Executivo (Administrativa)

Ferramentas mais cobradas de Planejamento Estratégico para concursos

Olá, pessoal! Tudo bem? Seguindo com nossos Guias de Administração Geral e Pública, hoje trataremos das ferramentas mais cobradas de Planejamento Estratégico para concursos. Trata-se de tema que sempre aparece nas provas, e que deve receber especial atenção por parte do candidato, seja pela grande incidência de cobrança, seja pelo grau de detalhamento envolvido.

Primeiramente, o que seria Planejamento? O Planejamento pode ser conceituado como o processo pelo qual a organização estabelece seus objetivos e a foram de se chegar a eles. Nesse contexto, inclui-se também o conceito de “redução de incerteza”, que significa que o Planejamento deve buscar identificar todas as variáveis que possivelmente se apresentem no caminho para o alcance dos objetivos.

Assim, o Planejamento opera reduzindo a chance de a organização ser atingida por fatores-surpresa e possibilitando um maior grau de certeza no processo decisório da empresa. Tem como benefício o fato de que as pessoas da organização tornar-se-ão adeptas dos objetivos estabelecidos por ele. O Planejamento, conforme Chiavenato, melhora a coordenação entre os diferentes níveis organizacionais, subsistemas e grupos.

Nesse sentido, o Planejamento Estratégico é aquele em que o Planejamento é de longo prazo, generalista e engloba a organização como um todo. Além disso, é o responsável pela definição dos objetivos e estratégias organizacionais, englobando os diretores da organização.

Este tipo de Planejamento deve ser um processo de construção de consenso no contexto da cúpula da organização, havendo várias pessoas envolvidas em seu processo de elaboração. É comum que, entre estas pessoas, ocorram diversas e sugestões diferentes, vindo, muitas vezes, de integrantes com o mesmo nível de autoridade. Por isso, deverá haver um consenso construído entre os diretores para que o Planejamento Estratégico possa representar a todos.

Feita esta introdução, detalharemos as ferramentas mais cobradas de Planejamento Estratégico para concursos.

Análise SWOT – a base da estratégia

A Análise SWOT é uma das ferramentas mais cobradas de Planejamento Estratégico para concursos, se não for a mais cobrada. Muitas vezes a questão fala em “diagnóstico empresarial” ou “análise ambiental”, relacionando com a estratégia da empresa, referindo-se à famosa Análise SWOT.

A Análise SWOT é dividida da seguinte forma:

Análise do ambiente interno – o ambiente interno é controlável pela organização, podendo esta buscar uma melhor gestão, potencializando e mantendo suas forças, e reduzindo suas fraquezas. Está dividido em:

  • Forças (strenghts) – pontos fortes da empresa, que gerem vantagem competitiva a ela. Exemplos: recursos humanos qualificados, bom ponto de localização.
  • Fraquezas (weakness) – pontos fracos da empresa, que gerem desvantagem perante os concorrentes. Exemplos: alto custo de produção; baixa qualificação técnica dos recursos humanos.

Análise do ambiente externo – o ambiente externo não é controlável pela organização, mas isso não significa dizer que ela não o influencia. Como sistemas abertos, as organizações interagem com o ambiente externo, influenciando e sendo influenciadas por ele. O que vai variar é a capacidade de cada organização influenciar o ambiente externo. Divide-se em:

Oportunidades (opportunities) – representam possibilidades de atuação da empresa no sentido de se obter alguma vantagem. Exemplos: falência de um concorrente; entrada de novos potenciais consumidores no mercado.

Ameaças (threats) – são variáveis que representam riscos para a empresa, e com as quais ela precisa se preocupar. Exemplos: nova regulação governamental ou legislação, que podem aumentar substancialmente o custo de produção de um determinado produto ou prestação de um serviço; instabilidade no cenário político; entrada de novo produto ou serviço no mercado, que tenha inovação e diferença de qualidade acentuada em relação aos da organização.

ferramentas mais cobradas de Planejamento Estratégico – análise SWOT

Balanced Scorecard (BSC)

Disputando o primeiro lugar das ferramentas mais cobradas de Planejamento Estratégico para concursos com a Análise SWOT, temos o Balanced Scorecard (BSC). O BSC surge em um momento em que as organizações possuíam apenas instrumentos para medir suas perspectivas financeiras.

Nesse sentido, o BSC busca sanar esta limitação, inovando ao trazer a possibilidade de se medir e acompanhar outras perspectivas, fazendo com que as organizações se fortalecesses e dispusesses de mais subsídios para uma gestão estratégica mais aprimorada.

Cabe ressaltar que as perspectivas clássicas do BSC foram pensadas buscando contemplar as organizações de forma generalizada, o que não impede que as organizações as adaptem às suas realidades.

