Categorias: Concursos Públicos

Gabarito SEFAZ-ES: Contabilidade Geral, Avançada e Custos (que prova!)

Fala, pessoal, aqui é o professor Julio Cardozo, tudo bem? Estamos aqui comentando para vocês de maneira bem objetiva essa difícil (na minha opinião) prova de Contabilidade Avançada e Contabilidade de Custos da SEFAZ-ES (meus futuros colegas). Uma prova com o “DNA” da FGV: assuntos que são recorrentes em provas dessa banca – CPCs 32,31, 23, 07 – pegadinhas e alguns cálculos mais trabalhosos.

Apenas uma questão de Contabilidade de Custos e, diga-se de passagem, uma questão já “repetida” da FGV, o que não significa que era fácil; de maneira alguma.

A prova demonstrou a importância de fazer questões da banca, visto que algumas delas já foram exigidas em outros certames organizados por ela.

Mas é isso, pessoal, espero que vocês sejam vitoriosos e que em breve estejamos juntos.

@profjuliocardozo

Telegram: https://t.me/professorjuliocardozo

Contabilidade Geral

Contabilidade Geral

Questão 41

Gabarito: D – 1 – 4 – 3 – 2

  • Comparabilidade

(4) Compreensibilidade

(3) Tempestividade

(2) Capacidade de Verificação

Questão 42

Gabarito: E  Ativos Financeiros) (RECURSO )

Esse conteúdo não estava previsto no edital de Contabilidade Geral, por esse motivo, a questão deve ser anulada.

De acordo com o CPC 20, dDependendo das circunstâncias, um ou mais dos seguintes ativos podem ser considerados ativos qualificáveis:

(a) estoques;

(b) plantas industriais para manufatura;

(c) usinas de geração de energia;

(d) ativos intangíveis;

(e) propriedades para investimentos;

 (f) plantas portadoras. (Incluída pela Revisão CPC 08)

Ativos financeiros e estoques que são manufaturados, ou de outro modo produzidos, ao longo de um curto período de tempo, não são ativos qualificáveis. Ativos que estão prontos para seu uso ou venda pretendidos quando adquiridos não são ativos qualificáveis

Questão 43

Gabarito: B – 32.000

Empréstimo para sócio R$   20.000,00
Seguros Antecipado (1 ano) R$   12.000,00
Total R$   32.000,00

Questão 44

Comentários: B – Softwares de computadores

De acordo com o item 63 do CPC 04, Marcas, títulos de publicações, listas de clientes e outros itens similares, gerados internamente, não devem ser reconhecidos como ativos intangíveis.

Equipamentos representam Imobilizados, portanto, nosso gabarito é a alternativa B.

Questão 45

Gabarito: “C” I e II Externos

I –  Externo

II – Externo

III – Interno

Questão 46

Gabarito: E – Ativo Imobilizado/Ativo Imobilizado

De acordo com o CPC 27 – Ativo Imobilzado,

Ativo imobilizado é o item tangível que:

(a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços, para aluguel a outros, ou para fins administrativos; e

(b) se espera utilizar por mais de um período

Portanto, os computadores devem ser classificados como Imobilizado.

Por seu turno, Sobressalentes, PEÇAS DE REPOSIÇÃO, ferramentas e equipamentos de uso interno são classificados como ATIVO IMOBILIZADO quando a entidade espera usá-los por mais de um período. Da mesma forma, se puderem ser utilizados somente em conexão com itens do ativo imobilizado, também são contabilizados como ativo imobilizado.

Questão 47

Gabarito: C 60.000,

Houve um lucro na venda do terreno de 80.000 – 60.000 = 20.000, mas como a operação foi entre controladora e controlada, 100% do lucro não realizado deve ser eliminado.

Na consolidação, o terreno será apresentado por R$ 60.000,00.

Questão 48

Gabarito: A – Outras Receitas

De acordo com o CPC 28, uma propriedade para investimento pode ser avaliada pelo custo ou valor justo.

Se optar pelo valor justo, o ganho ou a perda proveniente de alteração no valor justo de propriedade para investimento deve ser reconhecido no resultado do período em que ocorra.

Portanto, na DVA será tratado como outras receitas.

