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Estudo do texto é grande diferencial do concurseiro!

Estudo do texto é grande diferencial do concurseiro!

Meus caros, tudo bem?

Qual é o diferencial do concurseiro atual? Qual é o grande diferencial do concurseiro no estudo do Português?

Saber tudo sobre gramática? Não! Com excelentes cursos e professores no mercado, aprender gramática já não é mais a grande pedra no sapato do aluno. O grande diferencial é saber ler, compreender e interpretar textos!! Sim! É saber que tipo de texto a banca colocou na prova, qual gênero, qual a funcionalidade dele, além de saber colher informações e fazer inferências a partir do que leu. O estudo do texto é fundamental para o seu sucesso!

Antes de falarmos um pouco sobre Tipologia Textual, vejamos alguns conceitos:

1 – Texto: é um conjunto de palavras e frases encadeadas que têm a finalidade de transmitir uma mensagem a partir de sua interpretação.

2 – Contexto: MUITO IMPORTANTE!!! É a interligação das diversas frases que formam um texto. Cada uma delas é ligada à anterior e à posterior por uma relação semântica.

Se uma das frases é analisada isoladamente, fora de seu contexto original, poderá assumir significado diferente daquele inicial, por isso o contexto é tão importante. Precisamos sempre estar atentos ao contexto do enunciado da questão, ao que ela pede, e ao contexto do seu texto base.

3 – Compreensão de texto – consiste em analisar o que realmente está escrito, ou seja, coletar dados do texto.

4 – Interpretação de texto: consiste em saber o que se infere (conclui) do que está escrito.

Estudo do Texto grande diferencial do concurseiro!

Diante do já exposto, devo dizer aquilo que talvez você já saiba: a leitura é o meio mais eficaz para chegarmos ao conhecimento, portanto, precisamos aprender a ler! A leitura precisa se tornar um hábito na vida de um concurseiro. Um candidato “antenado” com os acontecimentos atuais, conhecedor de textos literários, entendedor de charges e textos de humor chegará ao sucesso com mais facilidade (ou menos dificuldade, rsrs) do que aquele que lê pouco ou nada. E digo ler de verdade! Não passar os olhos! Ler é dar sentido à vida e ao mundo, é dominar a riqueza de qualquer texto, seja literário, narrativo, instrucional, jornalístico ou persuasivo, possibilidades que se misturam e se tornam infinitas.

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Vamos falar dos tipos de texto que você poderá encontrar nas provas:

No estudo do texto, eu sempre destaco quatro grandes grupos chamados TIPOS textuais: narrativo, argumentativo, expositivo e instrucional. Alguns autores gostam de separar o tipo narrativo em dois grupos, ficando narrativo e relato, mas eu entendo que isso confunde os alunos. Vou explicar melhor:

Tomem como exemplo uma fábula. Temos um texto narrativo, pois possui os elementos essenciais de uma narrativa (veremos quais são a seguir), certo? Ok. Porém, a história narrada é fictícia. Chamamos esse tipo textual, então, tão somente de NARRATIVO.

Agora vamos pensar em um relato de viagem. O autor faz uma narrativa completa com direito a todos os elementos essenciais de uma narração, não é mesmo? Possui tempo, espaço, enredo, personagens… muito bem. Agora, o autor narra uma história real, por isso chamamos de RELATO!

Mas, prestem atenção, o relato de viagem é um texto narrativo? Sim! Não seria errado afirmar isso! Estamos diante de um texto narrativo e também de um relato.

Complicado? Vamos a outros exemplos:

Uma notícia: relato? Sim! Narra um fato real. Mas seria errado afirmar que a notícia é um texto do tipo narrativo? Não, jamais!! Então, é um texto narrativo do tipo relato (narrativo/relato). Por isso manter apenas um tipo textual maior: NARRATIVO.

Você acaba de ler um livro, uma romance. Você leu que tipo de texto? Ainda que nos remeta a fatos históricos, se há enredo e personagens fictícios, não podemos chamar de relato. O Romance é um texto do tipo narrativo simplesmente.

E a DESCRIÇÃO? Entra em que parte?

Descrever é fazer o que chamamos de representação verbal de um ser, coisa ou paisagem, através da indicação dos seus aspectos mais característicos. Quem descreve algo demonstra os aspectos mais singulares e salientes do que está sendo detalhado, fazendo com que o leitor ou ouvinte possa imaginar exatamente o que foi descrito. Diferentemente da narração, que faz uma história progredir através do tempo, a descrição faz interrupções na história, para apresentar melhor um personagem, um lugar, um objeto, enfim, o que o autor julgar necessário para dar mais consistência ao texto. Por isso a descrição é muito importante para o tipo NARRATIVO e está comumente ligada a ele.

