Bom dia, boa tarde, boa noite, boa madrugada…
Bom, perdoem-me pelo atraso, mas vou comentar as provas do Banco do Brasil que foi aplicada no final de semana passada, e olha que foram 4 textos diferentes. Trazer 4 textos foi algo que nunca aconteceu antes. Sendo assim, vou postar esses comentários intercalando 2 dias, ou seja, darei um tempo para vocês estudarem cada texto com calma.
ALGUMAS RECOMENDAÇÕES DE QUEM QUER SEU BEM
1. Inglês tem sido cada vez mais cobrado pelas bancas/órgãos públicos e isso não vai mudar;
2. As bancas estão apresentando textos com temas que não tem nada a ver com as áreas de atuação dos órgãos públicos, ou seja, nada impede de você prestar uma prova para a área fiscal e se deparar com um texto sobre o efeito estufa e o perigo que o planeta terra enfrenta com o aumento da temperatura. Não acho que seja muito provável, mas analisando os temas das provas da PRF (frio extremo no Texas), PCDF (influência do estresse sobre folículos capilares) e Banco do Brasil (partidas de futebol de robôs e objetos voadores não identificados, mais conhecidos como discos voadores);
3. Depois de um grande período sem concursos, a “temporada” de concursos deve voltar a todo vapor, inclusive porque entraremos em ano de eleições presidenciais e muita coisa precisa ser decidida o mais rápido possível, você me entende, ou melhor, do you understand me?;
4. Não deixe para estudar inglês na última hora, isso não funciona. Seu cérebro precisa de tempo para se acostumar com o idioma e isso não acontece “overnight” (da noite para o dia);
Bom, vamos lá.
O texto que vou comentar foi cobrado na prova do BB realizada no final de setembro.
Segue o texto, questões, respectivas traduções e gabarito.
Robots, the next generation of soccer players
If you think a robot will steal your job, you are not alone. Soccer players should be worried too. The next Messi probably won’t be of flesh and blood but plastic and metal.
The concept emerged during the conference “Workshop on grand challenges in artificial intelligence,” held in Tokyo in 1992, and independently, in 1993, when Professor Alan Mackworth from the University of Bristol in Canada described an experiment with small soccer players in a scientific article.
Over 40 teams already participated in the first RoboCup tournament in 1997, and the competition is held every year. The RoboCup Federation wants to play and win a game against a real-world cup humans’ team by 2050.
The idea behind artificially intelligent players is to investigate how robots perceive motion and communicate with each other. Physical abilities like walking, running, and kicking the ball while maintaining balance are crucial to improving robots for other tasks like rescue, home, industry, and education.
Designing robots for sports requires much more than experts in state-of-the-art technology. Humans and machines do not share the same skills. Engineers need to impose limitations on soccer robots to imitate soccer players as much as possible and ensure following the game’s rules.
RoboCup Soccer Federation, the “FIFA” of robots, which supports five leagues, imposes restrictions on players’ design and rules of the game. Each has its own robot design and game rules to give room for different scientific goals. The number of players, their size, the ball type, and the field dimensions are different for each league.
In the humanoid league the players are humanlike robots with human-like senses. However, they are rather slow. Many of the skills needed to fully recreate actual soccer player movements are still in the early stages of research.
The game becomes exciting for middle and small size leagues. The models are much simpler; they are just boxes with a cyclopean eye. Their design focuses on team behavior: recognizing an opponent, cooperating with team members, receiving and giving a standard FIFA size ball.
Today, soccer robots are entirely autonomous. They wireless “talk” to each other, make decisions regarding strategy in real-time, replace an “injured” player, and shoot goals. The only person in a RoboCup game is the referee. The team coaches are engineers in charge of training the RoboCups’ artificial intelligence for fair play: the robots don’t smash against each other or pull their shirts.
The next RoboCup competition will soon be played, virtually, with rules that will allow teams to participate without establishing physical contact.
Available at:. Retrieved on: July 4th, 2021 Adapted.
11
According to the second paragraph, the concept of robotic soccer players emerged
(A) in 1997
(B) in the 1990s
(C) before the 1990s
(D) in the beginning of the 20th century
(E) in the beginning of the 21st century
12
In the sentence fragment of the fifth paragraph “Designing robots for sports requires much more than experts in state-of-the-art technology”, the words in bold can be replaced, without any change in meaning, by the following words:
(A) drawing / scholars
(B) creating / amateurs
(C) planning / specialists
(D) finishing / professionals
(E) manufacturing / engineers
13
In the text fragment of the sixth paragraph “RoboCup Soccer Federation, the “FIFA” of robots, which supports five leagues, imposes restrictions on players’ design and rules of the game”, the word which refers to
(A) game
(B) FIFA
(C) players
(D) leagues
(E) RoboCup Soccer Federation
14
In paragraph 7, the word However in the fragment “In the humanoid league, the players are human-like robots with human-like senses. However, they are rather slow” can be replaced, without change in meaning, by
(A) unless
(B) indeed
(C) furthermore
(D) nevertheless
(E) consequently
15
In paragraph 9, there is the information that in RoboCup competitions the game referee and the team coaches are
(A) humanoids
(B) computers
(C) real people
(D) robotic engineers
(E) virtual mechanisms
Tradução
Robôs, a próxima geração de jogadores de futebol
Se você acha que um robô vai roubar seu trabalho, você não está sozinho. Os jogadores de futebol também devem se preocupar. O próximo Messi provavelmente não será de carne e osso, mas de plástico e metal.
O conceito surgiu durante a conferência “Workshop sobre grandes desafios da inteligência artificial”, realizada em Tóquio em 1992, e de forma independente, em 1993, quando o professor Alan Mackworth, da Universidade de Bristol, no Canadá, descreveu um experimento com pequenos jogadores de futebol em um artigo científico.