Questão 49

Gabarito D – Recebidos Operacional e pagos – Financiamento

O CPC 03 encoraja fortemente as entidades a classificarem os juros, recebidos ou pagos, e os dividendos e juros sobre o capital próprio recebidos como fluxos de caixa das atividades operacionais, e os dividendos e juros sobre o capital próprio pagos como fluxos de caixa das atividades de financiamento. Alternativa diferente deve ser seguida de nota evidenciando esse fato.

Questão 50

Gabarito: Lucro Bruto: 28.000

Na consolidação, vamos considerar apenas as operações com terceiros, eliminando 100% do Lucro Não Realizado:

A Receita Consolidada seria apenas a das operações com terceiros 40.000

O CMV seria 60% do valor de entrada dos estoques 60% de 20.000 = (12.000)

Lucro Bruto = 28.000

Estoque Final = 20.000 x 0,40 = 8.000

Lucro Não Realizado = 10.000 x 0,40 = 4.000

Equivalência Patrimonial = 10.000 – 4.000 = 6.000

Lucro Líquido = 28.000 + 6.000 = 34.000

Contabilidade Avançada e Custos

Questão 31

Gabarito: D (47.600 e 4.420)

Comentários:

Ano X1:

Imposto sobre a Renda Diferido:

Repare o seguinte: para fins fiscais, a despesas com provisões NÃO são dedutíveis, apenas a perdas efetivamente incorridas.

As exclusões temporária geram um Ativo Fiscal Diferido, que podme ser calculado assim:

Valor Contábil – valor fiscal = 40.000

Esta é a diferença entre base contábil e base fiscal. Para achar o imposto diferido multiplicamos a diferença de base pela alíquota do IR:

Receitas R$   400.000,00
(-) CSP-R$  500.000,00
Prejuízo Bruto-R$  100.000,00
(-) Provisão para causas judiciais-R$     40.000,00
= Resultado Antes do IR-R$  140.000,00
Adição Temporária (Provisões) R$     40.000,00
Base de Cálculo do IR-R$  100.000,00
IR Diferido sobre o Prejuízo R$     34.000,00
IR Diferido Sobre adições Temporárias R$     13.600,00
Total de IR Diferido para X1 R$     47.600,00

Agora, no segundo exercício, temos o seguinte:

Apuração Fiscal
Receitas R$   600.000,00
(-) CSP-R$  300.000,00
Lucro Bruto R$   300.000,00
(+) Reversão de Provisão R$     30.000,00
= Resultado Antes do IR R$   330.000,00
(-) Reversão da Provisão (exclusão)-R$     30.000,00
(-) Perda definitiva-R$     10.000,00
Base de Cálculo do IR antes da compensação R$   290.000,00
(-) 30% da base de cálculo-R$     87.000,00
Base de Cálculo do IR após a compensação R$   203.000,00
IR Corrente (34%) R$     69.020,00
IR Diferido sobre o saldo de prejuízo Compensado = 13.000 x 0,34 R$        4.420,00

Questão 32

Gabarito: D (180.000)

Comentários:

Custo Histórico = 400.000

Ano 1:

Despesa de Depreciação = 400.000/10 = 40.000

Valor Contábil = 400.000 – 40.000 = 360.000

Valor Recuperável (maior entre Venda e Uso) = 380.000

Não há perda por recuperabilidade

Depreciação Acumulada = 40.000

Ativo será apresentado assim:

Valor Histórico                                                 R$ 400.000,00

(-) Depreciação Acumulada                         (R$ 40.000,00)

Valor Contábil Líquido                                   R$ 360.000,00

Ano 2:

Despesa de Depreciação = 400.000/10 = 40.000

Valor Contábil = 400.000 – 80.000 = 320.000

Valor Recuperável (maior entre Venda e Uso) = 350.000

Não há perda por recuperabilidade

Depreciação Acumulada = 80.000

Valor Histórico                                                 R$ 400.000,00

(-) Depreciação Acumulada                         (R$ 80.000,00)

Valor Contábil Líquido                                   R$ 320.000,00

Ano 3:

Despesa de Depreciação = 400.000/10 = 40.000

Valor Contábil = 400.000 – 120.000 = 280.000

Valor Recuperável (maior entre Venda e Uso) = 210.000

Há perda por recuperabilidade de R$ 70.000

Depreciação Acumulada = 120.000

Ativo será apresentado assim:

Valor Histórico                                                 R$ 400.000,00

(-) Depreciação Acumulada                         (R$ 120.000,00)

(-) Perda Por recuperabilidade                  R$ 70.000,00

Valor Contábil Líquido                                   R$ 210.000,00

Ano 4:

De acordo com o CPC 01, Depois do reconhecimento da perda por desvalorização, a despesa de depreciação, amortização ou exaustão do ativo deve ser ajustada em períodos futuros para alocar o valor contábil revisado do ativo, menos seu valor residual (se houver), em base sistemática ao longo de sua vida útil remanescente.

