Olá pessoal, tudo bem?
Neste post vou contar para vocês um episódio que aconteceu comigo durante a minha jornada de estudos e que no meu ponto de vista retrata muito bem qual deve ser o espírito de um concurseiro.
Era setembro de 2003, estava estudando com disciplina e organização há aproximadamente 1 (um) ano, a cada dia que passava percebia que estava evoluindo com os meus conhecimentos, estudava grande quantitativo de horas diariamente, elaborei o meu próprio ciclo de estudo com a divisão de um quantitativo de matérias por dia, participava de uma turma de simulados todos os sábados; ou seja, estava correndo atrás. Mesmo com este bom ritmo de estudo achava que não estava preparado para encarar, naquele momento, uma prova de concurso.
Meu foco de estudo sempre foi a área fiscal e o concurso para Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil era o meu objetivo maior. À época não queria que o concurso saísse, pois como escrevi, não me sentia preparado. Apesar de minha vontade, havia grande possibilidade do edital para o concurso de Auditor-Fiscal sair naquele fim de ano. Foi exatamente isso que aconteceu, dia 29 de setembro de 2003 a ESAF – Escola de Administração Fazendária – publicou o edital nº 34 (Trinta e Quatro) em que oferecia 450 (Quatrocentos e Cinquenta) vagas para o cargo de Auditor-Fiscal, dividindo estas vagas em 3 (três) áreas: Auditoria, Aduana e Política e Administração Tributária. Além da divisão das vagas por área especializada, elas foram divididas por região fiscal*, o que significava que as vagas não se comunicavam; você competia apenas pelas vagas disponibilizadas para cada região fiscal dentro daquilo que foi ofertado para cada área de conhecimento (Auditoria, Aduana e Política e Administração Tributária). Por exemplo, quem escolhia realizar a prova para Política e Administração Tributária em Minas Gerais (6ª Região Fiscal) disputava uma das 4 (quatro) vagas ofertadas.
Pois é, várias escolhas a serem feitas. Inicialmente optei fazer a prova na 10ª Região Fiscal (Rio Grande do Sul) para a área de Aduana, pois onde era oferecido o maior quantitativo de vagas; o valor de deslocamento era mais barato do que optar pela 2ª Região Fiscal (Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima), que também oferecia um quantitativo de vagas interessante e normalmente a média das notas eram menores; e por entender que não estava preparado para apostar em uma viagem que precisasse investir um valor maior.
Chegando ao Rio Grande do Sul, após viagem de ônibus de aproximadamente 24 (Vinte e Quatro) horas, me hospedei e fui descansar para me preparar para a prova do fim de semana.
Durante o fim de semana correu tudo bem, prova realizada com atenção e foco, mas como escrito, não acreditava que teria um grande resultado. Terminado o final de semana de prova a única opção era pegar o caminho de volta e esperar o gabarito ser publicado para conferir a nota.
Após tudo que escrevi cheguei onde queria, feita a conferência do gabarito, SURPRESA, havia feito uma boa prova, mas não sabia se a pontuação seria suficiente para a aprovação. Passado alguns dias o resultado saiu, fui REPROVADO por apenas 1 (um) ponto, fiquei muito triste e para piorar; se tivesse optado me inscrever para realizar a prova na 2ª Região Fiscal teria sido aprovado!!
Pois é pessoal, foi duro, mas não me deixei abater, levei essa experiência como um incentivo, apesar de não ter sido aprovado fiquei “feliz” com a minha evolução e vi que estava no caminho certo e com isso me enchi de esperança em relação aos demais concursos.
Feito o relato de uma das minhas experiências como concurseiro gostaria de deixar essa mensagem: Sempre acredite em si, apenas o esforço nos faz chegar onde queremos, não há fórmula mágica, e sempre, mas sempre mesmo, saiba tirar proveito de todas as experiências pelas quais passamos, pois sempre haverá um ensinamento a ser aprendido.
Lembrem-se, as palavras chaves para o nosso sucesso são: Disciplina, rotina, obstinação, perseverança, esperança e humildade.
*Para quem não conhece, a Receita Federal do Brasil é dividida em 10 (Dez) Regiões Fiscais, onde cada região reúne certo número de Estado, a seguir elenco as Regiões Fiscais com os respectivos Estados que elas administram:
1ª Região Fiscal – DF, GO, MS, MT e TO;
2ª Região Fiscal – AC, AM, AP, PA, RO e RR;
3ª Região Fiscal – CE, MA e PI;
4ª Região Fiscal – AL, PB, PE e RN;
5ª Região Fiscal – BA e SE;
6ª Região Fiscal – MG;
7ª Região Fiscal – ES e RJ;
8ª Região Fiscal – SP;
9ª Região Fiscal – PR e SC e
10ª Região Fiscal – RS.
PS. Quer ser meu coachee ou conhecer uma pouco mais a carreira de Auditor Fiscal? É só avisar a equipe do Estratégia quando fizer a matrícula!