Veja este exemplo de mapa estratégico do MPRJ, com as perspectivas adaptadas à realidade do órgão.

Estas perspectivas são:

  • Perspectiva Financeira – Analisa o negócio do ponto de vista financeiro, através de índices de lucratividade, receita líquida, dentre outros. Fornece informações para os acionistas avaliarem os resultados da gestão financeira da organização.
  • Perspectiva dos Clientes – Estabelece e analisa indicadores como satisfação dos clientes, retenção de clientes, lucro por cliente e participação de mercado. Para isso, deve-se atentar para as reais necessidades dos clientes e como satisfazê-las.
  • Perspectiva dos Processos Internos – Como os processos internos são os que realmente criam valor para o cliente, deve-se estabelecer indicadores, tais como: qualidade, produtividade, inovação, dentre outros, que permitam avaliar de forma aprofundada a eficiência e eficácia desses processos, sempre pensando na melhoria e otimização deles.
  • Perspectiva do Aprendizado e do Crescimento – Analisa, de forma preponderante, a capacidade da organização responder a demandas novas e diferentes, aprendendo com as ações passadas e utilizando este aprendizado para os novos desafios. Impacta diretamente na cultura e clima organizacional, tendo também como base as pessoas da organização, que são quem efetivamente incorporam o aprendizado à empresa.

Matriz GUT

Seguindo com as ferramentas mais cobradas de Planejamento Estratégico para concursos, temos a matriz GUT. Trata-se de uma ferramenta de gestão que consiste em analisar problemas conforme três variáveis, cujas iniciais geram a sigla da ferramenta:

  • Gravidade – esta variável tem como objetivo analisar os possíveis e prováveis impactos que determinado problema trará, buscando identificar o quão profundo e custoso será esse impacto;
  • Urgência – é o fator temporal que envolve o problema. Serve para identificar se o problema deve ser resolvido imediatamente ou se pode aguardar um determinado período;
  • Tendência – trata-se de variável que identifica a tendência de crescimento e aprofundamento do problema. O problema pode se agravar no tempo? Ou a tendência é se manter estável, ou até mesmo regredir? Caso possa se agravar, quão rapidamente irá se agravar?

Para cada problema identificado atribui-se uma nota de 1 a 5 em cada uma das variáveis. Multiplicam-se as notas, e o problema que tiver o maior número deve ser priorizado.

Por exemplo, suponhamos que um problema teve: G = 5, U = 1, T = 2. 5x1x2 = 10. Outro problema teve G = 2, U = 3, T = 5. 2x3x5 = 30. Note que, apesar de o primeiro problema apresentar maior gravidade, na combinação das variáveis o segundo problema terá prioridade na resolução.

A Contribuição de Michael Porter para a estratégia organizacional

Quando se fala em estratégia organizacional, um dos maiores especialistas no assunto é Michael Porter. O professor destacou-se com o seu livro “estratégia competitiva” e deixou grande contribuição para os estudos de Administração.

Um dos maiores legados do autor é o conceito das “cinco forças competitivas”. Trata-se de fatores que afetam a estratégia da organização, conforme se segue:

  • Ameaça de produtos substitutos: quando a organização possui produtos que facilmente podem ser substituídos, isto se torna um problema. Nesse sentido, as organizações buscam cada vez mais agregar valores únicos aos seus produtos;
  • Ameaça de novos entrantes: são os novos players que ingressam em determinado mercado;
  • Poder de negociação dos clientes: representa o grau de influência que os clientes podem exercer sobre a organização, notadamente quando os clientes são poucos ou detêm grande fatia das vendas da organização;
  • Poder de negociação dos fornecedores: representa o grau de influência que os fornecedores exercem sobre a empresa, notadamente quando possuem exclusividade no fornecimento de determinado insumo;
  • Rivalidade entre os concorrentes: quanto mais empresas disputarem o mesmo mercado, maior será a rivalidade, o que poderá acarretar a redução na lucratividade da empresa.

Diante das 5 forças competitivas, Porter estabeleceu três estratégias genéricas para as organizações trabalharem:

  • Diferenciação: busca visa passar para o cliente a percepção de que ele está adquirindo ou tendo contato com algo único, diferente de tudo aquilo que o mercado pode oferecer;
  • Foco, enfoque ou nicho: consiste no fato de a organização focar em um determinado nicho de mercado e se dedicar a atendê-lo;
  • Liderança em custos: está relacionada à eficiência na utilização dos recursos, reduzindo, assim, os custos.

Conclusão

Neste Artigo vimos as ferramentas mais cobradas de Planejamento Estratégico para concursos. Estude este resumo em conjunto com as aulas teóricas e a resolução de muitas questões sobre o tema.

Abraços e bons estudos!

Paulo Alvarenga

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