No artigo de hoje, INSS: Acentuação Gráfica, um resumo dos pontos será apresentado para você que precisa saber para a prova, conforme análise da CEBRASPE.
O Estratégia Concursos vem produzindo artigos sobre os principais temas. O tema de hoje aborda 0,83% da prova de Português. Apesar da pouca incidência, é possível avançar neste ponto com grande rapidez usando apenas este resumo abaixo.
Serão abordadas as principais regras de acentuação para concurso do Instituto Nacional do Seguro Social. O objetivo é gabaritar a prova.
A acentuação gráfica faz parte da norma culta e consiste na colocação de acento ortográfico para indicar a pronúncia de uma vogal ou marcar a sílaba tônica de uma palavra.
São classificadas de acordo com as classificações abaixo:
A) Acentuam-se os monossílabos tônicos terminados em
“A(s)”, “E(s)” e “O(s)”
Ex: pá, chá, cá, lá, má, fá, gás, trás, fé, ré, rês, lê, vê, mês, três, pó, dó, nó, vó, nós, vós, pôs, vô.
ATENÇÃO: esta regra também vale, obviamente, para os verbos monossílabos terminados em “A”, “E” e “O”, unidos ao pronome por hífen.
Assim, nesses casos, para fins de acentuação, conta-se como última letra aquela do verbo, ou seja, a última letra do vocábulo que antecede o hífen. Ex: dá-lo (dar + o), fê-los (fez + os).
OBS: os prefixos “PRÉ” e “PRÓ” só serão acentuados se separados por hífen (pré-estreia, pré-história, pró-labore).
Dessa forma, não serão acentuados se estiverem unidos ao radical da palavra, pois a letra “E” não estará ao final da palavra (pressentimento, prosseguir).
B) Acentuam-se os monossílabos tônicos terminados nos ditongos:
“EI(s)”, “OI(s)” e “EU(s)” (se abertos).
Ex: méis, réis, dói, mói, sóis, céu, réu (réus), véu.
Atenção: note que a regra só vale para os referidos ditongos, se o som de sua pronúncia for aberto! Caso o som seja fechado, não se acentuam os ditongos “EI”, “OI”, “EU” (ex: lei, rei, sei, foi, boi, pois, ateu, meus, deu, Deus).
A) Acentuam-se os oxítonos terminados em
“A(s)”, “E(s)”, “O(s)”, “EM” e “ENS”.
Ex: Amapá, abará(s), alvará(s), cajá(s), Pará, vatapá(s), amém, até, café(s), cipó(s), jiló(s), paletó(s), alguém, armazém, armazéns, Belém, desdém, ninguém, parabéns, também.
Atenção: aqui, vale a mesma observação feita nos monossílabos! Portanto, os verbos oxítonos terminados em “A”, “E” e “O”, se unidos ao pronome por hífen, serão acentuados.
Ex: fazê-los (fazer + os), dizê-lo (dizer + o).
Obs: O Novo Acordo facultou o uso do acento circunflexo nas palavras oxítonas “metrô” e “judô”.
B) Acentuam-se os oxítonos terminados nos ditongos:
“EI(s)”, “OI(s)” e “EU(s)” (se abertos).
Ex: anéis, bacharéis, coronéis, papéis, caubói(s), herói(s), dodói(s), chapéu(s), Ilhéus, troféu(s).
Todas as paroxítonas são acentuadas, exceto aquelas terminadas em A, E, O, EM, ENS.
Assim, as outras terminações, fora dessas, são acentuadas. Dessa forma, essa é a regra geral, que engloba as diversas terminações de paroxítonas.
Portanto, não será acentuada a paroxítona que tiver as terminações de oxítona acentuada (A, E, O, EM, ENS).
Por essa razão, não levam acento MatA, AbadE, CopO, HomEM, HomENS…
Portanto, levam acento: fácil, hífen, álbum, cadáver, álbuns, tórax, júri, lápis, vírus, bíceps, órfão.
Assim, é bem mais fácil decorar essa oposição do que decorar que são acentuadas as paroxítonas terminadas em l, n, um, r, ns, x, i, is, us, ps, ão.
A) Acentuam-se os paroxítonos terminados em “Ã(s)” e “ÃO(s)”.
Ex: ímã(s), órfã(s), órfão(s), órgão(s), acórdão(s), sótão(s).
B) Acentuam-se os paroxítonos terminados em “I”, “IS” e “US”.
Ex: biquíni, grátis, íris, júri, táxi, lápis, tênis, lótus, ônus, bônus, Vênus, vírus.
C) Acentuam-se os paroxítonos terminados em “L”, “N(s)”, “R”, “X” e “PS”.
Ex: ágil, difícil, incrível, réptil, túnel, hífen, íons, elétrons, lúmen, pólen, açúcar, âmbar, caráter, éter, revólver, córtex, fênix, látex, tórax, bíceps, fórceps, tríceps.
ATENÇÃO: As palavras “hifens” e “itens” não são acentuadas.
Assim, as oxítonas terminadas em “ENS” são acentuadas, desse modo, por exclusão, não é necessário que se acentuem as paroxítonas com essa mesma terminação.
Portanto, em resumo, não se acentuam as paroxítonas terminadas em “ENS”.
A palavra “hífen”, por sua vez, recebe o acento normalmente, pois termina em “N”.
Os prefixos paroxítonos terminados em “I” ou “R” não são acentuados: anti-higiênico, semi-histórico, super-homem.