Rodrigo Perni
Coach Estratégia Concursos
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Depois fez para a segunda região fiscal hein professor ? kkkk
Verdade, sempre entendi que o mais importante era ser aprovado, não importando onde. Inclusive, foi interessante como experiência de vida ter sido aprovada para a Região Norte, pois acredito que sem isso não teria conhecido essa parte do país.
Professor, legal ver o relato de alguém que não passou e como usou isso como experiência para conseguir vencer mais pra frente. Não deve ter sido fácil amargar a derrota por apenas um ponto, né... eu há tempos espero o concurso da Receita e acredito firmemente que ano que vem ele irá acontecer. Vamos seguir firmes rumo à aprovação e, se ela não vier, nos deixará mais sábios para lutar pela vitória!
Verdade Cristiane, espero que esse concurso saia o mais breve possível para acabar com a ansiedade de todos aqueles que estão estudando para ele. Boa dica para manter o foco e a motivação: procure estudar para os concursos da área fiscal que estiverem com o edital publicado. Lembre-se que por terem matérias similares muitas vezes quando estudamos para um concurso da área fiscal estamos estudando para vários deles. Boa sorte e força nos estudos!
Que história professor! Passei pela mesma coisa no vestibular, não passei por uma questão e no ano seguinte fui aprovado(Unicamp) graças a Deus!
Professor, se o aluno é aprovado na 2ª Região ele deve passar toda sua vida trabalhando nesse local, no norte do país, ou a Receita Federal permite a transferência após um período de trabalho(anos)?
Marcelo, o Auditor Fiscal que é aprovado para a 2ª Região Fiscal precisa, a princípio, trabalhar nesta Região até o primeiro concurso de remoção que só é aberto juntamente com a abertura de um concurso externo.
Se o concurso externo oferecer muitas vagas provavelmente você conseguirá ser removido para outra Região Fiscal, no entanto algumas Regiões são mais difíceis de conseguir ser removido do que outras devido a demanda pelas vagas daquelas localidades. Além disso, a remoção é bem transparente e funciona com o acumulo de pontos conforme o tempo que o servidor fica lotado em certa cidade. Por exemplo, algumas cidades possuem uma pontuação maior do que outras devido a localização e acesso. Finalmente, sendo direto a sua pergunta, não, a Receita Federal por ser um concurso federal permite mobilidade por toda o território nacional e o servidor não precisa trabalhar a vida toda no mesmo local.
Prezado, dentro da Receita há possibilidade de remoção para qualquer localidade do país que haja unidades da RFB. No entanto, essas remoções ocorrem quando há abertura de vagas externas via concurso público, o que pode causar uma certa demora até a abertura de concurso interno de remoção, que se dá de acordo com a pontuação acumulada durante os anos de serviço trabalho nas localidades onde o servidor está lotado.
Certas localidades são mais difíceis do que outras para ser removido.
Abraço!
Rodrigo Perni
Coach Estratégia Concursos
Bom dia,
Tenho muito interesse em fazer o concurso para Auditor Fiscal da RF, mas trabalho em horário comercial e na minha atual condição, não consigo parar de trabalhar para me dedicar 100% aos estudos.
Que dica você daria para eu não desanimar?! Mesmo trabalhando tenho condições de focar nos estudos?
Patrícia, boa noite! Desculpe a demora em te responder.
O grande ponto em nossa jornada de estudos e ter disciplina e perseverança. Você precisará aproveitar todo o tempo disponível para estudar (translado entre sua residência e trabalho, almoço, após o tranalho, etc...), ou seja, é um período que você precisará ter um objetivo e que para alcançá-lo necessitará abrir mão de alguns momentos de lazer, com amigos, família, etc... Mas te garanto uma coisa, no final você sairá muito mais forte dessa batalha.
Abraço!
Rodrigo Perni
Coach Estratégia Concursos
Quero muito passar para Polícia Federal, ainda não comecei a estudar, por enquanto é um sonho, estou cursando Direito pois creio que irá me ajudar, o Direito ajuda em todos os concursos.
Sua história é exemplo pra mim, sempre conto para meus amigos, você é um exemplo a ser seguido. Lembro bem que nem atendia telefonemas, conseguiu, chegou lá. Parabéns!
Queria vc como meu coach.
Bjs
Obrigado, Carol! Com certeza o seu esforço será recompensado.
Bom dia, Rodrigo,
Isto certo, "... a Receita Federal por ser um concurso federal permite mobilidade por toda o território nacional e o servidor não precisa trabalhar a vida toda no mesmo local.", e sobre a área de conhecimento (Auditoria, Aduana e Política e Administração Tributária; dentre outras). O AFRFB pode migrar e desempenhar função dentro de outra área de conhecimento diferente da que originou seu ingresso na RF?
Boa noite, prezada, desculpe a demora em te responder. Sim após passar no concurso o Auditor poderá ter mobilidade em todos as áreas da Receita. O ponto central quanto a esta mobilidade está relacionada a abertura de vagas no local que você deseja trabalhar e a liberação da chefia.
Eu já tive a experiência de trabalhar na área de tributos internos e aduana.
Abraço!
Rodrigo Perni
Coach Estratégia Concursos