Mais de 40 equipes já participaram do primeiro torneio da RoboCup em 1997, e a competição é realizada todos os anos. A Federação robocup quer jogar e ganhar um jogo contra um time humano da Copa do Mundo Real até 2050.
A ideia por trás de jogadores artificialmente inteligentes é investigar como os robôs percebem o movimento e se comunicam uns com os outros. Habilidades físicas como andar, correr e chutar a bola, mantendo o equilíbrio, são cruciais para melhorar os robôs para outras tarefas como resgate, casa, indústria e educação.
Projetar robôs para esportes requer muito mais do que especialistas em tecnologia de ponta. Humanos e máquinas não compartilham as mesmas habilidades. Os engenheiros precisam impor limitações aos robôs de futebol para imitar jogadores de futebol o máximo possível e garantir seguir as regras do jogo.
A RoboCup Soccer Federation, a “FIFA” dos robôs, que suporta cinco ligas, impõe restrições ao design e às regras do jogo. Cada um tem seu próprio design de robô e regras de jogo para dar espaço para diferentes objetivos científicos. O número de jogadores, seu tamanho, o tipo de bola e as dimensões do campo são diferentes para cada liga.
Na liga humanoide, os jogadores são robôs humanos com sentidos humanos. No entanto, eles são bastante lentos. Muitas das habilidades necessárias para recriar totalmente os movimentos reais dos jogadores de futebol ainda estão nos estágios iniciais da pesquisa.
O jogo se torna emocionante para ligas de médio e pequeno porte. Os modelos são muito mais simples; são apenas caixas com um olho ciclopeano. Seu design se concentra no comportamento da equipe: reconhecer um adversário, cooperar com os membros da equipe, receber e dar uma bola padrão do tamanho FIFA.
Hoje, os robôs de futebol são totalmente autônomos. Eles “conversam” uns com os outros ”remotamente” (wireless = sem fio), tomam decisões sobre estratégia em tempo real, substituem um jogador “lesionado” e marcam gols. A única pessoa em um jogo da RoboCup é o árbitro. Os treinadores da equipe são engenheiros encarregados de treinar a inteligência artificial das RoboCups para o fair play: os robôs não se esmagam ou puxam suas camisas.
11
De acordo com o segundo parágrafo, o conceito surgiu de jogadores de futebol robóticos
(A) em 1997
(B) na década de 1990
(C) antes da década de 1990
(D) no início do século XX
(E) no início do século XXI
12
No fragmento de frase do quinto parágrafo “Projetar robôs para esportes requer muito mais do que especialistas em tecnologia de ponta”, as palavras em negrito podem ser substituídas, sem qualquer alteração de significado, pelas seguintes palavras:
(A) desenho / estudiosos
(B) criação / amadores
(C) planejamento / especialistas
(D) acabamento/profissionais
(E) fabricação / engenheiros
13
No fragmento do texto do sexto parágrafo “RoboCup Soccer Federation, a “FIFA” dos robôs, que suporta cinco ligas, impõe restrições ao design e regras do jogo dos jogadores”, a palavra que se refere
(A) jogo
(B) FIFA
(C) jogadores
(D) léguas
(E) Federação de Futebol da RoboCup
14
No parágrafo 7, a palavra entretanto/no entanto, no fragmento “Na liga humanoide, os jogadores são robôs humanos com sentidos humanos. No entanto, eles são bastante lento” pode ser substituída, sem mudança de significado, por
(A). a menos que
(B) de fato
(C) além disso
(D) no entanto
(E) consequentemente
15
No parágrafo 9, há a informação de que na RoboCup o árbitro de jogo e os treinadores da equipe são
(A) humanoides
(B) computadores
(C) pessoas reais
(D) engenheiros robóticos
(E) mecanismos virtuais
Gabarito:
11. B
12. C
13. E
14. D
15. C
Honestamente, não achei a prova difícil. O problema é que quando estamos sendo testados, ficamos nervosos e perguntas fáceis se tornam difíceis, caso não tenhamos nos preparados adequadamente (daí, minha insistência em você estudar inglês antes de o edital ser publicado e não cometer o erro de esperar a última hora para “dar uma passada” em inglês). O tema do texto foi surpresa para todo mundo, entretanto, eu havia “cantado a bola” para nos prepararmos para textos com temas “nada a ver” com a área bancária, já que nas provas da PRF e PCDF, as bancas trouxeram textos com temas totalmente fora das áreas policiais. E no caso da prova do BB, observe a tradução do texto e suas questões para você se certificar de que o tema do texto não tinha “nada a ver” com a área bancária. Sendo assim, penso que esse comportamento serve como alerta para que nos preparemos com antecedência e não descartemos qualquer tipo de texto ou tema.
Outra característica importante para se ganhar tempo na hora de resolver as questões: você não precisava ler o texto por completo. O texto apresentava 10 parágrafos, mas somente 5 parágrafos eram necessários para resolver a prova. E ainda mais: os enunciados de todas as questões indicavam em qual parágrafo estava a informação que você precisava para responder a questão. No caso dessa prova, o (a) candidato (a) precisavam ler os parágrafos 2, 5, 6, 7 e 9. A “receita” para a aprovação é: adequado conhecimento do conteúdo da disciplina e estratégia para otimizar o tempo de resolução. E isso se conquista com disciplina e material adequado.
Em suma (In short): fique atento (a) a inglês e não deixe para a última hora.
Em nosso próximo bate-papo, trarei mais um dos textos.
Aproveite esses bate-papos e treine seu inglês com as mais recentes provas.
Abração e sucesso…você merece muito.
Prof. Roberto Witte
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