Cabe esclarecer que:
1) As paroxítonas não precisam terminar exatamente na mesma letra para estarem na mesma regra. Logo, pense que é uma grande regra residual, as paroxítonas com terminação diferente das oxítonas são acentuadas pela mesma regra. Assim, as terminadas em ditongo também são acentuadas pela mesma regra, mesmo que terminem em letras diferentes.
2) Item e itens não são acentuados porque são paroxítonas terminadas por Em e Ens Hífen é acentuado porque é paroxítono terminado por “Em”.
Se estiver no plural, Hifens, sua terminação cai na regra acima (Em, Ens), e, portanto, não será acentuado.
Por último, temos as proparoxítonas, com a tônica na antepenúltima sílaba. A regra é simples: todas são acentuadas.
Assim, essa regra prevalece sobre qualquer outra, pois não leva em conta a terminação da palavra ou a separação silábica.
Então, a palavra, por exemplo, Ve-í-cu-los, é acentuada por ser proparoxítona e não por apresentar um “i” tônico no hiato. Há questões em que a banca não observa isso, mas é uma fonte de pegadinha. Fique atento!!
Ex: Pe-núl-ti-mo, pá-gi-na, an-tô-ni-mo, á-to-mo, re-lâm-pa-go, ca-ó-tico
REGRA ÚNICA: acentuam-se todas as palavras proparoxítonas.
Ex: âmago, Atlântico, ávido, bêbado, bípede, cálice, crônica, dívida, lâmpada, lúcido, música, mágico, mímica, náufrago, pânico, relâmpago, sílaba, último, zoológico.
Algumas paroxítonas terminadas em ditongo crescente podem ser consideradas como proparoxítonas eventuais ou aparentes.
Por exemplo, a palavra história, paroxítona terminada em ditongo crescente: his-tó-riA, poderia, alternativamente ser considerada também uma proparoxítona, caso se considerasse sua divisão como: his-tó-ri-a.
Assim, o acordo ortográfico fala que as chamadas proparoxítonas aparentes, isto é, que apresentam na sílaba tónica/tônica as vogais abertas grafadas a, e, o e ainda i, u ou ditongo oral começado por vogal aberta, e que terminam por sequências vocálicas pós tônicas praticamente consideradas como ditongos crescentes ( ea, -eo, -ia, -ie, -io, -oa, -ua, -uo, etc.): álea, náusea; etéreo, níveo; enciclopédia, glória; barbárie, série; lírio, prélio; mágoa, nódoa; exígua, língua; exíguo, vácuo.
Essas questões são raras, mas é importante saber as classificações.
No geral, as bancas continuam cobrando essas palavras como PAROXÍTONAS TERMINADAS EM DITONGO CRESCENTE, não como proparoxítona! Essa regra costuma cair demais e cai dessa forma!
Algumas provas de altíssimo nível podem exigir que você reconheça a “possibilidade”, alternativa, de uma segunda forma de separação.
Dessa forma, é bom saber as duas teorias, mas as questões mostram a tendência pela tradicional regra da paroxítona terminada em ditongo crescente.
Assim, quando a banca quiser outra análise, ela vai sinalizar.
Quanto às terminadas em ditongo decrescente (Ex: amáveis, fáceis), não há essa dúvida, são paroxítonas e ponto.
O hiato é o encontro de duas vogais em sílabas diferentes.
Lembrando que vogal, para efeito de acentuação, é aquela que é pronunciada com tonicidade, em oposição a uma sem -vogal, que é átona, fraca.
Observe a diferença: Eu Ca-i (vogal i), ele CAi (vogal A).
A razão do acento nesses hiatos é impedir que se leia como um ditongo, que é o encontro de vogal (som vocálico forte) com uma semivogal (som vocálico átono). Assim, a regra do Hiato se baseia na separação silábica.
Deve-se acentuar o “i” e o “u” tônicos, em hiato com vogal ou ditongo anterior, formando sílabas sozinhas ou com S: cai, faísca, Paraíba, egoísta, saúde, saúva, balaústre.
Não há como ser lido como um ditongo aqui, assim como nos casos de hiato de letras repetidas, como Saara, Mooca, semeemos, xiita, vadiice. Por isso, não há necessidade de acentuar esses hiatos.
Se a palavra for uma oxítona, ou seja, quando o “i” e “u” tônico após o ditongo estiver na última sílaba (Ex: PEi), HAVERÁ ACENTO!
A regra do hiato, que independe da posição da sílaba tônica.
Assim, as palavras ju-í-zes e aça-í são acentuadas pela mesma regra, mesmo sendo uma paroxítona e outra oxítona.
Isso só ocorre com a regra do hiato, que não considera a tonicidade da palavra.
Regra única: acentuam-se a vogal “I” ou a vogal “U” do hiato, desde que essa vogal:
a) seja a segunda vogal do hiato;
b) esteja sozinha na sílaba (ou acompanhada de “S”);
c) forme sílaba tônica;
d) não seja precedida de vogal idêntica;
e) não seja seguida de “NH”.
Ex: açaí, baía, baú(s), caía, ciúme, egoísmo, faísca, juízo, miúdo, raízes, sanduíche, viúvo, balaústre, saúva, cafeína, amiúde, graúdo.
Há ainda acentos diferenciais facultativos, como nas palavras forma e fôrma, demos e dêmos.
Agora segue uma lista de palavras que NÃO trazem mais acentos diferenciais e são cobradas em prova para confundir o candidato desatualizado:
Concluindo este artigo, pode-se afirmar que foram trazidas todas as regras de Acentuação Gráfica para a prova do INSS.
Assim, foque em saber não só as regras, mas também na resolução massiva do máximo de questões possíveis.
Um abraço e bons estudos!
Felipe Rocha
@ffazro
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