Despesa de Depreciação = 210.000/7 (vida útil remanescente) = 30.000

Valor Contábil = 400.000 – 150.000 – 70.000 -30.000 = 180.000

Valor Recuperável (maior entre Venda e Uso) = 180.000

Não há perda por recuperabilidade, mas temos que

Depreciação Acumulada = 150.000

Valor Histórico                                                 R$ 400.000,00

(-) Depreciação Acumulada                         (R$ 150.000,00)

(-) Perda Por recuperabilidade                  R$ 70.000,00

Valor Contábil Líquido                                   R$ 180.000,00

Ano 5:

Despesa de Depreciação = 210.000/7 (vida útil remanescente) = 30.000

Valor Contábil = 400.000 – 180.000 – 70.000 -30.000 = 150.000

Valor Recuperável (maior entre Venda e Uso) = 210.000

Houve aumento do valor recuperável, nesse caso, temos que fazer a reversão dessa perda. Mas de quanto é essa reversão?

Temos que considerar qual seria o valor contábil desse ativo, caso nenhuma perda tivesse sido reconhecida.

400.000/10 = 40.000 x 5 = 200.000.

Ou seja, podemos reverter apenas 50.000

Reversão da perda = 50.000

Depreciação Acumulada = 180.000

Valor Histórico                                                 R$ 400.000,00

(-) Depreciação Acumulada                         (R$ 180.000,00)

(-) Perda por recuperabilidade                  (R$ 20.000,00)

Valor Contábil Líquido                                   R$ 200.000,00

Questão 33

Gabarito: B (Ativo Imobilizado – R$ 100.000)

Comentários:

De acordo com o CPC 31, a entidade deve classificar um ativo não circulante como mantido para venda se o seu valor contábil vai ser recuperado, principalmente, por meio de transação de venda em vez do uso contínuo.

Todavia, para que esse seja o caso, o ativo ou o grupo de ativos mantido para venda deve estar

disponível para venda imediata em suas condições atuais, sujeito apenas aos termos que sejam

habituais e costumeiros para venda de tais ativos mantidos para venda. Com isso, a sua venda

deve ser altamente provável.

Assim sendo, como a fábrica ainda não será reclassificada para Ativo Não Circulante Mantido, pois continuará em uso por 4 meses.

Questão 34

Gabarito: B (Mudança de Política Contábil, deve-se refazer o balanço de X1, apresentando a depreciação acumulada com base no método dos benefícios gerados)

Mudança no cálculo do método de depreciação representa uma mudança de POLÍTICA CONTÁBIL, nesse caso, teremos uma aplicação REPROSPECTIVA, ou seja, a aplicação de nova política contábil, como se ela tivesse sido sempre aplicada. Refere-se portanto a ajustes de transações e eventos passados.

Nosso gabarito será B, pois devemos refazer o balanço de X1, usando o “novo” método de avaliação de depreciação.

Questão 35

Gabarito: E (20.054)

Comentários

Margem de Contribuição Unitária: PV – (CV + DV)

Comissão de Venda = 60 * 0,10 = R$ 6

Margem de Contribuição Unitária = $ 60 – $ 20 – $ 6 = $ 34

Ponto de equilíbrio Econômico (PEE) = Custos e despesas fixas + lucro desejado / MCU

Podemos usar o seguinte esquema:

……………………………………………………..valor………….%

Lucro antes do IR e CSLL (LAIR)   ……….?…………….100%

IR / CSLL…………………………………………?……………..-34%

Lucro Líquido …………………………….120.000 ………..66%

Nesse caso, temos

LAIR = 120.000/0,66 = R$ 181.818,18

IR/CSLL = R$ 61.818,18

Ponto de equilíbrio Econômico (PEE) = Custos e despesas fixas + lucro desejado / MCU

