Saiba como desenvolver o hábito de estudar usando conceitos do livro Hábitos Atômicos
Um dos principais problemas dos concurseiros é não conseguir estabelecer uma sequência contundente nos estudos. Nessa linha, são vários os casos de pessoas que começam a estudar para concursos e, por alguma razão ou outra, seja por falta de motivação, por um contratempo ou distrações cotidianas, não conseguem jamais ter constância na preparação. Então elas estudam por dois ou três anos, mas sempre de forma não sequencial e interrompida.
E esta não é uma questão trivial, afinal, para ficar competitivo e ter chances de conquistar a aprovação é preciso estar muito bem preparado, o que só pode ocorrer se estudarmos com constância, especialmente se considerarmos o projeto de aprovação um projeto de médio a longo prazo.
Assim, buscamos discutir neste artigo dicas práticas abordadas no livro Hábitos Atômicos, de James Clear, para entendermos o mecanismo da criação e manutenção dos hábitos e também sermos capazes de trazer esta dinâmica para os estudos. Vamos lá?
Um erro muito comum quando se quer criar o hábito de estudar é estabelecer uma meta com diretrizes demasiadamente genéricas.
Um exemplo disso é a meta “estudar muito nessa semana”. James Clear, o autor do livro Hábitos Atômicos, diz que se quisermos ficar mais inclinados a cumprir uma meta, precisamos de uma intenção de implementação, isto é, um plano com orientações específicas, além de instruções claras e diretas.
Perceba que, em nosso exemplo “estudar muito nessa semana”, não temos nenhuma ideia do que estudaremos, de quando ao certo ocorrerá este estudo e muito menos onde iremos estudar. Não parece um plano muito adequado, de fato!
Assim, uma alternativa viável a esta meta seria “estudar a aula 00 de direito constitucional na sala de estudos por 1:30 hora.” ou, de forma alternativa, “resolver 30 questões de Português em 1 hora”. Quanto mais específica for essa intenção de implementação, melhor.
Este tipo de informação trará clareza mental, de modo que não precisaremos pensar muito sobre o que iremos fazer. Quando o momento chegar, apenas precisamos executar a tarefa estipulada e pronto!
Algo defendido pelo autor de Hábitos Atômicos, é que é muito mais fácil e efetivo tentar mudar nossa própria identidade do que tentar mudar nossas ações. Isto ocorre muitas vezes porque nossas ações estão intrinsecamente ligadas à nossa identidade, de modo que somente mudando a forma que vemos nós mesmos, seríamos capazes de verdadeiramente mudar nossas ações.
Desta forma, se você quer estudar de modo mais consistente ou desenvolver o hábito de estudar para ser aprovado em concurso, simplesmente comece se perguntando o que um concurseiro que foi aprovado faria em seu lugar e que hábitos um concurseiro de alto nível ou alguém que ficou nas primeiras colocações tinha para obter este resultado.
Esta pergunta deve passar a nortear todas as suas ações como, por exemplo, a hora que você vai dormir, a forma que você estuda, quantas vezes vai sair no final de semana, quantas horas vai dedicar a seus estudos.
Cada ação que você tomar, no que concerne ao seu estudo, deve espelhar esse modelo de identidade de um aprovado. Assim, cada atitude neste sentido acaba sendo como uma espécie de voto para o tipo de pessoa que você quer se tornar.
Se você acorda mais cedo para estudar, +1 voto. Se passou a monitorar seu desempenho, +1 voto. Fez um planejamento sólido de estudos, +1 voto e assim por diante. Para isso realmente fazer diferença em sua preparação, a imensa maioria dos votos devem ser dedicados a espelhar as atitudes de um aprovado.
A ideia é que cada voto acaba servindo como uma evidência para você mesmo, de modo que, ainda que não se sinta hoje um concurseiro de alto nível, à medida que for agindo neste sentido, estará cada vez mais próximo deste objetivo e, claro, de consequentemente alcançar sua aprovação.
Vamos para nossa 3ª estratégia para criar o hábito de estudar segundo o livro Hábitos Atômicos. Para explicar esse conceito, vamos propor uma reflexão: imagine que alguém golpeia uma pedra a marteladas. São desferidas oito marteladas até que a pedra finalmente se parte ao meio. Muito bem, agora vamos à pergunta: foi a oitava martelada que foi, sozinha, responsável por partir a pedra? Certamente que não.
Embora o resultado pretendido só tenha sido testemunhado na oitava martelada, foi a potência acumulada de todos os golpes que acabou por parti-la ao meio. Dito isso, um dos maiores desafios para o concurseiro é permanecer estudando firme, mesmo quando parece não estar tendo resultados, como, por exemplo, após uma reprovação.
