, da forma abrangente como foi apresentada, está CORRETA e de acordo com o código de ética, assim como a letra E.
Entende-se, portanto, que cabe recurso por anulação da questão.
Entendo que a letra C está correta porque destaca a “linguagem auditiva” e a “mobilidade do ouvinte” como aspectos positivos do gênero podcast que atraem o público.
Linguagem auditiva: Os podcasts são programas de áudio, o que os torna acessíveis ao público por meio da audição. Esse formato permite que os ouvintes absorvam informações de forma mais passiva, enquanto realizam outras atividades, como dirigir, fazer exercícios físicos, cozinhar, etc. A linguagem auditiva, portanto, é uma característica central do gênero podcast. Existe sim conteúdo em vídeo, mas ele é abordado no VIDEOCAST, conforme gabarito de outra questão apresentada pela banca na mesma prova. Assim, presume-se que, no conceito da Cesgranrio, podcast envolve somente áudio.
Mobilidade do ouvinte: Os podcasts são facilmente acessíveis em dispositivos móveis, como smartphones e tablets. Isso permite que os ouvintes consumam conteúdo em qualquer lugar e a qualquer momento, sem depender de uma conexão fixa à internet. A mobilidade é uma das vantagens mais importantes do formato de podcast, pois oferece conveniência e flexibilidade aos usuários.
Portanto, a opção C destaca dois aspectos fundamentais do gênero podcast que contribuem para sua popularidade e atratividade junto ao público: a linguagem auditiva e a mobilidade do ouvinte. Esses aspectos ressaltam a conveniência e a acessibilidade do formato, o que o torna uma ferramenta eficaz para a divulgação científica e para diversos outros propósitos de comunicação.
A letra B, gabarito da banca, não está errada, visto que os arquivos tendem sim a serem pequenos (mesmo em podcasts longos) para viabilizar o streaming. Dessa forma, entendo ser possível recurso por ANULAÇÃO da questão.
Vamos ver as opções A e C (gabarito da banca):
Opção A – Persuasão, narrador em primeira pessoa e storytelling:
Esta opção destaca estratégias narrativas comuns utilizadas para atrair a atenção da audiência nas redes sociais.
Persuasão: É uma técnica comum para tentar influenciar a opinião ou comportamento do público.
Narrador em primeira pessoa: Esta abordagem pode tornar a mensagem mais pessoal e envolvente, criando uma conexão mais direta com o público.
Storytelling: Contar histórias é uma técnica poderosa para prender a atenção do público, envolvendo-os emocionalmente e transmitindo a mensagem de forma criativa.
Opção C – Storytelling, apelo emocional e gatilhos mentais, tipo desafio: esta opção também destaca estratégias narrativas eficazes para capturar a atenção da audiência nas redes sociais, como o storytelling citado anteriormente.
Ela traz também o apelo emocional, ao explorar emoções como alegria, tristeza, medo, entre outras, pode despertar interesse e conexão emocional com o público. O uso de gatilhos mentais, como desafios, pode estimular a participação do público, incentivando a interação e o engajamento com o conteúdo.
Ambas as opções abordam estratégias narrativas eficazes e amplamente utilizadas nas redes sociais para capturar a atenção da audiência.
Portanto, em vista da similaridade entre as estratégias mencionadas e sua eficácia na captação de atenção nas redes sociais, ambas as opções A e C podem ser consideradas corretas e, assim, sugiro recurso por ANULAÇÃO.
A convergência dos meios de comunicação realmente trouxe mudanças significativas na produção e no consumo de conteúdo, especialmente no contexto digital. No entanto, é importante destacar que a questão parece confundir um pouco os termos ao se referir a um “programa de rádio tradicional” como algo que pode ser consumido em plataformas de streaming. Os programas de rádio tradicionais geralmente são transmitidos por ondas de rádio e não estão disponíveis em plataformas de streaming, que são características mais comuns dos podcasts e videocasts.