Descrição x Narração:

Esses dois tipos textuais misturam-se muito comumente em vários textos. Em um dado momento da narração de uma história, é preciso parar e descrever o ambiente, os personagens, as sensações para que a história possa ser visualizada na mente do leitor. Na leitura de um romance, não temos contato com a cena representada, como temos ao assistir a um filme ou a uma novela televisiva, o que temos na leitura é apenas a descrição que o autor faz do entorno do enredo, assim podemos visualizá-lo mentalmente. Quanto mais rica a descrição dentro de uma narração, mais rico será o texto! O grande Machado de Assis era mestre nisso, em sua prosa:

Chegando à rua, arrependi-me de ter saído. A baronesa era uma das pessoas que mais desconfiavam de nós. Cinquenta e cinco anos, que pareciam quarenta, macia, risonha, vestígios de beleza, porte elegante e maneiras finas. Não falava muito nem sempre; possuía a grande arte de escutar os outros, espiando-os; reclinava-se então na cadeira, desembainhava um olhar afiado e comprido, e deixava-se estar. Os outros, não sabendo o que era, falavam, olhavam, gesticulavam, ao tempo em que ela olhava só, ora fixa, ora móbil, levando a astúcia ao ponto de olhar às vezes para dentro de si, porque deixava cair as pálpebras; mas, como as pestanas eram rótulas, o olhar continuava o seu ofício, remexendo a alma e a vida dos outros.

O autor parou a sua narrativa para nos dar de presente essa descrição mais minuciosa do personagem. Como no exemplo dado, Machado nos chama a conhecer traços psicológicos descritos por ele sobre a baronesa.

A descrição também costuma aparecer em textos narrativos jornalísticos, como em notícias.

A maior diferença entre descrição e narração é o TEMPO. Na narração, temos o tempo como elemento da narrativa, podendo ser cronológico ou psicológico. Já na descrição, não existe passagem de tempo, descreve-se o elemento apenas em um determinado momento.

Qual é o critério utilizado para a divisão dos gêneros em tipos textuais? Pergunta muito importante no estudo do texto!

Estudo do Texto grande diferencial do concurseiro!

As características dominantes de cada gênero os colocam em um grupo de textos (tipo) e não em outro. Por exemplo:

– TIPO narrativo: todos os textos que estão neste grupo possuem os chamados elementos essenciais da narrativa: tempo, lugar, personagens, fato (enredo) e narrador em sua estrutura.
E o relato? Também possui os elementos da narrativa, mas relatam algo real, não fictício.
– TIPO argumentativo: os textos deste grupo se dedicam a convencer o interlocutor. Possuem, portanto, TESE (opinião) e ARGUMENTOS.
– TIPO expositivo: os textos aqui têm por objetivo falar sobre um determinado assunto, explicar, expor sobre algo.
– TIPO instrutivo: os textos deste tipo dedicam-se a levar o interlocutor a desenvolver uma dada atividade sozinho. São passadas instruções para que isso ocorra.

Vimos que cada gênero possui sua característica. Ok! Mas é importante destacar que não existe um texto que seja, por exemplo, exclusivamente argumentativo. Ao afirmar que a carta de leitor é argumentativa, as características dominantes são levadas em consideração. A bula de um remédio é dominantemente instrucional, mas tem uma parte dela que é expositiva. Para facilitar a aprendizagem, entenda que o gênero textual é a parte concreta, prática, enquanto a tipologia textual integra um campo mais teórico, mais formal.

“O gênero textual é uma noção propositalmente vaga para refletir os textos encontrados em nossa vida diária e que apresentam características sociocomunicativas definidas por conteúdos, propriedades funcionais, estilo e composição característica” (MARCUSCHI, 2002, p. 40).

Espero que tenham gostado desse artigo e que oo estudo do texto seja a sua marca!

Aproveito para convidar vocês para um SIMULADO FCC GRATUITO com correção ao vivo, amanhã (quinta) comigo e com o professor Décio Terror. Falarei bastante sobre interpretação textual!

Forte abraço!

Rafaela Freitas.

E-mail: [email protected]

Facebook: Palavreando com Rafa Freitas

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Veja os comentários
  • Ótimo artigo professora Rafaela. Obrigado!
    Adriano em 15/12/16 às 13:38