De forma semelhante, também é muito frustrante se esforçar estudando determinado assunto apenas para ver um baixo percentual de desempenho quando for resolver uma bateria de questões. Porém, se quisermos criar o hábito de estudar e, mais do que isso, passar em um concurso, devemos saber que as pequenas ações vão parecer não fazer diferença até que você cruze um limite crítico.
Em outras palavras, você vai estudar bastante, fazer milhares de questões e, mesmo assim, vai parecer por um tempo que nada está acontecendo, que você não está indo a lugar algum. Mas, como explicado, você deve ter a consciência que seu progresso ocorre de forma oculta e seu potencial está esperando atravessar este limite crítico, que é quando o seu conhecimento acumulado começará a trazer resultados expressivos e quando você irá selar seu nome na lista de aprovados.
Muitas das ações que tomamos a cada dia são moldadas pela escolha, mas a nossa escolha é significativamente influenciada pela opção mais óbvia. Isso quer dizer basicamente que se alguém quer aumentar seu consumo de água ao longo do dia, ela terá muito mais sucesso deixando uma grande garrafa d’água ao alcance de sua mão do que teria se precisasse levantar e ir buscar na cozinha toda vez que sentir sede.
A mesma lógica se aplica aos estudos: você ficará menos inclinado a estudar se seu material de estudo estiver guardado em uma gaveta, se seus marcadores estiverem perdidos pela casa e se seu ambiente de estudo estiver uma completa bagunça.
Por este motivo, redesenhe seu ambiente para deixar tudo nos conformes no momento que for iniciar sua sessão de estudo. Deixe tudo limpo e organizado e de preferência já arrume sua mesa no dia anterior. É um pequeno ajuste que faz muita diferença, afinal segundo o livro Hábitos Atômicos, “uma pequena mudança no que você vê, faz uma grande mudança no que faz.”
Um hábito por ambiente
Outra dica interessante citada no livro Hábitos Atômicos é não misturar os contextos de hábitos diferentes, isto é, se você está desenvolvendo o hábito de estudar em seu quarto, tente não quebrar esse comportamento estudando no sofá, onde você tem o hábito de jogar videogame e relaxar assistindo Netflix.
A razão para isso é que, querendo ou não, o ambiente desempenha um papel em nosso humor e disposição. Será mais fácil permanecer concentrado em um ambiente em que costumeiramente você fica atento do que em um no qual você está habituado a descansar e se divertir.
Portanto, associe um hábito específico a um determinado contexto: crie um espaço separado para trabalho, estudo, exercício, entretenimento, etc. Basicamente evite misturar o contexto de um hábito com o outro.
Com todas as novidades digitais hoje em dia, todos nós estamos à distância de um clique de ver notícias, conversar com amigos, comprar um lanche ou mesmo ver vídeos de gatos aprontando na tela do celular a qualquer momento e sabemos o quanto isso pode prejudicar nossos estudos. Sendo assim, é natural pensar que só sendo alguém muito focado para resistir a todas essas tentações e se manter estudando dia após dia até alcançar a aprovação.
Ocorre que as pessoas que alcançam a aprovação em concursos na maioria das vezes não possuem um autocontrole descomunal para resistir a essas tentações, elas apenas são melhores em estruturar suas vidas de forma que não precisem de uma grande força de vontade em suas ações diárias.
Em outras palavras, elas simplesmente passam menos tempo em situações tentadoras. De acordo com o livro Hábitos Atômicos, o autocontrole é uma estratégia de curto prazo, não de longo prazo. Esse é o segredo. Você pode até resistir a duas ou três notificações piscando em seu celular que repousa na beira de sua mesa, mas até que ponto vai resistir até começar a rolar a tela do seu smartphone por 20 minutos?
O concurseiro disciplinado sabe reduzir sua exposição a distrações como essas e irá simplesmente deixar o celular em outro cômodo. É muito mais fácil resistir à tentação de conferir o celular quando você não escuta a notificação buzinando em seu ouvido o tempo inteiro, concorda?
Então é isso, pessoal
Sabemos que os hábitos não são criados da noite para o dia, mas com essas dicas você está munido das estratégicas necessárias para influenciar ativamente no processo de criação do hábito de estudar com constância. Lembre-se de que cada dia cumpre um papel importante para nossa aprovação, por isso é fundamental se certificar de que diariamente estamos tomando ações na direção de nossos objetivos. Um passo de cada vez!
Um abraço e contem conosco!
Professora: Fernanda Harumi
Instagram: @fernandaharu_
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