Opção (B) – Podcast – Um podcast é um formato de programa de áudio que pode ser produzido em linguagem nativa audiovisual (comentários, entrevistas, debates, etc.) e distribuído em plataformas de streaming, como Spotify, Apple Podcasts, Google Podcasts, entre outras.
A opção (E) – Videocast – também poderia ser considerada correta, dependendo da definição do termo. Um videocast é um programa de vídeo distribuído através de plataformas de streaming, como o YouTube, e pode incluir elementos semelhantes aos programas de rádio tradicionais, como entrevistas, debates ou discussões, mas em formato de vídeo – e transmitido de forma DISTINTA.
Nenhuma das opções apresenta um programa de rádio tradicional, como é tradicionalmente conhecido, uma vez que esses programas são transmitidos por ondas de rádio e não por plataformas de streaming (e precisam ser ouvidos no momento da transmissão de forma simultânea, o que não acontece no caso do streaming).
Portanto, sugiro recurso por ANULAÇÃO da questão.
Embora seja verdade que o uso de plataformas abertas de publicação pode permitir o desenvolvimento de novas aplicações com o conteúdo, isso não é explicitamente mencionado no texto fornecido como referência pela banca examinadora. O texto fala sobre a natureza contínua e perene do conteúdo online, não sobre as possibilidades de desenvolvimento de novas aplicações. A referência feita é a respeito da característica da memória no webjornalismo (“Os conteúdos on-line permanecem, ou deveriam permanecer, disponíveis aos usuários a qualquer tempo”).
“Memória” refere-se à capacidade de armazenar e disponibilizar informações históricas e arquivadas aos usuários. A memória no webjornalismo é fundamental para permitir que os usuários acessem informações passadas relevantes e compreendam melhor os eventos atuais à luz do histórico (conforme CANAVILHAS, Joao. Webjornalismo: 7 caraterísticas que marcam a diferença. 2014.).
A própria autora do texto de referência destaca a necessidade de adaptação de linguagem no ciberjornalismo, ao afirmar que “a narrativa digital, enquanto sistema, não morre após sua formatação e publicação, pelo contrário. […] a sobrevivência de sistemas abertos depende de suas interações com o meio. O jornalismo digital precisa se habituar a pensar o formato menos como artefato e como entrega final, e mais como processo, fluxo, resultado do sistema aberto em constante adaptação.” (MERTOCCHI, p. 209).
O texto destaca que no meio digital não há um ponto final, e os conteúdos permanecem disponíveis continuamente aos usuários, o que implica a necessidade de adaptação do jornalismo para essa nova realidade. Pensar em novas linguagens para o ciberjornalismo é uma implicação direta da ideia de que os conteúdos online não têm um “fechamento”. Não se trata apenas de atualizar o conteúdo, mas também de repensar a forma como o jornalismo é feito e apresentado online. Portanto, esta opção parece ser a interpretação mais precisa do texto fornecido.
Sugestão: recurso de ALTERAÇÃO de gabarito para a letra E.
Na questão 17, o termo “gatewatching” foi escrito de forma incorreta pela banca examinadora. Contudo, trata-se de fato do conceito adequado para responder à questão e, dessa forma, acredito que o erro de ortografia da banca não seja suficiente para ensejar a anulação da questão.
Entendo que a expressão “mantém intacta a narrativa da pesquisa”gerou estranhamento para alguns alunos. Contudo, concordo com o gabarito da banca no sentido de que as ideias centrais e os aspectos da PESQUISA em si serão preservados no Storytelling – a narrativa criada (storytelling) pode sim sofrer transformações/adaptações, mas o conteúdo central da PESQUISA (objeto da narrativa) deve ser mantido (até para não termos informações falsas/com entendimento incorreto/duplo sentido).
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Pessoal, comentei também outras questões nas quais os alunos tiveram dúvidas (mas que, na minha visão, não são cabíveis de recurso) lá no meu Instagram. Os comentários estão nos stories e é só clicar AQUI para assistir.
Espero que ajude a entender melhor a prova :)
Com carinho,
Profa. Júlia Branco
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