PEE = (500.000 + 181.818,18) /34 = 20.054 cadeiras

Questão 36

Gabarito: D (52.600)

DFC – Método Indireto
Lucro Líquido R$     13.860,00
Depreciação R$     10.000,00
Venda de Computadores-R$       5.000,00
Lucro Líquido Ajustado R$     18.860,00
(+) Diminuição de estoques R$   100.000,00
(-) Fornecedores-R$     80.000,00
(+) IR a pagar R$        3.740,00
(+) Salários a pagar R$     10.000,00
Fluxo de Atividades Operacionais R$     52.600,00

Questão 37

Gabarito: A (4.000)

A diferença entre o valor justo e o valor contábil dos ativos líquidos (patrimônio líquido) é a Mais Valia. 

E a diferença entre o valor pago e o valor justo é o goodwill (também chamado de “ágio por expectativa de rentabilidade futura”).

No balanço consolidado, a mais valia será eliminada contra os ativos e passivos que lhe deram origem. E o goodwill será transferido para o grupo Ativo Intangível, em conta específica.

Valor Contábil do PL de Y = 32.000

80% = 32.000 x 0,8 = 25.600

PL avaliado a valor justo = 32.000 + 8.000 + 5.000 = 45.000

80% = 45.000 x 0,8 = 36.000

Valor Pago = 40.000

Mais-Valia = Valor Justo – Contábil = 36.000 – 25.600 = 10.400

Goodwill = Valor Pago – Valor Justo = 36.000 – 32.000 = 4.000

Gabarito:  A (reconhecimento de receita de 20.000 durante cinco anos)

Comentários:

De acordo com o item 12 do CPC 07, uma subvenção governamental deve ser reconhecida como receita ao longo do período e confrontada com as despesas que pretende compensar, em base sistemática, desde que atendidas as condições deste Pronunciamento.

Portanto, a receita de subvenção será apropriada ao resultado como uma receita usando a mesma base de reconhecimento da despesa de depreciação, ou seja, 5 anos.

Temos que reconhecer 100.000/5 = 20.000 de receita de subvenção por ano, a partir do momento que a empresa cumpriu as exigências.

Questão 39

Gabarito: A (D – Despesa com MEP R$ 50.000,00 C – Investimentos                                                                      R$ 50.000,00)

Comentários:

De acordo com o CPC 18, após reduzir, até zero, o saldo contábil da participação do investidor, perdas adicionais devem ser consideradas, e um passivo deve ser reconhecido, somente na extensão em que o investidor tiver incorrido em obrigações legais ou construtivas (não formalizadas) ou tiver feito pagamentos em nome da investida.

No caso apresentado, os investimentos na Cia B eram avaliados por 50.000, mas a companhia apurou um prejuízo de R$ 100.000, ou seja, maior que o saldo contábil da participação.

Só que a Companhia A NÃO tem responsabilidade pelos passivos e não efetua pagamentos em nome da Cia B

Nesse caso, temos que reconhecer:

D – Despesa com MEP                                                                  R$ 50.000,00

C – Investimentos                                                                          R$ 50.000,00

Questão 40

Gabarito: E (Todos devem ser ajustados a valor presente)

Ajustar algo a valor presente é, resumidamente, trazer um valor que está previsto para se realizar em data futura a termos monetários de hoje.

Valor presente também pode ser definido como o montante ajustado em função do tempo a transcorrer entre as datas da operação e do vencimento, de crédito ou obrigação de financiamento, ou de outra transação usual da entidade, mediante dedução dos encargos financeiros respectivos, com base na taxa contratada ou na taxa média de encargos financeiros, praticada no mercado.

É simples, uma obrigação que custa R$ 110.00,00 e tem R$ 10.000,00 de juros embutidos (contando de hoje), terá valor presente de R$ 100.000,00. A lógica é esta.

A Lei 11.638/07 incluiu o tema na Lei 6.404/76 da seguinte forma:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:

VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. (Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007)

Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo com os seguintes critérios:

III – as obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não circulante serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

Portanto, todos os itens devem ser ajustados a valor presente.

É isso, pessoal! Estamos na torcida por vocês.

Professor Julio Cardozo

Júlio Cardozo

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