Interpretação de textos para o CNU: noções gerais
Olá, futuro aprovado! Como você está? Espero que esteja bem! Nesta oportunidade, trataremos do Concurso Nacional Unificado (CNU), o qual – certamente – disponibilizará inúmeras oportunidades para os candidatos. Então, por se tratar de um concurso genérico, isto é, não específico para determinado órgão, determinadas disciplinas e assuntos devem aparecer em sua prova, como é o caso da interpretação de textos para o CNU.
Diante desse cenário, visando tornar mais didática a sua compreensão acerca das noções gerais da aludida temática, fomentamos este material de modo objetivo, utilizando tanto a estrutura de tópicos em seu desenvolvimento, quanto a linguagem simples.
Além disso, nos títulos que iremos discorrer a seguir, selecionamos – preliminarmente – os temas relativos à compreensão e à interpretação de textos. Posteriormente, apresentaremos informações sobre a coesão e a coerência, os tipos de discurso e a referência textual.
Vamos nessa!
Distinções entre a compreensão e a interpretação de textos
Em primeiro lugar, saibamos que esse conteúdo é um dos mais complexos da língua portuguesa. Isso se deve a diversos fatores, desde a falta do hábito da leitura dos candidatos, o que dificulta o entendimento textual, mormente sob pressão, ao desconhecimento a respeito do que a questão realmente quer.
Nesse contexto, a interpretação de textos para o CNU deve se realizar com fundamento nas seguintes orientações:
- Não leia o texto inicialmente;
- Observe qual é a fonte do texto de trabalho;
- Faça as questões relativas ao referido tema por último;
- Após finalizar as questões que não se relacionam a esse conteúdo, deve-se ler o texto. Nessa situação, o primeiro passo é que se identifique o âmbito de trabalho, isto é, compreensão ou interpretação de textos; por sua vez, o segundo passo é eliminar as opções a partir da confrontação com o texto.
Em segundo lugar, tenha em mente que a compreensão de texto é o explícito textual, de maneira que o candidato deve se ater ao que está expresso no texto. Portanto, trata-se de afirmações verdadeiras, as quais podem ser exemplificadas em questões que iniciam da seguinte forma: “De acordo com…”, “Segundo o texto...”, “Conforme o texto…”, entre outros.
Ademais, a ideia central do texto consiste na parte subjetiva desse, ou seja, a opinião do autor (tese), que geralmente se apresenta no primeiro parágrafo. Enquanto a parte objetiva trata das informações (argumentos).
Em terceiro lugar, saiba que a interpretação de texto é o implícito textual, o qual exige – além da compreensão do texto – acréscimo do conhecimento do mundo. Em outras palavras, precisa-se ler o texto “nas entrelinhas”.
Nesse sentido, direcionam-se as arguições à conclusão lógica, entre outros, por meio dos seguintes termos: “Infere-se…”; “Conclui-se…”; “Depreende-se…”; “Pressupõe-se…”; “Subtende-se…”. Logo, direciona-se a resposta para o que autor escreveu.
A Coesão e a coerência, os tipos de discurso e a referência textual
A princípio, devemos saber a distinção entre teórica e prática entre a coesão e a coerência textuais: este consiste na integração das unidades informativas, de modo que objetiva que parte internas do texto possuam certo significado global (conexões entre orações dentro de um mesmo parágrafo); aquele, por sua vez, se refere aos recursos que se utilizam para integrar parágrafos do texto.
Nesse contexto, deve-se também distinguir os principais vícios de linguagem, os quais derivam do incorreto manuseio da coesão e coerência:
- Ambiguidade ou anfiblogia: propriedade que apresenta diversas unidades linguísticas (palavras, locuções, frases) admitiremmais de uma leitura;
- Pleonasmo: redundância de termos no âmbito das palavras, mas de emprego legítimo em certos casos (conferir maior rigor à expressão);
- Sínquise: espécie de hipérbato no qual ocorre a transposição de ordem das palavras de uma oração ou período, resultando em dificuldade para compreensão do texto.
Outrossim, integra importante conteúdo da interpretação de textos para o CNU o entendimento a respeito dos tipos de discurso:
- Direto: deriva da expressão do personagem, que se expressa de forma direta (autenticidade e espontaneidade);
- Indireto: traduz o que o personagem expressou com as palavras de quem as transmite;
- Indireto livre: funde os discursos anteriores, porém não há uma marca de mudança evidente.
Por fim, quanto à referência textual, essa difere da interpretação textual, visto que busca verificar os termos pelos quais certos conectivos fazem referência. Ou seja, existem elementos textuais que remetem a termos dentro do próprio texto ou até mesmo fora dele.
Nesse cenário, subdivide-se tal temática em endoforismo (dentro do texto) e exoforismo (fora do texto). Aquela se relaciona com elementos anafóricos (buscam referência em termos apresentados anteriormente no texto) e catafóricos (procuram referência em termos que serão apresentados no texto), ao passo que este remete a uma situação fora do texto.
Considerações finais acerca da interpretação de textos para o CNU
Diante disso, encerramos todos os esclarecimentos concernentes às noções gerais acerca da interpretação de textos para o CNU. Sendo assim, com os conhecimentos apresentados, você terá condições de evitar erros que comumente ocorrem nas questões que abordam tais conteúdos.
Ademais, recomendamos que você pratique bastante, fazendo o maior número de questões possíveis, das mais variadas bancas examinadoras, até a definição de qual organizará o CNU. Afinal, a repetição com correção até a exaustão leva à perfeição.
Enfim, desejo-te perseverança e fé nos seus objetivos. Afinal, é justo que muito custo o que muito vale.
Bons estudos!
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